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Capítulo 5

– Estou infeliz com a situação dela, minha senhora – disse Lord Hartford. – Eu penso, sim, que Lockhart é um covarde por tratar nossa amável filha assim, mas...

– Mas o quê?! – sua esposa interrompeu. – Não acabamos de ouvir a mesma conversa? Jane disse que tua filha mais velha está tão descontente que mal consegue fingir um sorriso ou se concentrar em qualquer coisa por muito tempo.

Ele a observou, atônito. A respiração dela estava pesada; os olhos estavam vermelhos e arregalados; seus pés tocavam no chão tão ruidosamente quanto podiam quando ela dava voltas no cômodo. Ele nunca a vira tão alterada.

– És o pai dela! – ela continuou. – O mínimo que deverias fazer é ficar ao lado dela.

– Georgiana, meu amor, – ele andou em sua direção e pôs uma mão em suas costas –, eu sempre estou ao lado dela. Eu jamais disse que ele está certo, apenas que entendo porque ele pensa assim e que nenhuma lei está sendo quebrada. Ele quer um herdeiro; já se foram dois anos e ela ainda não deu-lhe um.

Lady Hartford o encarou e ele sentiu seu coração encolher.

– Eu tive duas filhas – ela disse. – A primeira nasceu cerca de dois anos e meio depois de nossa cerimônia de casamento. Nosso único menino nasceu sete anos depois da segunda menina.

Ela virou para ficar de frente para ele antes de prosseguir:

– Se fossem oito, nove, dez anos... Terias reagido da maneira como ele está reagindo?

Ele franziu o cenho, sentindo-se ferido. Se antes seu coração parecia ter diminuído, agora ele tinha o peso de um elefante.

Nunca penses isto – ele respondeu, segurando as mãos dela com firmeza. – Nem por um segundo sequer! Temos uma família linda, mas, sem dúvidas, meu coração ainda pertenceria a ti; mesmo que ainda fôssemos pobres como costumávamos ser e não tivéssemos mais nada além de um ao outro.

Ela finalmente deixou as lágrimas rolarem e ele a abraçou fortemente, fazendo um esforço para não chorar junto com ela.

– Eu deveria ter confiado na minha intuição! – ela disse. – Eu sempre soube que eles não eram uma boa combinação, mas deixei-me enganar e concordar com este matrimônio. Agora minha própria filha está condenada a uma vida de infelicidade por causa disso.

John acariciou seu cabelo.

– Não, ela não está, – ele garantiu –, pois a lei pode estar ao lado dele, mas eu não estou e tenho todo o direito de dizer a ele as coisas que estão presas em minha garganta. Marido ou não, ninguém maltratará uma garota Hartford sob minha vigilância.

John Hartford era um homem de palavra e teve uma conversa séria com Lord Lockhart naquela semana. E então outra, após um mês. E outra, duas semanas depois. No momento em que já haviam passado cinco meses desde que eles haviam descoberto sobre o sofrimento de Ge, ficou claro que Lockhart não estava disposto a mudar seu comportamento.

A indignação de Jane só aumentava com o passar dos meses, chegando a um ponto em que ela já não conseguia pensar em mais nada. Estava tão atormentada pelo assunto que até o seu editor, Thomas Harvey, percebeu sua inquietação no dia em que ela o visitou para entregar os últimos rascunhos de seu livro.

– É tão... – ela começou, sentando no sofá confortável do escritório dele. – É tão injusto!

Ele esperou, mas o olhar dela estava distante e ele percebeu que teria que perguntar se quisesse que ela continuasse.

– O que está incomodando-a?

Ela cruzou os braços e mordeu o lábio inferior, preocupada.

– Não concordas que, mesmo quando há provas de que um homem está maltratando uma mulher sem motivo, há muito pouco que possa ser feito a respeito?

Tom imediatamente arregalou os olhos e pulou, fazendo seus óculos caírem sobre a mesa.

– Quem a maltratou?! Teus pais sabem disso?

Jane sorriu brevemente enquanto levantava, ajuntava os óculos e os entregava. A preocupação dele era genuína.

– Não te preocupes, nenhum homem se atreverá a maltratar-me, – ela brincou dando uma arrumada no cabelo e Tom suspirou aliviado, mas ela logo retomou o tom sério –, mas incomoda-me que todos saibam que acontece, mas finjam que não veem.

Ele se encostou na cadeira e cruzou os dedos, abraçando a própria barriga enquanto pensava no assunto.

– É verdade – ele disse. – Poucas pessoas falam sobre este problema, especialmente se a mulher em questão for casada com o agressor...

– Precisamente. A lei protege muito mais os maridos que as esposas.

Tom semicerrou os olhos para ela e massageou o próprio queixo.

– Consegues pensar em alguém que gostaria de escrever sobre isso?

Ela o encarou, tentando ter certeza de que ele queria dizer o que ela estava imaginando.

– Achas que...? Jude...? – indagou, incerta.

– Por que não? – ele deu de ombros.

– Bem... As pessoas irão ler?

– Talvez. Só há uma maneira de descobrir.

Ela desviou o olhar ao considerar a ideia.

– Tu queres dizer algo sobre o assunto, – ele disse a ela –, está bem claro que ele a perturba. Além disso, que melhor maneira de espalhar teu pseudônimo que publicando-o no jornal?

– Mas eu sou uma mulher.

– Ninguém desconfiará que Jude é uma mulher.

– Sim, mas quem aceitará uma mulher na redação? Uma mulher que escreve sobre como deveríamos interferir nos casamentos alheios? Ninguém publicaria algo tão "absurdo".

– Primeiro, já deverias saber que os donos dos jornais vivem do absurdo. Segundo, deixa isto comigo. Apenas escreve o artigo e, se for bom o suficiente, tenho um amigo que o publicará mesmo sob a condição de não conhecer o autor em pessoa.

Ela suspirou. De repente, a ideia de ter suas palavras impressas em um jornal faziam o ar parecer menos pesado. A questão dos Lockharts vinha incomodando-a intimamente e parecia que agora ela poderia fazer algo a respeito. Não era muito, mas era algo.

– E quem sabe? – disse Tom. – Talvez isto sirva como uma espécie de propaganda silenciosa e acenda a curiosidade do público quando teu livro finalmente for publicado...

Como pedido por Tom, Jane escreveu um apaixonado e comovente argumento sobre os maus-tratos às esposas por razões que rendiam aplausos aos maridos. Era tão emocionante que o amigo do sr. Harvey não hesitou em publicá-lo e, se houvesse sido publicado em outra época, teria tocado os corações do povo, mas se a situação política do país era crítica antes, agora era digna de um romance bem escrito.

O rei morreu de causas naturais. Seu filho e herdeiro do trono mal teve tempo de chorar pela ausência do pai antes de se juntar a ele, morto por um grupo de rebeldes.

Embora o povo, há tempos, estivesse insatisfeito com a família real, o assassinato do príncipe deixou a todos desamparados, pois havia uma sufocante atmosfera de incerteza. Não ter ideia do que poderia acontecer era, surpreendentemente, pior do que ter um rei e ter certeza de que ele era um governante ruim.

Não demorou muito para que um grupo corajoso tomasse as rédeas, pondo um fim na guerra e extinguindo a monarquia de uma vez por todas.

À esta altura, a única coisa sobre a qual as pessoas queriam ler era a esperança de um futuro melhor, não um lembrete do injusto presente.

Mas Jude Hartford estava meramente começando.

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