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O Verdadeiro Dragão

   A criatura escamosa apenas vira seu rosto para o rapaz enquanto o vento carrega seus longos cabelos negros para o lado permitindo melhor visão de sua face. O ser draconiano é Amon, porém com vários detalhes que o rapaz nunca viu.

  -O que aconteceu com você? Questiona Kira impressionado com o que vê.

  -Não sei exatamente...

  -N-não pode ser! O desgraçado atingiu a Materialização!!! Diz Armard totalmente surpreso e preocupado.

  -Materialização? Pensa Aki escutando tudo nas sombras.

  -Homens! Preparem-se para o combate corpo a corpo! Tiros não vão feri-lo!

   Os perseguidores soltam seus fuzis e sacam seus sabres e correm em direção a Amon.

  -A única coisa que sei, é que não irá precisará se ferir por minha causa... Diz Amon.

   Um dos soldados ataca primeiro em um golpe aéreo decadente, mas é pego ainda no ar pela mão de Amon e agarra perfeitamente todo o rosto do perseguidor que aproveita para concluir sua frase.

  -Pois agora eu tenho corpo próprio. E eu trarei a vitória!

   O dragão aperta tão forte sua mão, até que ele estoura a cabeça do soldado, banhando-se de sangue e pintando o asfalto de vermelho. Com muito medo, Armand continua a ordenar que seus soldados o ataquem, e sem muita opção os perseguidores obedecem.

   O segundo soldado ataca pela esquerda, porém é atingindo pelo soco de Amon que explode a cabeça do perseguidor. Mesmo muito intimidados os outros continuam o ataque, o que permite que o massacre continue. Alguns são mortos pelas asas de Amon que cortam profundamente suas gargantas, outros tem seus membros arrancados e o último é torrado até a morte pelas chamas intensas que o dragão bafora em todo seu corpo.

   Ao exterminar todos os soldados, deixando Kira e Ken boquiabertos, Armand entra em desespero e ordena que o cavaleiro o ataque:

  -Luís XVI! Ataque aquela monstruosidade!

   O cavaleiro se põe em guarda com sua maça e avança contra o dragão. Percebendo a rápida movimentação da criatura de armadura, Amon saca velozmente as katanas de Kira.

  -Fusionem Gladii!

   A Ira do Dragão ressurge das chamas e defende o potente ataque do cavaleiro. Um combate de gigantes começa, os impactos de seus golpes são descaradamente poderosos, nem mesmo o chão suporta tanta força e começa a criar rachaduras extensas.

  Aproveitando da situação, Ken ataca as costas de Armand, porém o francês defende-se a tempo.

  -Olhe só... Voltou dos mortos? Diz Armand.

  -Não vou morrer antes de você...

  -Tiraremos a prova disso outro dia, chamamos a atenção demais e a polícia está vindo até de helicóptero. E acredito que não queremos ter problemas com eles, não é?

  -Desgraçado.

  -Oh! Mas como você é gentil! Diz Armard forçando sua voz para frisar seu sarcasmo. Luiz XVI! Devemos ir antes que sejamos vistos por terceiros!

   O cavaleiro passa a se esquivar dos ataques do dragão até que encontra uma abertura e salta para longe enquanto Armand o acompanha no ar. Kira aproveita o tempo ganho para usar seu anel e curar seus ferimentos, e quando Chevalier some de vista, o corpo de Amon se faz completamente. Ken ajuda Kira com boa parte de seus ferimentos com um elixir, permitindo que o rapaz se levante. Os dois então auxiliam Bernard e Alice para que ao menos ficassem conscientes e ajudassem na hora de carregá-los.

   Apressado Aki assume o controle de seu corpo e faz um rápido tratamento nos ferimentos e na falta de mana de todos, para que ao menos tivessem forças suficientes para correr e fugir daquele bairro, abrindo uma dúvida imensa na cabeça dos três Invocadores. Onde ir?

  -Precisamos urgentemente descansar Aki, tem algum hotel aqui perto? Questiona Alice.

  -Conheço um aqui perto, e o melhor é que ele é discreto em comparação à concorrência.

   Aki guia os Invocadores até um hotel pequeno com os seus cinco andares e aparentemente antigo, devido a falta de cuidados com a pintura das paredes e as várias rachaduras em seu interior, mas fora isso, os móveis e a estrutura do lugar é aconchegante. Antes de todos entrarem no prédio, eles retiram suas máscaras e o ninja aproveita para tirar maior parte de sua armadura, tudo para não chamar atenção. Eles entram no hotel e são atendidos pelo recepcionista que ligeiramente arranja um quarto para todos.

   E com isso eles pegam o elevador para o último andar e se dirigem ao tão desejado quarto Aki mal abre a porta e os três sem se importar com suas bagagens se jogam em suas camas como se estivessem sendo atraídos por um imã.

  -Nossa... Posso ir pro céu agora! Diz Bernard enquanto se desmancha na cama quase babando de tão relaxado.

  -Somos dois então! Diz Alice levantando o braço com extrema moleza.

  -Três... Diz Kira também com o braço levantado.

   Aki apenas solta algumas risadas enquanto termina de levar toda a bagagem para dentro do quarto.

  -Aproveitem enquanto podem... Pois agora nosso caminho será ainda mais árduo e mortal. Diz Aki enquanto aproxima uma gema mágica no cabo de sua foice dupla e a absorve. Aliás antes de vocês caírem no sono alimentem seus Receptáculos, eles estão tão exaustos quanto vocês...

  -Seu Receptáculo é a foice? Questiona Bernard.

  -Não, apenas o cabo dela, aproveitei para forjar uma foice dupla depois.

  -Hum... Interessante...

   Depois de alguns minutos todos terminam de alimentar seus espíritos retornando assim para suas camas, inclusive Aki, porém Alice incomodada com seus pensamentos relativos a Armand faz algumas perguntas.

  -O que é que vamos fazer quando descansarmos?

  -Como assim? Questiona Kira um tanto confuso.

  -Armard está por aí à solta com aquela monstruosidade matando pessoas inocentes sem motivo algum...

  -O motivo era eu... Diz Aki.

  -O quê?

  -Já faz tempo que eu tento sozinho atrapalhar as ações daquele maldito e sua família, porém não sei como, mas ele descobriu o meu bairro e minha rua, por isso resolveu aniquilar a todos os moradores.

  -É... Isso explica muita coisa... Diz Bernard.

  -Que horror... Mas ainda assim outra coisa que me incomoda é como ele conseguiu aquela aberração... Diz Alice formulando outra pergunta em sua mente. Afinal, como sobrevivemos?

  -Que pergunta é essa, Alice? Diz Bernard.

  -É que eu não sei se você se lembra, mas seu ataque não foi muito efetivo, tanto que apenas danificou a armadura daquela criatura, e depois fui atingida e nocauteada. Como vocês dois deram conta daquilo? Diz Alice levantando da cama apontando para Kira e Aki.

  -Kira, se quiser explicar depois, porque nem você sabe exatamente o que ocorreu... Diz Aki.

  -Não, melhor eu contar isso de uma vez...

   Um bom tempo depois, Kira finalmente conta todo ocorrido, desde suas sensações até a sua última visão antes de desmaiar, impressionando a todos e deixando uma enorme dúvida sobre o que foi tudo aquilo.

  -Então, significa que Amon simplesmente surgiu na sua frente e acabou com todos?! Diz Alice ainda surpresa.

  -Acabou? Eu diria massacrou! Diz Bernard.

  -E você realmente não sabe o que aconteceu, Kira? Pergunta Alice.

  -Definitivamente... Não. Apenas me lembro daquela sensação ardente de ter que proteger a todos, de não ceder a morte, de arrependimento por não ser forte suficiente... Foi a partir disso que as chamas se acenderam e Amon surgiu de dentro delas. Diz Kira.

  -Eu não diria “surgiu”, mas sim, “materializou”. Diz Aki.

  -O que quer dizer com isso? Questiona Bernard.

  -Quando aquele ser draconiano apareceu nas chamas, Armand disse que Kira atingiu a Materialização. E da maneira que ele ficou surpreso com aquilo, acredito que ele não gostou nem um pouco.

  -Materialização... Murmura Alice.

  -De toda forma isso será algo que descobriremos depois de descansarmos. Diz Bernard.

  -Fato. Diz Kira.

  -Complicado mesmo será sua vó entender tudo isso que aconteceu, não é, Alice? Diz Bernard com um leve sorriso.

  -Minha vó! É verdade! Preciso avisá-la sobre o ocorrido. Quem sabe ela encontra algo na biblioteca dela.

  -Bem lembrado! Isso será de grande ajuda! Diz Kira.

  -Vou fazer isso agora! Diz Alice levantando-se da cama.

  -Mas você tem certeza que ela está acordada? Afinal são onze horas da manhã, e com o fuso horário do Brasil são onze horas da noite. Diz Bernard.

  -Acredito que sim! Afinal ela tem costume de dormir bem tarde! Responde Alice digitando os números no celular enquanto saí do quarto para conversar melhor no corredor.

   A ligação demora um pouco, mas a senhora Maxine finalmente atende falando em português.

  -Demorou para me ligar dessa vez, minha querida.

  -Grand-mère... Precisamos conversar urgentemente.

  -O que aconteceu, Alice? Parece tão abatida.

  -O que a senhora sabe sobre a “Materialização”.

   A senhora Maxine fica um tempo em silêncio, respira fundo e solta o ar vagarosamente.

  -E por que você quer saber disso, minha querida?

  -Prometo lhe explicar tudo aos poucos, mas por enquanto preciso que a senhora responda minha pergunta.

  -Tudo bem... Então antes disso, me diga, você se lembra de quando conseguiu desenvolver uma magia única com a Selenis?

  -Sim! É a nossa Divina Poena.

  -Exato, e como vocês conseguiram criá-la?

  -Bom, isso foi porque nós evoluímos nossa proximidade e sincronia.

  -Perfeito. A materialização está diretamente relacionada a isso.

  -O quê?

  -Quando um Invocador atinge uma forte sincronia entre as suas emoções e as do seu espírito, ele pode fazer com que a mana do ambiente e a mana de seu corpo se acumule permitindo a construção de um novo ser, que no caso, é o corpo do espírito. Porém, não exatamente o antigo corpo do espírito enquanto era vivo, mas sim uma forma nova alterada de acordo com as suas necessidades ou da influência de seu passado. Como aquele exemplo das bruxas que já disse a você uma vez, lembra?

  -Sim, os espíritos de algumas mulheres da idade média que foram mortas por bruxaria, assumiram formas semelhante às das bruxas dos contos de fantasia.

  -Precisamente. Contudo, isso é algo muito raro de acontecer, foram poucos os Invocadores que atingiram tal patamar. Tanto que a única pessoa que tenho certeza que conquistou isso foi seu avô! Antoine Maxine!

   Alice se engasga e começa a tossir fortemente de tão surpresa e ao mesmo tempo frustrada, ficando um tempo sem dizer uma única palavra preocupando sua avó.

  -Alice? Está tudo bem?

  -Sim, grand-mère... Só que eu ainda preciso tirar mais uma dúvida com a senhora...

  -Então diga-me.

  -O Invocador precisa ficar perto de seu espírito materializado para controlá-lo, não é?

  -Não necessariamente, seu avô mesmo conseguia manter o seu espírito em sua forma física num raio de quinhentos metros! A questão era que quanto mais distante ele ficava, mais mana ele tinha que oferecer. Com isso, seu avô mesmo disse que o Invocador ao executar a Materialização, não é mais, precisamente, um guerreiro, mas sim uma “fonte de mana” para o espírito.

  -Hum... Entendo... Diz Alice tendo mais certeza de algo em sua mente que ela não queria acreditar.

  -Alice, o que está acontecendo? Você está muito estranha.

  -Grand-mère... Tenho uma péssima notícia pra lhe dizer...

  -Querida, você está me assustando.

  -Durante nossa última batalha tivemos uma enorme complicação, pois uma estranha e poderosa aberração estava no controle do líder inimigo. Era um ser estranho com uma concentração de mana amedrontadora, porém este não era o pior detalhe. De acordo com próprio inimigo, aquela criatura era o antigo rei da França, Luís XVI.

  -Não! Não pode ser possível! Diz a senhora Maxine assustada.

  -Sim, grand-mère... O mesmo espírito que o grand-père usava. “Avô” em francês.

  -Alice Maxine! Isso não pode ser real! Ele foi dado como desaparecido e depois como morto pelo tempo passado! Sem falar que por que ele auxiliaria os inimigos! Ele era totalmente contra esses escravistas asquerosos e...

  -Charlotte Maxine! Entendo sua revolta, porém eu também estou tão furiosa e chateada quanto a senhora!

   Um silêncio se instala depois dessa explosão de sentimentos entre as duas, até que a senhora Maxine resolve se desculpar, quebrando o silêncio.

  -Perdoe-me, querida. Acabei ficando emotiva demais e me exaltei sem notar...

  -Tudo bem... Afinal, isso mexe com muita coisa de seu passado.

  -Mas isso não é motivo para que eu me comporte dessa forma com minha neta. Enfim, há mais alguma coisa para me contar?

  -Sim... O líder dos inimigos se tratava de Armand Chevalier.

  -Não creio! Parece que você está enfrentando os males do passado da família!

  -Realmente... E me corrói por dentro saber que uma pessoa tão horrível, como aquele maldito, estava na minha frente e eu não pude fazer nada.

  -Imagino... Para que ele conseguisse executar todas as suas maldades, ele não poderia ser fraco.

  -Sim, mas ainda me mantenho irada com isso, afinal ele matou meus pais e traiu a todos os Invocadores.

  -Acalme-se, minha querida. Lembre-se que o ódio e a vingança podem parecer bons caminhos para aliviar sua dor, mas sabendo que seu oponente é muito mais forte significa que terá de evoluir e mesmo assim tomar muito cuidado com ele, algo que não conseguirá se não manter sua paciência e focar em maneiras de derrotá-lo. Saiba que se você se cegar com sua fúria, abaixará sua guarda e Armand poderá lhe matar num único golpe. E você sabe o quanto me dói dizer isso, não sabe?

  -Sim, grand-mère.

  -Mas mudando de assunto, você ainda não me disse como vocês se livraram de Luís XVI.

  -Foi tudo graças a Kira e Amon, pelo fato de terem atingido a materialização no último momento.

  -Kira atingiu a materialização?!?! Diz a senhora Maxine espantada.

  -Sim! Todos ficamos surpresos com isso, porém antes não fazíamos nem ideia do ocorrido, mas graças a suas informações poderei contatar a todos.

  -Hum... Que bom que pude ajudar em algo, mas... Devo admitir que ainda estou impressionada com tudo isso e principalmente sobre Kira. Eu já sabia que ele tinha uma determinação inabalável e um potencial enorme, porém nunca imaginei que ele chegaria a um patamar tão alto assim.

  -Sim... Acho que estamos conversando por muito tempo, melhor desligarmos.

  -Concordo, e peço que continue a me manter informada de tudo quando puder.

  -Sim, grand-mère. Farei o que eu puder.

  -Ah! E não se esqueça, mantenha a paciência e cuide bem dos rapazes e de você, ouviu?

  -Pode contar comigo!

   Alice finaliza a ligação, mas sua cabeça se mantém confusa depois de tantas informações e dúvidas relativas ao seu avô. Antes de retornar ao quarto ela fica um tempo parada com a testa encostada na parede, digerindo todos os acontecimentos. Então, quando se sente um pouco mais aliviada, abre a porta do quarto e se joga na cama sem dizer uma única palavra. Preocupado Kira tenta conversar com ela.

  -Alice, está tudo bem?

  -Sim, eu só... Eu só não estou me sentindo muito bem e... Acho melhor eu descansar por agora, prometo que conto a todos vocês o que descobri.

   -Errr... Tudo bem então...

  E então o silêncio retorna a dominar o quarto, possibilitando a todos um bom descanso.

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