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Triste Explosão de Fúria

   A dor infernal vem ao ninja que agora está sem um de seus membros e seu sangue esguicha para fora mesmo com a mão restante de Ken fazendo pressão. Tudo aquilo consegue de alguma forma energizar ainda mais o guerreiro árabe, que aproveita para rir e gargalhar intensamente, enquanto seu oponente grita de dor e se desespera para conseguir amenizá-la.

  -Olha só! Onde está toda aquela raiva de antes que o fazia nos chamar de desgraçados! Diz Khaled enxugando as lágrimas de alegria

  -CALA BOCA!!! Responde Ken com um olhar de intenso ódio.

  -NÃO!!! VOCÊ IRÁ ME OUVIR!!! Grita Khaled com um olhar irado. Posso de fato ter sido o caçula de todos naquela época, mas... E daí? Tudo isso já passou! Afinal, não fui eu pessoalmente que os matei, sem falar que a culpa é deles por permanecerem fracos demais e morrerem naquela guerra!

  -Como pode falar assim de seus companheiros que fariam de tudo por você e por Haruki! Nossa amizade era a coisa mais importante dentre todas! E sem falar que Yukio o adorava! Tanto que ele ficou chateado por nossa separação!

  -Vocês eram fanáticos por aquele cara!!! Só sabiam obedecê-lo e provar sua honra e dedicação só porque ele tinha posse de um receptáculo poderoso e mesquinho! POUPE-ME SOBRE ISSO!!!

  -Pare de dizer mentiras! Todos sabiam muito bem que tanto ele como Akemi nos tratavam como uma família! A hierarquia só funcionava durante batalhas ou perante alguém do conselho japonês!

  -Você quem deveria parar de defender esse cara! Até parece que ele é um messias!

  -Não! Ele não é alguém desse tipo! Porém, é a melhor pessoa que eu conheci em toda a minha vida, e tive sorte de tê-lo como amigo e aliado!

  -Ah! Sim! Um amigo que ao conseguir uma família de sangue de verdade, fez de tudo para fazer vocês de servos! Só que ele não imaginava que todos vocês eram tão inúteis como seguranças, a ponta de deixar a esposa dele morrer e ainda ter que abandonar o filho com um parente sem dar nenhuma explicação devida! Ou seja, por incompetência de vocês, ele perdeu a família de verdade e a vida durante a guerra em Tokyo! Diz Khaled soltando alguns risos.

  -PARE DE DISTORCER O PASSADO!!! Diz Ken avançando rapidamente contra o guerreiro árabe utilizando uma magia enquanto corre. Kattingumūn!!! "Lua cortante" em japonês.

   Mesmo espalhando seu sangue por todo o solo com sua corrida e ainda com dificuldade em manusear suas foices, o ninja avança segurando uma de suas foices enquanto a outra balança no ar, executa um corte diagonal no ar no mesmo momento em que sua foice ganha um tom vermelho luminoso em sua lâmina. Quando o corte é feito, o mesmo avança com extrema velocidade surpreendendo o inimigo e atingindo seu alvo que, infelizmente consegue se movimentar o suficiente para não ser letal, porém ainda assim há ferimentos. Ken decepa todo o antebraço esquerdo de Khaled que de maneira estranha ignora a dor e com fúria avança contra o ninja.

  -Shafarat Alsahra'!!! Diz Khaled projetando sua lâmina mágica alaranjada.

   Os dois novamente encontram suas armas, travando suas lâminas enquanto lançam olhares ferozes um para o outro desejando a mais trágica morte. E assim os sons de impactos metálicos tomam conta do lugar e os guerreiros fazem seus passos na dança mortal cuja a própria morte deve estar se mexendo junto a melodia violenta, já que a cada ataque ou defesa que eles executam, mais e mais o chão é pintado de escarlate. Porém, finalmente surge um suposto vencedor, o ninja possui maior vitalidade fazendo com que os golpes de Khaled não pareçam tão perigosos.

