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30. Preconceito - Emily

Eu e Giovanni líamos um livro apoiados numa enorme figueira no Jardim Botânico. Planejamos uma tarde tranquila, decididos a afastar nossos afazeres urgentes do final do semestre na faculdade por algumas horas. Meu celular tocou, era Sérgio.

— Emily! — sua voz ecoou desassossegada.

— O que aconteceu? — gritei em pânico. Já previa o desastre a ser anunciado.

— O Gustavo está no hospital! — ao ouvir suas palavras, soltei um grito involuntário de desespero. Imaginei coisas horríveis. Giovanni surpreso com minha reação chegou mais perto para ouvir a conversa. Sérgio percebeu minha aflição e tentou me acalmar. — Ele está bem, quebrou o braço e está com alguns hematomas, mas no geral bem.

— O que aconteceu? — minha voz continuou esganiçada. Meu coração se apertava em angustia.

— Bem... Ele teve uma briga. — Sérgio interrompeu a fala. Gustavo nunca se envolvera numa briga antes, o que havia acontecido? Ele continuou com firmeza. — Venha para o hospital.

O tom na voz de Sérgio me dizia que era algo grave. Desliguei o telefone com pressa e com certo pânico fiz Giovanni me levar até o hospital.

Ao chegarmos, Giovanni foi pedir informação. Eu avistei Ricardo vir rapidamente em minha direção. Naquele momento não importava se nossa relação ainda estava estranha, eu precisava de seu abraço. Quando seus braços envolveram minhas costas as lágrimas de medo por seu irmão começaram a correr por minha face.

— Não fique assim. — penalizado Ricardo beijou meu rosto. — Sabe que não aguento te ver chorar.

— Uma briga? — o encarei incrédula em busca de explicações. — Como Gustavo se envolveu nisso? — minha voz soava histérica. Ele limpou minhas lágrimas com os dedos e segurou minhas mãos, sentando-me na cadeira da sala de espera.

— Ah! Emily. Nem sei por onde começar. — as lágrimas escorreram-lhe pelas bochechas. Ver Ricardo fragilizado aumentou minha angústia. — Meu pai é o culpado. Se eu não tivesse vindo para casa neste final de semana, nem sei o que teria acontecido. — ele me fitou ao falar com a voz sumida. — Meu pai se jogou sobre Gustavo. Defendi meu irmão, tive que dar uns chutes no meu pai, senão ele não iria largá-lo. Foi tão horrível!

— Que horror! Por que ele fez isso? — meus órgãos se embolavam em desespero. Não gostava do pai dos meninos e sempre o achei moralista demais, no entanto nunca imaginei que chegaria neste ponto. E o sofrimento de Ricardo me mostrava que havia sido sério.

— Ele encontrou umas anotações do Gustavo, acho que um diário, onde ele se assumia como gay e nosso pai ficou fora de si. — Ricardo fechou os olhos para conter as lágrimas. — Foi quando ele confrontou Gus e meu irmão o desafiou confirmando a história.

Levantei-me descontrolada, tomada pela raiva. Não percebera que Giovanni há muito estava parado em pé ao meu lado com um rosto sério e as sobrancelhas franzidas.

— Como ele pôde fazer isso com o filho? — abracei Ricardo novamente. — Fico grata por ter dado uma boa surra no seu maldito pai. — ele me olhou envergonhado, lutar era algo que sabia fazer e devia ter deixado seu pai machucado. Até entendia que ele se envergonhasse disso, todavia eu percebia-me quase vingada por Gustavo. — Temos que chamar a polícia, isso que ele fez é crime. Deve pagar por sua maldade. — Gritei.

— O Gustavo pediu para não fazermos isso. — Ricardo completou. Abraçou-me mais uma vez calorosamente e apertado. — Estou tão aliviado que esteja aqui. Estava tão desamparado. Não preciso dizer que o Gus está arrasado, até porque nosso pai nos expulsou de casa.

— Sério?! — mantive meus braços confortando Ricardo. Suspirei. — Coitado do Gus! E sua mãe?

Expulso de casa? Como ele podia fazer isso com o próprio filho e a mãe não falara nada? Mas eu convivia há muito com esta família e tinha uma forte sensação que ela não se oporia às vontades de seu marido. Nunca cheguei a compreender aquela relação dos pais de Ricardo.

— Ficou chorando. — ele baixou a cabeça. — Sabe com ela é. Irá nos ver sempre que meu pai não estiver por perto e nos mandará dinheiro, mas não irá contra ele.

— Que absurdo! — soltei ainda com raiva. Desde que éramos pequenos ela sempre fazia a vontade do marido, mesmo quando não concordava com ele. Ele colocava os meninos de castigo e ela só sabia ir até o quarto consolá-los quando o marido saía. Mas nunca interveio a favor dos filhos. Minha raiva crescia. Respirei fundo. — Vou ver o Gus.

— Ele está sedado, tiveram que acalmá-lo. O Sérgio está lá, vai nos chamar quando ele acordar.

— Preciso vê-lo mesmo assim.

Desejava me certificar com meus próprios olhos do real estado de meu amigo. Ricardo concordou com a cabeça e prontificou-se em guiar-me até o quarto fazendo menção de envolver seu braço em minha cintura, mas Giovanni me abraçou tão logo me afastei de Ricardo. Eles observaram-se indigestos e eu dei-me conta de que não os tinha apresentado, além de ter me esquecido por completo da presença de meu namorado.

— Ricardo, este é Giovanni, meu namorado.

— Eu percebi. — sua voz saiu áspera.

Cumprimentaram-se secamente de modo constrangedor, no entanto eu estava com meu coração em Gustavo e não conseguiria pensar sobre a tensão surgida. Que eles resolvessem isso depois!

Entrei no quarto, Sérgio abraçou-me e confirmou decepcionado como todo o acontecimento fora horrível. Eu ainda não me conformava em não colocar aquele pai monstro na cadeia. Mas Sérgio sussurrou no meu ouvido que iria ter uma conversa com aquele cretino. Eu vislumbrei uma pitadinha de alegria, sabia que o Sérgio pelo menos o deixaria com remorso.

Sentei-me ao lado da cama de Gustavo, que dormia. Meu amigo estava com o braço engessado e alguns hematomas no rosto, havia levado um soco no lado direito. Acariciei-lhe o cabelo.

Giovanni e Ricardo mantiveram-se em pé ao lado da cama em silêncio mórbido. Uma enfermeira veio falar com Sérgio, confirmando que quando ele acordasse poderia ir para casa. Casa? Mas que casa? O pensamento me afligiu. Olhei novamente para Gustavo tão frágil e decidi-me:

— Ele ficará lá em casa, no quarto de minha mãe. — comuniquei. Ricardo esboçou alegria com minha ideia. — Depois ligo para minha mãe e a coloco a par da situação, ela não irá se incomodar.

Sérgio concordou e ofereceu ajuda no que precisássemos. Giovanni se mantinha sério e quieto, parecia aborrecido com a situação.

Gus acordou meio sonolento, olhou-me e forçou um sorriso. Abracei-o com cuidado para não tocar no braço machucado. Ficamos abraçados por um tempo em puro silêncio consolador. Ele ainda estava sobre os efeitos dos calmantes, o que fez com ele soasse desinteressado quando lhe informei que iríamos para minha casa.

Assim que ele foi liberado, o colocamos no carro de Giovanni e fomos para o meu apartamento. Sérgio buscou o seu filho mais velho para apoiá-lo com o pai dos meninos e pegar algumas coisas para o Gustavo. Ricardo auxiliou o irmão nas escadas e depois o colocou deitado na cama de minha mãe, enquanto eu preparava chocolate-quente para todos nós.

Vagarosamente, meu amigo bebeu o seu copo sentado na cama para logo se recolher para dormir sem expressar nenhuma palavra. Meu coração sangrava machucado toda a vez que eu percebia seu sofrimento.

Na sala, Giovanni mantinha-se como uma estátua a observar Ricardo, que aninhava Lucky e riu implicante ao me ver.

— Nossa! Quase não reconheci a arara. Ele cresceu muito.

Concordei sem vontade ao sentar-me no sofá. Giovanni jogou-se ao meu lado com o braço sobre meu ombro numa pose de posse. Ricardo analisou-o com desdém e apoiou-se no braço do sofá ao meu lado brincando com Lucky em total provocação ao outro.

Giovanni estava impaciente e calado desde que chegamos do hospital. Era evidente como a presença de Ricardo o incomodava. Suspirei temerosa em ter que separar mais uma briga idiota, quando minha única vontade era deitar-me ao lado de Gus e chorar com ele.

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Desejo um bom Natal a todos!!!

As postagem retornam em janeiro, fiquem no aguardo. 

Abraços.


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