Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⚔️ Capítulo 15: O mestre dos animais


   Naquela porção de breu, os ventos refrescantes desciam como chicotes por entre as árvores, suspirando contra o rosto da Comitiva somada aos novos acompanhantes. Em silêncio, Sigmund sentia a fadiga pela batalha e pelo peso de carregar o corpo de Robb. Dário tinha leves motivos para ainda agradecer pela sorte que tivera, pois o livro herdado ainda estava consigo, em que pese ter perdido todo o resto da bagagem. Artorius preocupava-se com a saúde do inconsciente amigo, o deixando por muitas vezes inquieto. Valakari pensava em como sobreviveria em disputas futuras, pois seu escudo estava quebradiço. Arno ainda queria fumar.

   Sem suas estimadas montarias e à mercê da boa vontade de um grupo de animais, acataram tais ordens dadas pela raposa e executaram o caminho longo e verde, composto por troncos de árvores de tamanhos e formas inumeráveis, erguendo-se do solo em bruscas sequencias. Pôde-se notar uma trilha que subia à uma elevação de alguns bons metros e seu término não era visto, encoberto por copas de árvores e muitos galhos longos. Felizmente não houveram imprevistos e os bravos patrulheiros puderam seguir as criaturas sem nenhum temor, pois a Floresta Verde exalava harmonia e serenidade, como poucos lugares no mundo.

   A raposa falante encabeçava o time, percorrendo e liderando o grupo como se fossem seus subalternos, ainda que falasse pouco. Tinha médio porte e pelos castanho-avermelhados. Físico alongado, com uma cauda extremamente cumprida e peluda. Ao dialogar, seus dentes eram visivelmente grandes, principalmente os caninos, afiados e pontiagudos, enquanto os carniceiros eram ligeiramente menores.

   — Para onde estamos indo? - perguntou Valakari, curioso e não incorreto. Cambaleava com o deteriorado escudo.

   — Vocês verão em breve. - respondeu o animal. — Já estamos chegando.

   — Não precisam se preocupar. - interviu um dos castores. — O velho mestre salvará seu amigo. Ele é o melhor! - gritou com uma voz simpática. — Aliás, perdoe não ter me apresentado! - seus incisivos dentes saltavam para fora. Fortes e afiados. — Me chamo René e estes são meus amigos.

   Era rechonchudo, inegável. Inchado, para ser sincero. Uma cauda oval e achatada na cor preta. De pelagem grossa, lustrosa e áspera na cor castanha. Caminhava de modo jocoso e logo subiu na corcunda do veado.

   Foi-se um longo tempo gasto em andanças pela floresta até abrir-se um caminho largo, com folhas ainda maiores, troncos fortes e solos férteis. Em poucos passos, avistaram um grande lago em forma circular, na qual não só recebia águas que desciam dos céus, como também de um fluxo que escorregava por entre uma família de pedregulhos rudimentares logo ao leste. O centro da água era ligado por uma ponte de madeira com aspecto gasto e de longas eras, ligando em duas extremidades, levando os viajantes a uma casa erguida, na qual tudo se centralizava. Era como uma grande caixa flutuante de madeira sobreposta em plataformas do mesmo material, recebendo um visível segundo andar na parte superior com direito a duas janelas triangulares e baixo, três arredondadas como uma escotilha - tal qual sua porta de entrada. Também via-se palha e taipa, assentados sobre uma armação de ripas e até mesmo galhos.

(Imagem meramente ilustrativa / Google)

   A raposa passou seus olhos contra Valakari, que assentiu.

   — É, eu espero que seja resistente. - disse Arno ainda com dúvidas, mas não sem simpatia.

   Concluíram a ponte em poucos minutos e com direito a olhares dançantes contra as águas e as cordas que insistiam em manter tudo aquilo de pé. Dário observava por todo o período a casa e questionava-se sobre quem estaria na parte interna. Acima, via-se muitos colinas e montanhas com seus picos abençoados pelo negror.

   Na casa, ninguém vivia. Encontrava-se obsoleta à princípio e a porta estava entreaberta. Havia uma lareira recém-apagada e um forte cheiro de tabaco, que de bate e pronto atiçou Arno, analisando cada local com seus grandes olhos, até ver à certa distância uma gaveta quebrada com uma sequencia de ervas espalhadas. Não sabia do que se tratava, mas desejava utilizá-las, ainda que tenha se decepcionado posteriormente.

   René saltou para uma das cinco cadeiras que circulavam uma mesa. Todas de faia entalhada e encerada e sem travessas para reforçá-las. Existiam muitos outros cabides presos as paredes, mas aparentavam inutilização.

   — Esteve aqui em pouco tempo. - analisou a raposa. Cheirou o ambiente ainda mais. — Nicolau, percorra as terras próximas e veja se consegue encontrá-lo. Se possível, entre em contato com os outros.

   Sua ordem foi dada ao veado, que acenou com a cabeça e logo se retirou em velocidade pela ponte.

   — Fomos tapeados! - gritou Artorius, indignado, pois temia pelo pior. — Não há ninguém que possa nos ajudar aqui. A raposa mente.

   — Calado, humano idiota! - regougou a criatura. — Ele quase nunca está aqui... Agora deite o corpo sobre a mesa. - ordenou movimentando os olhos para os outros. — René, procure por Chico e Theodor e com muita pressa. E vocês - dirigiu-se ao resto da Comitiva. — façam algo de útil e me ajudem com os tratamentos.

   Robb transpirava de forma abundante e seu corpo estremecia levemente. A pele estava mais esbranquiçada que o normal e de tempos em tempos seu corpo estagnava e em todo intervalo o grupo pedia aos Deuses que ele não tivesse partido para outro plano. A ferida no pescoço se tornava cada vez mais roxa, tomada por um aspecto podre e pestilento.

   Mais ainda, na calada da noite, o castor René adentrou a casa, acompanhado por um simpático esquilo.

   — Theodor! - a raposa bravejou. — Você sempre está com ele! Achei que René fosse encontrá-los juntos!

   O pequenino assobiou, balançando a cabeça negativamente, pois não falava.

   — O que diz o esquilo? - perguntou Saknussemm, com a cabeça pendurada em uma das cadeiras e sonolento. — Pode traduzir?

   — Disse que se perdeu do mestre quando parou para procurar nozes.

   — Mas que tolo! - e então, Theodor mordiscou sua perna com vontade.

   — Tenha cuidado com o que fala! Os animais entendem. - respondeu René.

   A raposa correu pelas janelas, observando o céu estrelado, pensando sobre quando o anfitrião chegaria. Artorius e Valakari amassavam folhas finas de uma plantação desconhecida. Após ralarem e a enrolarem em um pano, preencheram o pescoço do companheiro enquanto Dário mantinha uma vela próxima ao local.

   — Mas e Chico, René? Por que não o trouxe? - voltou a questionar.

   — Não o encontrei em canto algum e ninguém o viu.

   Foi-se um longo tempo perdido, enquanto a vida de Robb corria perigo. Nem mesmo o veado Nicolau retornou, pois muito provavelmente havia fracassado em sua missão de encontrar o mestre, seja lá quem ele for.

   Pelo resto de toda a noite, a raposa permaneceu ao lado de Artorius, pressionando o ferimento de Robb com um o lenço umedecido. A grande maioria executou um esforço abissal para conseguir ter uma noite de sono nas cadeiras, pois nem no segundo andar havia uma cama, somente entulhos como livros velhos, tintas e inúmeros pergaminhos. O restante dos animais rumaram para a Floresta para seu maior aconchego.

   O animal dominante despertou todos logo ao amanhecer, ainda quando poucos raios de sol trituravam as janelas. Distribuiu regras, autorizou e ordenou que saíssem em busca dos outros. Artorius se propôs a ficar vigiando Robb e lhe foi atribuído tal tarefa de permanecer de pé em assistência ao amigo. À tarde, ainda sozinho e de bruços em uma das cadeiras e se desmantelando em sono, o patrulheiro ouviu uma voz cantante.


   Curioso, mas ainda assonorentado e modorrento, ergueu-se com dificuldades e passou os olhos no vidro redondo. Buscava a direção da cantoria.

   — Quem é você e o que faz em minha casa? - trovejou um vozeirão em suas costas.

   Ao virar-se, sentiu-se frente a um furacão e uma sombra arrepiante pairou sobre a sala. A lareira se apagou e havia um homem de porte grande e velho. Seu cabelo e sua longa barba eram prateadas, o que refletia sua idade. Erguia um cajado de madeira com uma brilhante esmeralda em seu topo, o que combinava com sua longa veste escurecida com detalhes em verde-musgo. Tinha um chapéu esverdeado e pontudo que cobria sua sobrancelha espessa.

