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O Beijo

Capítulo 06: O Beijo.

Chifuyu soltou um longo suspiro cansado antes de sair da sala, caminhando para o terraço, Baji-san havia faltado hoje, ele tinha consulta, então seriam só ele e Satou.

O Matsuno tinha passado a noite em claro conversando com Takemichi, desde a noite em que Satou apareceu com os pais, esse sentimento borbulhante o dominava sempre que pensava no maior e Chifuyu decidiu ir atrás de conselhos.

Péssima ideia, Takemichi insistiu que isso era amor e que era normal sentir isso já que estavam namorando, seu aibo não sabia de nada!

Resmungando, subiu os últimos lances de escada e sentou no lugar de sempre, sabendo que logo o outro chegaria.

Estava esfriando bastante, em breve as primeiras neves viriam e seria mais difícil passar os intervalos aqui, por hora, iria aproveitar o dia sem chuva.

- Você já chegou - Satou apareceu com um sorriso, dois bentos em mãos enquanto ia se sentar ao lado do menor - Minha mãe fez um pra você.

- Sério?! Sua mãe é incrível! - Chifuyu sorriu animado enquanto pegava o bento, comendo satisfeito.

- Então... a aposta termina nessa sexta - Satou comentou.

- Sim... acho que não teremos um vencedor - Chifuyu suspirou.

- Acho que teremos na verdade - Satou confessou corando levemente.

Chifuyu franziu o cenho, confuso.

- O que quer dizer com isso?!

- Ei, Matsuno - Um garoto apareceu nas escadas, era um dos colegas de Chifuyu - Um garoto do último ano está atrás de você, ele disse que quer brigar.

Chifuyu franziu o cenho.

- Certo, eu já estou indo.

O Matsuno acenou para Ryusei antes de descer, um sorriso animado se formando com a possibilidade de dar uma surra em um idiota.

Satou sorriu enquanto guardava os bentos e decidiu ir atrás, para filmar tudo.

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O sinal tocou indicando o fim da aula e Chifuyu comemorou em não ter dado tempo de apresentar seu trabalho, o professor remarcando para a próxima aula, na semana seguinte.

Ele sempre agradecia por seu sobrenome ser Matsuno e estar no meio da chamada.

Guardou suas coisas, seus olhos indo para a caderneta de regras e seu peito apertou, em menos de uma semana, ele e Satou voltariam a ser apenas companheiros de gangue, por que isso não o deixava feliz?

Balançou a cabeça, decidindo não pensar nisso antes de se erguer, colocando a mochila no ombro e caminhando para fora da sala, apenas para encontrar o dono de seus pensamentos a sua espera, uma flor em mãos.

- Satou?

- Fuyu, eu decidi te esperar - O tatuado falou o óbvio - Pensei que pudesse querer ir andar um pouco antes de irmos pra casa.

- Pode ser...

Chifuyu sorriu, entrelaçando seus dedos no do maior enquanto andavam para fora, os dois em completo silencio.

Ryusei soltou um longo suspiro, abrindo a boca para falar, mas o menor foi mais rápido.

- Nós precisamos pensar em uma boa desculpa para o término...

- T-Tem razão - Satou mordeu o lábio, ele conhecia uma perfeita, mas não sabia se devia mencionar.

- Algo que não vai deixar meu aibo desconfiado, ele tem uns socos potentes quando quer.

Os dois estremeceram com a lembrança.

- Sim, vamos pensar em algo, temos tempo até sexta.

- Hoje já é terça, idiota.

- Ainda sim, vamos só aproveitar o momento.

E Chifuyu concordou.

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Chifuyu quase ronronou feito um gato quando Satou o abraçou por trás, o outro estava tão quentinho!

Eles estavam indo para uma reunião da primeira divisão quando foram cercados, acabaram tendo que lutar e mandaram uma mensagem dizendo o motivo do atraso, infelizmente a reunião já tinha acabado.

Sem muito o que fazer, os dois decidiram pegar a última sessão no cinema e agora estavam na fila, esperando para comprar os ingressos.

- Você está gelado, Fuyu.

- Você que é sempre quente demais, Tou - O menor murmurou sorrindo ao ver o filme escolhido antes de decidir ir comprar pipoca para eles.

- Então você gosta de pegar a última sessão para ver filmes de terror? - Satou brincou enquanto caminhavam para a sala designada.

- Mas é claro! Que graça teria ver filmes de terror em plena luz do dia? - Chifuyu sorriu malicioso enquanto eles se sentavam colocando os óculos 3D.

- Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé - Satou comentou antes de encher a boca de pipoca sendo encarado por Chifuyu que claramente não conhecia a referência.

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Chifuyu riu enquanto andava de mãos dadas com Satou, era o dia do encontro, o último deles e ambos decidiram apenas andar por aí e fazer compras, sabiam que tinham de falar sobre o término e sobre como ficava a aposta, mas nenhum dos dois sabia como abordar o assunto.

Pararam para compras casquinhas de sorvete e Chifuyu respirou fundo.

- Tou - Começou, aceitando a casquinha de baunilha enquanto voltavam a andar - Eu preciso confessar algo.

- E o que seria? - Satou o encarou sério antes de morder seu sorvete fazendo Chifuyu estremecer.

- Hm, bem... é que... eu meio que perdi nossa aposta.

Satou parou de andar, encarando o menor de olhos arregalados, um sorriso enorme se formando em seu rosto.

- I-Isso é sério?!

- Claro que é sério, eu não brincaria com isso! - Chifuyu franziu o cenho irritado em o outro achar que não estava falando sério.

Satou riu apertando a mão de Chifuyu na sua, os olhos brilhando.

Chifuyu tentou se soltar, seu peito afundando, o maior estava rindo de si?! Brincando agora que sabia que Chifuyu tinha se apaixonado? Ia zombar e o rejeitar não ia? Afinal Ryusei só estava nisso por essa merda de aposta idiota!

- Ei, Fuyu, o que foi? Por que está chorando? - Satou se preocupou, esquecendo seu sorvete em prol de secar as lágrimas do menor.

- S-se vai me rejeitar faça de uma vez, mas pare de rir seu arrombado de merda!

- Oh... OH! Fuyu, eu jamais iria te rejeitar! - Satou suspirou abraçando o menor - Você não perdeu a aposta, Chifuyu.

- M-mas eu me apaixonei.

- Sim, mas não primeiro - O maior garantiu com um sorriso pequeno - Por que acha que eu sugeri essa aposta em primeiro lugar? Eu já estava apaixonado por você Matsuno Chifuyu, eu sempre estive.

- E-então você perdeu desde o início? - Chifuyu franziu o cenho confuso - Por que sugeriu essa aposta então?!

- Para ter a chance de tentar conquistar você.

O Matsuno piscou, as bochechas se avermelhando enquanto a compreensão o atingia, Satou já gostava de si, todos os atos dele durante esse mês foram sempre genuínos...

Em um gesto apressado, puxou o maior para si o beijando longamente, fazendo Ryusei rir antes de retribuir, os braços firmes ao redor do loiro menor.

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