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46. Recomeço - Emily

A mãe de Rodrigo foi muito legal e aceitou ficar com Lucky em sua casa o tempo que fosse necessário em nossas férias, nos permitindo que permanecêssemos na praia por duas semanas. Alice também nos acompanhou e se hospedou conosco na casa que alugamos.

A estadia na praia foi uma experiência renovadora! Íamos cedinho à beira do mar curtir a água e a areia e aproveitávamos bastante o dia. Rodrigo e Gustavo iniciaram seu aprendizado em surf com Ricardo, enquanto eu, Alice e Vivian conversávamos embaixo de um guarda-sol. Por vezes, deixávamos os meninos com suas disputas no videogame e saímos para comprar coisas para o bebê.

Não posso dizer se eu e Vivian seríamos melhores amigas algum dia, pois éramos bastante diferentes, contudo, sentia-me bem em ter um agradável relacionamento com a esposa de um dos meus melhores amigos.

Sábado, já de volta ao meu quente apartamento, eu e Alice nos encontramos no shopping para comprar o material para o início das aulas na semana seguinte.

— Vou levar um grampeador também, acho que o meu antigo já está para estragar. — Alice andava de um lado para outro pegando tudo que fosse possível com o dinheiro que trouxera.

— Você quem sabe! — suspirei cansada.

— Antes de irmos embora, podíamos passar no supermercado e comprar umas pizzas para jantarmos. Afinal, os meninos só chegam amanhã de manhã.

— É uma boa ideia, Alice. — sorri contente por sair finalmente da papelaria. Ela era louca por canetas coloridas, tinha o estojo mais bem equipado de toda a faculdade.

Em busca das pizzas na sessão de congelados, Alice avistou Pedro e outro homem. Ela acenou sorridente. Ele se aproximou com um carrinho repleto de bebidas alcoólicas e aperitivos.

— Olá, meninas. — ele sorriu. — Que prazer encontrar a ruiva e a amiga! Este é meu primo, Marcelo.

Pedro apresentou o primo, que se manteve longe buscando alguns aperitivos. Acenamos para ele.

— Não deem bola para ele, é meio arrisco. Não aprecia uma boa conversa com lindas garotas. — Alice fez menção de perguntar algo, mas Pedro sorriu debochado. — Não, ele não é gay. Apenas terminou um romance há pouco. Ele não puxou ao primão aqui.

Ele pareceu pensativo por um tempo, analisou o primo e olhou-me profundo:

— Então, meninas, estão namorando alguém? — Pedro observou nossa contrariedade com sua metida pergunta e sorriu. — É que vou dar uma festa na minha casa hoje para finalizar as férias. Se vocês desejarem ir, será muito legal. Uma festa tão boa como são as do meu aniversário. Contratei DJ e show pirotécnico. — ele sorriu. — Só espero que não coloquem fogo no apartamento. Espero vocês às 23hs?

Pedro saiu, mas voltou ao lembrar que não nos tinha dado o endereço. Pegou o celular que Alice carregava nas mãos para anotá-lo sem cerimônia, mandou-nos um beijinho no ar e voltou para o primo. Alice me olhou suplicante, ela já previa minha resposta negativa.

— Vamos! Vamos, Emily! Não quero perder novamente a oportunidade de ir numa festa do Pedro. Eu já disse que me contaram como são ótimas? — ela fez beiço. — Por favor! Vai ter até show pirotécnico. Vamos?

Não sei se era uma boa ideia, entretanto os lamentos de Alice me convenceram. Uma festa no apartamento de Pedro não parecia algo a que eu iria a tempo atrás, mas o que eu tinha a perder?

****

O táxi nos largou à frente de um imponente prédio com amplas sacadas envidraçadas.

— Nossa! O Pedro mora bem. — Alice sussurrou-me. — Esse prédio deve ser caríssimo.

Concordei com a cabeça, enquanto o porteiro nos abria a porta sorridente ao darmos o número do apartamento. Parecia já estar acostumado a entrada de estranhos arrumados para festa no 702.

Pedro nos recebeu com dois beijinhos, nos apresentou alguns amigos e amigas e nos deixou a vontade. O apartamento era amplo e bonito. Na sala haviam estofados por todos os cantos e um espaço vazio ao meio para dançarmos, as luzes eram coloridas dando um aspecto de boate ao ambiente. Cheguei a duvidar que Pedro arrumara o apartamento especialmente para a festa, pois dava a impressão de que os móveis já estavam em seus lugares de origem prontos a espera da próxima balada.

Durante o show pirotécnico, eu e Alice sentamos nas fofas cadeiras que estavam posicionadas na entrada da sacada. A vista era bonita, pois além do show ainda víamos infinitas luzes noturnas dos prédios próximos que atravessavam o enorme vidro da sacada.

Um cara jovem e bonito começou a conversar com Alice. Ela se encantara nele e nem pensou duas vezes antes de ir dançar com ele na pista.

Continuei sentada sozinha, em um começo de desejo de ir embora. O primo de Pedro, Marcelo, aproximou-se com uma bebida na mão.

— Posso sentar ao seu lado? — Ele sorriu amigavelmente. Seu sorriso era atraente. Seus finos lábios se alargaram, mostrando os belos dentes, isso me confortou como se eu já o conhecesse.

— Fique à vontade. — Sorri de retorno.

— Você é a Emily, certo? Meu primo me falou bastante de você.

— E o que ele disse? — resmunguei. Só faltava agora o primo do Pedro também ser inconveniente com o outro.

— Sei como ele pode ser irritante. — ele sorriu em desculpa. — Não quis insinuar nada, só queria puxar conversa. Ele falou muito bem de você. — ele engoliu em seco ao perceber que não ajudava em nossa apresentação suas falas. — Esquece. Vamos começar de novo. Oi, eu sou o Marcelo.

— Emily. — ri.

Marcelo apoiou-se na cadeira e riu. Iniciamos uma conversa gostosa. Sem pretensão de minha parte, mas da parte dele provavelmente sim. Ele não se insinuava, apenas sorria ao falar. Trocamos informações banais sobre o cotidiano. Contou-me que era Engenheiro Civil; tinha terminado um namoro de três anos há poucos meses; gostava muito de comer em restaurantes, pois era péssimo cozinheiro; passava horas escolhendo uma roupa para comprar, ele adorava fazer compras.

Ouvi-o por um longo tempo, embora fossemos dois opostos, a companhia dele era muito agradável e me sentia segura e confortável conversando com ele. Envolvi-me em nossa conversa por todo o resto da festa.

Ao perceber o quanto era tarde, olhei ao redor e só vi uns poucos convidados dormirem jogados no sofá e outros conversarem pelos cantos.

— Não vejo minha amiga. — Preocupei-me com Alice.

— Quer ligar de meu celular? — ele ofereceu.

— Não, obrigada. Tenho o meu.

Alice demorou um pouco para atender. Segundo ela, jazia em casa. Estava completamente bêbada e havia se esquecido de mim na festa, depois de ter saído com o amigo de Pedro para dar uma volta.

Enfureci-me. Como ela pôde ter me deixado sozinha? Agora como eu volto para casa? Havíamos combinado de dividir o táxi e eu não tinha trazido dinheiro para pagá-lo todo sozinha.

Levantei-me enraivecida. Marcelo acompanhou-me calado. O que farei? Só me restava encontrar o Pedro, ele poderia me emprestar um dinheiro. Vou morrer de vergonha em pedir, mas ele não negará. Depois o pagaria de volta na faculdade, já que agora nos últimos semestre ele seria meu professor.

— Sua amiga foi embora? — Marcelo não parecia preocupado.

— Foi. — respondo entredentes.

— Sem problema, eu te dou uma carona até sua casa. Seria um prazer.

Ignorei a oferta de Marcelo e andei pela festa, até avistar Pedro que atravessava a sala com um copo de bebida numa mão e agarrado em uma garota com a outra.

— Pedro!

— Olá, ruiva. — ele sorriu torto.

— A amiga dela foi embora. — Marcelo se adiantou. Pedro nos olhava pensativo e um bocado bêbado.

— Ora, então a leve para casa. Poxa!

Pedro saiu segurando-se a garota, sem que eu tivesse chance de dizer algo contrário. Olhei confusa para Marcelo, não sei se confiava o suficiente nele, alguém que acabara de conhecer para que ele me levasse em casa. Ele fez novamente o convite e sorriu largamente, o que fez com que eu aceitasse.

Ele aproveitou o passeio de carro para me contar mais sobre sua vida e sua família, a qual ele encontrava quase todos os domingos numa churrascada promovida pelo seu pai.

A frente de meu apartamento ele estacionou, nos olhávamos por alguns segundos alguma coisa me prendia aquele acento, eu não desejava realmente ir embora, suspirei.

