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Capítulo 2: Está um tipo nu a dormir no sofá

No metro quero muito pensar na porcaria de vida que tenho, em vez disso sou obrigada a olhar para a única pessoa que está na carruagem comigo: um tipo de cinquenta anos que está vestido de pai natal. Confirmo no calendário que estamos em agosto.

-'Tás a olhar?

A voz do tipo assusta-me e olho ainda mais fixamente para ele.

-Não. Claro que não.

Ele puxa a barba falsa para baixo e eu ponho-me a olhar para o telemóvel, como se fosse uma pessoa muito importante a responder a emails de trabalho que não tenho. Também, se um chanfrado tem coragem de andar por aí vestido de pai natal no verão, devia ter coragem de levar com os olhares.

Bom, o melhor é não concentrar a minha energia no pai natal e focar-me no que é realmente importante: as coisas podiam ser piores! Eu podia estar morta, ou doente, ou pior, ter um dente no céu da boca como a Estela que andou comigo no segundo ano. Também podia ter nascido numa zona de guerra, ou ter continuado a roer as unhas e ter de as tirar cirurgicamente.

Talvez isto seja uma oportunidade, como li na contracapa daquele livro de autoajuda que estava no dentista. Quer dizer, é verdade que passei os últimos meses da minha vida a escrever aquele livro, mas quem é que precisa de comer? Ai, não, não! Não posso começar a descer pela espiral do desespero! Tenho de ser racional. Porque isto de ser escritora fantasma é como ser barriga de aluguer, eu concebo estes bebés (livros) e sei que os vou entregar porque me foram pagos, a questão é que ao inicio tinha piada, mas agora começo a sentir-me vazia. Claro que sou eu que escolho emprestar o útero (cerebro) e posso parar, mas eu gosto tanto, mas tanto de escrever.

E vocês perguntam, mas porque é que não escreves tu, um livro teu? Porque as coisas não são assim tão fáceis. Quando enviei o meu manuscrito para a TopWriter e o Oliver, segundo palavras dele "era capaz de matar a mamã para ler o que escreveste outra vez!", achei um bocado drástico mas a ideia de estar finalmente a dar um passo em direção ao que queria fazer tornou-me cega. Ele explicou-me, como eu suponho que antes se explicava aos miúdos que tinham papeira que não iam poder ter filhos, que eu não era lá muito interessante, mas se eu vendesse as minhas histórias a pessoas como a Verónica, ia ser muito, mas mesmo muito feliz (insira-se aqui um tom jocoso e enjoativo a baunilha).

E na altura a ideia deixou-me eufórica, pensei no orgulho que a minha avozinha ia sentir de mim, mas depois percebi que não lhe podia contar. Não podia contar a ninguém. E se a Verónica antes dos livros era vista como uma cabecinha de vento, depois as pessoas começaram a levá-la a sério. Foi convidada para ser júri de prémios literários, associou-se a ONG's e a ONU nomeou-a embaixadora de uma treta qualquer que eu sei que é relativamente importante, mas nunca me consigo lembrar do nome.

Nos dias em que estou a escrever não me importo com a precariedade do meu trabalho, ou seja, durante cem dias do ano estou bem, o problema são os outros duzentos e tal e ao quarto anos disto, estava a ficar impaciente, invejosa e amarga. Ah! E velha e sem estrogénio.

A carruagem do metro abrandou e o pai natal saiu, só para se pôr à frente da minha janela e me estender ambos os dedos do meio contra o vidro, o que me fez primeiro abrir a boca em choque e depois devolver-lhe o gesto. O sacana tirou o telemóvel do bolso e fiz questão de lhe fazer um grande sorriso.

-Estamos em agosto seu cabrão desequilibrado! Ninguém sai assim de casa assim a menos que queira arruinar o Natal das crianças!- Gritei-lhe, já com as portas a fecharem-se.

Quando o metro começou a andar senti-me subitamente melhor, talvez eu só precisasse de gritar para exorcizar os demónios da minha vidinha triste.


****


-AHHHHHRGGGGG!

Está um tipo nu a dormir no sofá.

ALERTA!

Está um tipo nu a dormir no sofá! E não fui eu que o convidei!

O homem levanta-se de um salto, o material a abanar de um lado para o outro, qual pendulo de um relógio, e eu agarro num guarda-chuva para lhe bater, ou quase. Estou de olhos fechados a tentar acertar num tipo que me parece uma pinhata de bronze e massa magra.

-Sai! Vou chamar a polícia!

-Calma!

Aquilo era um sotaque espanhol?

-Calma o quê, caralho?! SAI! Não há aqui nada para ti!

Não havia mesmo.

Corri atrás dele com o guarda-chuva derrubando os bibelôs todos que estavam por ali espalhados e enquanto ele corria por cima do sofá, e ia agarrando em jornais e coisas para se tapar, eu tentava acertar-lhe, sem nunca conseguir. A dada altura os meus gritos e os dele transformaram-se e eu comecei a agir por instinto e a tentar atingi-lo em todo o lado, ao mesmo tempo.

Num gesto de pura sorte, ele puxou de uma frigideira e eu achei que ele me ia bater, mas em vez disso protegeu a genitália enquanto eu desferia um duro golpe que foi aparado pela velha e ferrugenta frigideira. O som estridente deixou-nos sem folego e olhámos os dois para a amolgadela no ferro que podia muito bem significar o fim da sua linhagem genética.

-Quieres matar-me?

O português dele, muito arranhado por um espanhol manhoso fez-me voltar a olhar-lhe para os olhos azuis.

-Poupa-me. É só um pénis. Até os fazem em plástico.

Ele olhou-me com horror e deu um passo na minha direção, mas eu voltei a erguer o guarda-chuva.

-Sou o Téo. Não sou ladrão.

-Isso é precisamente o que diria um ladrão!

-Não. Não sou ladrão. Téo! Soy Téo!

Com um falso semblante de reconhecimento apoie-me no guarda-chuva.

-Claro!- O rosto dele iluminou-se com um sorriso de revista, os dentes perfeitamente branquinhos.- O Téo! Tinha-me esquecido completamente... do ordinário tarado que tinha encomendado! Achas que eu sou parva? Eu vou ligar à policia e é já!

Quando tirei o telemóvel do bolso ele meteu a mão dele sobre a mim.

-Téo! O amigo do Ben!

Ben? Quem é o Ben?

Comecei a olhar em volta.

-Das duas uma, ou isto é para os apanhados, ou então o pai natal do metro drogou-me e estou a alucinar.

-Pai Natal?

-Feliz navidad, percebes? Aliás, vais passar o Dia de Reis à prisão, preparar-te!

-No! Soy Téo! Téo de Benjamin!

A contemplação da realidade bateu-me com tanta força que tive de me sentar. O estupor do Benjamin, claro! E isto merece uma explicação, embora seja altamente improvável que uma freelancer consiga ter um apartamento na capital, a verdade é que tanto eu, como o meu primo Benjamin, que vive na outra ponta do mundo, tínhamos herdado um minúsculo apartamento na cidade, fruto do testamento dos nossos avós. Por razões óbvios o apartamento ainda parecia estar preso aos anos noventa. E embora o apartamento fosse dos dois, eu nunca achei que ele fosse cá meter alguém... quer dizer, isto não pode ser legar!

Cinco minutos depois

-Claro que é legal! Eu sou dono de metade do apartamento. - A voz de Ben (leia-se com sarcasmo), o dito primo, chegou do outro lado do mundo. Austrália para ser mais precisa.

-Mas eu vivo aqui! Literalmente! Tu não!

-Ah não me venhas com essa cena do literalmente. O Téo está a fazer o doutoramento, é medico e precisava de um sítio onde ficar. São só seis meses.

-Seis meses?!- Gritei.- Queres que viva com um estranho durante seis meses?!

Téo olhou-me preocupado e passou-me um copo de água. Apontei para o açúcar que ele se apressou a meter na água.

-Não sejas dramática. Ele dorme no sofá, ninguém no seu perfeito juízo se enfia na cama contigo.

-Vai-te foder!

-Desculpa, tens razão.- Fez uma pausa.- A não ser aqueles livrinhos pornográficos que andas sempre a-

-CALA-TE!- Cortei-o imediatamente.- Isto não pode ser assim, ele estava nu! Percebes? Eu não tenho de olhar para os teus amigos nus, tal como não te obrigo a olhar para as minhas amigas nua.

-Graças a Deus!

-Não tem graça! Eu achei que ele me queria fazer mal, que ia roubar, ou... sei lá, fiquei borrada de medo!

Houve um silêncio incomodado do outro lado da linha. Eu sabia que embora ele tivesse uma constante atitude de bully para com a minha singela pessoa, o gene de mais velho e protetor estava sempre à espreita.

-Podes passar-lhe o telemóvel?

Assim o fiz, e Tép, que escondia agora o material com um livro velho da Colleen Hoover, agarrou-o.

-Ben?

Revirei os olhos e dirigi-me para a sala.

Deitada no sofá não consegui ouvir muita coisa, a não ser que Téo estava arrasado pela viagem que fez à boleia e que quando chegou tomou banho e acabou por adormecer no sofá, a toalha devia ter caído durante o sono. Olhei desconfiada para o chão e de facto a minha toalha do rosto estava no chão. O cabrão tinha limpado o rabo à minha toalha!

Téo saiu da cozinha, meio envergonhado e ainda com o livro a tapar-lhe a nudez e estendeu-me o telemóvel.

-Perdon.

Voltei à conversa com o primo Benjamin.

-Não basta teres nome de sonso, tinhas de ser um completo idiota, não é?

-O Téo foi um dos meus melhores amigos, quando fiz Erasmus na Catalunha, tirou-me do buraco quando a Eloise acabou comigo!

-É uma pena, sabes? Eu e ele podíamos ter sido amigos SE ELE TE TIVESSE DEIXADO NO BURACO!

A meio da gritaria a minha vizinha, uma senhora de cinquenta anos que vivia sozinha com dois gatos e meio entrou com um taco de golf na mão. Desliguei o telemóvel e contei até dez.

-Quantos é que eles são!- Gritou ela, completamente pronta para abater o intruso.

Estava de robe, rolos para o cabelo e máscara de argila já completamente seca. Era óbvio que Maria Olivia tinha adormecido a ver o Quem Quer Ser Milionário. Outra vez.

-Mesmo a tempo, Maria. Se o espanhol me tivesse aberto ao meio tinhas chegado na hora certa para ligar a dar a notícia do meu falecimento.

Ela baixou o taco de golf do falecido marido e olhou para Téo de cima abaixo com interesse.

-Ui! Não te devias meter com espanhóis, miúda!

-Como é que sabes que é espanhol? E eu não estou metida com ele.

-Ainda.- Téo olhou para mim e piscou-me o olho, e não sei se ele estava a brincar ou a falar a sério, de qualquer maneira tive muita vontade de ir buscar o guarda-chuva.

-Já diz o ditado "um espanhol nu a meio da noite dá azar por sete meses".

-Isso é um bocado específico, não é?

-Porque é que ele está nu?

Ficámos as duas a olhar para os abdominais trancados de Téo e ele nem mirrou.

-Exatamente Pedro Pascal, porque é que não te vestes?- Abanei o taco da Olivia na direção dele.

-Não tenho roupa. A companhia aérea perdeu-me a mala... E é Téo.

Maria Olivia nem hesitou.

-Mas este boneco é quem, mesmo?

-É médico.  Amigo do meu primo. Que embora não esteja fisicamente aqui a chatear-me, pode enviar amigos para o mesmo efeito.

Maria Olivia olhou para ele de cima abaixo outra vez e olhou para a porta da sua casa. Eu conseguia ver a ideia a formar-se atrás dos olhos dela.

