Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

4. Ser pai separado - Giovanni

Em minhas tardes de folga, costumava ler alguns artigos científicos ou organizar as aulas, contudo hoje estava com saudades da minha pequena. Não era um dia programado de visitas, todavia liguei para Rebeca pedindo permissão para ver milha filha.

Esta era a pior parte do divórcio, ficar a mercê do bom humor de minha ex-mulher para poder passar um tempo ao lado de Nina. Surpreendentemente, Rebeca aceitou meu pedido sem fazer um drama de quinze minutos sobre algum aspecto de minha personalidade que a chateava.

Passeio de pai separado não fugia muito de shoppings, praças ou zoológico. Desta vez, Nina queria ver uma animação no cinema.

A vantagem de ser um pai nessa situação é que aprendemos a dar mais atenção aos nossos filhos. Embora, em alguns momentos, Nina tentasse tirar proveito de minha culpa por não participar diariamente de sua rotina pedindo presentinhos ou teimando, algo que não era seu costume quando morávamos na mesma casa. Meu coração por vezes amolecia cedendo às vontades de minha filha. Como poderia negar algumas coisas aos olhinhos pedintes de uma menina de sete anos?

Após o cinema, paramos na praça de alimentação para pegar um lanche, preferiria que ela comesse algo saudável, no entanto ela me dobrou novamente. A mesa ficou coberta por batata-frita, hambúrguer, sorvete e chocolate. Nina comia o resto de sua sobremesa, pensativa.

— Vai ser sempre meu pai?

— Claro que sim. — sua dúvida me pegou de surpresa. Como devia estar a cabecinha de minha filha com o divórcio? Puxei o ar não permitindo que ela visse meu abalo emocional diante de usa pergunta. Ofereci-lhe um guardanapo para deixar sua boca um pouco menos melecada chocolate. — Por que me perguntou isso?

— O primo Júlio nunca mais viu o pai.

Seu medo apertou meu peito. Minha filha me comparava com o irmão de Rebeca. O cara se envolveu em paixões passageiras com garotas mais jovens e simplesmente se esqueceu do filho.

Olhei no fundo dos olhinhos de Nina, segurei sua mão melecada entre as minhas e disse firme:

— Não importa o que aconteça, sempre será minha filha amada.

— Mesmo se casar de novo? — ela testava a sinceridade em minhas palavras, ao me olhar com sobrancelhas curvas.

— Sim. — confirmei com convicção. Meu amor por Nina não seria abalado por nada no mundo e eu queria que ela entendesse isso. Além do que ter casado uma vez já havia sido uma experiência bastante frustrante para ser repetida.

— Mamãe disse — suspirei ao me preparar para o desastre por vir. Quando Nina iniciava a frase deste modo, era previsível que a continuidade seria algo distante de elogios ou palavras otimistas sobre mim. — que logo vai se amarrar com uma vadia e não vai mais me dar atenção.

— É feio falar assim! — repreendi-a ao erguer a sobrancelha pelo palavreado usado, Nina emburrou-se. Onde minha ex-mulher está com a cabeça para falar desta forma com uma criança? O modo como Rebeca se referia à minha pessoa para Nina enchia-me de raiva. Minha língua estalou ansiada por dar o troco, e mostrar quem estava errado. Contudo, por respeito a minha filha eu reprimi o sentimento danoso. Acalmei-me. — Mesmo se eu tiver outra pessoa, nunca vou te abandonar.

— Promete? — acenei em positivo, mas ela não estava convencida. — Não vale cruzar os dedos.

— Prometo de todo o coração. — sorri ao mostrar minhas palmas abertas.

Convencida ela sorriu e voltou a comer o chocolate. Então me olhou preocupada:

— E se a mamãe casar de novo?

— Ela também não vai deixar de te amar. — Respondi sincero, embora imaginar Rebeca com outro me causara desconforto.

Aquelas dúvidas no coraçãozinho de Nina me traziam tristeza. Puxei-a para meu colo tentando lhe passar a segurança de meu amor por ela, pois independente do que eu ou sua mãe pudéssemos sentir um pelo outro ou por outras pessoas Nina teria seu lugar de destaque. Nina concentrou-se no seu lanche parecendo mais tranquila.

Quando retornei com Nina, Rebeca desceu até o saguão do prédio para receber nossa filha. Ser restringido ao saguão de onde antes fora meu lar ainda era uma sensação esquisita.

No passado, juntos escolhemos o prédio: eu optara por causa da vista para enormes árvores e Rebeca pela fachada envidraçada muito moderna na época. Ela já dava muitos sinais de que seus objetivos de vida haviam mudado, porém eu estava cego aos sinais.

— Podemos conversar? — disse entredentes, longe de ter esquecido a conversa anterior com Nina. Rebeca olhou-me com desdém, expressando claramente que era um incômodo perder tempo comigo. — É sobre nossa filha. — bufei.

