Trea está na sua casa, com Malia, já que ela tem assuntos com a garota que seu marido não pode ouvir, além de ter que falar com os outros.

Malia, lógico, está arrumando as roupas novas e o perfume com toda delicadeza necessária. Ela está feliz pelos presentes que ganhou de uma pessoa da nobreza e em como seu pai a apoiou por isso.

- Malia, precisamos conversar.

- Daqui a pouco, mamãe.

- Agora.

Malia olha para Trea um pouco assustada por ela gritar, sua mãe nunca grita, pois quem grita na casa é sempre o seu pai, Trea percebe o que fez, então ela sai do quarto da filha e a espera na varanda.

- O que deseja mãe?

- Eu só quero que você não fale mais com a Vossa Majestade.

- Mas por quê? - Malia tomba a cabeça de lado e faz uma expressão confusa. - Ela foi tão simpática.

- Não quero saber, você não vai falar com ela.

Com isso Trea foi se encontra com os outros, já com suspeitas do porquê uma pessoa da realeza iria se aproximar de uma garotinha camponesa, ela só precisa que os outros acredite que a Ayla quer algo, que ela que os prejudicar.

- Emma. - Ayla a chama correndo até ela, seu vestido verde escuro esvoaçante e seus cabelos já bagunçados pelo vento. - O que você acha de ir ao baile que os meus pais estão planejando?

- Não tenho roupas para isso. - Emma a responde.

Ayla vê Emma indo ajudar a sua mãe, quando Drake vai até ela e a cutuca até ela se virar para o irmão.

- O que você tanto quer? - pergunta ao mais velho.

- Nada.

- Então por que está me cutucando dessa forma?

- Você está diferente desde que chegou.

- Estou normal, é você que está vendo coisa onde não tem Drake.

Ayla vai para o quarto pensando no que fazer para Emma ir ao baile juntas, já que ela não quer ter que dançar com nenhum homem, por não ter que vê-los flertar com ela para ver com quem ela irá se casar.

- Tive uma ideia. - a princesa sorri ao ver a camponesa com seu irmão mais novo.

Waldin é o último a chegar à reunião que Trea propôs, ele sabe muito bem de quem será falado nesse "encontro entre amigos".

- O que houve? - Margery perguntou.

- É sobre a Ayla. - Trea fala. - Alguém sabe como ela conseguiu voltar depois de tudo o que fizemos com ela?

- Não, ela parece que não se lembra de nada. - Rosetta fala. - Eu tenho que perguntar a ela alguma coisa, mas sem levantar suspeitas.

- Pode ser rápido, ela está se aproximando da minha filha.

- Você que preste atenção na sua criança. - Rosetta fala sem olhar para a mais velha.

- Ela não vai fazer nada. - Lutero fala. - A Vossa Majestade, Princesa da Inglaterra não terá coragem de fazer nada contra nós. Então não precisa se preocupar Trea.

Mesmo o Lutero ter a tranquilizando com suas palavras, Trea ainda teme, pois a Ayla é da realeza e tem poder para fazer o que quiser com a sua família.

Margery apenas rola os olhos com a preocupação sem sentido da outra e vai até o Jeffery.

- O que você acha que ela vai fazer? - Isaac pergunta.

- Pelo o que andei observando ela aparentemente não se lembra de nada, mas irei verificar se é verdade. - Rosetta fala, reforçando o que disse antes.

- Até que nada seja feito, vou embora. - Waldin fala saindo do local.

Logo depois do Waldin sair, todos os outros também vão embora.

- Ei...

Ayla está sorrindo enquanto caminha ao lado de Emma, cutucando-a levemente com o ombro.

- Oi. - Emma sorri ao responder. - Então... por que exatamente estamos aqui? - ela pergunta se virando para a princesa.

- Você não disse que não tinha roupas para vestir adequadamente?

- Eu não tenho...

- Quem disse que você estava comprando?

O silêncio atordoado de Emma é recompensado com a risada de Ayla.

- Vamos logo. - Ayla puxa a Emma pelas ruas indo em direção aonde vende os vestidos, na alfaiataria.

- Pode escolher qualquer tecido, não se importa com o preço.

Ayla sorri para a outra, vendo-a ficar com as bochechas rosadas com isso.

Federico dá um suspiro, sua visão escurecida por mãos grandes e calejadas. Ele escuta a risada, além de sentir sorrir contra ele enquanto Waldin se inclina, colocando um beijo casto no topo de sua cabeça, em seguida, descansando o queixo em seu ombro.

- Quase lá. - Waldin sussurra. - Só mais alguns passos.

Ele guia seus passos por trás, Federico sente em seus pés as gramas. Então o Waldin remove as mãos, fazendo Federico olhar tudo em volta, eles estão em uma parte da floresta que fica escondida pelos arbustos e árvores, as estrelas e a lua ilumina o local, dando para se ver um lençol cobrindo a grama com algumas coisas para comer.

- Não é o cenário mais romântico, eu sei, mas...

Federico joga os braços ao redor de Waldin e pressiona seus lábios carnudos nos dele. Ele não perde tempo e envolve seus braços fortes ao redor dele, uma mão na parte inferior de suas costas enquanto a outra pressiona o seu pescoço.

- É perfeito.

Waldin sorri para ele e todos as preocupações ou o conteúdo da reunião de mais cedo é esquecido. Para o Waldin, a única coisa que vale a pena pensar e se preocupar é o homem em sua frente.

- Você está vendo as estrelas? - Waldin o pergunta.

- Sim.

- A minha avó me contava que quando uma estrela nasce no céu é por casa de uma pessoa que morreu e tem alguém querido que se lembra dele e com isso a estrela brilha com mais intensidade.

- E quando não se lembra.

- A estrela se apaga.

Waldin e Federico se olham com tanto amor, mas conforme as horas passavam, eles tiveram que retornar a suas casas.