   E devido a essa fadiga, Ken trespassa sua foice num corte em diagonal no peitoral do guerreiro árabe que faz força para não gritar de dor ao sentir sua carne rasgar como uma folha. Percebendo a provável derrota, Khaled arrisca tudo em um golpe sujo. O guerreiro usa o resto de seu braço para esguichar seu sangue sobre o rosto do ninja, que por muita sorte o atinge os olhos, cegando por um breve momento, mas o suficiente para que consiga o que quer.

  -Kasr Dire! Diz Khaled fazendo novamente seu katar adquirir uma cor diferente.

   Assim o guerreiro árabe decepa mais outro membro de seu oponente, arrancando a perna direita do inimigo é completamente impossível que o mesmo sobreviva ou fuja, permitindo novamente com que Khaled volte a gargalhar intensamente enquanto debocha da situação patética que o ninja se encontra.

  -QUEM DIRIA QUE ALGUM DIA ACABARIAM NUMA POÇA DE SANGUE PERANTE A MIM!!! SENDO QUE TUDO ISSO PODERIA TER SIDO FACILMENTE EVITADO SE ACEITASSE MINHA PROPOSTA!!! MAS VOCÊS TODOS TEM QUE ABRAÇAR TÃO FORTEMENTE ESSA COISA TODA DE HONRA E DIGNIDADE QUE, NO FINAL DAS CONTAS, NÃO O AJUDA EM NADA!!! E AGORA ESTÁ AÍ, NESTA SITUAÇÃO DEPRIMENTE!!! Grita Khaled aumentando cada vez mais seu ego.

  -Prefiro me manter nessa situação do que sucumbir a algo que prometi destruir... E uma promessa... É algo que não deveria se descumprir... Pelo menos na maioria das vezes... Murmura Ken enquanto levanta superando todas as intensas dores que consomam seu corpo.

  -Não creio que tentará se levantar novamente?!

  -Tentar não... Eu vou! Shi no Towairaito!

   O ninja joga seu corpo para cima com seu braço direito e cria a gigante lâmina em sua foice que é fincada no chão, servindo de apoio para que ele se mantenha de pé mesmo com uma única perna.

  -Entendo... Esse tipo de tolice não será em vão, Aki! Ken!

  -O que quer dizer?

  -Que não serei apenas eu que assistirei a sua morte, como todos os Chevalier! Garantindo sua humilhação e com certeza, uma recompensa a mais pela sua cabeça somada ao entretenimento dado a eles! Maerid Alhumqaa! "Exposição dos tolos" em árabe.

   Khaled desenha no ar com sua magia, um desenho simples de um olho aberto que ao ser completado, o desenho toma uma luminosidade muito mais intensa, mas que cessa rapidamente. Contudo painéis mágicos semelhantes aos que Aisha fazia em seu esconderijo surgem nos vários cômodos onde cada membro dos Chevalier se encontra, permitindo que Kira veja a situação preocupante de seu aliado pelo televisor na sala dos servidores, como também Aisha, Selenis e Robin, deixando-os assustados e desesperados.

  -Perfeito! Agora que todos estão assistindo, acho que poderei arrancar sua cabeça com total tranquilidade! Diz Khaled apontando seu katar para o ninja.

  -Haruki... Khaled... Vocês têm certeza dessa escolha? Murmura Ken mantendo a sua cabeça baixa.

  -Como é?!

  -Eu e Aki concordamos e vamos te avisar... Se realmente deseja me matar sem hesitação alguma em seu coração, a morte paira sobre nós.

  -Do que está falando?! Está enlouquecendo agora é?!

  -Ninja Shiruetto.

   As três silhuetas negras do ninja surgem na retaguarda de Ken, aguardando ordens do dono da magia, porém rapidamente o guerreiro árabe reage sobre a situação e avança contra o ninja.

  -Nem pensar! Diz Khaled ao atravessar seu katar no abdômen de Ken, causando pânico, ódio, raiva e tristeza nos corações de seus aliados que o assistem.

   Convencido de que venceu, o guerreiro aprecia o momento e a sensação de finalmente ter aniquilado seu passado por completo, e que o mesmo sangra em suas mãos, porém tal situação ainda permite que o ninja profira mais uma frase diante tanta dor.

  -Peguem-no...

   As silhuetas o abraçam com força, prendendo o guerreiro árabe com o corpo de seu inimigo que agora apresenta um sorriso sereno, enquanto Khaled tenta sair e fazer força contra.

  -Saíam de perto de mim! Suas criações medíocres!!!

  -Uma coisa que eu e Aki prometemos é que não podemos perecer, sem ter certeza de que vocês dois deixem de existir desse mundo. E com isso, farei com que nossa morte, também seja a sua! Seppuku Bakuhatsu!

   Toda a mana existente no receptáculo de Ken e até mesmo toda a energia vital do corpo de Aki são concentradas num espaço menor do que um grão de areia e então dispersada em forma de explosão luminosa que pulveriza tudo ao seu redor, inclusive o olho mágico do guerreiro árabe, desfazendo todos os painéis mágicos e, consequentemente, deixando bem claro o final daquele combate, gerando uma tristeza enorme aos Invocadores.

  -NÃO!!! AKI!!! Grita Kira abrindo a porta da sala dos servidores com força enquanto derrama lágrimas que encharcam o interior de sua máscara e pingam de seu queixo.

   O soldado tão confortado em sua cadeira, que ao ouvir a sequência estrondosa de barulhos acaba quase caindo dela de tão forte que foi o susto o que gera mais um pouco de tempo para que o rapaz possa apontar a sua arma e disparar novamente sem mirar devido suas fortes emoções. O gatilho é puxado três vezes, o primeiro destrói a mão direita do oponente que pretendia se armar, o segundo estoura o joelho do mesmo fazendo o restante de sua perna ser jogado para a parede devido ao forte impacto, e o terceiro explode dois dos vários televisores aglomerados naquele cômodo. Gritos de dor são altos e pedidos de misericórdia são suplicados, mas a imagem da morte de seu instrutor ninja faz com que as memórias tenebrosas da morte de seu tio Hideyoshi retornem em sua mente, o que faz que Kira nem ao menos escute direito o que o soldado diz mesmo que chorando de medo. Então, a última bala é disparada, estraçalhando a cabeça do covarde.

   Seus ombros doem por disparar com aquela potente arma sem cautela alguma, porém as boas imagens que vêm em sua mente fazem com que esqueça a dor física completamente, com isso o rapaz se afunda em amargura e tristeza, quase se esquecendo de sua situação atual. Porém, o som de gemidos agonizantes chama sua atenção, trazendo-o de volta a realidade. Há mais uma pessoa na sala, mas sua presença é tão fraca, quase imperceptível. Um idoso de idade bem avançada com uma aparência tão ruim e deprimente que com certeza está no fim de sua vida. Mas não é por conta da velhice, ou pela ausência de cabelo, ou pela quantia enorme de rugas na pele que atraem os olhos do rapaz, e sim, os vários símbolos arcanos cravados em todo o corpo daquele senhor como queimaduras, acompanhados por várias agulhas que parecem injetar dentro de seu corpo fraco sendo todas elas seguradas por hastes de ferro encaixadas de maneira improvisada na cadeira de rodas que o idoso está sentado.

   O fraco senhor está de olhos fechados, porém possui espasmos com seus músculos faciais e seus dedos, como se estivesse tendo um pesadelo eterno. Suas vestimentas se assemelham a pacientes de um hospital o que deixa boa parte de seu pobre corpo judiado não apenas pelo tempo. A palavra que define essa imagem nos olhos de Kira é "sofrimento". Uma dor no coração que com certeza faz com que o rapaz chore novamente, mas agora não pelo mesmo motivo. Enquanto anda trêmulo até a cadeira de escritório, ele reflete o quanto foram idiotas suas ações anteriores que facilmente lhe matariam, e que suas dores atuais, físicas ou emocionais, não são nada comparadas ao que o avô de Alice deve ter sofrido durante todos esses longos e dolorosos anos. Uma vida tão severa e horrível que a única coisa que deseja é o fim dela, algo que ainda assim, é incapaz de fazer.

   Amon, mesmo ocupado novamente em travar sua espada contra o cavaleiro, sente perfeitamente a forte e confusa onda de sentimentos ruins e intensos que vem de Kira, o que o obriga a se afastar de seu oponente para ganhar tempo e tentar se comunicar com o rapaz para se atualizar da situação.

  -Kira?! Ei! Me responda?! Por favor, diga que consegue me ouvir! Questiona Amon mentalmente preocupado.

  -Amon? Responde Kira confuso.

  -Sim... O que aconteceu? Seus sentimentos estão tão intensos que são um tsunami de sensações ruins!

  -Contarei tudo em outro momento, agora quero que saiba de duas coisas, uma boa e uma ruim.

  -A boa primeiro, porque sinceramente, estou numa situação péssima!

  -Estou de frente ao Antoine Maxine, e ele de fato está completamente indefeso como Aisha deduziu. Diz Kira conferindo se sua arma ainda tinha munição, pois perdeu a conta dos disparos feitos.

  -Ótimo! Então poderei dar a esse cavaleiro todo o meu poder sem preocupações! Mas qual é a ruim? Diz Amon respirando profundamente enquanto se posiciona com sua grande espada, concentrando suas energias para fazer mais uma magia.

  -O Aki e o Ken... Estão... Mortos... Diz Kira ainda hesitante em dar a notícia, pois a tristeza se transforma em raiva fazendo-o cerrar seus punhos com força.

  -O QUÊ?!?! Pergunta Amon totalmente surpreso.

  -Não pense muito sobre isso! Eu fiz isso e quase acabei morto, então faça o que precisa fazer que eu também farei o mesmo! Diz Kira vasculhando o corpo morto do soldado em busca de uma arma de fogo.

   O dragão tenta controlar suas emoções e não perder a postura, e com isso, contrai seus músculos para aproveitar desse sentimento explosivo, para fazê-lo arder e ganhar força, consequentemente. Ao se sentir um pouco mais focado finalmente usa seu trunfo, o que consome cada vez mais mana de Kira.

  -DRAGON SOUL BLADE!!!

   E assim as chamas rubis surgem novamente, mas agora para oferecer ainda mais poder àquela espada colossal, cobrindo-a com um fogo capaz de pulverizar o que toca. Contudo o cavaleiro impaciente avança velozmente contra o dragão, que aguarda parado com sua espada em guarda, apenas esperando o momento certo surgir. Quando seu oponente finalmente fica próximo o suficiente, pronto para esmagar o que estivesse a frente com sua maça, Amon lança mais uma magia.

  -DRAGON EATER!!! "Comedora de dragões" em inglês.

   Quase toda a mana do samurai rapidamente é canalizada para a Ira do Dragão, que ao ser erguida pelos fortes braços draconianos, se expande instantaneamente ainda mais, tanto de comprimento, como de largura, e as chamas rubis atravessam com facilidade o teto do local, abrindo um enorme buraco preenchido por um fogo intenso. O cavaleiro assustado com a quantia de mana nesse ataque hesita em atacar ao saber que se continuar, a morte será certa, então arrisca a esquiva. Mas era tarde demais.

   Amon apenas faz com que aquela monstruosidade flamejante termine de partir todo o teto ao meio, e assim, fazendo do cavaleiro que de maneira ingênua se esquivou, em duas partes amontoadas de aço. Luís XVI é partido ao meio, do jeito que Amon deseja. E antes que pudesse comemorar sua vitória ao ver seu oponente se desfazer, acaba fazendo o mesmo devido ao seu gasto de mana absurdo, obrigando-o a retornar para seu Receptáculo Divino.

   Kira encontra um revólver mais simples no coldre do soldado morto e nota que o mesmo também está carregado. Então o rapaz o prepara e aponta para o senhor Maxine. Novamente uma onda enorme de pensamentos e emoções confusas e ruins vem em sua mente quando olha mais uma vez para o estado de uma pessoa que com certeza merecia uma vida muito mais feliz com sua esposa e parentes, porém no momento só parece desejar a morte. E com muita determinação, mas ainda com uma forte tristeza no coração, o que faz mais uma lágrima escorrer em seu rosto, ao puxar o gatilho, acertando na testa. E assim, finalmente o velho senhor se liberta dessa casca tão judiada e do pesadelo infernal, que diferente da morte de um escravista, entra em combustão espontânea gerando chamas azuis semelhantes a um fogo-fátuo, tornando o corpo e seu receptáculo em cinzas, já que sua mana também desaparece rapidamente, permitindo-o descansar eternamente. Feliz pelo grande alívio dado ao avô de Alice, Kira repentinamente se ajoelha no chão ao sentir a queda brusca de mana em seu corpo, e sua visão embaça e sua noção de espaço se torna confusa, fazendo-o assim desmaiar de tanta tontura.

   Robin e Bernard gritam fortemente enquanto derrubam lágrimas ao ver tal cena horrorosa que, da mesma forma que Kira, lembram de coisas ruins do passado, afinal é o segundo tutor que eles veem morrer. No entanto, risadas doloridas, porém sarcásticas chamam a atenção do arqueiro. Roy Chevalier tenta se levantar aos poucos com o resto de força que ainda existe em seus braços e pernas para conseguir se desgrudar da poça de sangue em que está condenado, o que impressiona, mas também irrita Robin que de maneira bem furiosa diz:

  -POR QUE VOCÊ NÃO MORRE DE UMA VEZ?!?!

  -Ora, mas porque tanto alvoroço? O que acaba de assistir não é nada diferente do destino que aguarda você! Diz Roy finalmente ficando de pé, jorrando sangue em suas várias feridas enquanto ri dos sentimentos de seu oponente.

  -Eu devia ter cortado sua língua fora quando pude!

  -Se não quer ouvir a verdade... Devia mesmo!!!

  -A verdade é? Pergunta Robin com um tom sarcástico.

  -SIM! Entenda que essa guerra é nossa! A família Chevalier jamais perde para tolos e fracos como vocês! Sem falar que vocês estão em nosso território e ainda por cima com maior número de tropas! Esqueçam! Vocês são fracos demais para alcançar a vitória dessa... Diz Roy com extrema confiança de suas palavras, porém é interrompido pelo seu medo ao notar a quantidade de mana que se acumula em volta do arqueiro.

  -Você disse que nós somos... Fracos?

   O desespero toma conta de Roy, que simplesmente devido ao seu estado corporal, é apenas capaz de se ajoelhar e tremer ao imaginar o que seu inimigo pode fazer com toda aquela energia. O medo é tão imenso que ele nem mesmo consegue dizer algo ou gritar. O ar começa a rotacionar em volta do arqueiro levantando aos poucos a poeira dos escombros de concreto, demonstrando a densidade da magia que está prestes a usar, mas antes disso ele profere umas últimas palavras para Roy.

  -Se nós somos tão fracos assim... Diz Robin olhando fixamente para os olhos de seu alvo, como uma águia prestes a capturar a presa. Você se tornaria algo mais insignificante ainda sendo mandado pro inferno por alguém como nós!!! SUMA DA MINHA FRENTE!!! ZEPHYR TORNADO!!! "Tornado zéfiro" em inglês.

   A energia do arqueiro é usada para materializar uma criatura com o auxílio dos fortes ventos que se movimentam pelo lugar. Com isso, a forte brisa faz com que os pedaços da armadura de Roy sobrevoem seu dono, em exceção do estranho cilindro dourado semelhante a um canudo de formatura, no qual voa até a mão direita de Robin que está aberta esperando a chegada do objeto. Assim, finalmente uma criatura luminosa surge com o acúmulo de mana. Trata-se de um grifo luminoso esverdeado que ao terminar de se materializar bate suas grandes asas enquanto seu canto forte e imponente faz o próprio ar que desloca vibrar.

