Rosetta está na cozinha do palácio, comendo alguns pães no seu horário livre, estando uma paz abençoada por Deus, já que não tem o molequinho que ficava gritando e correndo pela cozinha, uma coisa boa que Lutero fez por ter o matado.

Criança é tudo insuportável, elas comem terra, todas suja e adora andar descalça ou até mesmo comer com as mãos, não tendo nenhum divertimento ao casal, já que precisam ficar prestando atenção em tudo o que a criança faz e muitas vezes esquecendo de si mesmo para dar ao seu filho.

Ter um filho para muitos é uma benção enviado do céu, mas para o casal Decker é só mais um empecilho para o que tanto prezam em vida, a liberdade de ir e vim, do sexo e de uma noite bem dormida, mas tem muitas outras coisas que deixam de ser prioridades após ter um filho.

Sim, a Rosetta sabe muito bem que a família da criança está de luto, a mãe da criança antes que tinha um semblante vivaz, agora está abatida, perdeu alguns quilos e não consegue nem mais sorrir. Já o pai do menino está dando o suporte necessário para a esposa, não a abandonando nessa fase. A filha mais velha está afastada do castelo, assim como Lutero lhe falou, deixando Ayla sem a sua amiga e com isso parou com tudo o que estava armando futuramente, com certeza ela os teme agora.

É um bom sinal, pois os bilhetes pararam de chegar, sua vida não está mais sendo ameaçada pela fedelha.

Após o seu lanchinho, Rosetta vai pegar as correspondências do palácio, no meio de muitas cartas, tem uma direcionada a Princesinha com o remetente de nome Malle Riley, sendo que ela não conhece ninguém com esse nome, mesmo curiosa ela não pode abrir essa carta sendo que pode se notar qualquer coisa que viola as correspondências e ela não quer perder o emprego. Rosetta entrega as cartas para cada destinatário, mas como não encontra a Ayla, ela só joga por debaixo da porta do quarto da Princesa.

Ayla está andando pelos comércio para poder ajudar os mais necessitados, pois no palácio sempre sobra muita comida, quem sempre vinha com ela era a Emma, mas como estão sem conversar é a sua dama de companhia que está lhe ajudando a fazer isso.

Cateline está é a sua dama de companhia há algumas semanas após voltar da viagem. Ela é uma garota simpatia e muito timida, sempre lhe auxiliando em tudo o que precisa, principalmente agora que não tem a Emma do seu lado, fazendo os seus dias menos solitario.

- Vossa Alteza.

- Sim.

- Podemos ajudá-la?

Cateline a pergunta, sabendo muito bem quem é e o motivo de estar vagando na rua, Margery, foi expulsa de casa e está vivendo de esmola das pessoas, mas muitos viram a cara para ela, não querendo se associar a uma adúltera.

- Sim, podemos.

Cateline vai até a jovem que outrora era bela e lhe dá uma pequena porção de pães e aveia. Margery sabe muito bem quem está há alguns passos dela, mas não olha na direção da Princesa, acaba aceitando o alimento por esta faminta.

- Que destino triste, não acha Vossa Alteza?

- É triste mesmo, mas foi a escolha dela no final.

As duas continuam a entregar comidas, brinquedos e até mesmo algumas roupas para os mais necessitados, ali demonstrando o porquê de todos a chamarem de a Princesa Bondosa e Justa.

Lutero e Rosetta estão em um corredor mais isolado do castelo, quase um ponto cego, os dois estão até felizes pelo plano ter dado certo, a calmaria é maravilhosa.

Mas para Lutero não é tão satisfatório como ele queria, pois ele amou ter a sensação do poder, de ser deus para poder e ter o direito de determinar a hora e em como uma pessoa morreria, de ver a luz da vida se apagando do olhar da vítima e deles saberem quem foi que interrompeu a sua vida brutalmente.

O Decker adorou ver o desespero de Hakon, ver a criança percebendo que ninguém iria salvá-lo, foi até melhor do que ver o desespero de Ayla, pois o que ele achava que tinha acontecido com a Princesa foi um ledo engano.

- Senhor Lutero. - um soldado lhe chama.

- Sim.

- A Vossa Majestade quer que você faça a guarda do castelo.

Lutero apenas o dispensa com um acenar de mão e o mesmo sai dali fazendo uma pequena reverência, já que ele é um grau a mais no poder.

- Preciso ir, minha esposa.

- Tchau querido, até a noite.

Assim que Lutero sai, Rosetta resolve ir até o ""O profeta do mijo"", ela tem uma suspeita e precisava ter a prova sobre isso, mas o seu marido não precisa saber sobre nada, nem mesmo se tivesse a prova concreta ele nunca iria descobrir.

Já do outro lado do castelo, Dye se prepara para ter o seu primeiro filho.

Psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade antissocial é um comportamento caracterizado pelo padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros que se inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta.

*A Idade Média, regida pelo misticismo, obviamente teve que recorrer para algo mais sobrenatural. Foi assim que surgiu os chamados "profetas do mijo", homens, supostamente, capazes de dizer se uma mulher estava grávida apenas observando a cor e as características de sua urina. Eles também diziam adivinhar a gravidez colocando uma agulha em uma bacia com a urina da mulher. Se o ferro enferrujasse vermelho ou preto, ela estava grávida.

A prática só era mais assertiva quando misturavam urina e vinho, visto que o álcool pode reagir com as proteínas presentes na urina de uma grávida. Por isso, apenas analisando a urina das pessoas, os "dotes extrassensoriais" desses profetas do mijo se estenderam para a determinação de doenças ou outras enfermidades.