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O Lendário Musashi

   Um lugar sombrio e frio, totalmente sem luz, com uma sensação estranha, como se estivesse flutuando ou vagando perdidamente no vácuo. São essas as perspectivas de Kira no momento em que entrou em profunda meditação. Rapidamente tudo se ilumina, assustando o rapaz, a luz que perfurava as trevas começa a adquirir tons e cores diferentes, até que finalmente uma imagem se forma. Uma sensação de nostalgia domina a mente de Kira. A imagem na verdade é uma foto no qual seu tio Hideyoshi tirou no primeiro dia de treino quando Kira tinha apenas seis anos.

   A luz se distorce novamente formando outras lembranças do rapaz, desde quando era pequeno até atualmente, passando por memórias boas e ruins. Como se estivesse vendo um filme sobre sua vida. Quando a lembrança de ele ter se posicionado para meditar chega, tudo se extingue.

   Kira acorda em um quarto parecido com o de seu espírito, porém ao observar melhor o quarto, percebe vários detalhes que diferem bastante do Receptáculo de Amon, uma extensa pintura de aves nadando ou voando feitas a pinceladas cobria quase que a parede inteira do cômodo. No outro lado também há outras pinturas no mesmo estilo com pássaros diferentes sobre algum galho seco. As áreas que as paredes de madeira não são cobertas pelas pinturas, são cobertas ou por lindos vasos de porcelanas ou por shinais e bokkens acopladas em um suporte de madeira.

   O local é bem iluminado, porém não por velas, e sim pelo próprio sol da manhã, cuja luz entra pela pequena janela e pela porta de correr que estão abertas. Kira se levanta vagarosamente para evitar barulho e anda sorrateiramente até a porta. Uma vista tão simples, mas que preenche seu coração com uma paz que o faz se sentir leve. Trata de um belo jardim cercado por um extenso e alto bambuzal esverdeado, há apenas uma interferência entre os bambus permitindo a existência de uma estrada de terra que leva um campo extenso, que é onde o sol nasce e sobe seguindo uma perfeita linha reta no espaço do bambuzal.

   Um pouco mais próximo do rapaz há um lago azul como céu e perfeitamente redondo e as pequenas pedras que o cercam preservam a circunferência. Kira se encanta com a vista, mesmo com um pouco de estranheza por conta das outras circunferências de pedra que se alinham perfeitamente ao sol e a estrada de terra, e resolve ficar ali por um tempo apreciando tudo por ali. Alguns minutos se passam e uma voz estranha faz com que o rapaz levante sua guarda novamente e procura atentamente o dono da voz.

  -É bonito, não é?

   Um pouco aflito por não encontrar ninguém Kira questiona:

  -Quem está aí?

  -Estranho... Sinto que eu te conheço de algum lugar...

  -Provavelmente, sou o filho do seu último Invocador.

  -O quê?! Filho de Yukio?! Isso significa que você é...

  -Kira Matsunaga. Diz o rapaz completando a frase da estranha voz.

  -Bom... Sendo assim... Teremos que conversar bastante, não é?

   Por um breve momento o sol aumenta a intensidade de seu brilho drasticamente obrigando Kira a tapar seus olhos. Quando tudo retorna ao normal e o rapaz volta a enxergar normalmente, a poucos passos de distância do lago surge um homem asiático alto com cabelo comprido, mas que está preso por uma pequena corda fazendo um rabo. Ele está trajando um kimono azul escuro simples com duas bokkens travadas em seu quadril. O homem senta no chão cruzando suas pernas e um pequeno pássaro pousa em seu ombro.

  -Venha até aqui, Kira...

   O rapaz então se aproxima do estranho homem, mas ainda tentando entender quem era aquele espírito.

  -Você percebe a maior peculiaridade desse lugar? Questiona o espírito.

  -Bom... Há várias coisas estranhas... Hum... Acho que é o perfeito alinhamento da casa, do lago, da estrada, e do sol.

  -Uma percepção bem treinada... Porém não está perfeita.

  -Como assim?

  -Acho melhor explicar isso de acordo com a nossa conversa... Então, diga-me, o que deseja tanto conversar?

  -Acredito que você conseguiu ler algumas breves memórias minhas, certo?

  -Sim.

  -Então antes disso queria entender quem é você?

   O homem saca uma de suas bokkens e desenha no ar da mesma forma que um pintor pincela sua tela, criando cinco círculos negros perfeitamente alinhados e rente um ao outro. Com isso, surgem várias outras pedras idênticas as que contornam o lago e formam outros quatro círculos sendo um entre a lago e a casa e os outros três se formam a partir do lago e perfeitamente alinhados com a estrada de terra. Enquanto isso o lago evapora tão rápido que os círculos se fecham, e não há mais nenhuma gota.

  -Kira, me diga o que vê nesse desenho? Diz o homem apontando para os círculos pintados no ar.

  -Errr... Cinco circunferências.

  -Sim. E o que mais possui um formato circular?

  -Várias coisas. Uma moeda, um prato, uma roda... Espere... Diz Kira como se tivesse lembrado de algo.

  -O que foi?

  -Anéis... São anéis, não são?

  -Parece que você começou a entender... Sendo assim... Chikyū! "Terra" em japonês.

   Várias estalagmites se elevam rapidamente dentro do primeiro anel, simulando uma paisagem montanhosa, como se tivesse sido esculpida.

  -Mizu! "Água" em japonês.

   A água do pequeno lago emerge com rapidez preenchendo o anel em poucos segundos.

  -Kaji! "Fogo" em japonês.

   Chamas vermelhas e intensas se acendem no terceiro anel e ficam na mesma altura que as estalagmites.

  -Kaze! "Vento" em japonês.

   Um forte ciclone é criado no quarto anel, porém mesmo com sua intensa velocidade, não retirava as pedras do círculo do lugar.

  -Soradesu! "Vazio" em japonês.

   O interior do quinto anel se escurece a ponto de nem a luz do sol consegue iluminá-lo, como se ela fosse absorvida.

  -Agora eu entendi! Diz Kira bem animado e contente. Esses são os cinco anéis do livro de artes marciais! Como não entendi antes?! É o "Livro dos Cinco Anéis"! Então você só pode ser... Miyamoto Musashi!!!

  -Sim... Sou eu mesmo.

  -Não acredito que estou conversando com você! O mais lendário dentre os guerreiros! Por isso meu pai tinha tanto reconhecimento e poder!

  -De fato... Sou um espírito extremamente reconhecido e poderoso, o que exige uma pessoa muito forte para me invocar, sem falar daqueles que me perseguem para poder espalhar o mal depois.

  -Nem me fale desses escravistas...

  -Mas agora que as apresentações foram feitas... Que tal irmos para suas perguntas?

  -Bom... Você conseguiu ver nas minhas memórias tudo o que sei sobre a guerra de Tokyo, certo?

  -Sim.

  -Então há algum detalhe de que ainda não sei? E se houver, poderia me explicar claramente?

  -Claro. Mesmo não sendo muitos detalhes, mas acho que são úteis para você.

  -Sério?! E o que é?

  -A identidade da pessoa que levou os receptáculos.

  -O quê?! Mas como você sabe disso?! Nem mesmo o Aki sabe disso!

  -Sim, estou ciente disso. E apenas sei pois ainda naquela reunião que tivemos, antes de preparar a estratégia, os outros líderes importantes nos levaram para uma outra sala mais discreta e revelaram a verdade para mim e seu pai.

  -Mas por que fizeram isso?

  -Porque eles sabiam que seria necessário eu ter consciência da verdade, pois se não, jamais ajudaria.

  -Entendo... E quem ele é afinal?

  -Kanope Mubarak.

  -Quê?

  -É um nome egípcio, ele é uma pessoa de extrema importância para os Invocadores pois sua genética é a única capaz de suportar o poder do espírito que ele carrega.

  -E quem é esse espírito?

  -É o primeiro espírito que se fixou em um Receptáculo Divino, o faraó Tutancâmon.

  -O quê?!?! Grita Kira completamente surpreso.

  -Sim... Os egípcios tinham uma crença muito forte sobre a vida após a morte, e esse faraó resolve estudar e descobrir mais sobre isso. Se isso realmente ocorria e como acontecia. Isso despertou uma curiosidade imensa sobre sua cabeça mesmo sendo uma criança. Passa-se um bom tempo até que Tutancâmon descobre a mana, e se encanta com tal fato, e não demora muito para que ele entenda o que seria capaz de fazer se pudesse manipular tal energia. Porém, ele não tem consciência do preço que pagará.

  -Como assim?

  -O faraó tentou fazer um experimento para extrair a mana, por meio de itens sagrados e um ritual religioso. Ele conseguiu, mas... Seu corpo foi desintegrado e seu espírito aprisionado em um dos seus objetos, que no caso, os líderes não sabiam dizer qual era. Com isso, sua esposa, Anchesenamon, triste pela perda do marido que ainda era um adolescente, buscou uma forma de se comunicar com ele e forjar um funeral digno.

  -Espera aí! Mas como isso pode ter acontecido se no túmulo dele havia seu corpo mumificado e com vários de seus pertences?

  -Quem disse que aquele corpo que está lá é de Tutancâmon?

  -O quer dizer com isso?

  -Por mais que o funeral dele não tenha sido ao mesmo nível dos faraós anteriores, porém Anchesenamon conseguiu encontrar um plebeu que tinha uma aparência semelhante ao de Tutancâmon e ordenou que seus soldados o matassem, mas que não danificassem muito o corpo. E assim foi feito, um dos soldados o matou atingindo-o com uma pedra próxima de sua orelha esquerda, o golpe atingiu o crânio e o plebeu morreu de hemorragia. Tudo isso feito nas sombras sem ninguém perceber.

  -Não creio... Diz Kira impressionado.

  -Poucos dias depois do funeral, ela consegue se comunicar com Tutancâmon, comprovando assim que havia vida após a morte. Porém a tristeza era maior, o casal não tinha filhos para herdar o título de faraó, então o espírito pede para que ela encontre a pessoa mais nobre e de bom coração em todo o Egito e que quando encontrasse tal pessoa que a levassem pessoalmente até Anchesenamon, para que o próprio Tutancâmon o abençoasse com um poder além da compreensão humana e assim se tornasse faraó.

  -E esse poder seria ele formar um contrato?

  -Sim. Diz Musashi retornando à história. Milagrosamente, a pessoa de bom coração foi encontrada rapidamente. Era um dos soldados mais próximos do faraó, cujo sobrenome era Mubarak. O contrato foi feito, mas o guerreiro não conseguiu usar o poder, de alguma forma, ele não era capaz. E a procura de um novo faraó perdurou por muito tempo e Tutancâmon desesperado para saber o que acontecia de errado e, infelizmente não descobriu uma solução a tempo. Anchesenamon sabia que deveria se casar logo com alguém se não o povo ficaria em pânico, então ela aceitou-se se casar com um velho cuja importância não me lembro.

  -Mas e o que aconteceu com aquele soldado?

  -Sabendo da importância da descoberta do marido, ela pediu para que o soldado tivesse filhos com sua esposa e mantivesse a linhagem genética e a benção do faraó, pois quando fosse descoberto a solução para se usar o imenso poder, haveria sempre novas gerações para herdá-lo. E assim foi feito apenas com o segundo filho daquele soldado que Tutancâmon entendeu que para se usar o poder, o corpo e a mente de seu Invocador deveriam estar extremamente bem treinados e preparados, por conta do intenso e rigoroso fluxo de mana que fluiria no Invocador, e principalmente, o faraó deveria ter total confiança em seu Invocador.

  -Entendi... E com o passar dos séculos, essa mesma família conseguiu manter a sua genética.

  -Exatamente, porém no dia daquela guerra, o herdeiro ainda não estava pronto para usar aquele poder, por isso tivemos que protegê-lo.

  -Mas hoje será que ele é capaz?

  -Certamente.

  -Hum... Isso tira muitas das minhas dúvidas... Porém não todas...

  -Imagino.

  -Eu me lembro que antes do meu pai morrer, ele utilizou uma técnica que aumentava o poder como se estivesse no modo Berserker, certo?

  -Sim.

  -Pode me ensinar?

  -Impossível.

  -Por quê?

  -Aquela técnica foi algo que apenas eu e seu pai conseguimos desenvolver e usar. É algo que apenas o nosso contrato criou e, pelo o que compreendi você já possui um contrato com outro espírito.

  -Droga! Queria obtê-la para caso ocorresse uma emergência.

  -Por que tanta preocupação? Tem alguém que deseja tanto assim proteger?

  -Errr... Pode-se dizer que sim. Diz Kira com as bochechas coradas.

  -Entendo.

  -Ah! Aliás você sabe de alguma coisa sobre os Maxine?

  -Não... Você sabe mais deles do que eu.

  -Hum... Uma pena...

  -Mais alguma outra pergunta? Pelo que notei em suas memórias você tem uma certa adoração pela história do meu país.

  -Tenho, mas... É relacionado a você e ao meu espírito.

  -Então diga-me.

  -Você nasceu depois do período Sengoku, certo?

  -Sim, nasci em 1584 e de acordo com a divisão de eras que os historiadores atuais regiram, o período Sengoku acabou em 1573.

  -Pois então aí vem o meu paradoxo! Você foi o primeiro a criar a técnica de duas espadas, Niten Ichi Ryu. Então como o meu espírito, que nasceu antes de você, já que ele viveu no naquele período de guerra, também luta usando duas katanas?

  -Você diz isso porque ele lutava com duas espadas no passado ou hoje?

  -Errr... Hoje.

  -Entendi... Kira, os espíritos também evoluem e mudam com o tempo, por mais que eles não percam a essência deles, ou seja, seu espírito durante o tempo em que não encontrou nenhum Invocador, ele aprimorou sua técnica até conseguir usar duas espadas, em contrapartida ele foi perdendo cada vez mais a sua memória de quando era vivo.

  -Hum... Faz sentido...

  -Acabou?

  -Não, queria saber mais sobre a minha mãe.

  -Akemi Miyasaki... Hum... Uma mulher extremamente bondosa.

  -Sim... Mas queria saber mais sobre o espírito dela. Digo, entendo que seu espírito era fraco, porém não houve momento algum em que teve que lutar com ele ou sei lá. Afinal eu nem sei a identidade daquela mulher que viveu doente.

  -Não há muito mesmo o que se dizer sobre ela. Você sabe tudo, mas já que insiste em ter o nome dela, se não me engano, era Naomi Nichimura.

  -Hum... Então... Acho que com isso finalmente posso parar de perguntar. Diz Kira com um leve sorriso.

  -Ótimo. Agora é a minha vez de lhe informar.

  -Como assim?

  -Primeiramente, seu pai disse uma vez que se alguma coisa acontecesse com ele e seu filho soubesse a verdade sobre os Invocadores, que ao menos você herdasse tudo que sobrar dele. E no caso, o que sobrou foi o Receptáculo e as espadas.

  -Entendo... Mas não sei se seria adequado utilizá-las, porque eram do meu pai e foi com elas que ele fez a sua própria história.

  -Sim, porém saiba que as Irmãs de Excalibur com certeza são mais poderosas que as suas katanas.

  -Hum... Então vou usá-las apenas em caso de emergência.

  -Tudo bem, elas são bem portáteis pois se transformam em pequenos cilindros como as suas. Então será fácil você carregá-las para quando essa emergência ocorrer.

  -Sim.

  -Agora... Outra coisa que queria lhe informar é mais um recado para o Aki.

  -E o que seria?

  -Armand Chevalier depois de ter se revelado traidor, contou para mim e para seu pai que os Chevalier não eram os únicos que tinham entregado o plano. Mas também um dos nossos amigos mais próximos, e por isso ele se deu o direito de debochar dos Invocadores e de mim.

  -Não creio! E quem é o maldito?!

  -Haruki Tachibana.

  -O quê?! Mas ele morreu na guerra!

  -Na verdade nunca encontraram o corpo, e pelo tempo passado foi considerado morto.

  -Desgraçado! Diz Kira furioso.

  -Mas guarde sua ira para depois, parece que alguma coisa estranha aconteceu no lado de fora.

  -O que aconteceu?

  -Foi uma explosão, porém seus amigos foram averiguar.

  -Eu preciso ir ajudá-los eles! Como saio daqui?

  -Não se preocupe posso lhe mandar embora a qualquer momento, mas só lhe peço que não se esqueça do que lhe informei, entendido?

  -Pode contar comigo!

  -Ótimo. Então, boa sorte, Kira. 

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