   Cada batida de asa movimenta os ventos de maneira muito veloz, formando um tornado no centro do cômodo, que num piscar de olhos, puxa tudo em volta para si, com exceção do arqueiro e o próprio ser mitológico que crocita intensamente. Contudo os ares destruidores que cortam a carne, pulverizam os escombros com o forte impacto tanto do vento como também do encontro com outros pedaços de concreto. E o que acontece com Roy Chevalier não é diferente. Da mesma forma que as pedras acabam se reduzindo a pó, o lanceiro alcança o mesmo destino, espalhando sangue apenas no primeiro impacto, pois após isso, provavelmente não há nem carne ou sangue para se espalhar.

   Ao perceber a morte de seu alvo, o grifo para de bater suas asas e pousa ao lado do arqueiro, que ao acariciá-lo, o desfaz tornando-o em pequenas partículas luminosas que desaparecem ao vagar com a brisa calma criada pelo fim do poderoso tornado. Automaticamente, Robin deixa de controlar o corpo de Bernard e faz com que o cansaço o obrigue a se sentar no chão e respirar fortemente. Numa tentativa de distrair sua mente para se esquecer dos sentimentos ruins que afloram, o rapaz procura por uma gema mágica para que o arqueiro possa voltar a luta e assim avançar. Após o feito, Bernard observa com melhor atenção seu cilindro e percebe que sua dedução está certa, com certeza é o Receptáculo Divino de Thomas Hobbes, o que torna sua luta um completo sucesso, se alegra com isso, mas sempre tomando todo cuidado, Bernard guarda-o dentro de sua aljava, pois suas flechas estão em maior parte destruídas pelos ventos.

   Aisha finalmente se cura de todos os ferimentos, aliviando as várias e incômodas dores que tomam conta de seu organismo, porém a tristeza em seu coração não é algo tão fácil de se curar como um arranhão ou até mesmo uma fratura. Então deitada ali no chão ela derrama litros de lágrimas enquanto grita pelo companheiro clamando-o pelo apelido carinhoso e limpa todo aquele líquido excessivo de seus olhos com suas mãos.

   Os robôs permanecem em seus postos protegendo sua criadora de qualquer mal, no entanto, o grande inimigo, Adeline Chevalier, assiste sua oponente se contorcer no chão, alimentando cada vez mais seu olhar de nojo e sua língua que está prestes a ridicularizá-la.

  -Então é assim que vai acabar?! Bom... Afinal isso é algo óbvio, não é? Um verme deve mesmo se movimentar de maneira tola no chão, pois um ser asqueroso ele é!

   A ferreira aos poucos consegue diminuir seu choro, superando o choque de rápidas lembranças boas com o ninja.

  -Bem... Se vai continuar aí fica mais simples a limpeza! Posso varrer você e suas latarias para fora desse lugar sagrado! E após isso, queimarei os corpos da escória de seus companheiros que provavelmente estão mortos como o anterior que passou aqui. AFINAL, VOCÊS TODOS SÃO TOLOS E INGÊNUOS DEMAIS PARA ACHAREM QUE SAIRIAM DAQUI VIVOS! UM BANDO DE IDIOTAS COM UMA VIDA PACATA E ÍNUTIL! E AO INVÉS DE ENCONTRAREM ALGO HONRADO PARA FAZER, ACABAM NA VERDADE É CONHECENDO A MORTE!!! Grita Adeline ao perceber que sua conversa está causando algo em sua inimiga.

   As lágrimas param, a cientista em total sincronia com Carnot apenas soca o chão com tanta força que afunda seu punho nas rochas, criando inúmeras rachaduras em torno do local atingido e então ambos respondem aos insultos da Chevalier também aos gritos com seus olhos de cores diferentes brilhando de maneira muito mais intensa.

  -NÃO OUSE SE REFERIR A NINJAKI DESSA MANEIRA!!! SUA MALDITA!!! Dizem Aisha e Carnot ao retirarem seu punho das rochas ainda cerrado com muita força, fazendo o sangue de sua mão escorrer até a metade do antebraço.

   A firmeza e potência da intimidação ecoam dentro de Adeline, que finge não ter sido atingida para não perder sua pose. Porém, sua preocupação é forte o que a faz chamar por seus soldados templários mais uma vez, por garantia.

  -Troupes Sacrées!

   A cavaleira invoca seus servos templários que surgem em prontidão, aliviando um pouco sua tensão. Entretanto, os androides de Aisha não fazem diferente colocando seus escudos em guarda, e o único androide sem armas nenhuma ganha uma grande lâmina e um escudo ao a ferreira estender sua mão em direção ao robô, materializando as armas com sua mana, e assim o fazendo ir para linha de frente com também o intuito de protegê-la. A dupla cientista então se levanta com um olhar extremamente determinado e furioso para sua oponente, contudo eles ordenam suas tropas mecânicas protegerem sua criadora.

  -Meus queridos androides! Me protejam com as suas vidas, pois assim conseguirei cuidar de todo o resto! Warlord Armor!!! "Armadura do senhor da guerra" em inglês. Diz Aisha com certa imponência e fúria.

   A ferreira levita ficando quase a cinco metros de distância do chão, e sua mana passa a materializar algo extremamente grande em volta da Invocadora, que de início parece projeções tridimensionais de peças luminosas em azul claro que vão se encaixando e criando sons de vários estalos metálicos. Tal estrutura que demanda tanta mana para ser construída assusta e preocupa mais ainda a cavaleira que numa ação de desespero usa uma magia contra a cientista diretamente.

  -Lumière de la Justice!

   Assim mais outros disparos luminosos sobrevoam e avançam velozmente contra Aisha, porém ela é protegida por seus androides, cinco deles saltam e defendem os feixes de luz com seus escudos e pousam brutamente, mas ainda mantendo-se de pé e em guarda. Irritada, a cavaleira ordena que seus templários ataquem os robôs, enquanto insiste em atacar de longe.

   Os cavaleiros avançam, obrigando os outros cinco androides avançarem, fazendo com que os outros cinco fiquem por conta de defender os disparos de Adeline. E como Carnot havia planejado e calculado, a estratégia é bem-sucedida, mesmo sendo dois cavaleiros para cada androide, o robô permanece na vantagem devido a seu largo escudo, que permite defender todos os ataques inimigos, criando a oportunidade ao contra-ataque quando seus oponentes não esperam, e os outros responsáveis pela defesa dos feixes, conseguem absorvê-los com perfeição, saltando cada um para um lado, sem se distanciar da ferreira. Acentuando assim cada vez mais o pânico de Adeline que usa uma outra magia.

  -Visions de l'Archange!

   Entretanto, quando termina o efeito da magia, a Chevalier começa a suar frio intensamente, completamente aterrorizada com o breve futuro que vê, diz que sua morte é certa. Desesperada para alterar o futuro, ela não se importa mais com a quantia de mana que está gastando para destruir aqueles androides:

  -Grande Épée!!!

   Trêmula devido ao pânico, Adeline não hesita em disparar a gigante espada luminosa para cima da ferreira. Tal ação chama a atenção de todos os androides, e faz com que eles corram rapidamente contra aquela espada e então, os dez robôs saltam grudando na lâmina da espada, deixando os quatro templários restantes de lado, e ao se agarrarem com sucesso, um breve apito soa emitindo seu barulho agudo que faz com que todos os androides se autodestruam, conseguindo quebrar a lâmina, desfazendo a espada e levantando uma cortina de fumaça.

   Irada com a falha de sua magia, ela apenas protege seu rosto da poeira da explosão, que a faz tossir. A fumaça vai sumindo aos poucos, e os cavaleiros aguardam ansiosamente um novo comando de sua criadora, sendo que a mesma espera, mas com péssimos pressentimentos. E ela está correta. A magia da dupla cientista está, enfim, completa. Fazendo os olhos de todos se arregalarem.

   Trata-se de um robô humanoide com um encurtamento do abdômen, porém extremamente grande em todas as dimensões devido seus armamentos pesados. Uma completa montanha de ferro, bronze, aço, cobre, entre outros vários metais em suas cores naturais, detalhados com algumas partes enferrujadas e cheias de engrenagens, e algumas se mexem. É como se todo o arsenal bélico de uma base militar estivesse junto num único lugar, numa única armadura. Os braços são inteiramente equipados com metralhadoras rotativas e lança-misseis, os ombros cheios de canhões como se seis tanques de guerra tivessem grudado em suas costas, o peitoral e abdômen possuem aberturas para disparos de lança foguetes e algumas miras a laser, suas pernas mais grossas que o normal, contém apenas alguns encaixes para tiros de metralhadoras, porém em menor quantidade. Toda essa imensidão discrepante e absurda de poder de fogo desse robô faz com que a cabeça de Aisha se torne minúscula:

  -Apresento-lhes, o motivo de sua morte, ADELINE!!! O MEU IMPIEDOSO, IMPONENTE E BRAVO, RGM–MARK III! RAGNAROK GEAR MONSTER!!!

  -Não... Diz Adeline perdendo as esperanças e completamente apavorada.

  -Esse é seu fim... Diz Aisha antes que o elmo do robô cubra sua cabeça. O elmo se assemelha a uma semiesfera metálica com uma tarja preta, que na verdade é um display que acende uma pequena engrenagem luminosa e se movimenta pelo negro display como se fosse a pupila do olho, o que dá a entender que é por lá que a ferreira deve enxergar. AGORA, MORRA!!! Diz ela com a sua voz saindo pelo sistema de som no próprio elmo.

   Com isso, sem pensar duas vezes, o robô aponta suas infinitas armas e as dispara, sem parar em momento algum, criando uma chuva de balas atrás do monstro mecânico. Explodindo e apagando a existência de qualquer vida a sua frente, sem falar das paredes da catedral que são intensamente danificadas. Adeline é morta junto com seus cavaleiros, sendo massacrados pelos tiros, bombas e tudo mais que aquela montanha de metal é capaz de disparar. Como se a segunda guerra mundial estivesse acontecendo novamente dentro desse local, com barulhos estrondosos e um espetáculo de luzes devido aos estouros dos mísseis.

   Ao descarregar todo seu armamento, descontando a raiva de seu coração, a ferreira desfaz sua gigante criação, pousando no chão bruscamente, então deixa que Carnot tome o controle completo de seu corpo.

  -Aisha? O que foi, querida? Questiona Carnot preocupado.

  -Não é nada... Apenas preciso ficar um tempo fora do ar... Ainda há um restante de mana e uma gema mágica no meu bolso, use-a e por favor, continue sem minha ajuda, por enquanto... Responde Aisha com uma voz triste e fraca como se estivesse prestes a chorar novamente.

   Carnot compreendendo o sofrimento de sua Invocadora atende seu pedido. Ele usa a última gema mágica e procura por vestígios do corpo da cavaleira, o que toma um certo tempo para que ele encontre fragmentos pequenos de sua armadura entre os escombros, mas por sorte encontra o que queria. Um pedaço de seu escudo equivalente a um terço do total ainda bem intacto, que guarda um fragmento da lâmina da espada de Joana D'arc, ou seja, seu Receptáculo Divino. Apresenta estar com apenas algumas leves fissuras, mas nada preocupantes diante ao que o grande descuido de Aisha poderia ter feito. Com isso, o cientista guarda tal item e continua a procurar entre os escombros seu Rocket Hammer e ao achá-lo, encontra-o com alguns danos no cabo, o que não permite sua utilização em batalha, por isso guarda-o travando em suas costas com o auxílio de correntes. E só assim Carnot segue seu caminho para os corredores.

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