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Confrontos Épicos

   Ken e Carnot também chegam a um cômodo idêntico ao que Robin e Selenis chegaram. Tudo cercado de concreto cinzento, os únicos diferenciais são: a posição da saída e do guardião do lugar. Trata-se de um homem moreno de olhos amarelos, vestindo uma armadura dourada com o estilo semelhante aos que os antigos soldados árabes usavam na guerra, acompanhada de longas ombreiras tampadas por panos que formam a longa capa com uma tonalidade próxima do laranja. Tais panos são usados para cobrir o pescoço e o rosto, deixando apenas os olhos levemente puxados do homem a mostra.

   Ele usa um keffiyeh na cabeça na mesma cor que a capa, botas de couro marrom bem gastas e em suas mãos, está em prontidão com dois katares dourados com detalhes nas lâminas na mesma cor.

  -Mas que cara estranho... Ele não parece ser um Chevalier... Murmura Aisha.

  -Concordo. O que você acha, Ken? Diz Carnot.

  -Haruki... Sussurra Ken olhando fixamente para o homem.

  -O que disse, NinjAki? Questiona Aisha.

  -HARUKI!!! É VOCÊ, NÃO É?!?! Grita Ken extremamente furioso, avançando sem ao menos pensar duas vezes com suas foices em mãos.

  -Oh! Mas que surpresa irônica! Diz o estranho homem.

   O ninja e o guerreiro árabe travam suas lâminas, empatando devido a força de ambos, gerando um forte impacto e um alto som de estalar metálico.

  -Jamais imaginei que fosse encontrá-los, Aki Takeda e Ken Suzuki! Fico feliz em saber que ainda estamos em suas memórias! Só que para estar agindo de tal forma, deve saber da verdade... Diz o guerreiro árabe.

  -Haruki! Khaled! Por quê?! Por que escolheram um caminho tão maléfico?!

   Então os dois finalmente descruzam suas armas se afastando alguns metros um do outro. Enquanto isso, Aisha e Carnot aproveitam da distração e vão correndo até a saída, onde a ferreira aproveita para avisar:

  -Ei! NinjAki! Vou indo na frente, ok?! Trate de não perder!!! Diz Aisha que entra novamente nos corredores.

  -Droga... Um dos intrusos passou... A senhora Chevalier não vai gostar disso... Diz Khaled Ahid.

  -Nós... Nós não conseguimos entender... Murmura Ken.

  -Hum? O que disse?

  -Se você ainda é um Invocador, por que sucumbiu aos escravistas?!

  -Nós cansamos daquela situação crítica e complicada. Tudo era motivo de se ter um excesso de responsabilidade que estava deixando Haruki depressivo. Sempre parecia que nós Invocadores estávamos perdendo, mesmo com tantos sucessos em defender uma cidade, alguns civis, ou uma pessoa de grande importância.

  -Naquela época estávamos tentando defender praticamente todo o país japonês, e estávamos sofrendo enormes perdas a cada vitória, por isso que...

  -E era exatamente por isso que o peso das responsabilidades ficava maior! Sem falar que tudo mudou depois que Yukio passou a se preocupar mais com a própria família do que com o Brasil! Tudo foi piorando daí em diante! Akemi morreu, os Invocadores do Japão nos chamaram de volta, ocorreu a guerra idiota por conta de alguns Receptáculos. Diz Khaled interrompendo-o.

  -Aquela época foi ruim para todos... Ainda assim não era motivo de...

  -É claro que estava ruim! Tudo era ruim naquele tempo! Sinceramente a melhor coisa que eu fiz naquela época, foi participar dos planos do Chevalier em troca de informações! Diz Khaled interrompendo-o novamente.

  -E em algum momento você pensou nas vidas que foram perdidas por causa dessa ação?!?! Diz Ken furioso.

  -Morreram pessoas que nem sabiam quem nós éramos! Morreram pessoas que se não morressem naquela guerra, morreriam em qualquer outro confronto em seguida! De toda forma, eu vou lutar sempre ao lado do time mais forte! E os escravistas sempre estiveram mais fortes, só que vocês demoraram mais tempo do que eu para notarem isso!

  -Então... É... Isso...? Diz Ken abaixando a cabeça desapontado.

  -Isso o quê? Pergunta Khaled.

  -Então sacrificou tantas vidas inocentes em troca de tranquilidade e segurança por estar lutando no maior time!!! VOCÊ NÃO PASSA DE UM EGOÍSTA QUE NEM SE DÁ O TRABALHO DE OLHAR OS PRÓPRIOS PECADOS!!! Grita Ken avançando rapidamente contra seu antigo amigo. SHI NO TOWAIRAITO!!!

   A foice da mão direita do ninja torna-se grande como um carro e então num golpe horizontal, ele tenta partir seu oponente em duas partes.

  -Shafarat Alsahra'! “Lâminas do deserto” em árabe. Diz Khaled antes da foice atingi-lo.

   Os katares do guerreiro árabe adquirem uma aura laranja, projetando magicamente lâminas ainda maiores que as originais. Com elas o guerreiro defende e absorve o ataque do ninja, criando um estrondoso barulho, demonstrando a força do impacto das armas.

  -Ken... Você é um ótimo ninja! E junto com Aki formam uma dupla dinâmica! Por favor... Aceite o meu pedido e eu prometo que essa batalha não será mais algo necessário. Diz Khaled enquanto mantém-se firme para bloquear a trajetória da foice com seus katares.

  -Do que está falando?! Diz Ken ainda furioso.

  -Sei que sua ira é imensa, mas pense um pouco. Esse mundo está nas mãos dos escravistas e vocês nem percebem! Então se está tudo acabado, deixe de lado essas questões de justiça ou honra, pois elas não vão mais funcionar! Venha para o lado mais forte e sobreviva! Aki não terá a necessidade de se escravizar, Ken. Basta ser igual a mim! As vantagens são tantas que...

  -NÓS NOS RECUSAMOS!!! Grita Ken ainda mais furioso.

  -Você por acaso escutou alguma coisa que eu lhe disse? Diz Khaled indignado.

  -Escutei! Diz Ken desfazendo sua grande foice para atacar mais próximo.

   E então as foices do ninja executam corte cada vez mais rápido, obrigando o guerreiro árabe a ficar na defensiva por um certo tempo.

  -Tsuki Kama!!! Diz Ken executando dois cortes decadentes simultâneos.

   As foices mal adquirem luminosidade mágica e imediatamente cortam as ombreiras do guerreiro rasgando parte da capa. Consequentemente a raiva começa a tomar conta dos pensamentos de Haruki e Khaled, que aproveitam para atacar.

  -Kasr Dire!!! “Quebra armadura” em árabe.

   As auras dos katares tornam-se brancas e com isso o guerreiro estoca com o katar da mão esquerda, atravessando a armadura com facilidade rasgando a carne da lateral do abdômen de Ken. Esguicha-se sangue pintando o concreto de vermelho, mas o ninja não cede à dor. Mantendo-se firme ainda executa um contra-ataque, cortando o keffiyeh de seu inimigo em dois junto aos panos que tampavam seu rosto. Fazendo os dois sentirem a necessidade de se afastarem novamente.

  -Incrível! E pensar que eu nunca consegui vencê-lo nos treinamentos que fazíamos quando mais novos. E agora percebo que nessa batalha tão decisiva, sairei vitorioso com toda certeza! Diz Khaled com um largo sorriso.

   O ninja apenas o ignora e aproveita para beber uma dose do elixir que Aisha fez.

  -Bom... Se for depender de poções... Saiba que você só está alongando ainda mais seu sofrimento e... Diz Khaled preparando-se para executar seu próximo ataque.

  -Ninja Shiruetto! Diz Ken interrompendo-o, com o ferimento quase todo regenerado.

   As três silhuetas negras do ninja surpreendem o guerreiro de maneira que ele não consegue se esquivar a tempo, sendo atingindo nas pernas, costas e peito. Porém, graças a sua armadura que agora se encontra aos pedaços, sai sem nenhum ferimento, e a ausência de dor permite com que ele se concentre o suficiente para usar outra magia.

  -Ainfijar Alttaqa!!! “Explosão de energia” em árabe.

   Rapidamente o guerreiro encolhe seus braços como se estivesse se abraçando, acumulando uma alta quantidade de mana, e os estica com força criando uma explosão de mana destruindo as silhuetas e ofuscando o ninja com a forte luz branca.

  -Vê nós não estamos no mesmo nível que o de vocês Aki e Ken? Diz Khaled ainda com o mesmo estranho sorriso.

  -Não fique se achando o grandioso apenas pelo fato de ter me ferido e bloqueado minhas magias... Afinal, você está todo exposto agora, não há mais nenhum pedaço de metal lhe protegendo! Diz Ken totalmente curado e em prontidão com uma certa aura negra como uma espécie de fumaça em torno de suas botas.

  -Aquela armadura apenas me atrapalha mesmo! Tenho é que lhe agradecer, pois agora vou picotá-lo com maior rapidez!

  -Isto é... Se conseguir me acompanhar primeiro! Kage o Aruku! Diz Ken desaparecendo devido sua rápida e silenciosa movimentação.

  -Ah! Sim! Essa é a sua magia mais clássica, não é mesmo?! Sendo assim, vou usar uma antiga minha também! Riah Alsahra'! “Ventos do deserto” em árabe.

   Assim os dois passam a se movimentar rapidamente, isso para a visão humana comum é como ver dois vultos de cores diferentes se deslocando de maneira aleatória e também batendo um contra o outro, criando vários estalares metálicos e até mesmo faíscas. Porém depois do décimo encontro desses vultos todos os outros impactos espalham partes da armadura de Ken, jogando-os para longe devido aos fortes impactos. Até que no último impacto, a máscara do ninja é partida ao meio. E com isso os dois finalmente desaceleram e param, ficando sempre alguns metros de distância um do outro.

  -Seu corpo envelheceu muito, Aki... Qual a causa disso? O estresse do trabalho? Diz Khaled de maneira sarcástica.

  -Cala boca! Diz Ken furioso, com a respiração intensa e quase sem armadura.

  -Tão cansado... Deveria ter se aposentado! E eu lhe dei essa chance, mas... Você a recusou e não terá outra oportunidade!

  -Você não passa de um desgraçado, Haruki! E pensar que você era o nosso caçula! Todo nosso grupo o tratava como se fosse um irmão mais novo! E todo esse carinho investido foi recebido em forma de traição e morte!!!

   Um susto congela o coração do ninja por um breve momento, ele está tão distraído com suas memórias do bom passado e mergulhado na ira da batalha que nem percebe os movimentos de seu inimigo. Em um simples piscar de olhos, o ninja vê o guerreiro árabe passando de seu lado correndo com aquele sorriso característico, enquanto seu braço esquerdo simplesmente gira no ar, espalhando seu sangue para todos os lados.

   A ferreira quase berra de alegria ao sair dos corredores novamente, o que para ela agora, se trata de um inferno cíclico. O lugar é completamente diferente do cômodo anterior, frio e sem vida. Trata-se inclusive de um território sagrado. É como estar dentro de uma catedral gótica com uma arquitetura bem mais arredondada do que as salas anteriores, com vidrais azuis extensos que parecem iluminar magicamente o local, com o auxílio de vários candelabros dourados de parede, espalhados envolvendo todo o perímetro do lugar.

   A maior parte do cômodo está vazia com bastante espaço, igual aos outros, e no fundo não há apenas a saída, mas também uma espécie de altar religioso, onde se encontra uma grande estátua de uma mulher com armadura segurando uma bandeira em cima de um cavalo de guerra, tudo feito no puro mármore branco, e de frente para essa estatua há uma mulher ajoelhada, de cabelos curtos e negros trajando uma armadura vermelha como o sangue e com detalhes e desenhos de cruzes nas ombreiras, torso e dorso em bronze. Ela está equipada com um escudo templário seguindo as cores da armadura em seu braço esquerdo e uma espada medieval no chão bem ao seu lado direito.

  -Então... Há alguém capaz de chegar neste solo abençoado... Um tremendo pecado a ser pago... Diz a estranha mulher...

  -Quê? Diz Aisha confusa.

  -Tenho que admitir que é uma bela construção, possui detalhes tão delicados, mas tão religiosos. Queria aproveitar para ver melhor esse lugar, porém não temos tempo para isso. Diz Carnot.

  -Acham que serão capazes de passar por aqui?! Diz a estranha mulher irritada, enquanto pega sua espada e se levanta, mas ainda permanece de costas a ferreira.

  -Nós não achamos... Nós vamos! Diz Aisha determinada.

  -Para estar convencida assim de que é capaz de nos parar é porque você é uma escravista bem forte! E os mais fortes daqui são os Chevalier... E aparentemente você parece uma mulher... Contudo, você só pode ser Adeline Chevalier! Deduz Carnot.

  -Está certa sobre minha identidade, força e gênero, porém sobre vencer essa batalha... Diz Adeline enquanto se vira apontando sua espada para a cientista. Está totalmente equivocada!

   A Chevalier possui a pele bem branca e usa uma máscara que também tampa apenas seus olhos azuis bem escuros, mas com detalhes bem diferentes como as cores vermelhas de sua armadura e formam cruzes nos olhos, cuja parte inferior segue em uma linha reta até perto do queixo, como se fosse o rastro de uma lágrima.

  -Vou purificar esse mal que acaba de entrar neste território sagrado! Por isso eu peço ajuda para os templários, para que me ajudem nessa missão! Venham! Troupes Sacrées! “Tropas sagradas” em francês.

   A poderosa magia de criação faz surgir dez soldados, mais especificamente, os cavaleiros templários da época das cruzadas, que não possuem nenhuma parte do corpo luminoso exposta, mas é possível identificar a luminosidade devido ao visor e os pequenos orifícios no elmo, onde há passagem de ar e da luz interna. É como se eles saíssem de um livro de história, e como se não bastasse aparecem em formação de duas linhas de frente cada uma com cinco deles e com suas espadas e escudos em mãos.

  -Excelente! Agora meus soldados, livrem-se dessa imundície e...

  -Quê?! Mas qual o sentido disso?! Diz Carnot confuso interrompendo-a.

  -O que foi?! Eles são muito fortes?! Pergunta Aisha confusa.

  -Não é isso! Como ela pode desenvolver magias relacionadas com os templários se eles surgiram e sumiram bem antes de Joana nascer?!

  -SÉRIO QUE ESSA É SUA PREOCUPAÇÃO AGORA?!?! Grita Aisha extremamente indignada.

  -Que foi? Eu estudei sobre eles quando ainda era vivo... Eu acho... Diz Carnot pensativo.

  -Mas o que raios é isso?! Além de pisarem em solo sagrado ainda por cima fazem ridículos escândalos perante minhas tropas! Diz Adeline ainda mais furiosa.

  -A escandalosa aqui é você!!! Vamos, Aisha! Não vamos perder mais tempo nesse lugar! Devemos acabar com ele o quanto antes! Diz Carnot agora um tanto nervoso.

  -Só se for agora! Robotic Exercitus! “Exército robótico” em latim.

   A ferreira também usa sua magia de criação, fazendo vários de seus androides steampunk, equipados agora com motoserras com correntes que possuem um formato específico de um gancho surgirem na mesma formação que os cavaleiros, assustando a Chevalier.

  -O q-que é isso?! Como essas peças de lata estão de pé?! Elas nem possuem alguma parte biológica para se substituir por energia! Diz Adeline confusa.

  -Essas pessoas que dependem do conceito básico da magia são tão tontas... Nem ao menos tentam expandir ou estudar mais sobre seus próprios poderes... Diz Aisha um tanto desapontada.

  -Falou tudo! Afinal, magia de criação é simplesmente você usar sua mana para ser acumulada em outro lugar e assim fazê-la tomar uma forma. Claro, seres vivos são substituídos por corpos luminosos, já todas as outras coisas abióticas podem adquirir suas formas materializadas pois são apenas um aglomerado de átomos conduzindo seus elétrons livremente como qualquer objeto estático, sem a necessidade de células, sangue, proteínas... Enfim, os robôs são uma mera casca uma vez que a verdadeira mana dessa magia está circulando nesses metais permitindo a ativação dos vários sistemas e alavancas permitindo a locomoção das peças. Explica Carnot causando tanto um certo tédio como também um estranho silêncio, assim todos pararam para ouvi-lo, mesmo aqueles que não entenderam quase nada do que estava sendo dito.

  -Cara... Você realmente deu uma aula pra ela sobre a nossa magia? Diz Aisha confusa, surpresa e entediada.

  -Errr... Foi mal... Força do hábito! Diz Carnot completamente sem graça.

  -Depois diz que não devemos dizer nada pra quem não confiamos...

  -Já chega de palhaçadas!!! SOLDADOS, MATEM-NOS!!! Diz Adeline novamente furiosa.

  -PODEM VIR SUAS VELHARIAS ARCAICAS! A MODERNIDADE VAI ATRAVESSÁ-LOS COM FORÇA TOTAL! Diz Aisha intimidando-os.

   Ambas as tropas não hesitam e avançam com bravura, porém os androides de fato estão com vantagem. Suas serras perfuram com facilidade os escudos e as armaduras dos templários, mas mesmo assim três robôs são derrotados no processo, em troca de nove dos cavaleiros, restando apenas o único que está na retaguarda.

  -Isso aí!!! Proporção de três para um!!! Diz Carnot bem animado.

  -Acha que eles são os únicos que posso criar?! Sua insolente! Vou lhe mostrar que minhas criações abençoadas podem se tornar algo muito mais destrutivo!!! Diz Adeline bem orgulhosa. Honorable Géant!!! “Gigante honrado” em francês.

   O último soldado aumenta de tamanho exponencialmente, tornando-se colossal ficando quase que da mesma altura que a catedral. Porém isso não abala nenhum dos dois, na verdade o ser tornou-se motivo até mesmo de desprezo, como se Aisha e Carnot estivessem em sincronia para rebaixar o gigante.

  -Claro... Por que não deixar tudo bem mais elegante, poderoso, imponente... Diz Carnot com um forte sarcasmo.

  -Sim... O que essas magias criam são pré-históricas e as ideias e os pensamentos do dono também devem ser... Diz Aisha completando o sarcasmo.

  -Bom... Já que ela quer poder... Não é incômodo fazer isso... Violent Blindé! “Blindado violento” em francês.

   A esquerda da ferreira surge um maquinário diferente, mas não irreconhecível. Um tanque de guerra com suas dimensões convencionais, seus diferenciais se tratam da cor de bronze e prata, parecido com a dos androides que ainda estão em guarda e alguns enfeites de engrenagens e escapamentos de vapor. A máquina está com o cavaleiro em sua mira e aguarda o sinal apenas.

  -Fogo!!! Sinaliza Aisha apontando para o templário.

   O projétil é disparado atingindo em cheio o elmo perfurando-o encontrando sua testa, e em poucos segundos toda a cabeça do templário explode, desfazendo automaticamente todo o resto de seu corpo, impressionando a Chevalier.

  -Headshot! Diz Aisha comemorando e levantando seus braços de alegria.

  -O que é que... Então... Você realmente não é tão fraca como eu pensava, não é mesmo? Porque se você consegue destruir minha criação com apenas um tiro, mesmo que o mesmo apresente um aumento de defesa proporcional ao seu tamanho... Você é bem perigosa. Diz Adeline surpresa, porém bem consciente de sua situação.

  -Ah! Sim! Mas sendo sincera... Eu ainda nem começei... Diz Aisha com um olhar frio.

  -E quem disse que eu também comecei? Lumière de la Justice! “Luz da justiça” em francês.

   A lâmina da espada da cavaleira fica toda luminosa com a magia e a própria executa um golpe lateral no ar, disparando vários e velozes feixes de luz que conseguem alterar o próprio curso, atravessam e despedaçam os androides e o tanque, desfazendo todos eles. A cientista analisa a situação e solta um sorriso.

  -Certo... Certo... Tenho que admitir que tudo é bem divertido e tudo mais... Até deixei você destruir minhas tropas e... Bom, de novo estamos aqui enrolando, não é, Carnot? Diz Aisha segurando sua marreta.

  -Sim... Mas não é problema! Vamos recuperar tudo se corrermos bem rápido no corredor. Diz Carnot.

  -Há! Acham que vão me vencer? Pergunta Adeline.

  -Bom, se tudo aquilo antes é o que você é capaz de fazer... Não temos outra resposta. Diz Aisha sorrindo.

  -Eu os subestimei quando entraram aqui... E isso foi um erro. E vocês o cometeram também! Visions de l'Archange! “Visões do arcanjo” em francês.

   Por um breve momento os olhos azuis de Adeline brilham e então a mesma se enche de confiança e abre um sorriso.

  -Sei o que devo fazer agora... Croix du Ciel! “Cruzes do céu” em francês.

   Três grandes cruzes pontiagudas e luminosas surgem no ar apontadas para a ferreira. E então caem uma por uma, perfurando o solo como se fosse manteiga, porém a dupla cientista aproveita de suas esquivas rápidas para avançar e preparar um forte golpe com sua marreta. Ao se esquivar da terceira cruz, mesmo com quase seis metros de distância de seu alvo, ela ainda assim usa sua magia.

  - Marteau Fusée!!!

   A marreta se abre e os fortes músculos das pernas e dos braços de Aisha se contraem junto com sua mana vital que com o auxílio do impulso do foguete, numa velocidade incrível a ferreira alcança seu alvo pronta para executar o golpe. Porém, antes que fizesse isso, estranhamente, Adeline não parece preocupada, aliás ela nem sequer se mexe, apenas permanece sorrindo. E por pura sorte Carnot percebe que há mais uma cruz e ela está prestes a atingi-los. Com isso, o cientista toma o controle do corpo e reposiciona sua marreta rapidamente, mudando o curso do corpo e também a trajetória da marreta.

   Assim eles se esquivam do ataque contorcendo de maneira bem incômoda e girando pelo menos umas quatro vezes por conta da confusa trajetória do foguete, e para pará-lo o cientista o enterra no chão, parando-os completamente. Mas antes mesmo que Aisha questione o ocorrido, Carnot percebe que quebrou uma armadilha mágica devido a presença das partículas de mana semelhante a das cruzes que saem do chão, deixando-o intrigado.

  -Mas que droga é aquela?! Mais um pouco e ficamos no espeto! Diz mentalmente Aisha assustada.

  -Como? Murmura Carnot.

  -Como o quê?!

  -Visions de l'Archange... Lumière de la Justice!!! Diz Adeline após seus olhos brilharem.

   Novamente ela golpeia o ar com sua espada brilhante, disparando inúmeros feixes de luz que perseguem a ferreira, obrigando-a a partir para defensiva, esquivando-se, correndo para os lados e até mesmo se defender.

  -Bouclier Mural! “Escudo parede” em francês.

   O círculo mágico de engrenagem da cientista surge rapidamente criando algo do tamanho de um muro, porém um muro metálico, parecendo um escudo retangular deitado, apresentando alguns detalhes mecânicos como as próprias engrenagens. Esta criação atinge os feixes resistindo e protegendo Aisha.

  -Châtiment de la Terre Sainte... “Punição da terra santa” em francês. Sussurra Adeline.

   Antes que eles deem conta, um grande e fino espinho de luz surge no chão atrás deles atingindo a coxa direita, fazendo a ferreira sangrar e gritar de dor. Quando o espinho se desfaz, Aisha ajoelha-se, Adeline lança outra magia.

  -Grande Épée! “Grande espada” em francês.

   Uma gigante espada luminosa surge quase que no topo da catedral, e então desce de uma vez para atingir seu alvo, desesperando a dupla cientista.

  -Steampunk Armor! “Armadura steampunk” em inglês. Diz Aisha desesperada.

   Quase que instantaneamente uma armadura semelhante à carcaça dos androides, porém toda bronzeada e sem nenhuma ferrugem, surge em volta do corpo da ferreira. Com isso ela se vira de frente à espada e coloca a cabeça da marreta deitada sobre seu torso e contrai seus músculos. A espada atinge bem no meio da marreta e devido ao primeiro impacto, o peitoral da armadura trinca. Aquela lâmina enorme persiste em perfurá-la, mas como a cientista não cede, não demora muito para ela se desfazer.

  -Entende como eu estou certa? Você me subestima, e agora está ferida. Diz Adeline convencida.

   A ferreira nem se dá ao trabalho de respondê-la, apenas procura em seu bolso o frasco de elixir e ao encontrá-lo bebe rapidamente quase engolindo o frasco junto.

  -O que é isso? Está apenas alongando seu sofrimento, sua tola. Diz Adeline.

  -Cala boca! Não pense que só porque me atingiu que o jogo está terminado! Diz Aisha se levantando aos poucos enquanto o ferimento termina de se fechar.

  -Acho que deixei alguém bem irritada... Bom, mas nem eu quero mais me prolongar com isso. Troupes Sacrées!

   Novamente os templários retornam para o campo de batalha, todos eles surgem em volta da cientista, cercando-a.

  -Ataquem!!! Ordena Adeline.

  -Marteau Fusée... Diz Aisha furiosa com um olhar ameaçador para os cavaleiros. Libérer le Courant! “Liberar corrente” em francês.

   No mesmo momento em que os soldados avançam, tanto o foguete da marreta da ferreira se ativa, como também a parte da cabeça desencaixa do bastão, revelando uma corrente mágica idêntica a das foices de Aki. A corrente se estica bem alto e começa a se rotacionar numa velocidade incrível, tornando a marreta em um mangual. Aisha não perde tempo e balança a corrente fazendo um círculo, atingindo e partindo em dois todos seus oponentes.

  -Courrent de Retour! “Retornar corrente” em francês. Diz Aisha ao fazer todos os inimigos virarem pó, observando com uma intensa raiva para a cavaleira enquanto a corrente recolhe a cabeça da marreta de volta.

  -Mas que droga! Lumière de la Just...! Diz Adeline surpresa.

  -NEM PENSE, SUA DESGRAÇADA!!! Grita Aisha extremamente furiosa.

   Como se fosse um reflexo, quando a cabeça se encaixa ao bastão, a ferreira faz uma força descomunal jogando sua pesada arma em sua inimiga, interrompendo a magia da mesma, e por pouco se esquiva dando alguns passos para trás. Adeline se apavora ao ver a cratera criada por conta do impacto da marreta, que ainda por cima está com toda sua parte massiva enterrada. A força física da cientista é algo temível para ela.

  -ACHA QUE VAI ESCAPAR, SUA MALDITA!!! Bébés Destructeurs!!! “Bebês destrutivos” em francês. Grita Aisha executando outra magia.

   Num piscar de olhos, uma espécie de sistema de arma de fogo é criada encaixando-se aos braços e costas da ferreira, obrigando-a a contrair seus músculos devido ao peso. Trata-se de metralhadoras giratórias, duas em cada braço com longas extensões de munições, acopladas num suporte que envolve boa parte das costas e que se liga ao chão por meio de um bastão que serve como um tipo de amortecedor. Tudo detalhado ao estilo único de Aisha, cores metálicas bem naturais, encaixes de parafusos e porcas e até mesmo sistemas de engrenagens. Simplesmente um verdadeiro monstro bélico, e nem a cientista e nem Carnot conseguem esconder o sorriso.

  -Olhe só! Faz um tempo que não usamos nossos bebês, não é mesmo? Diz Carnot com um sorriso bem animado.

  -Sim! E os chamei justamente para fazer aquela falsa iluminada arder! Diz Aisha empolgada.

  -Um queijo suíço saindo num instante!!! FOGO!!!

   As metralhadoras disparam inúmeras balas, o altíssimo barulho toma conta de toda a catedral, e a frequência do mesmo indica a velocidade da saída de projeteis. Os tiros pulverizam a estátua, espalhando uma cortina de fumaça, o que dá tempo e chance para que a Chevalier consiga se esquivar e se ocultar na fumaça. A ferreira não para até que as balas acabem, o que destroi quase toda frente do local, danificando a passagem para o próximo corredor, mas nada que bloqueie a passagem.

  -Droga! Exagerei com os meus nenéns e agora não consigo vê-la! Diz mentalmente Aisha desfazendo suas metralhadoras.

  -A fumaça é muita! Está ocupando boa parte do lugar! Isso realmente está dificultando encontrá-la. Responde Carnot também procurando pelo inimigo.

  -De toda forma vou precisar de algo pra amassar a cabeça dela, tenho que pegar minha Rocket Hammer de volta. Diz Aisha correndo em direção a sua arma principal.

   No meio de toda aquela poeira que aos poucos se esvai, a ferreira encontra sua marreta, ainda em pé em volta de alguns escombros. Sem pensar duas vezes se aproxima para pegá-la e ao tocá-la, é surpreendida novamente por outro espinho luminoso vindo de dentro dos escombros, que desta vez atravessa seu antebraço direito que estica para recuperar seu equipamento, quebrando a armadura. A ferreira segura o grito de dor, mas ao tirar seu braço, finalmente encontra a cavaleira, que corre em sua direção e com seu escudo atinge com força a face de Aisha afundando seus óculos de solda, mas não os quebra.

   A força é tanta que a joga para a parede e onde há outro espinho que perfura sua mão esquerda, que a obriga berrar de dor. A fumaça então se extingue permitindo ver com clareza o sorriso maníaco da Chevalier, o mais característico deles. Antes que a dupla cientista pense em algo para atacá-la, bem acima deles, duas grandes cruzes descem para destrui-los, forçando-os a se desvencilhar e correr o máximo que podem para escapar também dos estilhaços que voam velozes devido ao forte impacto das cruzes.

  -Lumière de la Justice! Diz Adeline enquanto ri da desgraça alheia.

   O corte da cavaleira libera mais feixes que rapidamente ficam próximos de seu alvo, fazendo novamente a ferreira voltar para a defensiva.

  -Bouclier Mural! Diz Aisha se abaixando.

   O muro bloqueia quase todos os feixes, porém um deles se esquiva e surpreende a ferreira atingindo suas costas, atravessando seu abdômen, deixando um buraco do tamanho de uma bola de golfe. A dor intensa e aguda somada à fadiga muscular e o desespero, tomam conta da mente de Aisha, que por pouco não perde a consciência, graças a Carnot que está partilhando da mesma dor, mas que ainda consegue fazer mais uma magia.

  -Robotic Exercitus... Diz Carnot fazendo força para falar.

   Os androides são recriados, porém agora carregam apenas uma simples lâmina e um escudo, exceto um que está com as mãos livres. Os nove que estão armados cercam sua criadora, atentos a qualquer coisa que aconteça, enquanto o outro rapidamente procura pelos elixires nos bolsos da ferreira e a faz beber três frascos inteiros.

  -Então como última ação de desespero, você faz com que suas latarias a protejam? Isso é patético demais para alguém que está tão determinada a atacar de frente e esmagar minha cabeça para continuar em frente! Diz Adeline gargalhando da situação do inimigo. ACABOU PARA VOCÊ, SUA IMUNDA! VOCÊ PERTUBOU ESSA CATEDRAL SAGRADA E AQUI MESMO SERÁ CASTIGADA!!!

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