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Capítulo 13: ...e uma morte


Federico está chegando em casa depois de mais um longo e árduo dia de trabalho.

Depois de jantar, Lyudmilla aparece com o seu jeito de menina moça, que desde muito nova teve que ajudar a mãe em casa para ajudar a por alimento na mesa:

— Federico.

— Oi.

— Sabe o seu amigo?

— Waldin?

Federico tem certeza que o seu namorado já foi embora, deve está bem longe daquela cidade e em alguns dias eles irão se encontrar.

— Eu sei que vocês tem algo.

Federico olha para a sua noiva assustado, sem saber o que fazer ou como responder.

— Também sem que você não goste de mim de uma forma amorosa, mas eu também sei que poderia lhe ajudar.

— Mesmo sabendo que teria que me ver indo me encontrar com ele?

— Sim. Eu te irei te cobrir para se encontrar com ele. O nosso casamento seria de fachada.

— Mas para ninguém suspeitar precisamos de ter pelo menos um filho.

— Podemos fazer isso.

Federico sorri para Lyudmilla, sabendo que ela seria a sua aliada para poder ficar junto com Waldin. Mas essa felicidade dura muito pouco, já que depois que Lyudmilla foi embora, seu pai chega em casa com um notícia:

— o Lahmann foi preso.

Federico se assusta com o que o pai lhe disse, mas ele consegue esconder o seu nervosismo para a sua família não desconfiar de nada.

— O senhor sabe por qual motivo, pai?

— Nada foi divulgado sobre.

Federico olha para o nada, não sabendo o que fazer, o que pensar ou em como agir com a notícia, ele quer saber o que houve para o Waldin ser preso e é com isso que ele sai no meio da noite para tentar ver o Lahmann.

Waldin está na sua cela gelada, sem lugar apropriado para dormir, além de mal cheiro em todo lugar. A única coisa que ele quer é saber o motivo que está ali, o porquê ele foi preso, mas ninguém lhe responde sobre.

— Waldin.

Waldin olha na direção da pessoa que está lhe chamando, vendo Federico na frente da sua cela:

— Federico, o que está fazendo aqui?

— Eu vim te ver, você sabe o motivo de estar aqui?

— Não. Mas eu já sei o que pode ser.

— Você acha que eles sabem sobre você?

— Sim.

— Está machucado?

— Só algumas escoriações, nada para se preocupar. É melhor você ir, pois já está amanhecendo.

— Eu não quero ir.

— Mas você tem que ir, amor.

Federico e Waldin se olham, pois com aquelas grades não podem nem tocar ou até mesmo se beijar.

— Tchau.

Após sair da prisão, Federico se vê sem alternativa, pois a execução de Waldin é em poucos dias.

Federico está sem esperança, já que quando todos daquela aldeia descobrirem, irão condená-lo. "Todos não" Federico pensa, "a Princesa Ayla, ela pode me apoiar se pedir a sua ajuda".

Com um sorriso mínimo, Federico vai em direção ao palácio para se encontrar com Ayla, com a sua esperança restabelecida. Só de saber que salvará o homem do qual ama, lhe dá alegria.

Ao longe Federico vê a Ayla, sentada perto das flores com o seu vestido lilás e de olhos fechados, plena:

— Vossa Alteza. 

— Oi. - ela responde com um sorriso angelical. — Tudo bem? - pergunta preocupada ao ver a expressão de Federico.

— Alteza poderia me ajudar em algo? 

— Posso... me diga no que lhe possa ajudar.

Federico lhe explica em detalhes sobre Waldin, sobre o relacionamento amoroso entre os dois e o motivo da sua execução, já que ninguém sabe o porquê dele ter sido preso.

— Irei fazer o possível para lhe ajudar. - Ayla fala ao homem. — Falarei com o meu pai.

Federico a reverência novamente, em agradecimento e se despede, com a esperança de que no final tudo será resolvido 

Ayla olha para Federico indo embora, ao se virar ela vê a Rosetta de longe, conversando com a Margery.

— Preciso visitar certo prisioneiro, mas primeiro conversar com o meu pai.

— Pai.

Rei Eduardo está no seu escritório, sozinho, o que não é do seu costume, quando sua filha mais nova chega com um dos seus pequenos sorrisos.

— Tudo bem Ayla?

— Por que o Lahmann está preso?

— É um assunto entre o Padre Dalibor e eu.

— Mas... ele fez algo para merecer isso?

— Sim, mas não quero falar sobre isso com você.

Ayla apenas sorri para o pai e sai do seu escritório, sem ninguém perceber, a Phareman mais nova vai até uma das passagens secretas do castelo que o interliga até a prisão.

Sem nenhum guarda a vista, uma pessoa com sua capa vermelha aparece na frente da cela de Waldin, o Lahmann está dormindo naquele momento e a única coisa que é deixada ali é um pequeno papel e um barulho alto, fazendo Waldin acordar assustado.

Ao notar o papel, Waldin vai até ele e ao ver o que está escrito se assusta, ficando pálido e entendendo o porquê de está nessa situação.

19 de outubro de 1450


Não passaram nem três semanas da morte da Trea, toda a população de Nottingotan estão na praça mais uma vez, ninguém sabe ainda.

A curiosidade e teorias estão rolando em cochichos sobre o que possa ser, mas nada passa perto da verdade.

— Waldin Lahmann, você é acusado de ser promíscuo e imoral, tendo um relacionamento com um homem. De acordo com a lei da igreja e a lei do Rei, a punição de tal ato é a morte.

A corda está roçando contra o seu pescoço, deixando sua pele avermelhada. Suas roupas outrora  que estavam bem arrumadas e limpas, agora estão cobertas de sujeiras das noites passadas em uma cela.

Ao longe, Federico olha tudo aquilo com pesar no coração por saber o destino de seu amado. Ao seu lado está a Princesa, tão abalada como ele, por não conseguir ajudar, por não conseguir atender ao seu pedido.

Waldin olha para a multidão, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ele vê a Princesa ao lado de seu amor, ele vê que ela está o consolando e sente raiva.

A alavanca é puxada, o chão se abre e seu último pensamento é sobre o seu infortúnio e o que causou no dia 19 de outubro de 1450, então o arrependimento.

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