— Vá aproveitar o parquinho mais um pouco. — Rebeca aconselhou Nina, enquanto sentava numa das poltronas do saguão e lançava-me um olhar entediado. — Estou ouvindo.

Conversar com a ex-mulher no saguão do prédio, sem ser convidado a entrar, era um insulto. Reprimi minha indignação, pois desconfiava que isso só fizesse Rebeca mais orgulhosa e menos disposta a dar-me atenção.

— Rebeca, não quero brigar. — esse começo já era uma constante segura em nossas conversas há algum tempo. — Só não acho certo que fique falando mal de mim para nossa filha.

— Agora sou obrigada a te elogiar?

O tom irônico dela fez meu sangue subir, tive que respirar fundo algumas vezes antes que pudesse recomeçar minha fala.

— Pode dizer o que quiser para suas amigas, seus parentes. Mas não desconte em nossa filha a raiva que sente por mim. — tentei amenizar a voz, se gritasse perderia a atenção dela. — Se ficarmos jogando ela um contra o outro, teremos uma filha infeliz e problemática como nossa antiga vizinha.

— Vou tentar, — Rebeca respondeu aborrecida — por minha filha, não por você.

Antes que eu pudesse comentar qualquer coisa, ela saiu em busca de Nina no parquinho. O final da frase me magoou, contudo minha missão foi comprida com êxito.

Senti-me um manipulador por ameaçar Rebeca com o exemplo da pobre vizinha, uma adolescente conturbada que se envolveu com drogas por mais de uma vez. Não sabia se a moça ficara assim pelas constantes e constrangedoras brigas de seus pais, que toda a rua assistia antes e depois da separação, no entanto eu conhecia minha ex-mulher suficientemente bem para saber que ela refletiria melhor sobre a situação de Nina a partir desse exemplo.

Olhei com pesar para as duas se dirigindo ao elevador. O que um dia sonhei como parte de meu futuro fora arrancado por alguém que não parecia sonhar o mesmo e passara a me considerar a pior criatura do mundo.

Eu havia passado muitas noites refletindo o motivo dela me odiar tanto, até agora não o descobrira.

****

Ao final do primeiro mês das aulas, finalmente o coordenador do curso de Biologia entrou na sala dos professores distribuindo as confirmações das pesquisas aceitas a serem realizadas neste semestre.

Eu e Pedro tentávamos retomar a nossa sobre a evolução de espécies marinhas há dois semestres sem êxito, já que o coordenador anterior não demonstrava interesse em nossa linha de estudo, nos ignorando na hora de organizar o orçamento destinado às pesquisas.

Havia esperança de que o novo coordenador fosse diferente, então na reunião de defesa sobre a pesquisa eu e Pedro nos esforçamos para convencê-lo. Depois das mulheres, genética animal era o segundo amor de meu amigo.

— Aqui está o protocolo de vocês. — O coordenador largou os papéis à nossa frente, em cima da mesa. Respirei em expectativa. — A pesquisa pode ser iniciada na próxima semana.

Um sorriso involuntário se formou em meu rosto. O papel de aceitação veio em boa hora, uma pesquisa sobre um assunto que realmente me interessa seria uma injeção de ânimo para minha atual situação de separado.

Pedro pegou os papéis e começou a lê-los com interesse, dando-me um tapa no ombro ao sorrir malicioso.

— Olha só! Aceitaram o seu pedido de três bolsistas. Espero que sejam bons, pois não quero ter que fazer todo o trabalho sozinho porque está interessado numa ruiva.

— Já disse que não se trata disso! — irritado, tranquei os dentes como a acusação. — Vai ter uma prova de seleção, outros alunos podem aparecer. Só dei a ideia de chamar o trio de alunos por que demonstram bastante interesse em aula, acho que serão bons bolsistas.

— Se diz. — ele deu de ombro, não acreditando em minhas palavras. E sorriu implicante. — Se é assim, vou chamar mais algumas alunas minhas para a prova, caso os bolsistas de sua escolha não sejam capacitados para colocarem os dados que conseguimos anteriormente em planilhas e gráficos.

As insinuações de Pedro me deixaram acanhado. Comentar com Pedro sobre a beleza de Emily não foi nada esperto de minha parte. Agora ele ficaria supondo, com sua mente maligna, que tenho segundas intenções em indicar ela e seus dois colegas mais próximos para participar da pesquisa.

Eu poderia escolher quaisquer alunos, mas além da beleza de Emily, o fato dela e seus amigos serem alunos concentrados nas aulas me dizia que seriam boas escolhas para nos auxiliar nesta organização de dados, um tipo de trabalho desestimulante aos alunos mais avançados, contudo poderia ser interessante aos do primeiro semestre.

Ao sair da sala dos professores começava a me arrepender de ter sugerido chamar Emily, Rodrigo e Alice para a pesquisa, até deparar-me com eles no Jardim ao fundo do prédio.



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro