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UM POUCO DE ATENÇÃO (capítulo atualizado)

E N Z O    T E I X E I R A


Cassie começou a subir as escadas e novamente tentou empurrar a tampa do jazigo e gritar, pedindo ajuda.

— Socorro! Socorro! Precisamos de ajuda! Estamos presos aqui! Socorro!

— Cassie! Cassie! — Enzo subiu e segurou a irmã. — Cassie, olha pra mim. Nós já tentamos isso. Todos juntos, lembra... Não conseguem nos ouvir lá de cima. Poupa energia, ok?

— Mas não podemos ficar parados... Se alguém passar perto, talvez consiga nos ouvir.

— Já está tarde, são quase onze horas da noite... O cemitério já deve estar fechado... — Melissa suspirou encostando na parede. — Estamos presos aqui...

— Não! Não pode ser! O plano dele não é nos matar aqui em baixo! — Cassie disse inconformada ao descer as escadas.

— Ah, jura Cassie? Qual é o plano dele então? — Edgar indagou em tom irônico ao olhar pra ela — Talvez uma amostra grátis do nosso futuro túmulo?

Cassie encarou Edgar com um olhar mortal.

— Não adianta se exaltar, Edgar — disse o encarando, sério e ele suspirou sentando no chão.

— Eu sei... Desculpa, Cassie... É que... isso tudo é estressante demais.... E se a gente ficar preso aqui até ficar sem ar?

— Relaxa... não vamos ficar sem oxigênio... Ele flui através das rachaduras, podendo alcançar centenas de metros abaixo da gente. Por isso não estamos tendo dificuldades em respirar... Esse é o menor dos nossos problemas... — ela fala pegando o celular e erguendo no alto — Nenhum sinal... Não podemos pedir socorro, nem avisar a ninguém onde estamos.

Como alguns eram de operadoras diferentes, puxamos os celulares tentando encontrar algum sinal de rede, mas infelizmente não chegava embaixo da terra.

— Droga... — resmunguei guardando o celular.

— O que vamos fazer agora? — questionou Melissa

— Não sei... Vamos ter que esperar amanhecer e começar a gritar de novo e torcer para que alguém escute e nos tire daqui. — falei sem muitas esperanças.

— E se a ideia dele nos manter presos aqui, para atacar aquela menina? — Questionou Melissa.

— Não faria sentido, Mel...E todo o estilo que ele criou? Os jogos, as bombas? Largar tudo para virar um imitador do Stalker? — indagou Cassie — Não, ele tá fazendo mais do que isso. Existe algo que ainda não estamos vendo.

— Talvez ele esteja querendo chamar a nossa atenção. — disse pensativo — Se ele tá liberando os corpos das últimas vítimas do Stalker e copiou a forma de matar, mas só agora e fez questão que nós quatro encontrássemos esse jazigo, onde deixou todos os corpos dos Stalkers que nunca foram encontrados pela polícia antes. Ele só pode está querendo chamar atenção para algo relacionado ao caso do Stalker. Afinal, várias lacunas ficaram em branco. Todas essas pistas nos levam de volta ao caso do Stalker. Essa desovação em massa, dessas vítimas que estavam escondidas há meses, que infelizmente acabaram esquecidas e agora estão aqui. Na nossa frente.

— Alguns psicopatas gostam de chamar a atenção. De ser reconhecido pelos seus atos. — começou Melissa pensativa — E sim, o Stalker era um desses. Ele armava todo um circo para aparecer nas redes sociais, nas mídias com o seu show de horrores, expondo as vítimas...

— Mas o Bombardeador não. Ele nunca deu as caras, ele nos proibiu de falar com a polícia e faz tudo para não dar alarde. — Cassie nos olhou — Isso é muito complicado. Eles parecem ser pessoas diferentes, mas tudo indica que são a mesma pessoa.

— E se for aqueles casos de personalidade dupla? — Edgar comentou nos olhando.

Melissa nega.

— Isso é muito complexo, vamos ficar ainda mais confusos se entrarmos nesse ponto.

— Não podemos esquecer que ele quer nos confundir... Ele é inteligente... Coloca essas pistas para nos induzir a acreditar no que ele quer. Precisamos ver além e não ficar presos a tudo que ele nos oferece. — falei. — Essas pistas podem ser falsas ou verdadeiras. Precisamos investigar todas elas e ter certeza.

— O Stalker sempre deixava uma pista na cena do crime. Igual o Bombardeador está fazendo agora... — disse Melissa indo em direção a última vítima. — Eu lembro que ele deixava o celular junto com a vítima, depois de... enfim... postar aquelas coisas horríveis, para a polícia saber que ele era o responsável por aquilo. — ela começou a procurar o celular nos bolsos da vítima mais recente do Stalker e encontrou um Iphone rosa bloqueado e nos mostrou. — Ele gostava de ser caçado.

— Isso tá parecendo um terrível déjà vu.— disse cruzando os braços — Nós quatro novamente, atrás de um psicopata... Que pode ser o Stalker ou um imitador.

— Não acho que seja apenas um imitador... Está tudo relacionado ao Stalker de forma tão profunda. Primeiro o V nas assinaturas do e-mail. A frase sugestiva do filme V de vingança que ele enviou pra nós, depois a data de nascimento e óbito e agora esse jazigo... — Cassie caminhou pelo curto espaço, raciocinando. — É tudo muito pessoal, pra ser feito por um simples imitador, ou fã... Estamos lidando com o próprio Stalker, ou alguém próximo a ele.

— Sim, sim faz sentido. — concordei com Cassie estalando os dedos — Para ele saber onde estavam as vítimas que nunca foram encontradas pela polícia estavam e fazer essa devoção em massa...o Stalker só poderia ter compartilhado com alguém... Alguém de confiança. — parei ao lado da Cassie pensativo.— Quem poderia ser? Um amigo, parente?

— É muito difícil pensar em um lugar abafado desses! — Melissa resmungando tentando secar o suor do rosto.

Estávamos todos encharcados de suor, mesmo sem nos movimentar estava muito abafado ali dentro.
Era como se a gente estivesse dentro de uma sauna. O ar quente tornava a respiração mais pesada...
Não sei quanto tempo conseguiríamos aguentar presos ali dentro.O tempo passava se arrastando... Cada minuto parecia demorar uma hora. Nossos lábios já estavam secos, assim como nossas gargantas e a fome começavam a reclamar em nossos estômagos.
A ideia de nos deixar apodrecer ali juntos com os cadáveres começava a fazer cada vez mais sentido.



💣💣💣

C A S S I E   A N D R A D E

Quando a madrugada chegou, nenhum de nós conseguiu se manter acordado.
O cansaço era tanto, que acabamos dormindo quase a noite inteira.
Despertamos assustados ao ouvir os gritos de Melissa.

— Gente! Gente! Acordem!

— O que? O que? — perguntou Enzo ficando de pé ainda tonto, tentando ficar alerta.

Edgar já estava de pé, ao lado de Melissa, com o cenho franzido, quanto a mim, eu estava esfregando os olhos, tentando focalizar a minha visão embaçada após acabar de acordar.
Quando finalmente consegui focalizar a visão, Edgar e Melissa já estavam nos primeiros degraus da escada olhando para o topo, onde a tampa do jazigo... Estava aberta!

Troquei olhares desconfiados com o Enzo.

— Tudo bem. Eu e o Edgar vamos na frente e vocês duas esperam aqui... Se estiver tudo bem a gente avisa e vocês podem subir em segurança. — Enzo tomou a frente subindo as escadas e Edgar o acompanhou.

Melissa olhou para trás, para me encarar erguendo a sobrancelha, provavelmente com o mesmo pensamento que o meu, e reviramos os olhos juntas.
Subimos logo atrás deles, e assim que saímos a luz do dia quase nos cegou.
Usamos as mãos para proteger olhos que já estavam lacrimejando graças a claridade.
O céu estava limpo e o sol parecia ter nascido, mas já era o suficiente para iluminar o cemitério todo. Jesus, eu nunca amei tanto o sol, a luz do dia, a brisa quente de manhã.

Um pouco mais acostumadas com a claridade, Mel e eu olhamos em volta, mas Enzo e Edgar já estavam vindo em nossa direção.

— Não tem ninguém por perto... O cemitério nem abriu ainda. — disse Edgar se aproximando da gente com o Enzo.

— Ele deve ter aberto na madrugada. — Melissa ajeitou o óculos, enquanto as lentes transitions se adaptavam ao novo ambiente.

— Desgraçado...— Enzo resmungou olhando em volta. — Vamos fechar isso e sair daqui...

Quando seguimos para fora do cemitério, nossos celulares começaram a apitar ao mesmo tempo, recebendo todas as notificações de mensagens e ligações anteriores.

— 40 chamadas perdidas e 28 mensagens. — suspirei ao ler as notificações na tela do meu telefone

— São seis horas e quarenta. — disse Melissa olhando o celular também — Ficamos incomunicáveis 16 horas. Nossos pais devem estar loucos.

— E o pior, nem podemos falar a verdade! Sobre o jazigo. Os corpos. Como vamos explicar que simplesmente encontramos os corpos que o Stalker ocultou por meses, sem poder falar do Bombardeador? — indaguei.

— Sem falar que infectados a cena de desovação toda. Reviramos tudo. — Melissa nos lembrou.

— Não podemos fazer uma denúncia anônima? — sugeriu Enzo.

— Tipo o que? Alô, polícia, eu encontrei um túmulo cheio de mortos em um cemitério? — perguntei cruzando os braços.

— É, vão pensar que é um trote... Eles vão ignorar, se a denúncia não tiver alguma prova. — Edgar falou.

— Vamos enviar as fotos dos corpos e do jazigo. Escrevemos uma carta anônima com o endereço. É o melhor que podemos fazer... — disse Melissa.

— Isso se o Bombardeador não nos impedir de fazer a denúncia também..



💣💣💣

C A S S I E   A N D R A D E

Nós quatro caminhamos em silêncio, até onde os meninos tinham estacionado as motos, refletindo sobre os últimos acontecimentos. Quando uma coisa passou pela minha cabeça.

— Ai. Meu. Deus! — exclamei, assustando a todos ao parar bruscamente. — Muito provavelmente foi o Bombardeador que entregou a granada para o Stalker! Ele esteve no hospital... talvez tenha até passado pela gente. — Comecei a murmurar todos os palavrões que conhecia. — Que desgraçado!

— É... Faz todo o sentido. — Edgar concordou comigo — Já que o nosso novo amiguinho adora explodir lugares...

— E ninguém se preocupou em investigar de onde ele tirou a granada na época. — acrescentou Melissa — Estávamos todos preocupados e ocupados em encontrar vocês.

— Podemos falar com os funcionários sobre os últimos visitantes do Stalker. Deve haver algum registro... — Enzo sugeriu.

— Não... criminosos não podem receber visitas, enquanto são detidos em um hospital ou área psiquiatra. São considerados muito perigosos. Principalmente alguém como o Stalker. — Melissa nos explicou — Ele conseguiu se aproximar de outra forma... Provavelmente disfarçado.

— Bom, vamos tentar mesmo assim... Talvez as gravações de segurança nos ajude a achar algum suspeito.

Concordamos com Enzo, mas primeiro precisamos encontrar um lugar para tomar banho, descansar e comer. Edgar ofereceu a sua casa. Concordamos já que a minha estava fora de cogitação por causa do meu pai, e a da Melissa também, já que seus pais eram amigos do meu pai.

Primeiramente tomamos um banho, para remover toda aquela inhaca de cadáveres em decomposição e terra de cemitério do corpo. Edgar ofereceu as roupas da mãe e da irmã para Melissa e eu e as dele próprio para Enzo.
Segundamente procuramos comida. Estávamos há horas sem comer e beber algo e com sorte a avó de Edgar adorava cozinhar para as visitas.
Devoramos uma deliciosa galinhada e macarronada com direito a sobremesa.

— É sempre bom receber os amigos de Edgar! — disse Dona Griselda servindo a sobremesa. Um suculento bolo gelado de chocolate com recheio de prestígio.
— Ele com certeza deveria nos convidar mais vezes! — Enzo falou já na metade do seu bolo. — A comida da senhora é sobrenatural!

Dona Griselda gargalhou contente com o elogio.
— Gentileza sua.

— Devo concordar com o Enzo. — Melissa assentiu pegando uma um pedaço de bolo — Sem perceber eu devorei dois pratos de comida e esse é o meu segundo pedaço de bolo.
— Eu não consigo parar de comer.

— Comida de avó é assim, viciante. — Edgar estava finalizando o seu bolo. — É um sacrifício pra mim me manter em forma nesta casa. Tenho duas chefs de cozinha aqui. — ele piscou para a mãe, que sorriu.

— Que menino inteligente, sabe puxar o saco da mãe e avó. — Isabella cutucou o irmão ao entrar na cozinha e arrancar algumas risadas nossas.

— Sempre engraçadinha... — disse finalizando o meu bolo, ele estava tão bom que merecia minha concentração total.

— O que isso? Saída de casais? — perguntou Isabella observando a gente na mesa, nos pegando de surpresa com a pergunta repentina.

— É só um encontro de amigos... Bem casual. — Melissa se manifestou depois dos segundos constrangedores em silêncio.

— Vocês estavam juntos, ontem? — Perguntou a mãe de Edgar, Íris. — Edgar passou a noite fora, e não avisou... Suponho que estavam juntos.

— Não! — respondi — Quero dizer sim... Estávamos juntos. Passamos a noite inteira juntos. Todos. — enfatizei, pensando que essa informação poderia ser nosso álibi no futuro, caso precisássemos de um.

— Todos?! — disse Íris espantada.

— Não desse jeito! — rapidamente Melissa tentou corrigir.

— De que jeito então? — perguntou Isabella cruzando os braços.

— Dá para você ficar quieta Isabella? — Edgar lançou um olhar mortal para a irmã — Isso não é da sua conta.

— Me obrigue a ficar quieta. — ela desafiou o irmão, cruzando os braços.

— Eu vou obrigar você, fazendo você engolir essa sua língua. — disse Edgar se levantando.

— Tenta a sorte e... — ela teve que se interromper, quando Edgar saiu correndo atrás dela e ela fugiu.

Essa discussão entre Edgar e Isabella me fez agradecer a Deus por não ter irmãos mais novos.
Não, pera. Agora eu vou ter.
Droga!

— Ficamos todos juntos... — Enzo se interrompeu ao mastigar seu último pedaço de bolo. Quando terminou, limpou a boca com guardanapo e continuou. — E dormimos juntos num alojamento emprestado, era o único jeito para voltarmos em segurança agora de manhã. Todos nós bebemos muito, aproveitamos bem a festa. No final, Edgar e eu não estávamos em condições de pilotar a moto e ficamos juntos para dormir no alojamento da universidade — ele deixou ênfase na palavra festa. Foi o suficiente para a gente entender.

— Mas pra só voltar agora. — disse Dona Griselda, desconfiada.

— Ah, vó a senhora sabe. Essas festas de faculdades duram dias. — disse Edgar na porta da cozinha.

— Mas estamos no meio da semana. — disse Isabella e Edgar a fuzilou com o olhar novamente.

— Essa é a graça. Se aventurar no meio da semana. — disse Enzo sorrindo. — Coisa de universitário. Você não entenderia, pequena. — ele piscou pra ela.

— Pequena? — Isabella saiu bufando da cozinha.

— Chega desse interrogatório né. — Edgar tentou cortar o assunto. — Vamos subir e vamos precisar de privacidade... Vamos fazer coisas... importantes... de universitários...

A mãe, a avó e a irmã de Edgar estavam com o cenho franzidos ao ouvir Edgar.

— Grupo de estudos. — Melissa conseguiu consertar a situação sendo ligeira como sempre.

— É... depois da farra vem os deveres... — acrescentei e elas estavam parecendo cair, menos a Isabella, quando percebi que ela já ia fazer outro questionamento — Mas antes não vamos deixar essa louça toda suja aqui... Isabella, quer nos ajudar?

Imediatamente a adolescente me lançou uma careta.

— Tá louca é? Eu tenho compromisso. Tchau, tchau. — ela saiu rapidamente da cozinha, para fugir das tarefas domésticas.

— Podem ir estudar, eu limpo tudo. — a mãe de Edgar se ofereceu gentilmente.

— Imagina... já fizeram esse almoço incrível...— Melissa insistiu — Deixa com a gente. Não vai atrapalhar em nada.

Quando todos deixaram a cozinha, começamos a arrumar rapidamente, para subir pro quarto de Edgar e voltar a investigação.

— Cara, você precisa me ensinar a fazer a Isabella se calar daquele jeito... — disse Edgar enquanto nos guiava pela escada. — Foi mágico! Ela ficou puta e saiu.

Enzo soltou uma leve risada. — É que eu sou mestre em irritar irmãzinhas mais novas. — ele pôs ênfase na última palavra e me encarou com um sorriso debochado.

Devolvi o sorrisinho debochado, oferecendo meu dedo do meio de brinde.

— Que meigos. — comentou Melissa nos encarando ao balançar a cabeça.

Quando chegamos ao quarto de Edgar, ele fechou a porta e deixou cada um se acomodar.

— Então, o plano é: ir ao hospital conversar com os funcionários, perguntando se lembram de alguém suspeito, que ficou perto do Stalker ou da ala psiquiatra e talvez conseguir as gravações do dia da explosão. — relembrou Melissa.

— Isso mesmo. — balancei a cabeça assentindo.

— Tudo muito simples, muito fácil. Mas com que autoridade vamos conseguir esses depoimentos? — indagou ela — Não temos o apoio da policial...

— Tão inteligente, mas tão complicada, Melzinha. — Enzo sorriu enrolando uma mecha dela nos dedos — Não é uma grande operação policial... Só um tiro no escuro. Vamos tentar a sorte e pra isso ninguém precisa de distintivos ou a força rude da polícia. Ainda mais quando temos carisma e charme. — ele se virou para Edgar — Ele ganhou Cassie com a lábia. Tenho certeza que consegue fazer alguma enfermeira se derreter com esses olhos azuis. Mel, o mesmo vale para você. Use o seu charme e educação, fale com os funcionários. Vocês dois, nos tragam qualquer tipo de informação. Cassie e eu ficamos com as câmeras de vigilância e documentos dos pacientes. Somos mais sorrateiros, acho que conseguimos invadir a sala de câmeras, tentar encontrar as imagens daquele dia.

— Okay... — falei impressionada. — Quem é você e o que fez com o idiota do Enzo?

— Engraçadinha. — ele debocha — Só precisamos ser práticos. Como fizemos no cemitério.

—Beleza, mas a a pista das fotos que encontramos no cemitério? O que faremos com elas? — perguntou Edgar.

Melissa rapidamente pegou as duas fotos.

— Bem lembrado, Edgar... — ela fez sinal para que me levantasse da cadeira e se sentou em frente ao computador. — Tem projetor? — perguntou enquanto conectava o celular no computador e começava a escanear as fotos com um aplicativo do celular.

— Quem tem projetor em casa? — Questionou ele, meio incrédulo.

— Eu tenho. Vocês não? — perguntou ela surpresa

Todos negamos, franzido o cenho.

— Pra que teríamos um projetor em casa? — indagou Enzo.

— Para ampliar as imagens. Aí a importância de um projetor. — Ela abriu a fotografia das irmãs gêmeas no computador em tela cheia. — Agora vamos ter que nos virar na tela do computador.

Nos aproximamos para ver as fotos de mais perto. Eram de duas garotas idênticas, mas de estilos totalmente diferentes. Os cabelos eram castanhos claros, longos e lisos. Uma deixava preso em uma trança e cheio de enfeites, a outra deixava solto e bem penteado. Uma estava com o rosto limpo, natural, a outra estava cheia de maquiagem. Uma usava roupas coloridas e soltas. A outra usava roupas mais apertadas e provocantes. O sorriso das gêmeas era o mesmo, cheios de dentes e exalando felicidade. Uma nunca mais poderá sorrir assim, a outra talvez não consiga mais sorrir dessa forma.

Era uma foto de corpo inteiro em algum tipo de parque. Cheio de árvores, todo protegido por grades.

— A de trança é Laura e a cabelos soltos é a Larissa. — Melissa estava lendo o verso da foto que estava em suas mãos — Essa foto foi tirada há uma semana, no parque do centro da cidade.

— Acham que ele teria a ousadia de ir atrás da outra gêmea? — perguntou Enzo, ainda com os olhos fixos na tela do computador.

— Eu não duvido disso. — disse mordendo o lábio.

Melissa passou para a próxima fotografia na tela cheia do computador. Uma mais antiga, um pouco danificada pelo tempo, ela ilustrava cerca de 30 crianças na mesma faixa etária de sete ou oito anos. Era uma classe em frente a um colégio. Centro de Educação Especial Fernando Freire. O que chamava atenção era um círculo feito de caneta vermelha destacando um menino entre as crianças.

— Classe de 1992 da professora Elisângela. — Melissa estava lendo novamente o verso da foto.

Ficamos em silêncio absoluto, olhando para a foto na tela do computador, em específico para a criança circulada de caneta vermelha. Era quase possível ouvir as engrenagens dos nossos cérebros funcionando.

— Ele tá facilitando demais essa merda! — Enzo quebrou o silêncio, nos fazendo tirar a atenção da foto.

— E isso é o que? Uma pista sobre ele ou sobre o Stalker? — Melissa indagou.

— Eu não sei, mas de qualquer forma é com isso que ele vai nos fazer chegar até ele... — falei os encarando. — Se ele está relacionado intimamente ao Stalker... Se descobrimos a identidade de um...

— Encontramos a de outro. — Enzo sorri estalando os dedos. — É como se todos os caminhos levassem a um só. Por isso ele está criando esse labirinto de pistas, para que a gente se perca.

— Ele está nos subestimando. Podemos usar isso a nosso favor. Ele não sabe do que somos capazes. — disse confiante — Somos mais inteligentes do que ele pensa...

— Eu posso descobrir se essa escola ainda funciona. — disse Melissa digitando, fazendo uma pesquisa rápida na internet — Funciona e fica na zona norte, no Jardim Guanabara. E é particular.

— Perfeito. — Enz disse animado. — Amanhã visitaremos a escola, procurando pelos professores mais antigos. Um deles deve ter alguma informação sobre essa foto.

— Sim, mas não podemos ignorar as outras pistas... Mesmo que ele tenha jogado para nos confundir, nos encher de informações e desconcertar... Essa menina pode estar correndo perigo. — Edgar apontou para a gêmea na foto.

— Ah, Edgar... Eu não sei se podemos fazer algo... — falei chateada — Nós não sabemos como encontrar... Só temos o primeiro nome dela e essa foto.

— Eu posso... tentar nos registros dos desaparecidos. Todas aquelas vítimas no jazigo do Stalker... Devem estar como desaparecidas, já que não encontraram os corpos... — Melissa se levantou — No trabalho eu posso conseguir acessar o sistema, procurar pela irmã dela e encontrar o endereço... Aí verificamos se ela está bem, por enquanto é tudo que podemos fazer por ela.

— Já é alguma coisa. Obrigado, Mel... — Edgar agradeceu, um pouco mais aliviado, assim como todos nós.

Enzo olhou no relógio.

— Então, vamos pra nossa última investigação do dia no hospital, o tiro no escuro. Vamos aproveitar esse tempo sem bombas para tentar achar esse desgraçado.

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