Capítulo 15: Dias que antecedem a festa
Algumas semanas se passaram desde a execução de Waldin.
Margery está na casa de Jeffery, o pressionando a se casar, mesmo tendo o homem dizendo que não está preparado para um casamento.
— Você não me ama mais, é isso né?
— Não é nada disso, meu amor.
— Você encontrou uma meretriz que faz de tudo que você pedir? - pergunta estérica. - Se for assim eu também posso te dar.
— Não é nada disso, querida.
— Você não quer se deitar comigo por quê?
Margery olha para Jeffery magoada e um tanto nervosa com tudo isso, com o seu relacionamento com o homem à sua frente. Ela o ama e esse amor chega a uma obsessão, mais do que uma obsessão, algo inexplicável.
— Eu te dou o que aquelas prostitutas te dão.
— Eu prometi ao seu pai que iria te respeitar, ou você se esqueceu que para ficarmos juntos foi esse o combinado.
— Ele não precisa saber, querido.
— Mas eu irei saber da verdade, saberem que não cumpri a minha parte desse acordo, como olharia para o seu pai nos olhos sabendo que desonrei a sua filha?
Margery olha para o noivo, sendo uma mimada ela saiu pisando fundo da casa do homem, não percebendo que alguém ouviu toda a discussão, principalmente por ela não consegue falar sem gritar como uma mulher histérica
Emma vê Ayla entrando no castelo, e com um sorriso vai até ela:
— Onde foi tão cedo.
— Fui dar uma volta pela cidade, mas...
Ayla olha para Emma e com um sorriso sapeca, a puxa pela mão e começa a correr em direção ao salão de festa.
Emma, que não sabe o que está acontecendo, mas se deixa ser puxada pela amiga, um pouco atordoada pelo acontecimento.
Ayla abre a porta do salão devagar e após Emma e ela entrarem, Ayla fecha com cuidado para não fazer nenhum barulho.
— O que está fazendo? - Emma a pergunta.
— Vamos dançar.
— Mas sem música? - Emma perguntou inclinando a cabeça para o lado em confusão.
Somente com esse ato, Ayla a achou fofa e quis apertar as suas bochechas, mas a única coisa que fez foi sorrir para a outra.
— Venha.
Ayla estende a sua mão em direção a Emma, que acaba aceitando.
As duas começam a dançar, uma dança fluida entre elas, os olhares nunca se desviando, os vestidos fluindo o que deixa a dança mais fascinante.
[bate-se o calcanhar direito (no chão) / bate-se o calcanhar esquerdo / bate-se os dois calcanhares (um no outro) / suspiro.]
Emma acaba gargalhando, por está ali dançando sem qualquer som para isso, além de está se divertindo, pois é uma das danças que ela mais acha divertido de se dançar, mesmo que fiquem cansadas depois de meia hora dançando.
Elas se olham com sorrisos enormes, mas pela exaustão da dança, as duas jovens se sentam no meio do salão.
— Agora podemos dançar no baile.
— Eu já disse que não irei.
— E eu disse que você irá, preciso da minha amiga lá. Imagina eu no meio daqueles velhos depravados.
— Você é tão boba.
Ayla olha para Emma, vendo as poucas sardas em seu nariz. Elas se espalham sobre suas bochechas, pequenas manchas leves que ficam em cima de um leve rubor. Sendo uma coisa que ela já falou para garota quando eram crianças, "essas sardas são apenas anjos que beijaram o seu rosto quando bebê" e isso sempre faziam as duas riem e Emma nunca se esqueceu disso.
Ayla está tão perto que deixou Emma sem palavras. Emma inclinou suas testas juntas, Ayla acabou sussurrando, quase encontrando os lábios.
— Acho que é melhor irmos.
Os olhos de Emma foram em direção aos lábios de Ayla, vendo-os se movimentar, ela sabe muito bem que os pensamentos que estão passando pela sua mente, tão impuros, tão pecadores, podendo facilmente a beijar, Ayla se afasta e nesse instante Dye, esposa de Alond, entra no salão de festa, assustando as garotas.
— Oi meninas.
O sorriso de Dye sempre é como um fim de tarde, caloroso e aconchegante, sendo esse sorriso que conquistou Alond.
— Dye. - as garotas respondem se levantando. — Como vai o meu sobrinho?
— Ele não para de se mexer, fora os enjoos matinais.
— Só com essa última parte me faz não querer ter filhos nunca. - Ayla fala.
— Você vai mudar de ideia, ser mãe é uma benção enviada por Deus.
Ayla apenas olha para Emma, vendo o seu olhar baixo:
— Você quer filhos no futuro Emma?
Emma se assusta com a pergunta de Ayla, ela olha para Dye e sua amiga e negou com a cabeça:
— Eu nunca pensei nisso. Eu não penso nas coisas que possam acontecer futuramente, penso no dia de hoje apenas.
Ayla olha para Emma vendo o seu olhar direcionado para si, sorte que Dye não notou, pois naquele instante o bebê chutou:
— Ele chutou.
Ayla vai até a cunhada eufórica para sentir o seu sobrinho chutando, já que ela ama crianças.
— Vem sentir Emma.
Emma sentiu ser puxada pela Princesa, assim as duas ficaram lado a lado para sentir o bebezinho chutando.
— O que vocês duas estavam fazendo aqui?
— Dançando cunhada, tem um baile daqui uns dias, então precisamos estar preparadas.
Depois de um tempo, para sair desse constrangimento Emma vai até sua mãe, enquanto Ayla vai a biblioteca e Dye para o quarto, tendo que descansar.
Drake está na biblioteca, mais uma vez ficando mais da metade do dia naquele ambiente, quando vê a sua irmã entrando, parecendo aérea com o que acontece em sua volta:
— Ayla.
A mais nova se assusta ao ouvir o seu nome, mas ao vê o seu irmão, relaxa no mesmo instante.
— Não acredito que mais uma tarde desperdiçada nesta biblioteca.
— Mais uma tarde de estudos você quer dizer.
— Como consegue ler tantos livros assim?
— Sempre gostei de ler.
— Mas esses livros são chatos.
— Prefiro ser pé no chão do que uma romântica incorrigível.
Ayla sem saber como responder o irmão, pois a sua resposta trocaria frases de lugares, põe língua para ele:
— Você ainda age como uma criança.
— Você é chato, todo engomadinho.
Ayla em um impulso, bagunça o cabelo do irmão, que acaba largando o livro e correndo atrás da irmã pelo castelo, como duas crianças que se irritam.
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