-Se não o quiseres, posso ficar com ele.

-O quê?!- Como assim?

Ela virou-me de costas para ele.

-Se ter um gajo bom aqui em casa for muito para essa cabecinha de avó, eu fico com ele. Já tenho dois gatos e meio, mais um, menos um...

Ela só podia estar louca, só podia mesmo, mesmo estar a perder o juízo. Por outro lado, livrar-me do espanhol hoje era melhor do que me livrar dele amanhã, ou daqui a um dia. Virámos ambas a cara para ele, em tom conspiratório.

-A que horas vais embora, amanhã? - Perguntei, esperançosa.

-Ocho.

Pela cedinha, olha quem bom para ele! Assim podia acordar às nove e fingir que ele nunca tinha estado aqui e que esta confusão nunca tinha acontecido. De embalo, também podia esquecer o cocktail ridículo do livro e a minha má sorte.

Maria Olivia olhou para mim, desapontada.

-Vais ficar com ele?

Olhei novamente para ele, ali indefeso e meio confuso, a segurar um livro sobre abuso contra a genitália. Era muita falta de tato, realmente.

-Pode ficar.- Disse-lhe.- Mas vai deixar as chaves antes de ir embora e não vai fazer barulho, não é Pedro?

-O meu nome é Téo.

Maria Olivia, dececionada, foi-se embora a arrastar os pés, e ainda a ouvi sussurrar um "egoista". Quando a porta se fechou, o Pedro Pascal tentou dar uns passos na minha direção.

-Uma pergunta. Se deixo as chaves, depois como é que entro?

Se calhar, entre a correria com o guarda-chuva e os gritos, acertei-lhe na cabeça.

-Vê se entendes, Pedro Téo, a parte bonita de deixares as chaves cá dentro é mesmo essa; não entras. Nunca mais!

-Mas as minhas aulas começam às nove e acabam à uma da tarde. Queria almoçar aqui.

Deus não está comigo. O universo odeia-me. Os meus anjos da guarda morreram obviamente quando eu tinha dois anos e quaisquer entrequeridos mortos que pudessem cuidar de mim, lá do céu, deviam ter ido beber copos para um bar celestial qualquer. E por todas essas razões havia apenas duas opções de reação: ficava aqui a discutir em portunhol todas as razões pelas quais o Don Juan tinha de voltar para a terra dele, correndo o sério risco de soar xenófoba, ou podia ir para o quarto, tomar quatro comprimidos roxos e dormir até à semana que vem.

Parece-me óbvio qual das opções ganhou.

Quando acordei no outro dia, toda babada por causa da pedrada de comprimidos para dormir e com um podcast qualquer a dar de fundo, tive a brilhante ideia de escrever um livro de autoajuda, por isso puxei o computador para o colo e escrevi o seguinte:

"Não é porque sou péssima na vida, que a vida é péssima para mim... O Timothy Chalamét disse que a vida vem contra ti, não de ti... não, não era isto. Porra, será que guardei o reels? Ele estava com a Zendaya nesse vídeo, não estava? Ou estaria a confundi-lo com o homem aranha?"

Apaguei tudo. Não podia escrever auto-ajuda se nem sequer me conseguia ajudar a mim própria. Ok, nestas horas de aflição o melhor é fazer uma lista. Coisas que aconteceram ontem:

· O livro que eu tinha passado o último a escrever era um bestseller, com mais de cem mil cópias vendidas.- Sucesso.

· Cada livro estava a sair por 19,50.- Carote.

· Esse valor multiplicado por cem mil era qualquer coisa como 1.950.000 milhões de euros. – Podia ser rica, mas não sou.

Abri a app do banco para constatar que tinha exatamente 542,68 euros em meu nome. Pelo lado positivo tinha um espanhol a dormir no sofá, e eu sabia, por pesquisa própria para um piloto de uma série policial que tinha escrito e nunca tinha sido gravada, que os órgãos humanos valiam bastante.

Virei-me e abafei um grito na almofada. E depois, como que por magia o meu telemóvel recebeu uma notificação e eu senti que as coisas iam melhorar. Era o Oliver a dizer-me que ia publicar um livro meu, com a minha cara, e o meu nome, ou então o livro de um jogador de futebol, ou... noup, tinha sido adicionada a um grupo chamado "Viagem Tailândia 2024".

Uma batida na porta do meu quarto relembrou-me do problema espanhol que se tinha deitado nu, no meu sofá, depois de se ter limpado à minha toalha da cara.

-Certo.- Disse-lhe eu, enquanto, Téo, ou Teodoro como lhe ia chamar para manter a distância, se sentava à minha frente como uma criança pequena.- Debaixo deste teto há regras. Regra número um: até eu conseguir arranjar uma maneira legal de te tirar daqui e processar o meu primo por dano morais, não pode haver nudez em momento nenhum. Compreendes?

-Quando te referes a nudez em momento nenhum, isso incluiu casa de banho?

-Não. Mas ainda bem que falaste na casa de banho. Nada de usar as minhas toalhas! Aliás, tu és médico, devias saber isso.

-Quando estou em casa não exerço.

-Não te habitues. E vou mandar-te a conta, por causa da toalha. 

Olhei para a toalha, que agora jazia no lixo, depois de ter sido usada, sabe Deus, para limpar o quê a este homem alto e bronzeado. Ele meteu a mão no ar e dei-lhe a palavra.

-E quando referes a nudez...- Ele não estava a ultrapassar o tópico da nudez.- Estás a falar de nudez consentida?

-Como assim?

Ele levantou-se, todo charmoso e galã de cinema, pensado provavelmente que eu nunca tinha visto um homem bonito. Meu amor, o meu passatempo era imaginar homens bonitos. Era assim que eu matava tempo.

-Vamos imaginar que tu me pedes para eu tirar a roupa...

-Não vai acontecer Don Juan. Esquece. Sou imune. Estás a ver aquela fotografia de nosso senhor Jesus Cristo?

Apontei para um poster que estava na parede ao lado do fogão da cozinha, que a minha avó lá tinha metido, em meados dos anos 70. Era aquela imagem, que de onde quer que olhemos, parecia sempre que Ele nos devolvia o olhar.

-Ele vê tudo. Tudo mesmo. Por isso da próxima vez que andares por aí com a espingarda à solta, lembra-te se é mesmo isso que queres que Ele. - Apontei para o poster.- Veja.

Eu não podia ser hipócrita, ele era um homem lindo, absolutamente maravilho agora à luz do dia, com a pele bronzeada e não há meia luz branca da cozinha. E daquilo que eu tinha conseguido ver a meio daquela perseguição ridícula a meio da noite, não estava nada, mas mesmo nada mal. Mas eu conhecia a reputação destes pseudo-doutores que andavam de país em país a "mergulharem" na cultura local. Para além disso, ele era amigo do meu primo. Seria uma traição absoluta. Seria como se Napoleão tivesse tentado restaurar a monarquia numa França pós-coroa... ai, esperem! Péssimo exemplo!

-És muito tensa. Precisas de relaxar.

-Olha lá, não tens cadáveres para ir dissecar? Vá, vai-te lá embora.

Ele agarrou na mochila.

-Nosotros nos vemos.

-Se for depois das seis da tarde não vejo nada. Tiro as lentes. Tenho miopia, percebes?

Ia dizendo isto enquanto o empurrava em direção à porta, só para a seguir lha fechar na cara. O meu telemóvel vibrou no bolso de trás das calças e atendi sem olhar.

-Daqui fala Julieta desempregada, falida e completamente traumatiza com médico espanhol de pénis gigante, em que posso ajudar?

Depois de um minuto de silêncio, ouvi a última pessoa que achava que me ia ligar.

-É a Verónica.

Pooooorraaaaaaaa!  

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