Capítulo 107 - Livre Arbítrio.
ㅤㅤUm livro maligno, detentor da própria vida e da morte. Esse era o artefato que continha todas as escolhas e vontades do mundo, pois. . . Com ele, nenhuma escolha era tomada sem o mínimo de controle. As profecias nele se escreviam sempre que uma nova alma chega e quando outra partia.
ㅤㅤOs manipuladores desse artefato eram aqueles escolhidos pelo próprio. Um livro com consciência, que manipulava o mundo, de onde esse maldito artefato sombrio surgiu? Pelo que dizem as lendas entre os próprios deuses, é algo que foi criado por algo maior. Um ser maior do que todos eles.
ㅤㅤNão estavam tão errados, o livro surgiu nos aposentos do antigo imperador enquanto o mesmo apenas tirava sua soneca, mas diferente da reação que deveria ter, ele deu apenas um sorriso quando o viu, como se já soubesse que aquilo iria chegar.
ㅤㅤUm dia, um evento que nunca aconteceu com o livro, ocorreu. Um chamado, pela primeira vez, o artefato requisitou que um ser fosse levado para ser queimado na fornalha dos oito trigramas. Um recipiente gigantesco que leva para uma dimensão de chamas tão ardentes quanto o próprio sol, dizem até que a luz é tão abstrata que torna-se escuridão, gerando um vazio.
ㅤㅤMas quem o livro chamou? Bem, um pequeno macaco, que vagava pelas terras áridas de um deserto. Parecia estar lembrando de alguém, dando um sorriso bobo.
ㅤㅤCom uma leve brisa que carregava bastante areia que passou perto dele, um ser surgiu naquele pequeno tufão arenoso. Um ser com um manto, tão escuro quanto a própria noite, a única fonte de iluminação por baixo de seu capuz, eram seus olhos roxeados. Brilhosos como a escuridão nunca deveria ser. Mas de uma coisa o macaco tinha certeza, era um demônio, pois seus chifres saíram para fora do capuz na mesma hora.
ㅤㅤ- Sabia que tinha um cheiro de merda no ar, demônio. - O macaco faz um sinal com a mão, como se estivesse abanando o péssimo odor.
ㅤㅤ- Tente tomar um banho na próxima vez, macaco de pedra. - Contudo, o demônio também era esperto com réplicas.
ㅤㅤ- Veio aqui me insultar antes de ser exorcizado? Que últimos momentos infelizes, mas tudo bem. . . - Wukong ia retirar seu bastão das suas vestimentas, até que viu o demônio estender a mão.
ㅤㅤ- Apenas quero levá-lo para um chamado, nada demais. Recorrer à sua violência não vai resultar em nada além de mais mortes em suas mãos, estou certo? - Essa foi uma época triste, foi após os eventos de Arzur e a morte de sua querida Medusa.
ㅤㅤ- Não faço pactos com demônios, meu mestre sairia da sua casa e viria me espancar até a morte por isso.
ㅤㅤ- Subhūti, ahn? É um bom homem, mas não se preocupe. Vim como mensageiro, vamos. . . - Estendendo sua palma com unhas afiadas como navalhas e mãos negras como carvão, abriu um portal até o submundo ali mesmo, no Egito.
ㅤㅤ- . . . - O macaco ficou relutante em ir com ele, afinal, nunca foi até lá naquele ambiente tão sombrio e maligno.
ㅤㅤ- O grande rei macaco está com medo de descer até o submundo? Não é tão corajoso como me disseram. - Depois que o disse, o demônio jogou-se no portal esperando que a provocação tivesse funcionado.
ㅤㅤRealmente o ego de um rei é algo complicado, sem pensar duas vezes saltou para dentro do maldito portal. Que fechou-se em seguida, ao surgir lá, percebeu que estava dentro de algum santuário do local. Ele até achou aquilo familiar, até que viu o demônio ali parado ao lado do altar onde estava, o livro.
ㅤㅤ- Estou aqui, então se quiser armar uma armadilha, deveria ter feito com mais gente. - Ele não conseguia sentir nenhuma energia de nenhum outro demônio.
ㅤㅤ- Armadilha? Pftt. . Me disseram que sua mente era meio limitada, só não achei que fosse tanto. Não importa, sabe o que é isso? - Fez questão de apontar várias vezes para o livro, de forma vergonhosa, estava tirando onda com o rei.
ㅤㅤ- Se continuar, eu arranco seus olhos. - Wukong estava com as veias saltadas de tanta raiva, não gostava de ser chamado de burro.
ㅤㅤ- Vejo que não respondeu. - Respirou profundamente antes de responder ao rei. - Sou Dud'Alol. Guardião do livro da morte, esse que está ao meu lado.
ㅤㅤ- Livro da morte?!
ㅤㅤ- Ele dita como será a vida de algum ser, qualquer ser vivo está listado nesse livro. - Disse, com um sorriso orgulhoso.
ㅤㅤ- . . . - O macaco com um olhar meio raivoso, se dirige até próximo do livro. O olhando com desdém, realmente está incomodado com essa informação. - Eu estou nesse livro feio?
ㅤㅤ- Feio?! Urgh. . . Sim, você está.
ㅤㅤ- E os deuses, estão aqui?
ㅤㅤ- . . . Não, eles estão além desse livro. Apenas seres mortais estão aqui. - Pareceu dizer isso com um pouco de descontentamento, ele deve querer os deuses lá.
ㅤㅤ- Meu amigo Arzur, estava aqui? - Pergunta o rei, parecendo ficar mais irritado conforme fecha os punhos.
ㅤㅤ- Sei de todos os seres que já morreram e estão descritos nesse livro. Está falando do cavaleiro vermelho, não é? Sim, ele está aí. - Apontou seu indicador e o livro se abriu, bem na página sobre ele.
ㅤㅤ- Medusa. . . - Não pareceu perguntar, proferiu como se fosse uma ordem.
ㅤㅤO demônio não lhe respondeu, apenas abriu o livro na página que falava do seu primeiro amor. Vendo como pelo jeito, o destino de seus amigos estava descrito naquele livro e em que nenhum deles estava lá para os ajudar, a dúvida veio na mesma hora.
ㅤㅤ"Eu sou livre?!"
ㅤㅤSe tudo estava escrito, qual era o sentido de simplesmente fingir que tinha liberdade? Seu futuro estava ali, o dos seus tão queridos colegas, seu amor que morreu por não ser capaz? Ela morreu na verdade, pois livro decidiu? Maldito livro, tirou aquela que mais amou, seus únicos amigos! Quando ia se indignar mais, perguntou.
ㅤㅤ- É você quem escreve? - Wukong realmente quer um motivo para partir o demônio ao meio.
ㅤㅤ- Se o livro desejar, sim. Mas, ele próprio possui consciência, não necessita de mim. - O macaco percebeu ali, que o livro tem consciência.
ㅤㅤ- O que o livro pensa se eu disser que vou rasgá-lo? - Uma clara ameaça, mas o livro não emana aura ou nada, o que deixa o rei meio decepcionado.
ㅤㅤ- Não iria funcionar, é um livro além de toda a criação. Apenas iria retornar para onde veio, aqui. - Logo depois de acabar com as esperanças do rei, a fornalha gigante simplesmente surge do chão, partindo tudo junto de tremores.
ㅤㅤ- Que merda?! - O macaco se desequilibra, voltando ao normal após a grande fornalha se abrir para ele.
ㅤㅤ- O livro disse que seu destino é hoje, Sun Wukong.
ㅤㅤ- Como?!
ㅤㅤ- Essa é a fornalha dos oito trigramas, onde nada que queima em seu interior, voltará. Nem mesmo, a alma.
ㅤㅤ- Quer que eu entre aí?! E o que eu fiz para merecer ser queimado vivo?!! - O rei estava tão enfurecido que sua aura está descontrolada, deformando o ambiente.
ㅤㅤ- O livro diz que você abala o equilíbrio com sua existência. Por esse motivo, deve sucumbir. Se o livro diz, você deve cumprir seus desejos, pois acredite, se não morrer aqui. . . Morrerá de outra maneira.
ㅤㅤ- . . . - O macaco apenas silencia, olhando até o outro artefato, imaginando como seria queimar até morrer.
ㅤㅤ- Mas não é algo para se assustar, pense nisso como uma escolha divina! Para manter o equilíbrio, seu sacrifício é necessário, não é mais do que magnífico? Rei macaco, aceite seu destino como um ser digno e quem sabe, o livro deixe sua alma ascender novamente. - Estava tão inerte em seu próprio ideal de futuro, que nem mesmo percebeu que não estava mais olhando para o macaco.
ㅤㅤ- Chega dessa ladainha. - Ao perceber, o rei estava com o livro na mão, bem ao lado daquela maldita fornalha.
ㅤㅤ- O que está fazendo?! Seu animal de merda. - O demônio mostra sua face, de um ser jovem e que realmente não tem a feição de um ser antigo e sábio.
ㅤㅤ- Meu mestre sempre me disse que nós que fazemos nossas escolhas! Minha amada me disse que nunca poderemos controlar tudo, e meu amigo. . . Me mostrou que podemos mudar nosso destino, mesmo que ele nos persiga. - Sem hesitar, jogou o livro naquela maldita fornalha infernal, os dois vêem em câmera lenta o objeto chegar cada vez mais perto das chamas.
ㅤㅤUma única frase dita pelo macaco, marcou aquele momento na memória daquele jovem demônio para sempre.
ㅤㅤ"Eu
ㅤㅤㅤㅤdecidi. . .
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤMeu futuro!"
ㅤㅤUma grande explosão ocorreu logo após o livro ser atirado para dentro da fornalha. A visão do demônio? O rei sumiu, desapareceu dentre o submundo, realmente achou que ele iria transformar o inferno em um inferno ainda maior, exterminando tudo, mas não ocorreu. Curiosamente, arranjou uma forma de sair através dos jardins de Perséfone. Exposa do grande regente daquelas terras sombrias. . .
ㅤㅤPor um momento, realmente cogitou que um objeto ditava seu futuro? Estava dessa vez, por cima de um monte, apoiado em uma árvore com uma boa sombra. Apenas contemplando o sol, uma das coisas que mais admirava em toda a natureza e sempre se impressionou, por como sua luz nunca machucou seus olhos.
ㅤㅤ- Algo tão grande como o sol nunca deixaria um objeto ou ninguém ditar o que ele pode fazer, não é? Ahem. . . Eu vou ser como o sol, ditando minhas próprias escolhas, sempre! - Proclamou para todos os deuses que pudessem ouvir, mas só um conseguia ouvir sua espécie de oração naquele momento.
ㅤㅤJurō, o imperador de Jade. Estava bem mais velho, a idade chega até mesmo para um Deus onipotente? Ao menos, era assim que o consideravam. Ele estava acariciando sua Emi, isso mesmo. . . Aquela linda deusa de cabelos brancos que o macaco se apaixonaria, ela finalmente estava na idade de o suceder, sua hora finalmente chegou e escutou o juramento do macaco, sorrindo.
ㅤㅤ- Pai, por que o senhor está sorrindo?! O s-senhor vai. . . - Ela não aguenta e começa a derramar lágrimas, nunca imaginou ver um ser tão forte como seu pai, tão frágil. Deitado, esperando a morte.
ㅤㅤ- Isso é apenas, natural. . . Todos iremos morrer um dia, meu amor. - Acabou tossindo, não estava doente, mas sente seu corpo esvair-se as forças. - Espero ser seu pai em outra vida também, meu anjo.
ㅤㅤ- Não me deixe, por favor. . . - Ela descansa sua cabeça sobre o abdômen do tão gentil e velho, Imperador de Jade. .
ㅤㅤ- Emi, deixo o destino dos humanos e de todas as criaturas que existem. . . Nas suas mãos. . . Me deixe orgulhoso. - Pode até parecer uma grande responsabilidade, mas o terceiro olho que ela recebeu, se abriu na mesma hora que ela o recebeu, indicando que estava mais do que pronta.
ㅤㅤ- Vou cuidar deles com todo o meu coração, papai! - Ela o abraça forte, sabendo que era a última vez que iria poder o ter ali, com ela, tão perto.
ㅤㅤJá em silêncio, com sua consciência se esvaindo, ele apenas consegue ter seus pequenos e últimos pensamentos.
ㅤㅤ- "Tivemos uma filha maravilhosa, querida. . . Jurei que ia morrer em batalha, mas estou aqui, sendo abraçado enquanto vejo a morte chegar."
ㅤㅤUm Deus como ele, que sempre lutou com criaturas vindas de outro mundo. Seres malignos, demônios antigos, seres tão poderosos e malignos que fariam os humanos desistirem de viver! Mas ele estava lá, por eles, criando uma luz de esperança, tendo nascido como o primeiro imperador, o fez forte demais.
ㅤㅤE dessa vez, vê essa mesma forma inabalável dentro de um homem macaco, que estende seu punho cerrado na direção do sol, como se fosse para ele. Só consegue sentir orgulho, pois vê que a luz que sempre quis transmitir, estava dentro de alguém.
ㅤㅤ- "O tão famoso. . . Macaco de pedra, espero que você e minha filha se encontrem um dia. . . Tenho um bom pressentimento."
ㅤㅤAtualmente.
ㅤㅤEm retrospecto com o passado, quem estava morto agora? Senhor Roger, pai da querida elfa que Wukong fez questão de tirar da sua perigosa e ridícula vida. Ela acordou desnorteada, com os pensamentos conflitantes em sua mente. As memórias foram implantadas, como se tivesse sido manipulada, coagida por um amor não correspondido.
ㅤㅤEla vê memórias falsas do macaco a seduzindo, como se fosse algo que funcionaria para mantê-la ao seu lado, até que chegou a hora que ela conseguiu tirar sua coroa e ele a jogou para escanteio, nada verdade. Tudo era falso, mas ela não consegue discernir mais. . . E tudo piora quando ela vê seu pai morto no chão, sua casa destruída, seus pequenos irmãos em pânico.
ㅤㅤFoi nesse momento onde ela disse que nunca deveria ter se encontrado com Sun Wukong, o macaco demônio.
ㅤㅤSe passaram alguns dias após o ocorrido, Fernanda já enterrou o seu pai com grande dificuldade, pois aquele homem a criou para ser a mulher forte que é hoje. Ela estava sozinha, na margem do lago, perto de sua casa, vendo a corrente levar seus pensamentos, seus arrependimentos.
ㅤㅤ- "Como eu pude ser enganada por ele?! Espero que os deuses, ou seja lá quem for, acabem logo com essa maldade que eu vi." - E os outros? Ela não pensa nas aventuras com Gabriel?
ㅤㅤNa verdade, ela teve as memórias modificadas de um jeito esquisito. Os seus amigos nunca existiram nessas memórias alteradas, somente ela e o macaco é quem estavam nessas mentiras.
ㅤㅤMas quem induziria ela a ir até o labirinto dos males? Quem a convenceria a ir até lugares tão perigosos por conta própria? Os desejos profundos de sua mãe pela verdade do mundo seriam suficientes para camuflar essa parte de sua mente. Nem mesmo sua pequena irmã conseguiu conversar com ela sobre isso, desmentindo a manipulação mental.
ㅤㅤA pequena Elanor estava em choque, seu acabou de morrer protegendo ela. Foi mandada com seus irmãos para serem cuidados por Anna, a atual líder guardiã do reino elfo, após a morte de sua querida irmã.
ㅤㅤContudo, uma mentira, não dura muito. Ainda mais se for tão descarada assim, finalmente alguém chegou para fazer a elfa voltar para si, Mari Emura, sua querida prima.
ㅤㅤ- Então você estava aqui? Fernanda, você devia ficar conosco. - Vê como a mais velha estava distante, mesmo tão perto. - Eu nem consegui chegar antes que tudo ocorresse, o tio Roger. . . Era incrível.
ㅤㅤ- Era sim. - Fernanda suspira, lembrando das suas discussões com o seu querido velho. - Eu devia ter pegado mais leve com ele.
ㅤㅤ- Verdade, mas. . . - Estava com medo de perguntar. - Por qual motivo você voltou?
ㅤㅤ- Como assim?
ㅤㅤ- Ter voltado não iria mudar o fato de que ele morreu, mas você. . . Não estava em uma aventura com o macaco e seus amigos? - No momento que fez a pergunta, viu Fernanda fechar a cara.
ㅤㅤ- Nunca mais fale desse maldito perto de mim! É por causa dele que meu pai está morto agora, por ter me envolvido com aquele saco de pulgas maligno que estou aqui! Sozinha! - Ela bufa de tanta raiva, mas Mari percebe algo.
ㅤㅤCom certeza aqueles sentimentos de raiva tão aflorados estão estranhos. Mesmo que estivesse sentindo raiva de Wukong, não devia ser nesse nível e ele era responsável? Claro, sua família tem se envolvido com ele e então os deuses vieram, mas ninguém poderia saber. Inclusive, ela não citou os outros?
ㅤㅤ- E Gabriel e Maria? É culpa deles também?
ㅤㅤ- De quem diabos você tá falando, Mari?!
ㅤㅤ- Fernanda. . . O quanto você realmente se lembra do que aconteceu? - Sentou-se ao seu lado, ia ajudar ela a lembrar.
ㅤㅤ- Oras, eu lembro que aquele maldito saiu da pedra mágica dentro do labirinto e me convenceu que era uma boa pessoa. Mas no final, não era.
ㅤㅤ- Mesmo?
ㅤㅤ- Que tipo de perguntas são essas? Tenho certeza! - Fernanda diz, emburrada com a prima.
ㅤㅤ- Não se lembra do príncipe dragão e nem da amiga maga dele? Nem do demônio esquisito que ela invocou?
ㅤㅤ- . . . D-do que você. . . - Ela coloca a mão na cabeça, como se estivesse começando a doer, tendo pequenos lapsos.
ㅤㅤ- Prima, quem te deu esse anel?
ㅤㅤ- Que anel. . .? - Ao olhar para sua mão, tem um pequeno lapso de memória de Wukong dizendo para ficar com ele. - Ele. . .
ㅤㅤFernanda estava realmente confusa, claro que tinha lembranças de uma espécie de manipulação por sedução. Mas com certeza não tinha nenhum anel nessas lembranças, o macaco fez questão de apagar essa parte?
ㅤㅤ- Pare de mentir para você mesma, prima. . . Sei que você não lembra dele assim, você sabe que ele não é assim. - Mari pega uma espécie de fotografia feita com magia, um mago que passeava na cidade enquanto eles estavam lá juntos, tirou.
ㅤㅤPrimeiro, uma imagem gravada num papel mágico. Dela e do macaco juntos no lago, observando os patos, ela dormindo, tão tranquila em seu ombro e ele. . . Sorrindo.
ㅤㅤJuntamente disso, a cena dele a envergonhando em público colocando o anel em seu dedo. Gerando naquela confusão que eles acharam que era um pedido de casamento. Ela vai lembrando conforme olha essas fotografias, Wukong nunca foi um bom mentiroso e claro que ela não teria lembrado se eles não tivessem tocado os corações de tantas pessoas por onde passaram.
ㅤㅤEla deixa suas lágrimas caírem pois lembrou de vez agora, lembrou de quem ele realmente é, dos seus amigos. Da sua morte, do seu renascimento, tudo! Olhando para a água do lago em seguida, vendo seu reflexo.
ㅤㅤMesmo olhando para si mesma antes de lembrar, não conseguia se ver e agora vê o motivo. É por ser Fernanda, uma elfa corajosa que teve momentos incríveis com aqueles idiotas. Não Fernanda, a elfa ressentida e magoada por uma mentira, se vê finalmente e logo diz com uma voz chorosa para sua prima, se segurando para não desabar.
ㅤㅤ- Ele só queria. . . Me proteger. . . - Mesmo perdendo a consciência antes de ser levada para casa, via a capa vermelha de Wukong balançar ao vento, a deixando. - Ele me prometeu. . . Que não nos deixaria. . . Que não me deixaria!
ㅤㅤEla seca suas lágrimas e logo dá um sorriso confiante, fazendo questão de tirar aquele rabo de cavalo do seu corte e finalmente se levantando. Batendo seu punho na palma da outra mão e olhando de forma corajosa para Mari, indicando que voltou a ser quem era.
ㅤㅤ- Tá na hora de ir atrás dos meus amigos idiotas do caramba! - Ela disse sorrindo, conforme Mari levanta os braços, contente.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤCONTINUA. . .
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro