ㅤㅤ- Como ele pôde fazer algo assim? - Sunny fala baixo conforme anda com o grupo, seguindo aquela demônio.

ㅤㅤ- Fazer o que, Sunny? Ele estava apenas tirando informações dela. Sei que pareceu meio brutal, mas ela é um demônio, não deve sentir nada mesmo! - Maria diz, lembrando de afirmações do seu próprio demônio invocado, de dias atrás.

ㅤㅤ- Eu até não queria aceitar que demônios sentem, mas talvez eu estivesse errado. Mas os chifres. . . Nem todos tem, apenas os demônios considerados fortes podem os ter. É o maior orgulho para minha espécie, só ver como ela ficou depois de ter os dela arrancados fora.

ㅤㅤEla estava realmente cabisbaixa, arrastando sua clava pelo chão como se estivesse querendo apenas se jogar. Realmente o macaco destruiu não apenas sua postura de provocadora, mas seu tamanho não serve mais de nada, o tanto de esforço que demandou para ter seus chifres. . . Jogados fora! Apenas podia caminhar e terminar sua missão e voltar mostrando sua vergonha para sua mestra e possivelmente, sendo rebaixada por os perder.

ㅤㅤ- Son, você não acha que seria legal da sua parte se desculpar? - A elfa questiona, vendo como ela parece realmente destruída moralmente.

ㅤㅤ- Nunca vou me desculpar com um demônio. Você sabe o quanto os desprezo, para mim não passam de lixo. . .

ㅤㅤ- É mesmo? Nunca vai ser legal com algum deles?

ㅤㅤ- Óbvio que não!

ㅤㅤEla nem respondeu, apenas direcionou o indicador para trás dele. Ao olhar para o que ela estava apontando, viu Sunny o encarando, logo virando o olhar para outro lado. Devia ter ficado com medo que Wukong estivesse irritado com ele também. Mesmo que seus ensinamentos estivessem conflitando com a ocasião, ter acolhido Sunny foi realmente uma forma de ver que talvez. . . Estivesse sendo idiota, até porque. . . Ela nem os atacou para início de conversa.
ㅤㅤ- Ah. . . Eu odeio você, orelhuda. - Ele acelera o passo e fica ao lado daquela mulher enorme. Ela ao sentir que ele se aproximou, até que tremeu um pouco, realmente demônios podem até mesmo ficar traumatizados. - Então. . . Qual seu nome?

ㅤㅤ- A-ahn? Quer saber meu nome? - A clava desaparece de sua mão, ela se funde com seu braço, como se tivesse virado uma tatuagem. - Meu nome. . . - Ela não responde.

ㅤㅤ- Você não tem nome? - Ela balançou a cabeça em sinal de negação. - Entendo, muitos demônios não tem nome mesmo.

ㅤㅤ- Estou sendo um incômodo, senhor?

ㅤㅤA postura dela realmente mudou. Alguém que parecia ser um oponente forte, apenas agia como se fosse uma serviçal completa. O macaco ficou realmente confuso com isso agora, o que ela estava pensando realmente, fazendo ele de bobo, queria fazer os outros o verem diferente por acabar maltratando ela?

ㅤㅤ- Não. . . O que aconteceu com você?! Chegou toda marrenta e me provocou, agora está aí com essa cara de cachorro abandonado!

ㅤㅤ- Eu só queria parecer descolada! - Ela balança os próprios cabelos, como se estivesse se punindo por fazer pose. - Meu rei me disse que eu ia encontrar pessoas importantes e que era para eu ser confiante, desculpa. . .

ㅤㅤEle percebeu agora. Não era um demônio guerreiro, era apenas um demônio serviçal. Ainda assim, um dos mais fortes que já teve a sorte de encontrar. O macaco olhou novamente para trás, vendo Fernanda de braços cruzados, afinal ainda não fez o que era certo, então ele suspirou e resolveu o fazer.
ㅤㅤ- Desculpa, eu realmente não devia ter exagerado com você. - O macaco pega algo dentro do bolso de sua calça, era um doce que lhe deram antes de irem viajar novamente. Com certeza ela ficou confusa com as desculpas, mas aceitou o doce, comendo em seguida, parecia até uma criança.

ㅤㅤ- Obrigada. . . - Ela cora, não se lembra da vez que lhe fizeram tanta gentileza.

ㅤㅤ- Ainda estamos um pouco longe, fale um pouco de você. Como um demônio serviçal conseguiu ficar tão forte?

ㅤㅤ- O meu rei, me acolheu e viu meu potencial. Sou tão grata! - Realmente, ela não era má. - Posso mesmo contar sobre mim?

ㅤㅤ- E tem problema em alguém como eu saber?

ㅤㅤ- É que normalmente, ninguém quer saber. Sabe, sou bem reclusa na verdade.

ㅤㅤ- Estamos ouvindo! - Fernanda surge abraçando o macaco por trás, além dos outros que surgem no meio dela.

ㅤㅤ- Ok. . . - Ela respira, e então:

ㅤㅤA tal demônio, antes mesmo de ser alguém reconhecido ou algo do tipo. Era na verdade, um ser recém-nascido no submundo, não era como se fosse um bebê na época. Na verdade, demônios são gerados como crianças, ela era estranhamente. . . Um demônio gentil! Se alguém ouvisse isso, com certeza soltaria gargalhadas incessantes, demônio gentil? Que besteira do caralho! Indiferente do que possam achar, ela é doce, alegre e gentil, até mesmo no ambiente hostil do submundo ela era assim.

ㅤㅤNunca lutou, sempre preferiu se esconder em algum buraco até os monstros sujos de lá a deixarem em paz. Isso até o dia em que ela foi invocada para o mundo humano! Uma família desesperada para conseguir alguém para cuidar de seu filho, sem dinheiro para tratamentos com médicos, até cogitarem invocar um demônio. E o fizeram, fazendo com que aquela pequena viesse ao mundo, realmente pensaram que ia vir um monstro descomunal. . .

ㅤㅤMas não, veio ela.

ㅤㅤRealmente ficaram surpresos, deram as instruções e ela nem ao menos tentou fazer um trato com suas almas ou algo assim. Não pediu nada em troca, os pais da criança ficaram confusos, aquilo veio mesmo do submundo? Ela via o filho do casal sofrendo na cama, ela correu até ele e compartilhou um pouco da sua energia, para o fortalecer nem que seja um pouco! A mãe então se aproximou dela.

ㅤㅤ- Você. . . É mesmo um demônio, baixinha?

ㅤㅤ- Hm? Claro! - Ela estava apenas com alguns trapos que achou naquele buraco infernal.

ㅤㅤ- Mas você é tão gentil.

ㅤㅤ- . . . É errado um demônio ser gentil? - Uma pergunta inocente, afinal. . . Era uma criança de certa forma, esbanjava curiosidade. Queria aprender!

ㅤㅤ- Claro que não, isso é ótimo! - Ela abraçou a pequena. Não sabia se podia confiar nos deuses, mas com certeza a mulher sabia que alguém do bem mandou ela cuidar de sua criança.

ㅤㅤSe passou muitos anos com a garotinha demoníaca ajudando aquela família. Infelizmente ela também envelhece de maneira diferente, os demônios invocados devem permanecer com seus donos até sua morte, e então. . . Serão mandados de volta para o submundo, ela ainda assim não estava com medo de voltar. Seu sorriso se mantém mesmo sabendo que não vai conseguir ficar mais com eles. O filho do casal estava velho, prestes à morrer e vendo aquela garotinha jovem que cuidou dele por toda a vida, alegre, balançando as pernas em um banquinho.

ㅤㅤLembra de como ela brincava com ele, quando melhorou de sua doença. Ela não merecia voltar para aquele lugar caótico, não alguém com uma alma tão pura como ela. Se dizem que demônios não têm alma, agora aquele homem idoso. . . Antes uma criança doente, vê uma alma naquela pequena! Pura como a de uma borboleta!

ㅤㅤ- Por favor, venha aqui. - Chama ela antes que seu tempo naquela cama velha acabe.

ㅤㅤ- Sim, o que precisa agora? Senhor Cristian! - Ela sempre mostrando seu sorriso magnífico.

ㅤㅤ- Preciso que faça um pacto comigo, minha pequena.

ㅤㅤ- Um pacto? Mas qual o motivo?

ㅤㅤ- Quero apenas fazer algo de bom, só isso. . . Por favor, pegue na minha mão. - Ela o fez, segurou as mãos enrugadas daquele velho senhor. - Eu quero forjar um pacto!

ㅤㅤNo momento que proferiu essas palavras, os olhos dela ficam brancos, com uma luz brilhante! Ela parecia ter ficado inconsciente, não iria saber do que se tratava. Ele dá uma última olhada para ela e então dá um sorriso singelo, sentindo de forma mais do que perfeita, seu tempo nesse mundo iria acabar.
ㅤㅤ- O pacto. . . Minha morte, quando eu me for. Essa pequena vai ser livre, a condição para ativar sua liberdade é minha morte! - O pacto foi formado, os chifres também brilham em branco, e logo a pequena desmaia no chão.

ㅤㅤ- Pelo jeito ela ainda é fraca para aguentar pactos, mas ela vai ficar bem. Vai ser livre daquele lugar demoníaco. . . - O senhor em seus últimos momentos, só consegue lembrar da época em que melhorou de sua doença, brincando na rua com ela, como crianças que eram!

ㅤㅤA sua primeira amiga foi aquela garota demônio, o que deixava os outros pais enojados. As famílias os viam brincar de longe, criticando a família por ter feito aquela escolha, mas não importava para nenhum deles! Viam que ele estava feliz, mesmo sendo só uma criança, podia saber o que sua família sofria. Seu pai era espancado por outros homens, pelo que fez. Até mesmo ele era espancado pelos outros garotos da rua, mas ao voltar para casa ficava feliz.
ㅤㅤPois sua melhor amiga estava lá para cuidar de seus ferimentos. O sorriso alegre dela sempre o deixava mais do que feliz, levou esse sorriso com sua vida! Nunca ficou deprimido, pois ela também nunca ficou, isso fazia ele crer que não importa o que você seja. . . Se quiser fazer o bem, é o que importa.

ㅤㅤ"Nunca liguei para o que falassem de mim, nunca liguei em ficar sozinho por ser cuidado por você. . . Sempre melhorou meu dia com seu sorriso, não importa o quão difícil fosse lá fora, sabia que alguém dentro de casa estava torcendo pelo meu melhor!

ㅤㅤMeus pais se foram felizes por saberem que alguém mais do que incrível ia cuidar de mim, até meu final. Espero que você seja feliz sem mim. . . Vou sentir muita falta de você, pequenina. Nunca te dei um nome, mas acho que Safira ia ser ótimo! Seus olhos lindos, como jóias raras, são algo de se invejar. . .

ㅤㅤObrigado, por tudo."

ㅤㅤEla jamais saberia o que seu antigo mestre pensou antes de morrer. Ela inconsciente naquela cama, nem ao menos soube do que aconteceu com ele. Óbvio que ela o viu morto logo depois, mas estranhou não ter voltado para sua antiga casa. Ela o enterrou e saiu caminhando pelo mundo, não se cansava, era uma boa vantagem! Até mesmo fez amizades com outros pequenos demônios, eles não gostavam tanto dela. Mas ainda assim andavam junto com ela.

ㅤㅤComo foi sempre ensinada por sua família humana, deveria sempre ajudar os outros. Então fazia de tudo, recolhia lixo, limpava! Tudo que podia para receber dinheiro e fazer algo especial toda semana, ajudar os aventureiros! Ela soube que muitos guerreiros saíam para enfrentar monstros, eram os caçadores! Então ficava perto da vila de onde moravam e montava uma barraquinha com água, petiscos e algo mais que eles precisassem antes de sair e até quando voltavam.

ㅤㅤMuitos aventureiros recusavam a ajuda dela. Desconfiando que fosse uma armadilha para beberem algum elixir demoníaco, mas os que aceitavam. Eram realmente pessoas gentis, um deles sempre ia visitar ela e a pagar com dinheiro extra, por ser sempre tão educada. Outros, no entanto. . .

ㅤㅤExistem humanos cruéis, isso não é surpresa para ninguém. Outros a maltratavam, a machucando, espancando, destruindo sua barraca. Os demônios pequenos que a acompanhavam pararam de lhe ajudar, com medo dos humanos. Ficou sozinha, com seus próprios machucados.
ㅤㅤMesmo com os avisos para não voltar, ainda ia até lá. Sem faltar uma única vez, com seu imenso sorriso no rosto, com seus hematomas aparentes. Isso, até um homem de cabelos de cor algodão doce, surgir perante ela, uma mecha de cabelo; atravessando um de seus olhos azulados, belos o bastante para fazer ela corar. O homem surgia ali, impedindo que outros viessem a machucar.

ㅤㅤ- Olá, senhor! Precisa de algo novamente? Hoje eu trouxe uns doces que aprendi a fazer num livro de receitas novas!

ㅤㅤ- Não, eu queria saber. . . Qual o motivo de ainda vir aqui?

ㅤㅤ- Como assim? Estou sendo um incômodo?

ㅤㅤ- Não para mim, mas você sabe o que pode acontecer se continuar vindo. Muitos dos caçadores perderam suas vidas para demônios malignos, eles têm ranço de você.

ㅤㅤ- . . . - Ela não conseguia responder, até mesmo começou a soltar lágrimas. Não conseguia evitar o desgosto dos outros, não é como se apanhar a deixasse feliz. Ela com certeza sairá das sessões de espancamento chorando e ainda assim, volta! - Minha família, sempre me ensinou que eu devia ajudar como eu podia! Independente do que pensassem de mim. . . Por isso sempre vou voltar aqui, pois sei o quanto vocês se esforçam para fazer o mesmo! Sei o quanto sofrem em suas aventuras, só quero trazer um pouco de conforto para vocês! - Suas lágrimas não param, ela estava em prantos, mesmo que seu sorriso escondesse, estava sozinha fazia muito tempo. Só queria alguém para conversar.

ㅤㅤ- Você. . . É um anjo. - O homem se ajoelhou, a abraçando. Lembrando de um homem enorme, já idoso com quem já conversou.

ㅤㅤ- O que você quer agora? - O homem velho diz em suas lembranças.

ㅤㅤ- Mestre, sei que o senhor exorciza demônios desde muitas eras. Mas. . . E se um dia, existir algum demônio bom?

ㅤㅤ- Isso nunca vai acontecer e caso aconteça. . . Nesse dia, você pode dizer para si mesmo, que superou seu mestre.

ㅤㅤAquela garotinha ter nascido, apenas mostrou que realmente. . . Algo que veio do mau, pode realmente ser bom! Então, não podia mais deixar que os maus tratos continuassem, então começou a exalar uma espécie de fumaça, seu corpo parecia criar vapor do exato nada!

ㅤㅤ - Eu declaro que essa garota agora é minha protegida! - Os aventureiros ao redor que estavam se preparando para suas viagens, o ouvem. Claro que eles ficam com um olhar de nojo.

ㅤㅤ- O que quer dizer com isso? - Um dos homens que espancaram ela uma vez, questiona.

ㅤㅤ- Quero dizer, quem ousar encostar um dedo nela. . . VAI MORRER!!! - Uma aura rósea surge, transbordando para fora daquele homem.

ㅤㅤ- Ah! Kekekekek! Você tá de palhaçada?! Você acha que só por ser um guerreiro fortinho, não vou espancar essa escór- Uma pausa brusca surge quando o homem desaparece.

ㅤㅤAo perceber, o guerreiro estava atrás dele. Com a fumaça fazendo um caminho por trás dele, quando ele foi para lá tão rápido? O mais importante, o homem que gritou estava transbordando vapor do seu corpo assim como o belo homem! Mas ele estava queimando, o vapor era quente demais!

ㅤㅤO homem estava tendo seus órgãos evaporados por tanta pressão de vapor dentro do seu corpo. Deixando os outros ao redor aterrorizados.

ㅤㅤ- Mais alguém vai insultar aquele pequeno anjo?! - Os outros nem ao menos têm a coragem para o responder. - Ela vem sempre que consegue usar suas míseras economias para ajudar vermes imundos igual vocês!!! ELA SE HUMILHA SEMPRE QUE PODE PARA VIR AQUI OS MOSTRAR TODO AMOR E CARINHO, AINDA ASSIM VEM UM DE VOCÊS E A CHAMA DE ESCÓRIA!!!

ㅤㅤ- Senhor, se acalme! - A pequena o segura pelo seu manto, não queria que ele matasse mais ninguém.

ㅤㅤ- . . . Desculpe, querida. É só que. . . Ver alguém sendo chamado de monstro sem merecer, me deixa maluco. - Ao dizer isso, um homem com rabo de macaco surge em suas memórias. Algo era certo, ele conheceu o macaco! - "Eu lembrei de você em um momento desses, seu macaco idiota. . . "

ㅤㅤDepois daquele dia, mais aventureiros começaram a vir na barraca da pequena. Ela até se sentia sobrecarregada com aquilo, mas estava feliz por poder ajudar todos com um grande sorriso. Os que tinham medo de ir até ela pelos rumores, foram e a conheceram. Ela era realmente alguém legal, pode até parecer mentira. . . Mas os caçadores até mesmo brincavam com ela antes de saírem em suas aventuras. Era engraçado.
ㅤㅤMuitos diziam que ela lembrava filhas que já perderam, entes queridos. Isso a alegrava, tudo durou um bom tempo. Até um homem com uma coroa surgir, dizendo que viu um potencial mais do que maravilhoso nela. Foi aí que ela treinou e se tornou a grande "guerreira" que é hoje. Mas ela demorou exatos quinhentos anos até se tornar uma mulher definitivamente, o quão velho era esse rei? O que importa, é que ela pode ajudar o povo sendo uma protetora agora!

