Capítulo 26: Pesadelo
Ayla estava muito cansada, então ela resolveu dormir, por ter passado a madrugada acordada planejando o que fazer com o Bayden, não viu a hora passar, mas agora o seu sistema biológico clama por um descanso. A princesa dorme de imediato, mas por meses não tendo pesadelos, dessa vez ela retorna ao seu pesadelo real.
“No pesadelo, ela estava fugindo do homem no meio da floresta escura. Ayla olhou por cima do ombro e viu a grande sombra vindo em sua direção, pronta para a agarra e machucá-la.
Ayla correu o máximo que pôde, mas suas pernas pareciam pesadas e lentas. 'Por favor, não...' ela sussurrou fechando os olhos, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
— Apenas me deixe em paz! - Ayla gritou para o homem que o perseguia e se aproximava. Ayla desceu uma colina correndo, em direção a mais árvores, passando por pedras e galhos de árvores, e de repente tropeçou e perdeu o controle de seu corpo.
Ayla caiu de bruços e tentou não gritar pela dor. Ela ouviu os passos se aproximando e voltou a correr.
Ayla continua correndo pela floresta, tentando fugir dele, fugir do Lutero, fugir da sua morte iminente. Seu vestido rasgando mais por passar entre árvores e galhos:
— Coelhinha, cadê você? — Lutero chama com uma voz séria e amedrontador. — Eu vou te caçar e te achar coelhinha.”
Ayla acorda ofegante e suada pelo pesadelo, ela ainda sente os galhos das árvores em sua pele, o vento roçando em sua face, vestido sendo rasgados e ainda escuta aquela voz, mas dessa vez não tem ninguém ali para lhe abraçar, lhe acalmar com palavras de conforto.
Por sorte a luz do dia está entrando em seu quarto pelas janelas abertas, mesmo estando frio, nada está afetando-a nesse momento, então Ayla se levanta e vai até a sua escrivaninha, ainda tentando afastar o pesadelo e as memórias de sua mente.
Ao se olhar no espelho, ela percebe as olheiras e o seu olhar distante, Ayla sabe que esse dia não vai ser bom, pois sempre que acorda de um pesadelo vem um cansaço, sonolência e um desânimo, tudo isso que ela precisa encobrir para que a sua família não se preocupe ou desconfie de algo.
Primeiramente ela tenta ajeitar os seus longos cabelos, ela respira fundo mais algumas vezes, só então ela percebe que a neve caía cada vez mais, sinal que teria um inverno rigoroso esse ano, o frio que se alastrava pelo seu quarto e arrepiava a sua pele não lhe deu ânimo de fechar as janelas.
Ela não quer fazer nada naquele momento, não quer ter que sair do quarto e ter que fingir um sorriso para ninguém perceber que tem algo de errado, mas se fizer isso a sua família iria estranhar.
Com isso ela pega um de seus vestidos, verde escuro com detalhes em pretos, mangas largas. depois de se arrumar ela volta até a sua escrivaninha para guardar os papéis e só assim ela sai do seu quarto indo até a cozinha para poder comer algo.
Drake chega no palácio com um sorriso enorme nos labios, Ayla que estava no jardim acaba notando esse fato, além de perceber em como o Brayden lhe olha, parecendo que está vendo um fantasma:
— Drake.
Ayla vai até ele e o olha de cima para baixo percebendo que estava bem arrumado e com nenhum de seus livros chatos em suas mãos.
— Onde você estava?
— Nenhum lugar.
Drake fica um tanto desconcertado com a pergunta da mais nova, ele não sabe como falar sobre a Urd, ele sabe que Ayla nunca iria o criticar por esta se interessando em uma das plebeias, mas ainda não é o momento para isso, já que ambos estão bem nervosos sobre esse sentimento e em como a comunidade do qual vivem iriam reagir.
— Preciso ir.
Drake foge da irmã como se tivesse fugindo do diabo. Com isso Ayla volta a olhar para o Brayden e com a postura de uma princesa sorri para ele educadamente e volta a andar pelo jardim, ao longe acaba vendo Rosetta murmurando algo, a Phareman tenta chegar mais perto sem a mulher a notar, pois a Decker está tão concentrada em outras coisas que não percebe esses movimentos.
— Eu fiz o certo, tenho certeza disso.
Rosetta repetiu isso várias e várias vezes, deixando a Princesa querendo saber o que ela fez, mas Ayla precisa esperar para descobrir sobre, pois agora o seu foco é no Brayden.
Ayla decide olhar o seu sobrinho para que os pais tenham um pequeno descanso, com certeza tem alguém que possa olhar o pequeno, mas Ayla quer paparicar e ficar olhando aquelas bochechas gordinhas a tarde toda, além do cheirinho de leite que o bebezinho tem.
Depois de quase duas horas olhando o pequeno montinho resolve começar a resmungar e então chorar, um coro fino e agudo, deixando Ayla sem sabe o que fazer:
— O que fazer Tristan? Você quer os seus papais? Ou só a mamãe? Tá com fome? Deve estar na hora de você se alimentar, vou levar você para a sua mamãe.
Tristan apenas soltou um resmungo e se acalma, parecendo que até entende o que a sua tia lhe disse, no caminho ela cantarola uma música do qual sempre adorou quando criança. Quem cantava era Rosmerta, ela sente falta de passar o dia inteiro com Emma, das conversas, de ver o sorriso dela ou mesmo só de estar sentada ao lado dela sem fazer nada.
— Espero que nada disso acontece com você, é horrível não ter a minha amiga comigo para compartilhar esse momento tão especial, sinto falta da Emma. Como eu queria ela aqui comigo agora.
Ayla solta um pequeno suspiro. chegando ao quarto do seu irmão mais velho, Ayla bate na porta, percebendo que Tristan está se preparando para chorar novamente, mas por sorte quem abre a porta é Dye, parecendo menos cansada.
— Já está com fome?
— Ele até se comportou bem quando estava o trazendo.
— Ele quer te impressionar.
Ayla apenas sorri e se despede de Dye e de seu sobrinho e caminha pelo castelo, parando de frente a porta do escritório de seu pai e se ninguém notar ela entrar e deixar uma carta nas coisas de seu pai, além que outra carta está sendo entregue ao sacerdote Bjorn e ao Padre Dalibor.
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