   Artorius arrepiou-se por completo e seu corpo formigou da cabeça aos pés. Tombou para trás, derrubando as cadeiras e tentando segurar-se em qualquer coisa que tinha em sua frente. Sua espada escorregou pela bainha e metade se expôs pelo chão. Ele engatinhou para trás, tremendo de forma assustadora enquanto o velho lhe amaldiçoava com os olhos cinzentos. Por um momento, era como se Robb sequer estivesse ali.

   — Não brinque comigo, meu rapaz! Você sabe quem eu sou?!

   — Não, não. - esforçou-se para responder, ainda gaguejando. — Viemos com a esposa! - disse suando. — Quero dizer, com a raposa! Viemos com a raposa!

   O anfitrião lhe secou com os olhos e então, a porta se abriu. René saltou contra o corpo do homem. Logo atrás, vinham os outros animais e a Comitiva.

   — Harald! Por onde andou? - indagou a raposa. — Estamos a sua procura desde ontem, quando encontramos esses homens desorientados após um encontro com criaturas das sombras. Soubemos por Émile.

   — Ah, sim! Émile está ciente de tudo que vem acontecendo. Eu fui obrigado a sair para investigar muitas outras coisas... Você não acreditaria em como as trevas se alastram por essa terra.

   As horas se passaram e por toda o dia houve grande conversação. Arno agradeceu por um cachimbo emprestado e um novíssimo e bom tabaco, todos entregues pelo velho Harald, que após ouvir detalhadamente suas histórias, revelou ser um druida de muito poder e dominância pelas terras verdes. Durante a tarde, pediu que todos se retirassem, para que pudesse trabalhar a recuperação de Robb sem que ninguém o atrapalhasse. Espalhou pergaminhos por toda a casa e sentou-se em uma das cadeiras enquanto destrinchava um de seus grandes livros de tantos eons. O cachimbo não saiu de sua boca nem por um instante e ele não encerrou a labuta até que freasse o envenenamento e pudesse enviar notícias positivas aos outros. Com a chegada da noite, Harald soltou a fumaça pela porta e espichou o pescoço para fora, assobiando assustadoramente alto para que todos pudessem ouvir.

   A raposa correu pela ponte encarando o mestre.

   — Immanuel! - disse Harald. — Chame quem estiver por perto. 

   A Comitiva se apressou, chegando em instantes, seguida por René e Nicolau. O druida estava com as mãos cheias de resquícios de folhas e ervas e seus punhos estavam salpicados por terra e havia um corte em um de seus dedos. Ele descansou seu cachimbo sobre a beirada da janela e observou as estrelas.

   — Ele reagiu bem. - avaliou. Houve um grande alívio passando por entre cada um, pois havia um certo pensamento negativo após dias beirando a morte. — Entretanto, lamento dizer que daqui ele não pode sair. Sugiro que passem algum tempo por essas bandas e travem suas viagens, seja lá qual destino for.

   Dário encarou Valakari por um instante, pois sabia que não havia possibilidade alguma de frearem a jornada, mas também sabia que não haviam como discutir a respeito com aquela situação, e logo optaram por passar mais uma noite na Floresta Verde, agora que conheciam seu lorde. 

     Oi, eu sou o Rogi! Agradeço se chegou até aqui! Neste capítulo, enfim conhecemos o responsável pela Floresta Verde e alguns dos animais que tanto o seguem, além, claro, de descobrirmos o que houve com a Comitiva após a batalha e como foram os dias que se seguiram! Nos próximos capítulos teremos ainda mais revelações! Deixe seu voto e comente o que achou!

* Em situações normais, o velho druida estamparia a imagem de abertura e introdução, mas para não tirar a "graça", optei por deixar apenas a liderança dos animais, a raposa Immanuel. Ah, e antes que eu me esqueça! O nome de cada animal foi retirado de algum filósofo, sociólogo e por aí vai! (exceto o Chico, lógico! Mas ele ainda não participou da história).

* Fui obrigado a anexar a música como imagem, pois o Wattpad estava dando problema com a formatação do texto.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro