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A BOMBA HUMANA (capítulo atualizado)

M E L I S S A    S A N C H E Z

Wallace me levou para a homicídios a mando do chefe, durante o caminho ele estava resmungando sobre ser pago para investigar e não para ser motorista particular. Disse que eu deveria aprender a dirigir também. É, o mau-humor de Rodolfo é mesmo contagioso. Fiquei quieta durante todo o caminho, sem prestar muita atenção nas suas reclamações, pois minha cabeça estava a mil por hora.
Mal percebi, quando ele estacionou para me deixar na entrada do prédio. Quando desci do carro, ele se desculpou pelo mau-humor.

— Trabalhar com o Rodolfo desse jeito, deixa qualquer um louco... O mau-humor dele é contagioso. Acho que só você é imune a isso.

— Está tudo bem, Wallace... — sorri — Eu sei como é... É melhor você ir pra não deixar o chefe esperando.

— Tem razão. Boa sorte ai.

— Pra vocês também.

Acenei, ele acenou de volta, fechou o vidro e fez o retorno e voltou para o cemitério para continuar trabalhando. Quando cheguei ao saguão, percebi que estavam todos agitados. Os funcionários estavam trabalhando, acelerados, indo de um lado para o outro, buscando informações que ele pediu. O estresse ali era quase palpável. O mau-humor do Rodolfo era mesmo contagioso e afetou a todos. Segui para o elevador, subindo para o meu laboratório, já que fui intimada a encontrar pistas nas roupas das vítimas, seria um longo dia de trabalho sob pressão.

Enquanto subia no elevador a caminho do laboratório, as suspeitas de Rodolfo pareciam ficar ricocheteando no meu cérebro. Por um lado era bom, eu deveria estar aliviada, é claro. O chefe desconfiava que o Stalker poderia estar de volta e descartou totalmente a possibilidade de que um grupo de jovens estariam copiando o assassino em série. Isso era bom, ele não iria ficar focado em investigar sobre esse grupo. Ele não iria chegar a gente e não seríamos presos por violar uma cena de desova, cheia de provas dos crimes do Stalker. Entretanto, tinha o outro lado, nem tão bom assim, o Stalker estar vivo de verdade. Sei que nós quatro tínhamos levantando essa hipótese, sobre o Stalker estar vivo ou se tratar um um imitador... Só que tudo muda, quando essa hipótese sai da cabeça de alguém que tem anos de experiência em investigação. Nós quatro estávamos propensos a errar, com nossas mentes férteis de jovens que assistem muitos filmes de terror.
O Rodolfo, não. Ele não costuma errar. O chefe não levantaria essa possibilidade se não tivesse um forte indício, algo que sustentasse essa teoria. Percebi que ele está escondendo alguma coisa, ainda mais quando me dispensou, me mandando pro laboratório, depois das minhas perguntas.

Será que ele também recebeu algum e-mail?
Não é possível que o Stalker/Bombardeador seja tão presunçoso a esse ponto.
Brincar com a gente é uma coisa, mas brincar com um investigador veterano da polícia civil é outra coisa completamente diferente.

O elevador sinalizou quando chegou no meu andar, me fazendo despertar dos meus pensamentos. Quando as portas se abriram eu sai e segui para o meu laboratório. O corredor estava vazio, os outros peritos estavam em campo, trabalhando no jazigo. Quando atravessei a porta de vidro, automática, vi que minha mesa de trabalho estava com todas as roupas das vítimas, embaladas em sacos de evidências, lacrados. Soltei um longo suspiro e fui trocar de roupa, prender o cabelo, vestir o avental e as luvas para começar a trabalhar. Como prioridade, comecei pelas roupas das vítimas mais recentes, ao analisar cada peça, não encontrei muita coisa, além do óbvio. O sangue das vítimas, marcas de agressão como rasgos nas peças. Encontrei algo que me chamou atenção, resíduos de terra no exterior e interior das roupas. Como se elas estivessem desenterradas antes de serem desovadas no jazigo.

Quando ele começou a matar, ele tinha o costume de limpar toda a cena de crime e esconder o corpo... Por isso chegou a esse grande número de vítimas, sem chamar a atenção da policial.
Cansado do anonimato, ele começou a fazer esse joguinho doente... Exibindo as mortes nas redes sociais e deixando pistas. Continuei trabalhando com o que tinha, que eram apenas vestígios de terra. Soltei um suspiro, o chefe não ia gostar de saber que não consegui nada de muito relevante, então eu decidi dar essa notícia por uma chamada de vídeo, por questões de segurança.

— Oi chefe...

— O que você conseguiu?

— Bom... os resultados dos testes das roupas das vítimas são inconclusivos. Só tem as marcas de agressões e sangue das vítimas, não há nenhum outro DNA ou vestígio do agressor. Ele limpou tudo.

— Você me ligou pra falar que não achou nada?

— Eu achei uma coisa... Encontrei vestígios de terras. São terras diferentes, o que indica que elas foram desenterradas de outro lugar, para serem realocadas no jazigo.

— Examinou os vestígios da terra?

— É óbvio. — falei, sem acreditar na pergunta — Assim você me ofende, chefe!

— O que encontrou nos vestígios, Melissa?

— Certo, foco... — arrastei a minha cadeira de rodinhas até a mesa de evidências com as amostras de terra que eu recolhi e etiquetei. E onde também estavam vasos com algumas amostras das terras que eu pedi para usar, para fazer a comparação.

— Bom, nas roupas de todas as vítimas, eu encontrei um pouco de terra. Só que são terras diferentes... tem praticamente os quatros principais tipos de terras. Tem vestígios de solo arenoso, que tem uma grande quantidade de areia e é pobre em nutrientes. Ele é considerado um solo de ótima infiltração, porque absorve muito bem a água e, por isso, não é ideal para a prática agrária. — Peguei um pouco no vaso, deixando escorrer entre os meus dedos, o solo arenoso era claro e leve. Era poroso e permeável, o que fazia com que seque rapidamente e perdesse nutrientes com facilidade. — Provavelmente foi tirado de um lugar árido e seco, onde poucas plantas conseguem sobreviver

Quando terminei, passei para outra amostra e também manipulei a terra com meus dedos enluvados.

— Essa é de solo argiloso. Esse tipo de solo é formado por grãos de areia muito pequenos e bem mais compactados do que no solo arenoso — solo argiloso tinha uma cor vermelho-escura, bem bonita — É um solo rico em nutrientes, mas também impermeável e pouco arejado. Caso chova muito, um terreno com esse tipo de solo ficaria encharcado, e caso faça muito calor e ele secasse demais, formaria uma crosta dura e rachada.

Segui para a terceira amostra.

— Esse é o calcário. — Enquanto manipulo a terra em meus dedos, para demonstração, também admirava as pequenas formações rochosas. Tinha uma cor branca ou esbranquiçada, e uma textura dura e quebradiça. — O solo calcário é pedregoso e composto por cerca de 30% de cálcio em sua formação. É pobre em nutrientes e matéria orgânica, mas muito permeável.

Segui para a quarta amostra de terra, também a manipulando com os dedos.

— Essa é de solo humoso, que é úmido e tem essa cor é marrom escuro ou de cor preta escura, é macio e facilmente comprimido devido ao alto teor de água e matéria orgânica. É adequado para plantio porque é um dos tipos de solo arejados mais férteis, pois possui bastante húmus, que é um material depositado no solo, de cor uniformemente amarronzada... — eu parei de falar percebendo pela expressão de Rodolfo que ele não estava nenhum pouco interessado em saber sobre os solos.

— Melissa, me diz que você não me ligou só pra falar sobre os tipos de terra. — ele disse, impaciente e com um tom irritado.

— Não só isso, chefe. Liguei para dizer que....

— Cada vítima foi desenterrada de um lugar diferente para a desova no cemitério. — ele me interrompeu, completando a minha frase. — Você poderia ter dito isso, desde o início.

— Eu também fiz uma busca, catalogando os lugares onde pode encontrar esses tipos de solos, filtrei os terrenos baldios e abandonados, onde o Stalker poderia enterrar corpos e enviei para o seu e-mail. Quem for que tenha desenterrado esses corpos, foi gravado por alguma câmera das ruas.

Vi o vislumbre de um sorriso no rosto de Rodolfo.

— Ótimo. Agora veja se o doutor Azevedo conseguiu extrair das vítimas algum DNA do criminoso ou qualquer coisa que nos ajude a andar nesse caso. — ele desligou, sem nem deixar eu me despedir.

Pisquei surpresa, ele nem tinha elogiado o meu trabalho, como costuma fazer.

— Bom trabalho Melissa, continue assim. Obrigada chefe. Estou às ordens. — resmungo, o imitando e seguindo para o elevador clicando no botão do subsolo, onde fica a sala de autópsia.

Soltei um suspiro ao sair do elevador e entrar no corredor. O necrotério mantinha uma temperatura mais baixa que os outros andares, tudo para preservar os corpos durante as autópsias.
Logo avistei o doutor Fabiano Azevedo, o nosso chefe legista. Era um homem simpático de mais ou menos 56 anos e bem conservado. Ele era vaidoso sempre tingindo seus fios brancos de preto, e sempre se vestindo impecavelmente. Atravessei o gélido e impessoal corredor de paredes brancas até uma porta dupla de madeira. Empurrei a porta entrando e chamando a atenção do doutor e sua equipe. Eles trabalhavam com várias gavetas que estavam abertas, onde os corpos das meninas repousavam, agora limpos e prontos para autópsia. O doutor estava trabalhando em um dos corpos junto com um assistente, quando me viram entrar.

— Estamos tentando organizar de acordo com o estado de composição. A primeira a morrer. — ele apontou para o início da fila — E a última.

— Todas tão novas. — disse o assistente com pesar.

Ele era novo no departamento, e estava estagiando. Seu nome era Diego Mendonça. Devia ter uns 23 anos mais ou menos.

Eu não consegui dizer nada, o que expressou o quão desconfortável eu estava e vê todos esses corpos.

— O que te trás aqui, querida? — o doutor perguntou ao cobrir o rosto da menina e me encarou com ternura e preocupação na voz, entrando na minha frente, para cobrir a visão. — Você não é de vir aqui... O Rodolfo está te cobrando?

— Ele está cobrando todo mundo... — respondi suspirando. — Ele me mandou vir aqui, pra saber se tem alguma coisa pra mim.

— Se tá falando de DNA esse imitador é tão meticuloso quanto o Stalker. — O doutor começou a caminhar até a sua lixeira descartando suas luvas e voltou até mim — Ele não deixou nada para trás. Limpou as feridas, não tem fios de cabelos, ou vestígios de DNA... Não deixou absolutamente nada para trás... Entretanto, descobri um detalhe importante.

— Qual? — indaguei ansiosa.


— Nessas quatro vitimas recentes, não houve um abuso sexual. Diferentemente do restante dos corpos, onde há claros sinais de violência sexual. — falou olhando para os corpos cobertos nas mesas. — Por isso eu discordo de Rodolfo. Para mim, esse cretino não passa de um imitador querendo fama.

— Já contou para ele esse detalhe?

— Já sim. Ele disse que vai investigar sobre isso.

— Como? — perguntei surpresa. Não tínhamos fornecido as pistas ainda.

— Ele disse que vai identificar as vítimas mais recentes e buscar alguma ligação com o assassino. Disse que se esse cara está imitando o Stalker, ele estava usando os mesmo métodos para atrair as garotas. — respondeu Diego — Enfim, ele vai investigar e fazer essa coisa básica de detetive.

— Eu poderia fazer isso. — falei. — Identificar as meninas e investigá-las na internet. É o meu trabalho.

