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A Dupla Cientista

   Quando todo o barulho cessa a estranha aliada de Aki se vira para os Invocadores e se apresenta sorridente.

  -E aí, gente! Sei que fiz vocês passarem por algo desagradável... Mas era necessário devido a vários motivos que explicarei depois. Porém, se alegrem! Afinal todos os resultados foram positivos! Tanto o fato de que ninguém se feriu, como também os dados de batalha que ganhei para a melhoria dos meus androides. Bom, depois de toda essa confusão sei que devo explicar muita coisa a vocês, exceto o NinjAki, só que... Vamos começar pelos nomes, ok? Enfim... Eu sou Aisha! Aisha Ueda! A melhor cientista e ferreira da região!

  -Errr... Aisha, eu sei que você está bem animada como sempre, mas vamos tratar do meu amigo aqui? Diz Aki olhando para Kira.

  -Oh! Verdade! Que descuido meu! Do que ele está sofrendo? É alguma doença crônica?

  -Exaustão, para ser mais exato. Ele gastou muito mana, então ele necessita de repouso e...

  -Está tudo bem! Tenho uma solução para ele e o espírito dele! Diz Aisha enquanto mexe em seus bolsos procurando por algo.

   A ferreira retira uma gema mágica amarelada e com um formato completamente diferente de todas as outras gemas que eles utilizaram. É pontiagudo, como se fosse uma estrela começando a explodir, e com isso, Aisha se aproxima de Kira e entrega a gema em sua mão.

  -Fique tranquilo, esta gema mágica só tem esse formato pois ela tem uma concentração aproximadamente três vezes maior que uma gema comum! Justamente para ajudar no desgaste energético e, em poucos minutos após o uso, ajuda também na recuperação muscular com um efeito de cura bem básico.

   Kira então puxa seu colar Yin para fora e toca a gema nele que a absorve rapidamente. De fato, os efeitos que a cientista citou começam a agir, permitindo que em poucos segundos o rapaz pudesse ficar de pé sem precisar de ajuda e até mesmo caminhar.

  -Incrível... Por mais que eu ainda me sinta limitado a fazer várias coisas, mas só de estar andando tranquilamente, já é uma grande vantagem. Diz Kira impressionado.

  -Pois é! Só que ainda não recomendo nem correr, pular, lutar e invocar seu espírito enquanto não for tratado com boas doses de elixires de cura. Tenho um grande estoque deles aguardando por vocês lá no meu laboratório principal! Contudo... Sigam-me! Conversaremos melhor por lá! Diz Aisha sorridente como uma criança enquanto caminha pelo longo túnel guiando os outros Invocadores.

   Conforme os Invocadores iam se aprofundando no longo túnel, cada vez mais suas paredes deixam de ser apenas rochas com poucas placas metálicas para as lâmpadas, para de fato ser uma construção nobre cobrindo todas as rochas e, consequentemente, mais iluminada. Durante a caminhada os Invocadores se apresentam para Aisha e contam o porquê de estarem com Aki.

   Finalmente uma luz no fim do túnel, trazendo consigo um certo mormaço incomodando a todos exceto a ferreira, que faz um comunicado.

  -Bem... Antes de entrar em minha querida residência, gostaria antes de tudo dizer que achei muito interessante a história de vocês e que falarei um pouco de mim para que possam me conhecer melhor. Porém, devo antecipar que como eu sou uma cientista, uma das minhas grandes paixões é criar “coisas”, independente se são máquinas ou equipamentos... Enfim, meu lar depende de vários maquinários para funcionar, só que também há várias outras tralhas que eu acabei me atrapalhando para arrumá-las. Por isso, peço que não toquem em nada! Por segurança própria e da minha casa, entenderam?

  -Sim! Diz os Invocadores exceto Aki.

  -Sendo assim... Bem-vindos ao meu doce lar!!! Diz Aisha levantando seus braços alegremente.

   Um lugar vasto preenchido por máquinas metálicas a vapor de vários formatos e maneiras de funcionamento, causando uma leve sensação de desordem. O intenso e frenético barulho dos maquinários trabalhando acompanhado do leve cheiro de queimado das caldeiras e do mormaço oriundo das saídas de vapor das máquinas domina todo o território em que Aisha vai guiando os outros.

   Durante a rápida apresentação do local, a ferreira explica de maneira bem animada um pouco sobre algumas de suas invenções como as que produzem energia elétrica, refrigeram sistemas usando um feitiço que consome a mana do ar, auxiliam na fabricação de peças para equipamentos, reciclam metais das sucatas, vigiam dentro e fora da caverna, entre outros. Sua tagarelice científica por mais interessante que seja, cria um excesso de informação para todos deixando-os um pouco confusos. E então finalmente eles chegam a uma entrada, porém agora de uma casa simples.

  -E aqui pessoal, é a minha área de descanso! É aqui onde ficam os dormitórios, a enfermaria, os banheiros e a cozinha. Enfim, já enrolei vocês demais e... Acho que todos necessitam de repouso agora! Entrem! Vou ver se tenho elixires prontos para vocês. Diz Aisha enquanto abre a porta da casa.

   Acendem-se as luzes, finalmente é encontrado algo mais próximo do normal, uma casa extensa, simples e realmente aconchegante, com a sala de estar e o longo corredor acarpetados e enfeitados com vários quadros de cientistas importantes como Einstein, Copérnico, Galileu, Kepler, Newton, Lavoisier, Bohr, Darwin, entre outros.

  -NinjAki! Pode levá-los para a enfermaria, para mim? Preciso ver onde deixei minhas caixas de elixires. Diz Aisha enquanto destranca uma das portas do corredor.

  -Eu posso, mas pare de me chamar assim... Diz Aki um tanto desanimado como se tivesse feito o mesmo pedido várias vezes.

   Então, os Invocadores seguem para a penúltima porta do corredor que possui uma placa branca com uma cruz vermelha idêntica a dos hospitais. Ao entrarem ficam impressionados o quanto pois o é semelhante à sala de recuperação, com todas as paredes brancas, seis macas enfileiradas lado a lado com os suportes para soros, dois armários metálicos cinzentos abertos, em um deles há vários frascos de remédios, elixires, líquidos de coloração estranha, seringas, entre outros equipamentos hospitalares, no outro há cobertores, panos de vários tamanhos, vassouras, rodos, entre outros itens de limpeza.

   Sem pensar duas vezes, os Invocadores descarregam suas mochilas num canto do quarto e se sentam nas macas para esticarem suas pernas enquanto esperam Aisha retornar.

  -Não liguem muito para o comportamento dela, pode parecer infantil, mas... Ela é bem incrível. Diz Aki enquanto retira algumas partes de sua armadura.

  -Só acho engraçado o trocadilho que ela faz com o seu nome. Diz Bernard soltando algumas risadas e consequentemente provocando risos dos outros.

  -É verdade! Mas sinceramente, tirando o fato dela nos ter atacado, ela parece ser uma boa pessoa. Diz Alice sorrindo.

  -Com certeza ela é, porém estou dizendo isso mais pelo fato de que tudo isso que vocês viram até agora foi criado por ela e seu espírito. Diz Aki retirando a última parte de sua armadura.

  -O QUÊ?! Diz os três Invocadores boquiabertos.

   A porta é aberta com um belo chute, chamando a atenção de todos pelo barulho. É apenas Aisha carregando uma caixa de madeira com oito grandes frascos de elixires de cura.

  -Cheguei! Não demorei muito, não é? Ainda bem que a minha memória não falha tanto, pois se não, jamais iria encontraria isso nas minhas tralhas!

  -Realmente... Você foi bem ligeira. Mas eu posso pedir outro favor? Pergunta Aki.

  -Claro!

  -Poderia contar a eles a sua história? Afinal, eu já adiantei alguns detalhes, como a construção de seu laboratório subterrâneo. Diz Aki sorrindo.

  -NinjAki! Seu sem graça! Não deveria ter contado antes de mim! Diz Aisha enquanto retira alguns recipientes de dentro da caixa.

  -Eu já lhe disse para parar de me chamar assim... Diz Aki novamente num tom desanimado.

  -Bom... Não importa! Vou contar mesmo assim enquanto curo vocês, mas antes deixem-me preparar a solução para servir as doses. Diz Aisha com um leve sorrindo enquanto pega algumas outras vidrarias com líquidos estranhos no armário.

  -Solução? Cochicha Bernard para Aki.

  -Sim, ela faz alguns estudos e experimentos para melhorar a qualidade dos elixires, por isso deve estar misturando alguns componentes estranhos ali. Responde Aki também aos cochichos.

  -Bom! Agora está tudo pronto! Diz Aisha levantando o recipiente de vidro cheio de uma substância alaranjada.

   A ferreira então serve a tal solução mágica em copos de meio litro para todos. Os Invocadores bebem e logo sentem um gigantesco alívio, como se todos os seus músculos relaxassem e ao mesmo tempo se energizassem intensamente, e não apenas eles sentiram tais sensações, mas os espíritos também, porém com um pouco menos de intensidade. Com isso, Kira se levanta da maca, como se nunca tivesse ficado exausto.

  -Uau... Isso é... Bem eficiente, não? Diz Kira espantado.

  -Sim! E pela sua cara você deve estar tendo aquela sequência de emoções estranhas. Não se preocupe! Elas passarão, e com o tempo você vai se acostumar. Diz Aisha soltando alguns risos.

  -Q-qual é a receita disso?! Diz Alice impressionada.

  -Bom... Isso é um segredo meu. Diz Aisha sorrindo.

  -Porém, mesmo com essa poção, é recomendável que vocês não se esforcem muito. E com isso, acredito que poderemos nos conhecer melhor, não é? Diz Aki já terminando com sua dose.

  -Fato! Diz Aisha batendo algumas palminhas de tão animada. Ok... Primeiramente, meu nome completo é Aisha Ueda, tenho a pele bem morena assim pois na verdade eu nasci na Índia e... Assim... Fui abandonada no meio de sacos de lixo num beco na cidade de Bombaim. Mas por sorte um casal de turistas japoneses aposentados escutaram meu choro bem fraquinho pelo fato de que estava ali há muito tempo, e então me acolheram.

  -Errr... Aisha... Quando eu disse para você falar sobre você, não quis dizer desde o momento em que nasceu, mas sim desde quando você se tornou uma Invocadora e um resumo de seus feitos, sabe? Diz Aki tentando não parecer rude.

  -Sério?! Opa... Pra mim era para... Diz Aisha um tanto perdida.

  -Não tem problema Aki, afinal a história está bem interessante! De todo jeito teremos de falar bastante sobre nós. Diz Alice sorrindo.

  -Certeza que não tem problema continuar? Pergunta Aisha um pouco envergonhada enquanto rela seus indicadores um com o outro.

  -Sim, e eu também fiquei curioso com tudo isso. Diz Bernard.

  -Ah! Que bom! Sendo assim eu... Diz Aisha que de repente para de falar.

   Os olhos cor de mel da ferreira se tornam azuis como o céu causando certa estranheza a todos. E então, Aisha retorna a falar, porém de uma forma bem diferente, sem a sua animação infantil, mas sim de forma mais adulta e refinada.

  -Vocês estão realmente conscientes desta devida escolha?

  -O quê? Questiona Kira.

  -Por mais interessante que possa parecer sua história, Aisha tem uma certa característica de tagarela. Não que ela seja o tempo todo assim, na verdade são apenas em momentos específicos de empolgação elevada como: explicação do funcionamento de algum maquinário, narrativa de algum fato histórico científico ou de sua vida pessoal, projetos que tiveram sucesso ou que ainda estão em progresso e... Diz a ferreira enquanto conta nos dedos os momentos que está citando.

   Novamente num piscar de olhos, os olhos de Aisha voltam ao normal, e ela se enfurece e diz:

  -Carnot!!! Já disse para não ficar fazendo essas coisas com pessoas que não temos tanta intimidade ainda!

   E assim, o controle do corpo de Aisha é disputado mentalmente entre a ferreira e seu espírito, gerando uma confusão na cabeça de todos.

  -Diz isso a pessoa que está prestes a contar toda sua história de vida de forma bem detalhada para pessoas tecnicamente estranhas! Afinal, eles são apenas Invocadores minimamente fortes e possuem uma aliança com o ninja. Diz Carnot.

  -Mas isso só aconteceu porque eu me descuidei um pouco! Sorte a minha que eles não se importaram que eu continuasse a contar a minha história! Diz Aisha ainda furiosa.

  -Consequentemente, pelo fato deles terem permitido tal ação, interpretei que eu tinha total direito de me manifestar, até porque eu apenas me intrometi na conversa para justamente alertá-los de seu pequeno defeito de falar demais sobre determinados assuntos.

  -Tagarela aqui é você!!! Não aguenta ficar nenhum tempinho calado!!!

  -Como é?! Como tem a ousadia de dirigir sua palavra a mim dessa forma?! E pela quarta vez hoje!!! Sua... Irracional! Diz Carnot com a voz um tanto alterada.

  -Irracional?! É você é um enjoado!!!
   Depois desse comentário, agora eles não trocam mais o controle do corpo. Na verdade cada um controlar uma metade, sendo possível notar pois um olho tem a cor azulada e o outro a cor de mel. E devido o conflito entre os dois, causa uma certa impressão de que a ferreira está vesga enquanto mexe seus braços e pernas de forma aleatória.

  -Sua criança ridícula! Se arrependerá de ter me chamado disso! Diz Carnot agora também furioso.

  -Enjoado! Enjoado! Enjoado! Enjoado! ENJOADO!!! Cantarola Aisha como uma criança querendo provocar a outra.

  -Ora sua... Diz Carnot tentando segurar a raiva.

  -EI!!! Grita Aki um tanto estressado interrompendo a briga infantil.

  -QUE É?! Diz Aisha e Carnot ao mesmo tempo parando de remexerem.

  -Será que vocês poderiam parar com isso?! Além de confuso, está ficando vergonhoso assistir vocês se debatendo!

  -Mas olha de quem é a culpa! Diz Aisha e Carnot enquanto um aponta para o olho do outro.

  -Por favor, vocês são cientistas de QI’s elevados! Parem de agir de forma tão idiota! Depois cada um de vocês se apresentam de uma melhor forma!

  -Hum... É o ninja tem razão... Não podemos gastar nossos preciosos neurônios de forma tão indevida... Diz Carnot bem mais calmo.

  -Realmente... Por favor, nos desculpem! Diz Aisha enquanto inclina suas costas como forma de pedir perdão.

  -Errr... Acho que... Está tudo... Bem? Diz Alice ainda muito confusa com tudo que acabou de ocorrer.

  -Sendo assim, acho que o melhor a fazer é deixá-la terminar de explicar. Depois eu me apresento de forma mais conveniente. Diz Carnot finalmente deixando de controlar o corpo da ferreira.

  -Agradeço a compreensão. Diz Aisha para seu espírito. Bom, onde eu estava mesmo?

  -Acho que... Sobre o casal de aposentados terem lhe acolhido. Diz Bernard também um pouco confuso com a situação e principalmente impressionado com o que presenciou.

  -É verdade! Bom... Sobre isso, depois que eles me levaram às pressas ao hospital achando que eu morreria por conta da minha temperatura que estava baixíssima. E com isso, eu sobrevivi, e como não tinha ninguém para cuidar de mim, eles resolveram me adotar e me levar para o Japão depois que estivesse saudável. Eles me deram o nome de Aisha, que significa “a que está viva” e o sobrenome deles Ueda.
  -Nossa! Muito linda mesmo sua história! Seus pais devem ser as melhores pessoas do mundo. Diz Alice encantada.

  -É... Eles eram...

  -Ai! Me desculpe! Não queria te...

  -Está tudo bem! Eles estavam bem velhos mesmo e... Eu já superei isso... Afinal faz quase três anos.

  -Mesmo assim, nós todos sabemos como é a dor de perder alguém, então... Meus pêsames. Diz Bernard.

  -Sim... Nós reconhecemos muito bem esse sofrimento... Meus pêsames. Diz Kira enquanto curva levemente seu pescoço junto com Alice.

  -Obrigada... Mas fiquem tranquilos, também tive bastante apoio de alguns amigos na faculdade de engenharia mecânica. Só que eu não imaginava que os perderia tão rapidamente, um depois do outro, e ainda pouco antes da minha formatura... Diz Aisha desanimada.

  -Quer desabafar conosco ou prefere apenas se poupar? Pergunta Aki.

  -Bom... Eu não acho que tenho muito o que comentar. A primeira a falecer foi minha mãe, por um câncer cervical que se espalhou muito depressa, e a sua idade não ajudou muito... Não resistiu. O meu pai, que amava demais minha mãe morreu um mês depois e provavelmente de tristeza por ter perdido sua companheira.

  -Isso realmente é muito triste... Diz Bernard.

  -É... Durante boa parte da minha infância eles me contavam sobre o passado deles. Por exemplo, quando eles eram mais novos eles tentaram ter um filho, só que eles não conseguiam pelo fato de que minha mãe era infértil. Então, por muito tempo eles ficaram sem falar sobre o assunto, até que eles partiram para adoção, adotaram um menino de oito anos e assim viveram bem durante quatro anos, até que num acidente de trânsito, em que eles não estavam presentes, o garoto foi atropelado e não resistiu.

  -E-eu... Nem sei o que dizer e... É muito triste... Diz Alice enxugando seus olhos que estavam cheios d’água.

  -Não é à toa que eles então resolveram não ter mais filhos. Conclui Bernard.

  -Exato... Então para tentar aproveitar a velhice resolveram viajar bastante, numa tentativa de apagar as tristezas do passado, até que em uma de suas viagens eles me encontraram.

  -Foi como uma luz de esperança para eles. Diz Kira.

  -Sim... E eles sempre foram ótimos pais e investiram muito na minha educação e tudo mais. Só quando fiz 18 anos que meu pai me revelou uma coisa muito importante que mudou toda a minha vida...

  -Qual? Pergunta Bernard.

  -Ele era um Invocador, e devido a sua idade corporal, ele me entregou seu Receptáculo Divino, era uma aliança de platina antiga de um cientista muito reconhecido, Nicolas Léonard Sadi Carnot, também conhecido como “o Pai da Termodinâmica”. E foi assim que eu me tornei uma Invocadora.

  -Espera aí, se ele é reconhecido significa que há como saber facilmente de seu passado, certo? Questiona Bernard.

  -Sim, inclusive eu tive que pesquisar sobre isso no passado.

  -Então, qual foi o trato de vocês e por que ele não ascendeu?

  -Nosso trato foi que se ele me ajudasse a ser uma boa Invocadora e uma cientista genial, eu poderia ajudá-lo também a satisfazer suas curiosidades sobre as tecnologias atuais e mágicas.

  -Sério isso? Ele só está nesse receptáculo, porque está... Curioso?! Diz Kira.

  -Sim! E com o tempo nos tornamos melhores amigos e uma dupla dinâmica na ciência! Construindo tudo que vocês puderam ver aqui!

  -Entendo...

  -Com isso, minha curiosidade aumentou exponencialmente! Com os vários conhecimentos mágicas pude desenvolver aos poucos maquinários, elixires, feitiços... E um pouco das aventuras que ele e meu pai tiveram... E isso é muito engraçado porque mesmo sem saber de muita coisa sobre o mundo dos Invocadores, minha mãe sempre apoiava e tentava ajudá-los. E toda vez ela acabava se machucando, o que fazia meu pai agir de forma mais protetora possível, pois ela se recusava firmemente em deixá-lo ir em algumas missões sozinho. Então para ao menos aliviar um pouco o peso da consciência, ele sempre dava uma rosa para ela, justamente por ser sua preferida... Não era à toa que depois que ela faleceu, ele sempre deixava uma rosa todo dia diante de seu retrato.

  -Nossa... Nem eu sabia disso, Aisha... Ele de fato devia amar muito sua mãe, não é? Diz Aki se levantando e aproximando-se dela.

  -Sim... Ele amava...

   O ninja põe sua mão sobre a cabeça da ferreira acariciando-a, como uma forma de consolo e até mesmo afeto, fazendo-a dar um leve sorriso.

  -NinjAki... Só você mesmo para me fazer esse carinho que tanto me acalma...

  -É porque eu me preocupo com você, não gosto de ver minha amiga triste... Ainda mais quando essa amiga tem uma natureza tão animada.

  -Hum... Tem razão! Chega de melancolia! Afinal a parte triste da história já passou!

  -Como assim? Pergunta Bernard.

  -É que antes mesmo da morte de meus pais, eu estava desenvolvendo a estrutura dessa caverna em segredo com Carnot. Só que com o tempo, começamos a brigar demais, pois tínhamos ideias muito distintas. E como havia muitas circunstâncias em que um atrapalhava o outro, ou que Carnot tentava me ensinar algo, ou que ele apenas me irritava quando achava que estava algo errado sendo que na verdade era eu quem sabia como executar... Tudo isso se tornou combustível para nossos conflitos.

  -Mas o que vocês fizeram para superar isso? Questiona Alice.

  -Na verdade eles não superaram, pelo que foi possível notar a poucos minutos atrás... Diz Selenis mentalmente soltando alguns risos.

  -Bom... Houve alguns momentos em que tivemos que enfrentar alguns escravistas durante nossas viagens em busca de específicos materiais para a construção. E como eu não estava muito acostumada com essa situação de vida ou morte, então sempre me desesperava, o que atrapalhava Carnot. Então começamos a brigar mentalmente pelo controle do meu corpo, pois eu queria fugir enquanto Carnot queria lutar. O conflito foi tão intenso que no final das contas, os dois estavam controlando metade do corpo! De início, obviamente foi muito estranho, mas depois começamos a nos acostumar a lutar daquele jeito, afinal nossa força ampliou muito, então bastava agirmos de forma sincronizada.

  -Por isso vocês conseguem de uma hora para outra trocar o controle corporal. Conclui Kira.

  -Exato! O que deixa muito mais prático a invocação, uma vez que não é necessário chamar pelo espírito, basta ele sentir que é necessário controlar o corpo naquele momento e pronto!

  -Acha que é possível aprendermos isso? Questiona Bernard.

  -Não tenho ideia... Conseguimos essa técnica, e nomeamos de “Dual Cortex”, de uma maneira não muito agradável e... Tentamos estudar um pouco sobre isso, mas a única conclusão que tivemos é que talvez só fazermos isso devido ao fato de termos uma Quantidade de Inteligência bem maior que o comum. I-isto é, sem querer me gabar! Diz Aisha tentando não parecer rude.

  -Faz sentido, e se formos parar para pensar, nós estamos acostumados a lutar intensamente. O que dificultaria ainda mais desenvolvermos essa técnica... É uma pena... Conclui Bernard.

  -Realmente! Só que devo admitir que a Dual Cortex é muito boa para as batalhas... Mas em compensação, posso perder o controle do meu corpo a qualquer momento graças ao intrometido aqui. Diz Aisha retirando sua luva direita e assim aponta para o anel de titânio.

  -Nem fale muito dele! Vai que ele te controla de novo! Diz Alice soltando provocando risadas em todos.

  -Tem razão! Contudo, depois desse fato, eu e Carnot passamos a construir com maior facilidade a caverna e depois de pronta passei a focar em minhas pesquisas e ajudar alguns Invocadores que eu tenha certeza que são bons, como vocês!

  -Mas como vocês se conheceram? Pergunta Bernard apontando para Aki e Aisha.

  -Houve uma vez em que estava aqui na cidade perseguindo alguns escravistas responsáveis por assassinarem alguns aliados em Tokyo. Porém, eu caí numa emboscada nessa mesma floresta e acabei me ferindo gravemente, mas consegui matá-los. Com isso, fiquei vagando pela floresta procurando a saída, só que na verdade eu acabei encontrando os portões desse lugar, e quando avistei alguém, eu gritei por ajuda, porém depois do berro desmaiei. Diz Aki.

  -E essa pessoa era eu! Fazendo uma manutenção básica nos portões, e quando escutei o grito fui até o indivíduo para socorrê-lo. O problema é que além de ferido e exausto, ele estava armado, então eu retirei todas as armas que ele possuía e o levei até a enfermaria com o auxílio de uma carriola, e então o curei apenas o suficiente para que não morresse e despertasse, pois eu teria que saber se ele realmente apresentava uma ameaça ou não. Diz Aisha.

  -Devo admitir que foi bem tenso acordar sentindo muita dor e cansaço e a primeira coisa que eu vi foi alguém com uma máscara de solda sentada numa cadeira me observando, acompanhada de seis androides metálicos armados. Diz Aki soltando alguns risos.

  -Bom... É como eu disse NinjAki... Eu tinha que me garantir! Diz Aisha acompanhando Aki nas risadas.

  -E com todas aquelas circunstâncias que estavam ao meu redor naquela hora, eu tinha mais do que certeza que eu poderia morrer... Aliás, não apenas eu, mas Ken também sabia. Só me sobrou obedecer e fazer tudo que ela mandava. Um dos mais estranhos interrogatórios que já tive que passar... Ela de alguma forma queria saber de tudo sobre mim e meu espírito. Minha nacionalidade, identidade, qual era meu espírito, o que ele desejava, entre outras perguntas um tanto aleatórias. Diz Aki enquanto contava nos dedos os exemplos das perguntas feitas.

  -Porém, depois de notar que ele não tinha nada de ruim de fato, passamos a ser bons amigos e conversamos mais tranquilamente por um bom tempo. Assim, ele ficou sabendo de tudo sobre mim! Diz Aisha.

  -Em contrapartida, descobri que ela é ainda uma criança no corpo de um adulto, e a prova disso é o maldito apelido que ela me chama o tempo todo. Diz Aki com uma feição um tanto desanimada.

  -É verdade! Mas por algum motivo não consigo me lembrar de seu apelido... Poderia me dizer qual era? Diz Aisha num tom irônico com um grande sorriso.

  -Não... Diz Aki friamente.

  -Ah... Vamos, só para refrescar minha memória. Diz Aisha insistente.

  -Eu sei que está mentindo, sua peste! Diz Aki um tanto irritado.

  -Não sabe não! Sabia que é feio dizer que uma criança está mentindo!

  -Você tem apenas o comportamento de uma criança!

  -Nossa... Você tem tanta vergonha assim do seu apelido! Mas ele é tão bonitinho!

  -Discordo.

  -Aposto que o Ken gosta!

  -Está errada, por mais que ele esteja rindo da minha cara nesse momento...

  -Bom, mas ainda assim eu gosto e acho bonitinho!

  -Porque você é uma criança!

  -NinjAki! NinjAki! NinjAki!!! Cantarola Aisha de forma infantil enquanto faz algumas caretas mostrando a língua.

   De repente, Aisha para de se movimentar por um segundo e seu corpo é dominado por Carnot, deixando seus olhos azuis.

  -Desculpe interromper novamente a brincadeira de vocês, porém temos algo em nosso radar, Aisha. Parece que alguém está em perigo, mas suponho que devemos observar a situação antes de agir. Diz Carnot que ao terminar a frase deixa de controlá-la.

  -Perigo?! Radar?! O que está acontecendo?! Diz Bernard confuso.

  -Eu e Carnot desenvolvemos um radar mágico com a ajuda de alguns maquinários que estão espalhados pelo laboratório, então conseguimos captar movimentos estranhos ou até mesmo concentrações de mana anormais e ainda ter uma visão do ambiente lá na superfície. Explica Aisha fazendo uma magia simples. Visual Screen! “Tela visual” em inglês.

   Um simples retângulo luminoso surge na frente da ferreira do tamanho de um tablet, e ela o agarra e o posiciona no ar e o expande no tamanho da tela de uma grande televisão permitindo que todos assistam seu conteúdo.

   Uma perseguição está sendo exibida como se fosse filmada por cima. Um rapaz muito ferido com uma armadura medieval cinzenta extremamente danificada correndo de dois soldados dos Chevalier, enfurecendo Alice.

  -Soldados deles aqui?!?! Eles estão nos seguindo por acaso?!

  -Não podemos ir até lá intervir?! Questiona Kira.

  -No estado que vocês estão não é bom arriscar sair daqui, e mesmo se fossem, talvez não chegariam a tempo. Diz Aisha agora extremamente focada e séria.

  -Não há nada que você possa fazer?! Pergunta Bernard.

  -Talvez, eles estejam muito longe de nós, acho que só poderia enviar robôs de porte muito pequeno, com as armas que eles possuem, com certeza eles o destruiriam.

   O rapaz ferido resolve não mais fugir, e então saca sua espada simples e fica em guarda, esperando os inimigos. Os perseguidores chegam rapidamente e então eles param e apontam seus fuzis e dizem:

  -Acabou para você, renda-se ou será baleado.

  -Como se vocês fossem me deixar viver mesmo depois de entregar as informações que sei!

  -Espera aí... Eu conheço esse homem! Diz Aisha preocupada.

  -E quem é ele? Pergunta Aki.

  -É um Invocador da região, conheci-o há mais ou menos um mês atrás. Convidou-me para lutar com ele numa batalha em Saitama, mas eu recusei e...

   O rapaz então retira um fragmento metálico enferrujado do bolso e o joga para o alto, assustando Aisha.

  -O QUÊ?! ELE NÃO PODE FAZER ISSO!!!

  -O que ele vai fazer?! Pergunta Alice também assustada.

  -AQUELE PEDAÇO É O RECEPTÁCULO DELE!!! ELE VAI DESTRUI-LO!!!

  -Então ele vai entrar em modo Berse-. Diz Aki impressionado.

   O ninja é interrompido pela ação do Invocador que está sendo perseguido, que se trata de ter partido o fragmento metálico em dois com sua espada, criando uma luz intensa que preenche o telão, ofuscando a todos.

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