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⚔️ Prólogo


   — Faça silêncio, homem. – pediu Eustáquio enquanto o tempo se tornava cada vez mais escuro. — E não faça força contra os galhos, eles podem rachar.

   — Você não teme essa floresta? – perguntou Davos Fester, terceiro recruta do exército. Havia um sorriso questionável em seu rosto cansado.

   Eustáquio não caiu na brincadeira infeliz do companheiro. Por mais que fosse jovem, no alto de seus vinte e cinco anos, ainda era um pouco mais velho que Fester.

   — Pare com isso. Não seja tolo. Sobramos somente nós dois e precisamos um do outro. Agora preste a atenção e não pisque os olhos. – respondeu. — Não vê nada de diferente lá para baixo?

   — O que acha? São só as grandes árvores de sempre. Não escuto e não vejo nenhuma movimentação.

   — Precisamos descer. De nada adianta ficar nesses troncos velhos durante toda a noite. É melhor partirmos.

   Davos sabia que seria arrastado novamente para o solo e logicamente o perigo seria ainda maior, mas esperava que fosse demorar um pouco mais. Ele olhou levemente para Eustáquio, que logo se pôs a descer.

   — Não tenha medo dos mortos, Fester. Tenha dos vivos. Venha, vamos. – sugeriu o mais velho, acelerando o passo pelo chão tomado pelas folhas que desceram do topo das grandes árvores.

   — Você viu, não viu? As histórias são verdadeiras.

   Eustáquio era muito sábio e frio para sua idade. Soube administrar a caótica situação e tentava passar tranquilidade ao amigo.

   — Não pense nisso. Não olhe para trás e tenha fé. – indicou rispidamente. — Temos uma longa caminhada pela frente. E a noite ainda está caindo.

   Davos suspirou. Estava com medo. Olhou para o céu de relance. Temia o escuro, e com razão.

   — Sabe, papai dizia para que eu não temesse a noite.

   — A escuridão afeta sua virilidade, Davos?

   — Não é isso. Eu só... – gaguejou. — Me sinto levemente fragilizado.

   Eustáquio viu o aperto em torno da boca do amigo. O capuz negro cobria parte de seu rosto jovial enquanto realizava sua primeira missão junto a tropa de exploração - que agora era formado somente por ambos. Ele sabia que o mais jovem estava debilitado, mas se recusava a entregar os pontos tão facilmente. Estava há quatro meses no grupo e agora trabalhava pela sexta vez explorando as regiões fora das muralhas.

   Davos desejava ser como o amigo. Forte, habilidoso, mais experiente e irredutível, mas não estava acostumado àquela vida conturbada de viajar por entre o desconhecido. Afastado de casa, lembrou-se de como gostava da sopa de sua mãe e da saudade de uma boa cama macia.

   Era muito melhor apenas ouvir as histórias do que ter de vivenciá-las. Eustáquio ainda convivia com a imagem de seus outros companheiros mortos em horas atrás. Sua cabeça não parava. E seus pés também não. Continuou a andar.

   — Uma caverna seria de bom grado. – disse Davos. — Não acha?

   — Com um porco assado e uma garrafa de bebida, melhor ainda.

   Davos teve a sensação que algo o seguia. Eustáquio desconversou e manteve-se adiante. O amigo não conseguia ficar em silêncio.

   — O Capitão Levi lhe daria uma promoção caso concluíssemos essa expedição. Eu tenho certeza. – comentou cautelosamente. — Desculpe por não ter feito minha parte.

   — Deixe de besteira. Nossa missão ainda não acabou. Nós estamos vivos, lembre-se disso. – disse secamente enquanto se movia contra o vento cortante em seu rosto.

   Eustáquio balbuciou algumas palavras em voz baixa e prosseguiu com o trajeto. Cada hora era pior que a anterior. A noite implacável e densa deixaria qualquer homem assustado e Davos, pela sua inexperiência, ficava ainda mais aturdido. Cogitou puxar assunto novamente, mas o receio por chatear o amigo o fez ficar em silêncio. As botas negras de couro e o grande manto marrom de lã ainda resistia a friagem. Ambos suspiraram, estavam em uma elevação. Em uma subida. Se entreolharam e voltaram ao esforço contínuo.

   Ambos partilhavam de uma saudade. Seus cavalos. Desaparecidos após os acontecimentos passados. Todos os dez homens da tropa foram mortos por um inimigo desconhecido e por isso vagueavam solitariamente desde então.

   O recruta moçoilo enconstou em uma árvore a esquerda. Sentiu-se cansado e desta vez não o escondeu.

   — Vá na frente. Eu posso aguentar alguns minutos aqui. – sugeriu enquanto seu braço direito recostava-se no tronco.

   Eustáquio observou a lua mansamente. Contraiu os lábios.

   — Nada disso. Vamos escapar daqui juntos. Passe o tempo que for.

   Os dois não tinham muitas semelhanças e Eustáquio aparentava ter uma década a mais, dada personalidade inabalável e postura firme. Apalpou suas grossas vestes. Não tinha sequer uma fruta para comer. O frio ligeiro assolou Davos novamente. Ele suspirou como se fosse a última vez. Não queria retormar a viagem, mas sabia que era necessário caso quisesse sobreviver. Ajeitou o manto e as facas na cintura. Havia perdido sua espada na fuga e já não contava mais com ela.

   Eustáquio agradecia pela luz da lua. A única luminosidade que tinham. Logo, um vento forte se fez presente. Seus mantos agitaram-se.

   — Há algo de errado aqui. – sussurrou o recruta. Não moveu um músculo ainda encostado à árvore. — Eustáquio?

   — Escute a escuridão. – respondeu brevemente. Passado alguns minutos, já trêmulo, analisou a situação. — Ruído de animais distantes. Sacolejar das folhas. Eu prefiro acreditar...

   Relutaram em prosseguir. Davos sinalizou negativamente para o amigo. Recusou a olhar para trás, como bem Eustáquio havia alertado horas atrás. Não posso fracassar em meu primeiro trabalho.

   Eustáquio tomou coragem. Virou-se lentamente. Passou os olhos pela escuridão florestal.

   — Vou para o topo delas. Quem sabe não encontro algo. – apertou o estupendo cinto na manta e pôs a se erguer por uma grande árvore.

   As mãos pegajosas por seiva. O olhar forte e o esforço evidente. Chegou a altura máxima.

   — Vê algo? – perguntou o que estava abaixo.

  Eustáquio passou os olhos vagamente pelo território. O brilho da lua o ajudou. Logo, o restolhar das folhas arrepiaram seus pêlos até a nuca. O pio de aves distantes quase o fez pular. Não respondeu Davos.

   Viu, a uma boa distância, um capote negro desfilar vagarosamente. O movimento em deslize o fez prender a respiração. Depois, respirou aliviado. Não viu mais nada. Talvez fosse um delírio.

   — Davos. – disse. — Estou para descer. Continue onde está.

   O mais jovem não sentiu verdade no amigo. Pressentiu algo ruim. A floresta sussurrou uma vez mais. Eustáquio viu a veste negra dançar novamente e se agarrou ao tronco. A seiva doce tocou sua bochecha. Olhou suavemente para baixo e com os dedos, pediu que o companheiro fizesse silêncio.

  Davos percebeu que o amigo não estava para descer. Deduziu que havia visto algo e sutilmente tocou suas facas na cintura. Estava para puxá-las e atacar contra o que quer que fosse. Ouviu um longo silvo. Ele está aqui.


   (Imagem meramente ilustrativa / Google)

   A manta obscura tremeluziu assustadoramente. Uma capa negra e longa, salpicada por terra. Emergiu das sombras da noite frente a Davos. O recruta ficou paralizado. Estático com as mãos em suas armas. Eustáquio acima pouco pôde notar. Via apenas o deslumbre da veste. Ele sempre esteve na nossa cola. Quis nos cansar.

   Aquele momento passou como uma flecha. O desconhecido se aproximou do rosto de Davos Fester, que sequer puxou suas facas. Os braços amoleceram. Seus joelhos tocaram o chão enquanto seu rosto encarava o inimigo. Sua alma foi puxada. Seus lábios perdiam a cor aos poucos. Eustáquio tateou sua espada. Preciso fazer alguma coisa.

   Saltou do tronco. Tamanho pulo fez com que a criatura se deslocasse, distanciando-se de Davos. Eustáquio olhou para o amigo atrás de si. Estava tremendo. Enfraquecido e com a pele esbranquiçada.

   — Aguente firme, amigo. – disse ao olhar de relance. Empunhou sua longa espada que brilhava a luz da lua. Frente a frente ao responsável pelo fracasso de sua expedição.

   Então o mundo fora das muralhas é assim. As histórias não são só histórias. Elas existem.

   Eustáquio não enxergava nada na direção onde deveria estar a cabeça do homem que vestia a manta negra. Não era só mais um recruta, era um soldado lutando contra um inimigo que fugia da compreensão dos homens. Empunhou sua espada com vivacidade e encarou o que estava a sua frente. O ser fantasmagórico sibilou algo em um idioma desconhecido. A manta negra rastejou em sua direção.

   Em um lapso, viu seus olhos. Branco como leite.

   — Fuja. – pediu Davos atrás. — Vá embora, Eustáquio. Viva!

   Ele pensou duas vezes. Ficou. Era pela missão. Por todos que haviam morrido anteriormente. Apertou o punho de sua arma e desferiu um golpe em velocidade. O vulto negro transitou em defesa. Em seguida, Eustáquio ficou a centímetros do inimigo. Olhou de perto aquele olhar maligno. Enfiou a lâmina prateada no centro. Sentiu atravessá-lo. Trocou olhares profundos com aquela coisa. Teve a sensação de ter seu rosto desmanchado, sugado. Suas forças sendo retiradas de seu próprio corpo. O inimigo o tocou. Um punho ossudo tateando seu pulso direito. Um sentimento ruim. Suas pernas fraquejaram, mas ele resistiu. Continuou até que Davos percebeu que aquilo levaria ambos a morte. Empurrou Eustáquio por trás, fazendo com que o amigo caísse a alguns metros de distância junto a sua espada. Rolou pela elevação abaixo.

   Eustáquio estava extenuado. Desceu aos trancos e barrancos. A última imagem que seus olhos captaram foi a do inimigo a centímetros de seu amigo. Davos se sacrificou.

      Oi, eu sou o Rogi! Se chegou até aqui (primeiramente, eu agradeço!) e em segundo, deixe seu voto e algum comentário a respeito (que seja mais de um!). O que está achando? Toda e qualquer opinião é de grande valia. Tenha um bom dia!


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