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JUDAS

Judas – Gregory Gole

Parei em frente ao espelho de corpo inteiro no escritório do gerente. Atrás de mim, minha mãe limpava o terno do meu pai que, de alguma forma, estava repleto de fuligem.

Me concentrei na minha imagem, estava impecável, o vestido alinhado desenhava tão bem meu corpo que parecia costurado nele, maquiagem assimétrica e nem um fio solto do penteado alto. A boa aparência era uma máscara para toda a bagunça no meu coração.

- Você está linda, Path – mamãe colocou as mãos em meus ombros de forma reconfortante.

- Obrigada.

Esperei que eles saíssem na frente, assim poderia me esconder atrás deles caso eu não conseguisse manter o rosto impassível enquanto todos os bruxos e duendes do Gringotes festejavam.

A Páscoa nunca foi uma data marcante para mim, eu amava o chocolate, os doces e principalmente as férias.

Na verdade, eu amava qualquer feriado em que era eu e Greg. Pensar nisso fez meu peito doer, as lágrimas brotaram nos cantos dos olhos e quase colocou tudo a perder.

"Acabou, Trish."

Pensei comigo mesma. Tinha acabado realmente, meses antes e por culpa minha. Afinal, eu era a traidora.

Gregory foi a primeira pessoa que vi ao entrar no salão, parado entre os pais, fingindo prestar atenção nos assuntos que eles tratavam com o gerente do banco, quando na verdade devis estar se perguntando como eles fazem para colocar cenouras dentro de azeitonas para o Martini.

Sorri com isso.

- Vou tentar ficar longe deles – mamãe disse por cima do ombro e agradeci outra vez.

Funcionou por um tempo.

Eu estava entediada e com a cabeça cheia, os duendes só falavam de dinheiro e segurança, o que mantinha meu pai entretido e minha mãe ocupada ao colocar limites nas piadas do marido.

Me afastei deles quando percebi que estavam longe o suficiente do bar. Caminhei entre os convidados com o olhar fixo no meu objetivo, encostei no balcão, um dos bartender era mesmo uma graça, o que me fez ignorar seu sorriso e buscar a atenção do outro.

- Champagne, por favor.

- Temos sidra.

Assenti.

- Para criaturas tão preocupadas com dinheiro, servir sidra no lugar de espumante é uma merda.

Cada pelo do meu corpo se arrepiou, uma nuvem branca pairou diante dos meus olhos tornando minha visão turva. Respirei fundo e me forcei a não quebrar.

- Boa noite, Goyle.

- Oi, Trish – vi seus braços apoiando-se no balcão e ele esticou o pescoço para dentro do bar – martini, com azeito, sem cenoura.

O bartender levantou os olhos da minha taça para ele com um ar de desconfiança.

- Qual a sua idade, garoto?

- Dezessete.

- Sei – o bartender entregou minha taça, então abriu uma lata de Coca-Cola ao lado de um copo com gelo e limão.

Greg deu de ombros, ele não era o tipo que bebia por vontade própria. Permaneci no lugar, o único movimento seguro sendo virar a taça de uma vez.

- Eu podia dizer a ele que você é mais nova que eu e que não menti minha idade.

- Então diga, quem sabe assim não me expulsam.

- Queria entender por que está tão zangada comigo, eu não te fiz nada.

Olhei para ele com uma indignação genuína, eu era a adúltera, mas ele não ter me feito nada estava muito longe de ser verdade.

Por Merlin, fui salva pelo gerente do banco batendo com uma colher de ferro em uma taça, chamando a atenção de todos para o meio do salão.

- Senhoras e senhores, primeiramente quero agradecer a presença de todos. É chegada a hora do nosso jogo de Páscoa. Para quem não conhece, se trata de uma caçada, uma adaptação de "vítima", onde o criminoso deve matar o máximo de vítimas antes de ser pego, mas na nossa adaptação, o vilão tem que entregar o rapaz... como é mesmo o nome dele – o gerente olhou para seu assistente que soprou a palavra. Jesus Cristo á quem ele acredita ser o policial. Vamos passar entregando os personagens, o jogo pode ser feito em dupla ou família.

- Vou procurar meus pais.

- Joga comigo – Goyle se colocou na minha frente, eu queria distância dele, porque sabia onde isso ia acabar.

Um duende parou na minha frente com um saco de papel, Goyle acenou com a cabeça para que eu pegasse. Mesmo a contragosto, enfiei a mão no saco de papel e tirei o primeiro papel que senti.

- O que é? – ele perguntou curioso.

- Que irônico – ironizei enquanto virava o papel para ele – Judas.

- Você quer trocar?

- Não, sabe jogar? Se acabarmos com isso logo...

Ele se inclinou sobre mim, segurei seus braços por instinto, achando que ele me beijaria, mas seus lábios chegaram ao meu ouvido.

- Temos que falar baixo ou seremos pegos, você é boa em observar, só precisa disso.

Ele se afastou, olhei em volta e achei o olhar preocupado da minha mãe, eu sorri para tranquilizá-la, mesmo estando desmoronando.

- Vou andar um pouco.

O deixei para trás. Precisava pensar que era só uma noite e que iria acabar, que passaria como tudo passaria, bom ou ruim. Mas naquele momento, eu precisava parar de pensar em Greg, de sentir seu cheiro, de ouvir a sua voz, de me lembrar que um dia ele era inteiro meu.

Fui longe o suficiente para sair do banco, abril não era a época mas fria, mas estava longe de ser quente, me enrolei no lenço que acompanhava o vestido e soltei o ar que saiu condensado.

- Fumando, Trish, que feio – ele brincou.

- O que você quer.

- Conversar, se você parar de ser tão agressiva.

Me virei para ele de uma vez, largando os braços ao lado do corpo, derrotada.

- Não acho que temos algo para conversar.

- E acha que tudo bem acabar como acabou? Com você me jogando a bomba e dando as costas?

- Preferia que eu tivesse escondido?

- Não, claro que não. Eu só queria entender.

Eu não podia suportar, senti as lágrimas estourarem em meus olhos, os transformando em duas cachoeiras.

- Não chora, eu não quis te chatear – Greg tentou tirar minhas mãos da frente do meu rosto.

- Não me consola, eu não mereço isso.

- Olha, eu só quero conversar, não te fazer se sentir mal. Mas eu preciso saber por que eu não fui suficiente.

Havia lágrimas em seus olhos também, mesmo que elas não fossem tão escandalosas como nos meus. Eu sabia que Greg merecia uma conversa sincera e respeitosa, então busquei me controlar, respirar e vestir minha máscara como fiz nos últimos meses.

- Podia ter falado comigo na escola.

- Você sabe que não.

- Esse é o problema, sempre foram as aparências, os amigos, o que iam dizer. Eu não trai você porque não era o suficiente, foi porque sentia sua falta. Naquelas poucas horas pude fazer piada com peido e tirar a calcinha da bunda sem ter que juntar todas as meninas para ir ao banheiro.

- Eu não mudei, Trish. Você mudou.

- Por você. Para que você andasse de mãos dadas comigo pelos corredores e me levasse nas festas. E não fale que você não tinha vergonha de mim.

- Eu não tinha, só não gostava quando meus amigos diziam coisas ruins sobre você.

- Você não me defendia.

- Eu sei e sinto muito por isso. Mas não precisava ter se transformado nisso.

- Queria que eu fosse sempre a namorada gorda do Goyle? Eu perdi peso por você, aprendi a me maquiar, a me vestir. A gente acabou porque eu não consegui ser a farsa que você era.

Não consegui mais olhar para ele, me apoiei no parapeito da entrada. As mãos geladas espalmadas para dar sustentação a um corpo que estava prestes a desmontar.

Tive esperança que ele fosse embora e me deixasse sozinha, mas ao invés disso, senti sua presença bem perto de mim, bloqueando o vento gelado nas minhas costas.

- Eu também sentia a sua falta, ainda sinto sua falta. Não dessa você, mas da garota que jogava bola de papel molhado na lousa – Greg apoiou a mão nas minhas costas esfregando levemente – sinto falta da Trish do Natal, das férias de verão, a Trish que me amava o suficiente para não me trair com o primeiro cara que faz piada de pum.

Eu ri, breve e culpada, mas ri.

Me virei de volta para ele, Greg estava com o olhar caído e triste. Passei meus dedos gelados pelo seu rosto, tudo o que eu mais queria era voltar no tempo e apagar tudo.

- Eu sinto muito, Patricia.

- Também sinto muito.

- A gente nunca mais ser o que era, não é? – sua voz embargou tanto que mal entendi as palavras.

Neguei lentamente com a cabeça.

- É melhor você secar o rosto, temos um jogo para terminar.

Esse era o mundo nos dizendo como agir de novo, sabia que não era culpa dele, nem minha. Talvez o nosso erro tenha sido acreditar que nada nunca mudaria quando todo mundo cresce, não seria diferente para nós dois.

Entrei no banheiro evitando olhar para qualquer pessoa no salão, meu rosto estava em um estado muito pior do que eu pensava, sequei os olhos tentando tirar um pouco da maquiagem que havia escorrido, estava concentrada na tarefa quando uma figura conhecida apareceu no espelho.

- Path? Está tudo bem?

- Está, mãe – respirei fundo para não voltar a chorar – eu conversei com Greg, não brigamos nem nada, mas falamos sobre a traição.

- Pela cara dele, foi doloroso para os dois.

Ela tirou a varinha do vestido e murmurou palavras sutis, a maquiagem do meu rosto descolou, flutuando no ar até se dissipar e um a um os grampos que prendiam meu cabelo se soltaram. Mamãe segurou meus ombros e abaixou o rosto.

- Olha a minha filha aparecendo.

- Não posso ficar assim na festa.

- Oras então vai embora. Não fique em um lugar onde não pode ser você mesma.

- Devia ter dado esse conselho há anos.

- Eu dei, mas acho que você precisava aprender sozinha para me dar ouvidos.

- Não posso ir e abandonar o jogo.

- Quem você pegou?

- Não posso dizer, mãe. É contra as regras.

- Virou a certinha agora? Por esse jogo bobo – ela levantou a varinha novamente – Accio nome – mamãe franziu a testa e então sorriu – vou jogar por você, sempre gostei só personagem.

- Judas? Sabe que foi uma pessoa real?

- Ninguém é a pior coisa que já fez.

Eu sabia que ela não falava sobre o personagem no papel, mamãe sorriu e deixou o banheiro. Olhei no espelho de volta, pegando todos os grampos e arrumando o que podia, ainda não me sentia pronta para ser vista ao natural para qualquer pessoa.

Voltei ao salão e timidamente busquei Greg, o encontrei no bar, com outra lata de Coca-Cola.

- Greg?

Ele se virou lentamente, realmente não parecia nada bem.

- Estou me embebedando com gelo e limão – ele tentou sorrir.

- Pode me levar para casa?

- Mas a rede de flu tá aberta.

- Greg?

- Ah – Gregory se levantou rápido, recuperando a vitalidade ainda que parcialmente – eu posso sim. Seus pais.

- Vão terminar o jogo.

Ele aquiesceu e me deixou seguir na frente. Passei pela rede de flu até meu apartamento e o esperei, naqueles poucos segundos tive medo que ele tivesse mudado de ideia e me deixado sozinha, mas pouco depois ele apareceu, cheio de fuligem.

- Como vocês conseguem se sujar tanto? – brinquei, batendo em sua camisa para tirar a sujeira.

Greg segurou meu pulso e percebi que ele estava sério.

- Por que eu estou aqui?

- Para me desculpar, eu espero. Não suporto não ter você, me deixa ser sua namorada outra vez?

- As pessoas vão falar.

- Pode ser escondido.

- Eu não me importo, Trish. Mas preciso saber se você tá pronta pra isso, se acontecer de novo.

- Não vai, eu prometo. Não consigo passar por isso outra vez.

Ele soltou meu pulso devagar e usando o polegar colocou em torno do seu pescoço, eu o abracei e tive a cintura envolvida pelas suas mãos enormes.

Juntei nossas bocas em um beijo cheio de amor e saudade, seu gosto, seu calor, exatamente como eu me lembrava. Mas ele me afastou alguns centímetros, logo depois.

- Quanto tempo temos?

- Uma hora, talvez duas.

- Vou contar com duas – ele me impulsionou para cima, lacei sua cintura com as pernas e voltei a beijá-lo enquanto era levada para o quarto.

Greg fechou a porta e me encostou nela, nosso beijo ficou mais intenso, com gemidos no meio enquanto ele apertava sua pélvis na minha virilha.

Suas mãos subindo até meus seios e depois agarrando minha bunda. Passei as unhas pela sua nuca e costas, esticando a camisa e fazendo alguns botões abrirem.

- Estou tentando ser delicado.

- Não seja, eu gosto como a gente faz.

Ele apertou os lábios com força, sei o que pensou. Que se eu gostasse não o teria traído, ele sabia que não era simples assim, mas entendo que os pensamentos a gente não controla.

Antes que perdêssemos o clima, me virei de costas para ele, apoiando as duas mãos na porta e empinei de encontro a seu corpo.

Gregory me abraçou por trás, beijando meu pescoço e ombros, ele subiu meu vestido e abaixou minha calcinha deixando-a no meio das minhas coxas. Greg se abaixou e levou o rosto para minha boceta.

Agressivo, soltando o ar com força, quase em um rosnado enquanto me devorava com seus lábios. Meus olhos rodaram, a sensação maravilhosa se espalhava por todo meu corpo.

Contrai com a pressão de sua língua no meu clitóris e levei um tapa na bunda como advertência.

Isso era uma coisa que nunca ninguém poderia tirar de nós, o quando ele me dominava e me exaltava ao mesmo tempo, como eu ficava entregue a ele toda vez que me tocava.

Ele se levantou, tinha pressa, há havia tirado seu pau para fora das roupas e o esfregou no centro, onde estava molhado pela sua língua, aos poucos ele forçou, fazia algum tempo então doeu, ele beijou minhas costas me distraindo e entrou o resto, minha boceta o apertou, ele gemeu no meu ouvido, segurando minha cintura com força, começou a se mover atrás de mim.

Eu nunca precisava fazer nada além de receber as estocadas fortes e ritmadas dele.

Os minutos mais deliciosos do dia, explodindo em mim em forma de um orgasmo que deixou minhas pernas fracas.

Greg me virou de frente e escorreguei pela porta, abrindo a boca para ele, seu sorriso de canto me fez sorrir também. Ele começou a se masturbar, eu adorava ver como ele fazia, coloquei a língua para fora pegando o pré-gozo que ele babava.

- Eu tô gozando.

Abri a boca e ele espirrou por todo meu rosto, quase nada na minha língua, mas não me senti suja, ele se abaixou tirando um lenço de tecido do bolso e começou a passar na minha pele.

- Como se sente?

- Acabada.

Ele riu.

- Estou borrando sua maquiagem.

- Não tem problema, eu te amo.

Sei que não fazia sentido, mas ele me abraçou apertado.

- Eu também te amo.

Era assim que eu queria ficar pelo resto da minha vida, ainda que o chão fosse duro e eu começasse a ficar com frio, o abraço dele servia perfeitamente de casa.

Eu sabia que nossos amigos iam falar, na verdade, a escola inteira ia falar. Eu sempre seria vista como a traidora, e teria que aguentar.

O pior de tudo era que Greg também teria que aguentar. Pelo menos por mais dois meses e meio e a culpa não era dela.

Eu não era a pior coisa que eu fiz e se isso me ensinou alguma coisa era que eu só podia contar com três pessoas na minha vida, meus pais e Greg.

________

O que acharam? Eu gosto do Goyle um tantão cês sabem.

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