— Obrigada pela carona. Foi uma ótima festa. — sorri ao abrir a porta do carro.

— Também adorei a festa. — ele sorriu-me. — Emily, você poderia me passar o número do seu celular? Acho que podíamos nos encontrar para sair um dia desses.

Meu telefone? Será que eu desejo isso? Seu sorriso era tão encantador e sua companhia era agradável. Por que não? Ditei-lhe o número, que ele anotou prontamente. Permaneci um tempo refletindo se pedia ou não o seu, mas não pedi. Despedi-me com um aceno e coloquei o pé para fora do carro, ele me puxou de volta e deu-me um fogoso beijo.

— Te ligo então. Tenha uma boa noite. — ele me lançou seu largo e conhecido sorriso.

Senti-me confusa ao continuar o olhando até ele ir embora com o seu luxuoso carro prata. Assim que entrei em meu apartamento, retirei os sapatos, peguei Lucky e me sentei no sofá. Ao acariciar a ave, a festa de Pedro vinha-me à mente.

Não realmente a festa, mas Marcelo. Não compreendia o que tinha me encantado nele. Contudo eu me sentia flutuante, algo que não fazia parte de meu cotidiano há um longo período. Fiquei ansiosa, perguntando-me se ele ligaria. Será que sairíamos novamente? Meu coração reaprendera a bater e a sensação era boa.

****

Acordei no domingo com o toque do telefone, saltei da cama esperançosa de ser Marcelo.

Não, era apenas Alice consumida pela culpa por ter me esquecido na festa. Eu estava brava com ela, contudo me sentia com maior aspiração de aceitar suas desculpas e desligar logo o celular, afinal Marcelo poderia ligar. Fiz uma massa minuto com salsicha para o almoço e fiquei no computador, com os ouvidos e olhos atentos ao celular.

Rodrigo e Gustavo chegaram da praia carregados com mochilas e, cansados, jogaram tudo no chão da sala. Rodrigo se sentou no sofá colocando os pés para cima, enquanto Gustavo vinha me dar um forte abraço.

— Então, como você e Alice sobreviveram a uma noite sem nossa presença? — Rodrigo gritou animado do sofá.

— Fomos numa festa na casa de Pedro.

Rodrigo sorriu entusiasmado e aproximou-se para saber todos os detalhes, Gustavo me fitou incrédulo e mudo. Acho que ele previa que eu teria alguma novidade só pelo tom empolgado de minha voz.

Relatei para eles como encontramos Pedro no supermercado e os detalhes da festa, deixando por último os acontecimentos que envolviam Marcelo.

— Que Incrível! — Rodrigo sorriu animado. — Ficamos uma noite sem nos vermos e já aconteceu um monte de coisas.

Ele adorava detalhes sobre possíveis romances. Gustavo me observava ainda em silêncio, provavelmente por não ter opinião formada sobre o ocorrido.

— Então, está ansiosa para que ele ligue? — Gustavo por fim sondou meus sentimentos.

Confirmei sorridente. Ele me fitou preocupado, eu também estava. De onde vinha toda essa empolgação? Eu desejava outro?

Não precisei esperar muito. Marcelo ligou logo após o almoço, convidando-me para jantar no início da noite. Fiquei radiante o resto da tarde, enquanto Rodrigo e Gustavo ajudavam-me a escolher uma roupa. Estranhamente, não pensei sobre o que poderia acontecer no encontro, apenas me concentrei no presente, sem projetar qualquer futuro ou deixar-me ser atacada pelos temores de como deveria conduzir esse jantar. Eu apenas me sentia novamente feliz.

Marcelo me levou a um belo restaurante, não comi muito, já que frutos do mar não faziam parte de minha rotina alimentar. A sobremesa, porém, estava divina. Conversamos agradavelmente sobre o trabalho dele. Ao lado dele permaneci mais séria do que de costume, era como se uma versão mais adulta de mim mesma estivesse no comando.

Não consegui imaginar eu e Marcelo jogando videogame ou comendo pizza com a mão na frente da TV, nem mesmo fazendo piadas e brincadeiras implicantes como fazia com Ricardo ou Giovanni. Era diferente estar com ele, contudo gostoso. Ele aparentava sofisticação, vestido com roupas sociais e caras. Era alegre e tentava me deixar à vontade, não foi surpresa terminarmos a noite em seu apartamento. E que noite!


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