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Estado de emergência: terceiro estágio.


Aguardamos pelo dia em que retornaremos lentamente a um novo mundo que ainda se projecta. Temos mais incertezas do que gostaríamos, que dificultam a definição de uma nova existência. Não dispomos de instrumentos de navegação precisos, que nos orientem e assegurem a trajectória certa; Não chegou ainda o momento da realização de testes serológicos que permitirão aferir a imunidade populacional e a vacina está longe do futuro imediato. Vemos apenas a ponta do icebergue. Por esta condição incerta, torna-se vital garantir a capacidade de monitorização adequada que permita reajustar e redefinir as medidas adoptadas, e em simultâneo, uma comunicação transparente, assertiva e coerente entre os orgãos de decisão e a sociedade. Não podemos cair na esfera do livre arbítrio. Seria desastroso e certamente um retrocesso. As orientações preconizadas pela Comissão Europeia para a suspensão das medidas de contenção, constituem um roadmap para que os vários estados-membros definam as suas próprias estratégias; Adequadas à realidade e condição presente de cada país. Há um consenso no que diz respeito à estratégia de abertura gradual, que permita avaliar o impacto das medidas e fazer os reajustamentos necessários que previnam novos surtos epidémicos. Em alguns estados, personalidades de várias áreas de saber, entre eles cientistas, defendem que os grupos mais vulneráveis, população com mais de 70 anos de idade e diversos doentes crónicos, deverão ser protegidos por mais tempo. Terão de aguardar estoicamente até ao último porto de desembarque. Mas ninguém sabe ao certo quanto tempo demoraremos a chegar. No contexto nacional, a urgência da abertura da economia e da sociedade ao mundo exterior, não pode suspender por tempo indeterminado a liberdade individual de mais de 20% da população. Ainda que a sua protecção seja uma medida legítima, tendo em consideração o grau de severidade com que o vírus afecta estes grupos de risco, a solução não deve assentar num critério de exclusão sem termo, com consequências na esfera da saúde física e psíquica, que não conseguimos avaliar. Simplesmente não é realista. Nesta viagem não há passageiros de 1ª e 2ª classes, antes seres humanos com características e necessidades muito diversas. A esfera de acção e a consciência de cada ser humano não se categoriza de forma simplista, numa faixa etária ou num grupo de patologias. Olhando para a realidade actual em diversos países da Ásia, podemos observar como a educação cívica traz benefícios. Entre outras medidas de protecção que se têm revelado eficazes na contenção do surto, o uso generalizado de máscaras há muito que foi implementado em períodos de epidemia. Também como barreira de defesa contra a poluição atmosférica que afecta muitos destes territórios. Passou a fazer parte do quotidiano de milhões de pessoas. O princípio da responsabilidade colectiva e a disciplina síncrona, tantas vezes conjugada com actos de repressão, são "atributos" de estados totalitários. Arrepia-nos. Mas se conseguirmos isolar o benefício destas regras no contexto actual ganharemos todos neste combate global. Estarão as sociedades ocidentais dispostas, numa fase transitória sem prazo definido, a alterar os seus padrões de comportamento, incorporando novos hábitos e respeitando novas regras de disciplina colectiva que viabilizem o regresso de todos os grupos ao palco da vida activa e plena? Estarão os grupos de risco conscientes da sua condição de vulnerabilidade e dispostos a aceitar e alterar o seu quotidiano, em liberdade, por forma a que a sua exposição ao risco seja minimizada? Os espaços colectivos, públicos e privados, são contextos que exigem hoje novas regras para a sua fruição. O uso obrigatório de EPI (equipamento de protecção individual) em contextos laborais diversos, tais como áreas produtivas nas fábricas, nos cuidados de saúde, em obras de construção civil, entre muitos outros, poderão constituir uma matriz e ajudar-nos na extrapolação que permita redesenhar a vivência nestes espaços. Urge definir, comunicar e implementar medidas de protecção apropriadas a cada fase e válidas para todos os cidadãos, sem exclusões. Nada é livre de risco. No campo das incertezas, o diálogo, a partilha de informação, o avanço da ciência, a mobilização colectiva, o respeito pela liberdade do Outro, tudo isto é valioso.
A realidade não se define a preto e branco. Regressamos sempre ao degradé... 


Patrícia Frazão Bento, 24/04/2010

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