Brayden e Waldin estão em silêncio só esperando o momento certo, Brayden será o carroceiro dessa viagem, então ele precisa ir para o castelo:

— Vai dar tudo certo.

Waldin apenas olha para o amigo que é positivo ao extremo e que também está adorando isso, mas o Lahmann não sabe explicar o sentimento que vem sentindo ao ter aceitado essa proposta.

Brayden o convenceu de fazer isso, falando que isso seria divertido, principalmente por fazer isso com uma princesa arrogante, sendo que a arrogância que ele fala é sobre outra coisa, que Brayden não o contou.

— Vamos lá, cara, isso vai ser divertido.

E com isso Brayden vai para o castelo com a sua carruagem e Waldin sabe que não vai se divertir nada com isso.

Ele preferia estar em casa, com Federico em seus braços, mas aqui está ele, participando de um plano que Lutero e Rosetta fizeram em mínimos detalhes.

No caminho ele percebe como tudo é tão isolado de tudo, as matas fechadas, troncos caídos e espinhos, um lugar bom para fazer uma emboscada.

Ao longe Waldin vê a Margery e Jeffery conversando, ela o seduzindo e ele se deixando seduzir. Trea e Rosetta acabaram de chegar e quase ao mesmo tempo a carruagem pára no meio da estrada.

Lutero, Rosetta e Waldin vai até a carruagem, a jovem de 17 anos está confusa pela parada abrupta, mas Lutero a arrasta da carruagem, assim fazendo-a bater a cabeça e ficar semi consciente, ela vê o seu rosto, não tão nitidamente naquele momento.

— A leve para a floresta. - Lutero manda e Waldin o acata, a pegando em seus braços e a arrastando, não se importando se ela se machucasse no caminho.

— Isso vai ser muito divertido. - Waldin escuta Rosetta falar. - Vê essa princesinha implorar e chorar.

— Só não tente pegar muito pesado, o rosto está fora de cogitação para machucados permanentes.

— Eu sei meu amor. 

Waldin bloqueia qualquer outro som que o casal estaria fazendo ou a conversa, que o assunto principal é a Princesa que está praticamente desmaiada e sendo arrastada para o meio do nada.

Ao chegar no local, ele a joga de qualquer jeito e sai de perto dela, ficando escorado na árvore, que está seca, ele não olha para a direção dela, ele não quer ver o que eles iram fazer com ela, mas ele escuta o seu choro e o seu pedido de ajuda e se arrepende por ter ajudado, mas não tem como voltar atrás. Ele ouve as risadas cruéis de Trea, Margery e Rosetta, os olhos de desejo de Jeffery e Lutero, Brayden ficando cada vez mais em ecstasy.

Por um instante que ele olha para ela, o seu olhar de ajuda, ficaria marcado para sempre em sua memória, vê que ela tentou sair de perto deles, mas Trea segurava seus cabelos.

Então quando Trea o chama para ir embora ele aceita de prontidão, não querendo ver até que ponto eles chegariam na tortura, Jogo Brutal, como eles nomearam e sem saber Ayla visualizou o seu rosto para nunca se esquecer dele.

No caminho, Waldin muitas vezes repensa em tudo o que ele fez, ele pode dar a desculpa que só concordou por causa do amigo, mas a verdade é que ele queria se sentir menos impotente, mais homem como o seu pai sempre dizia desde pequeno, e fazendo isso ele provaria algo para si mesmo.

Mas em vez de poder, ele sentiu mais fraco e uma culpa corrosiva. Ele só ficou mais frustrado e até mesmo nojo de si mesmo.

Então ao invés de ir para sua casa, Waldin vai para a cabana que encontrou recentemente e a reformou, um lugar de encontro entre Federico e ele.

Para a sua surpresa, Federico estava lá, parecendo que sabia que Waldin precisava dele naquele momento.

— Oi.

Federico sorri para ele e os dois entram na cabana, ali eles ficam a tarde juntos, conversando, em silêncio ou se tocando.

Um abraço. Um beijo. Uma troca de eu te amo. Talvez mais. Ninguém realmente viu e ninguém realmente ouviu além deles, então ninguém poderia dizer que aconteceu...exceto os dois, O casal acaba dormindo, exaustos. 

Mas no dia seguinte ele sente a culpa aumenta com o que descobre na reunião.