— Ele está evitando que você se envolva nessa história de novo. — o doutor explicou sorrindo. — Você e os filhos dele tiveram muita sorte na primeira vez. — ele acariciou o meu ombro — Volte pro laboratório, se encontramos algo, peço pro Diego levar pra você.

Com um sorriso fraco eu assenti e me despedi deles, seguindo para o elevador.
Outra coisa que ele estava escondendo de mim. O que estava acontecendo afinal?
Quando as portas do elevador se fecharam e eu cliquei no meu andar, senti o celular vibrar no meu bolso. Quando puxei o aparelho do bolso traseiro da minha calça, percebi que não era o meu celular, era o celular de uma das vítimas do Stalker. O aparelho estava apenas com 15% de bateria e como uma notificação do whatsapp. O elevador estava parando no térreo, quando as portas se abriram eu tratei de esconder o aparelho no meu bolso de novo... Dois investigadores entraram me cumprimentando, comprimentei de volta e sai rapidamente, seguindo para fora do prédio.
Meu coração estava batendo disparado contra o peito, provavelmente porque eu estava quase correndo... Quando cheguei ao outro lado da rua, já estava arfando. O sol estava começando a se pôr ao oeste, o tempo havia passado rápido, apesar do pouco progresso nas investigações.
Respirei fundo, me controlando para não chamar a atenção e fui até uma lanchonete, onde o pessoal da homicídios costumava almoçar. Aproveitei que o horário de almoço já tinha acabado e não tinha ninguém conhecido ali. Sentei numa mesa no fundo, podendo descansar e relaxar.

O garçom já vinha na minha direção com um sorriso no rosto. Seu nome era Ian, ele era filho do dono e estudava na mesma universidade que eu estudo. E não perdia a oportunidade de me deixar em paz. Ian dava em cima de mim, praticamente todos os dias, sempre que me via. Só costumava me deixar em paz quando eu estava com o Rodolfo ou com o pessoal do departamento.

— Mel. — disse ele com um sorriso — O que fez no cabelo? Realçou a sua beleza.

— Oi Ian. Eu o amarrei de qualquer jeito. — tentei cortá-lo logo de cara.

— O que significa que você é linda de qualquer jeito. — investiu, insistindo e me fazendo rir. Ele até que era bom.

— Que tal você trazer a minha vitamina de sempre?

— Saindo uma vitamina de abacaxi com hortelã para a minha perita favorita. — ele piscou e pegou o caderninho de anotar pedidos. — Deseja mais alguma coisa? Bolinhos, torta, sanduíche. Um beijo?

— Só a vitamina, Ian. — falei sorrindo ao lançar a cabeça e o dispensei com um movimento de mãos.

— Que pena. — ele fez um biquinho, fingindo estar chateado. — Me chama caso mude de ideia. — Ele finalmente saiu, entrando na cozinha para preparar o meu pedido.

Ian era um rapaz bonito, ele tinha os cabelos curto e negros feito carvão e enrolados, era alto e forte, o tipo de cara que não perde um dia de treino. Devia ter uns 21 anos e já mudou duas vezes de curso sem saber o que realmente quer da vida. Recentemente ele decidiu fazer ciência da computação para ficar perto de mim. O que se tornou um verdadeiro pé no saco. Ian é legal, engraçado e tudo, mas é insistente e inconveniente demais.

Quando fiquei sozinha, finalmente pude pegar o celular e verificar a notificação.
O celular era um iphone 6, estava com a tela um pouco trincada e não tinha bloqueio de segurança com senha, só era preciso deslizar o dedo e eu tinha acesso ao aparelho.
Desbloqueei o celular e fui direto na mensagem recebida, era uma foto. Cliquei na mensagem para baixar a foto, estava nos dados móveis, por isso levo uns segundos a mais para carregar.
Quando a foto carregou, eu consegui abafar um pequeno grito. Era uma foto, com a outra irmã gêmea, e ela estava com uma bomba amarrada no corpo, dentro do que parecia ser uma estação de trem ou de metrô.

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