ㅤㅤUma guardiã!
ㅤㅤEla sabe das histórias do macaco pois um dia leu sobre sua lenda e ao invés de o considerar um monstro. Achou bem fantasioso, na verdade, um ser sozinho enfrentar os deuses? Loucura. Mas pensou, que ele era como ela? Também injustiçado?

ㅤㅤEssas dúvidas deixaram ela cética sobre ele ser maligno. O seu rei até lhe pegou discutindo isso com alguns serviçais, ela ia se desculpar por falar profanidades, mas o rei fez um sinal com a mão para que parasse.
ㅤㅤ- Não, na verdade eu concordo.

ㅤㅤ- S-sério? O senhor concorda que o macaco talvez não seja um monstro?!! - Ficou feliz em saber que seu lorde confiava nela.

ㅤㅤ- Na verdade, eu sei que não é. - Um sorriso singelo surge no rosto do senhor.

ㅤㅤEle sabia de histórias de Wukong que o próprio macaco quando escutou ela contar, ficou abismado! O macaco estava impressionado, como alguém saberia tanto do seu passado?! Ele estava incrédulo. . .

ㅤㅤ- Então essa é você, não é? O demônio gentil dos olhos de safira. - O macaco dá um sorriso, um demônio nascer gentil. . . Seu mestre estaria se remoendo no túmulo, agora. - Você disse que eu não era maligno, mas vendo você. . . Sou até bem mau. Agora, sabendo quem eu sou, como um ídolo para você. . . Sério que me chamou de bonitão?

ㅤㅤ- A-ah! Desculpa! - Ela se curva várias vezes para o rei. - Meu rei me disse que adorava ser chamado assim, só queria ser legal. . . Não devia ter dito isso na frente de sua noiva.

ㅤㅤ- Hein? - Não só o macaco, mas o resto fica com sua cara de espanto.

ㅤㅤ- Ué, ela não é sua noiva? - Apontou para a elfa, que olhou para o macaco, corando.

ㅤㅤ- De onde tirou isso?!! - Novamente ela apontou para algo, os anéis.

ㅤㅤ- O anel do sol e da lua. São relíquias adquiridas pelo pai de Erik Weihen se não estou errada. Dizem que o casal que usa, está destinado ao amor eterno.

ㅤㅤ- Oh. . . - O macaco fica chocado com a informação, não sabia que era isso. Pera aí, então quando o velho lhe deu os anéis. . . Ele já sabia do que se tratava? - "Velho ardiloso, se bem que o rosto malicioso que ele me fez quando me disse para dar para Fernanda. . . Maldito!"

ㅤㅤ- Bom, é uma coisa bonita. Mas, o Son não me vê dessa forma. - O que a orelhuda disse fez o resto do grupo ficar com aquela famosa expressão de: "ELA NÃO PERCEBEU?!!" - Além do mais, ele é meio doidinho da cabeça, não percebeu?! Ele deve ter parâmetros bem específicos para mulheres.

ㅤㅤ- ". . . Esse é o preço que eu pago por não ser direto." - Max olha para o macaco, querendo muito dar risada.

ㅤㅤ- Sei que o papo de amor eterno é legal e tals, mas pessoal. . . JÁ CHEGAMOS, PORRA! - Gabriel aponta igual um condenado para o portão do castelo, perderam minutos preciosos com aquele constrangimento.

ㅤㅤ- Ah, é verdade! - Safira diz meio envergonhada, então se curva novamente. - Eu devo ir agora, informar meu mestre sobre o que aconteceu com meus chifres e descansar.

ㅤㅤ- Sobre o que aconteceu com seus chifres? - O macaco pergunta, com um sorriso sapeca.

ㅤㅤ- Sim, eles. . . - Ao colocar as mãos no que deveriam ser o vão, sentiu seus chifres inteiros! Estavam de volta no lugar. - Q-quando você. . .?

ㅤㅤ- Sou o rei macaco bonitão, consigo fazer qualquer coisa! - Tirou sarro, fazendo ambos darem risada. Ela alegre, saiu acenando para eles, seu sorriso gentil surge novamente sobre sua face.

ㅤㅤ- Esse é o Son que a gente conhece! - Max surge por trás dele e dá um belo tapa em suas costas.

ㅤㅤ- Bom, então vamos conhecer esse rei então. . . Son, quem você acha que ele deve ser? Já que parecia saber bastante sobre você. - Maria diz, curiosa realmente.

ㅤㅤ- Não sei, realmente. . . Vamos então, conhecer esse tal rei. . .

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤCONTINUA. . .