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Capítulo I


O despertador produzia um som estridente que ecoava entre as quatro paredes do quarto. Mesmo com a cortina cinza cobrindo a janela, alguns raios de sol conseguiam atravessar as brechas existentes. O ambiente, agora pouco iluminado, tinha um ar neutro devido ao tom branco e cinza que rodeava o local. Sempre preferi cores discretas, apesar da minha favorita ser o vermelho.

Talvez ficar de pé não fosse o maior desafio comparado a ir à faculdade. Há quase três anos atrás, meus pais estavam animados com a ideia de ter o filho cursando Direito e seguindo o ramo da família. Meu pai, Enrico Carter, é um advogado renomado no âmbito jurídico por defender grandes empresas. Meu avô também atuou nessa área, então é previsível que se trate de uma profissão passada entre gerações.

Devido ao sobrenome que minha família carrega, meus primeiros dias na faculdade foram um verdadeiro inferno pois me sentia na obrigação de ser o melhor aluno em tudo. Com grande esforço, consegui ficar na lista dos cinco melhores da sala e falta muito pouco para ocupar o primeiro lugar.

Atualmente, estou cursando o sexto período e faço estágio no escritório do meu pai. Apesar de não ser remunerado, aprendi desde cedo a fazer petições e alegações finais – tanto escrita quanto oral – antes de chegar ao quinto período. Tive que abrir mão de uma vida de jovem "comum" para poder alcançar meus objetivos.

Recapitular tudo que passei para chegar até aqui é um hábito meu antes de iniciar o dia, assim eu já o começo com meu objetivo em mente. Então, levantei da cama com um salto e passando os dedos entre meu cabelo castanho escuro que estava totalmente bagunçado. Após um bom banho, vesti uma camisa social branca com um suéter cor de cáqui sem manga, uma calça jeans e sapatos sociais. Passei o gel no cabelo, deixando-o perfeitamente alinhado para trás e coloquei meus óculos. Meu pai sempre foi rígido quanto à vestimenta e dizia que um estudante de Direito deveria se vestir adequadamente, mas esse estilo nerd já era demais.

— Bom dia, filho. — minha mãe dizia colocando a panqueca em cima da mesa.

— Bom dia, mãe. — respondo pegando um pedaço e levando até a boca. — Ele já foi?

— Sim, seu pai teve que sair cedo por causa de uma audiência marcada para oito horas.

Eu sempre admirei a pontualidade do meu pai em seus compromissos, levando com total seriedade a sua profissão. Um dia, espero ser igual à ele e seguir exatamente os seus passos.

Era bom conversar com minha mãe, ela não falava somente de trabalho como o meu pai pois gostava de se preocupar com minha saúde física e mental. Aproveitar esse final de semana para dormir em casa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, pois sei que, de agora em diante, mal terei tempo para eles.

(...)

A Universidade de Yale foi o primeiro passo para chegar ao topo, como meu pai fez quando era apenas um estudante. O curso de Direito é um dos mais difíceis na Yale e eu passei entre os 10% que eram escolhidos. Foquei tanto nos estudos que só fiz um único amigo: Alan Reed.

Alan é um dos garotos mais cobiçados de toda da Universidade, detentor de uma cabeleira loira e olhos claros. Por fazer parte do time de futebol americano, seu corpo era o padrão de qualquer atleta. Mesmo assim, os 180 cm dele eram insignificantes perto dos meus 191 cm. Nós nos conhecemos logo quando eu estava no primeiro período e precisei fazer um trabalho em dupla na disciplina de Linguagem. Então, ele percebeu como todos me evitavam e decidiu ser minha dupla. Enquanto fazíamos o trabalho, descobri que tínhamos gostos muito semelhantes – como jogos, séries, músicas e livros – e, consequentemente, nos tornamos amigos.

Ser um jogador traz consigo vários estereótipos, mas Alan derruba cada um deles ao demonstrar seu grande esforço nos estudos e a preocupação com um futuro. Sei que fiz uma boa escolha para um amigo, senão meu pai nunca aprovaria a nossa amizade.

— Parece cansado, amigo. — Alan comenta entrando na sala.

— Sabe o trabalho de Processo Civil III? Eu fiz tudo ontem à noite.

— Como assim? Esse trabalho é só para o próximo mês, cara.

Apenas dou nos ombros, sentando na minha cadeira que ficava ao lado dele.

— Você precisa aproveitar, Nic. Quando menos esperar, vai estar formado e não terá aproveitado a sua vida de universitário.

— A universidade é para estudar, Alan, não para voltar tarde de festas ou encher a cara. — digo sem tirar os olhos do professor à nossa frente. — Além do mais, estou muito bem levando a vida desse jeito.

— Você que sabe, depois não diga que eu não avisei. — ele adverte voltando a atenção para a frente.

O professor interrompe a aula quando o coordenador do curso aparece, sussurrando algo em seu ouvido e recebendo um balanço positivo de cabeça. Então, ele deixa o pincel sobre a mesa gesticulando para que alguém se aproximasse.

— Recebemos a notícia de uma nova aluna transferida, Elizabeth Wright.

Meu coração falha quando a jovem de longos cabelos vermelhos se aproxima. Os olhos azuis dela refletiam o brilho do Sol que iluminava a sala. Suas sardas discretas davam um certo charme e combinavam com seus lábios rosados. Nesse momento, tenho certeza que estou diante da garota que estudou comigo no primário.

Nossos olhos se encontram por breves segundos mas ela logo se apresenta, sorrindo para todos presentes.

Caramba. Seu sorriso é o mais bonito de todos.

Alan deve ter comentado alguma coisa sobre a beleza da novata mas eu não consigo prestar atenção em suas palavras, meu único foco eram aquelas orbes azuis que me prenderam anos atrás e fico surpreso como elas continuam com o mesmo efeito.

Passo a maior parte da aula a encarando, desejando que nossos olhos se encontrem novamente mas não acontece. Então, o sinal toca e eu a perco de vista com as pessoas ao seu redor como antigamente. Ela sempre atraía olhares para si por causa do seu jeito, já eu afasto todos por parecer um nerd desajeitado.

Enquanto as garotas comentavam sobre seu cabelo ruivo, dou alguns pulos acenando entre as pessoas na tentativa de chamar sua atenção. Novamente foi em vão, ela mal podia me ouvir porque todos falavam ao mesmo tempo. Então, desisto de gritar e acompanho meu amigo até o refeitório.

— Por que estava querendo falar com a novata? Você não é do tipo que puxa conversa. — Alan comenta desconfiado.

— Lembra da garota do ensino fundamental que te falei?

— Sim.

— Então, é ela.

Alan quase derruba a bandeja de suas mãos quando faço a revelação. Ele arregala os olhos surpreso, jogando-se na primeira cadeira que via e permanecia com aquela expressão até que decido me explicar.

— Eu não fui capaz de dizer que gostava dela naquela época. Depois de tantos anos, pensei que esses sentimentos não existissem...

— Mas...?

— Mas quando eu a vi agora, percebo que ainda gosto dela. — admito soltando um longo suspiro.

— É só ir falar com ela, ora.

Ele dava uma mordida na maçã, após sua fala casual.

— Ficou maluco?! Já deu uma olhada para mim? Os garotos ao redor dela são mais belos, mesmo que eu tivesse uma segunda chance na vida para ser bonito. 

— Talvez uma terceira ou quarta chance fosse o suficiente.

— Vai se fo...

— Mas não deveria pensar assim. – Alan dizia deixando a maçã de lado, interrompendo meu xingamento e cruzando os braços. Pela primeira vez no dia, eu o vejo sério. — Você tem tanta chance quanto qualquer garoto, Nic. Se ela for uma boa pessoa, não será tão superficial assim como a maioria das garotas desse lugar.

O Alan estava certo, a maioria das garotas da Yale ou eram esforçadas ou eram um bando de vagabundas sem preocupação com a vida. Apoio os meus cotovelos na mesa, virando o rosto em direção ao grupo de atletas que se aproximavam. Eles chamavam a atenção de todos por onde passavam, tanto pela beleza quanto pelo status que possuíam na universidade. Diferente do Alan, eles eram os típicos babacas superficiais de filmes clichês.

— Por falar nisso... — Alan continuava olhando para a mesma direção. — A Ashey está com eles, acho que os boatos dela estar transando com quase todo o time são verdadeiros.

— Não duvido.

Ashley Bennett é o tipo de garota que todos querem ter por um dia, unicamente para isso. Ela possui curvas bem definidas e evidentes, por causa da sua calça preta de couro e o top curto no mesmo estilo. Essas roupas se tornaram a sua marca registrada, junto com a maquiagem escura que usava. Sua pele morena reluzia como se gotas de ouro escorressem por ela, além do longo cabelo negro com cachos rebeldes nas pontas. Seus olhos escuros possuem uma intensidade difícil de explicar, não acho que seja capaz de encará-la por muito tempo, principalmente por causa do seu jeito vulgar de agir.

Ela nunca demonstrou se importar com a fama que possuía, trocava mais de namorado do que o Alan troca de cueca quando está vendo um filme de terror. Nunca conversamos, apesar dos nossos armários serem lado à lado. Eram raros os momentos em que eu a vi com um livro na mão, por isso não faço a mínima ideia de qual curso ela faz.

— Ultimamente, ela está muito próxima do Matt. — Alan comenta com preocupação.

— O Matt curte mulheres assim, isso não é um problema. — digo dando nos ombros, mordendo o meu sanduíche.

— Mas eu e ele somos amigos, não gosto de ouvir sobre suas noitadas. É nojento. — ele fazia careta e preciso concordar. — Só espero que ele não se apegue, a Ashley é um caminho perdido.

Após conversar sobre a aula que tivemos, Alan se despede avisando que precisava passar na quadra de esportes pois teria uma reunião com o treinador. Aceno enquanto andava até o meu armário, abrindo-o e procurando o livro de Direito Administrativo. Como o professor não era tão pontual, não havia motivo para tanta pressa. Ao chegar o armário, dou um pulo surpreso ao ver a morena ao meu lado. Ela procurava algo dentro do seu armário, falando vários palavrões por não encontrar.

Engulo seco, abrindo a boca para dizer algo mas a garota fecha seu armário com força, o que resulta outro susto meu.

— Merda! — exclama se afastando, indo até Matt que passava no corredor e o acompanhando. Ele passava o braço entorno da sua cintura exposta e seguem caminho para a ala da saúde.

O Matt faz fisioterapia, talvez ela faça também.

Ignoro tal pensamento pois pouco me importo com isso, então sigo até a sala e dou de cara com aquele belo par de olhos azuis novamente. Elizabeth parecia tão frágil e delicada com aquele vestido rodado de tonalidade violeta, junto com um laço da mesma cor. Não usava maquiagem e eu entendo muito bem o porquê, ela era perfeita sem nada disso.

Perco a noção do tempo a admirando, até que ela percebe e abre um sorriso tímido. Essa é a minha deixa para puxar conversa! Será que ela lembra de mim?

Dou o primeiro passo em sua direção mas um rapaz aparece no meu caminho, ficando de costas enquanto conversava com a ruiva. Eu nem preciso ver o rosto para saber quem é: Clark Barton, o número um da sala. Ele é a única pessoa que sinto uma imensa vontade de bater, mesmo sendo contra os meus princípios.

Clark é tão alto quanto eu mas seus músculos são mais visíveis. Poucas pessoas querem comprar briga com alguém assim, principalmente após descobrirem que ele faz parte do clube de Muay Thai há cinco anos. Eu posso sentir o ar de superioridade de suas palavras, mas Alan continua a insistir que isso não passa de coisa da minha cabeça. Um dia, ainda provarei que ele está errado.

— Seu nome é Elizabeth, não é? — ele dizia apoiando as mãos na cadeira, inclinando o corpo em direção à ruiva.

— Sim. — respondia timidamente.

— É um nome tão belo, combina com uma detentora de tamanha beleza. — Clark comenta segurando a mão dela e depositando um beijo.

Depois dessa cena, desisto de puxar qualquer assunto e vou para o meu assento sem olhar para trás. É desconfortável vê-lo flertando tão abertamente, enquanto eu mal consigo dizer um simples "Oi". Com essa aparência, é óbvio que toda a confiança que possuo de mim mesmo não passe de um por cento.

Ajeito os óculos, fitando o professor que chegava na sala junto com um Alan atrasado e cansado. Ele parecia eufórico e falava da importância do próximo jogo, mas eu não conseguia parar de pensar na forma como Clark conseguia se expressar.

— Você anda muito distraído, Nic. – Alan me repreende. — Ainda é por causa da novata?

— Sim, o Clark está de olho nela.

— Ih! Ferrou, amigo.

— Você já pensou em largar o curso de direito e fazer psicologia? Porque você é ótimo animando as pessoas. — digo com ironia e ele apenas revira os olhos.

— Eu vou te dar algumas dicas sobre como conquistar uma garota.

— Já estou prevendo as bobagens que vai dizer. 

— Cala a boca e me escuta. Você nunca viu nenhum filme de romance? — ele questiona e nego com a cabeça. — Por isso, é um desastre com as garotas. Todo mundo sabe que a melhor forma de chegar em alguém é esbarrando nessa pessoa.

— Como é que é?!

— Isso mesmo que você ouviu. Deixe-me explicar como deve ser feito.

Eu poderia muito bem ignorar as dicas de Alan, mas os conselhos dele até que faziam sentido. Pelo menos, era uma forma de puxar assunto com a Elizabeth e assim ela me reconheceria. Óbvio que, naquela época, eu era mais baixo que ela mas agora as coisas mudaram. Eu nunca esqueceria seus olhos azuis e espero que ela também não tenha esquecido dos meus.

Ao término da aula, caminho em direção à saída avistando a ruiva arrumar sua mochila de costas para mim. Finjo encarar alguma coisa na parede, esperando a maioria dos alunos saírem para que eu colocasse o plano "Conquistar a ruiva bonita" – como assim, Alan resolveu nomear – em ação. Apressei os passos, fingindo não olhar por onde andava e percebi que tudo daria certo se não fosse pela minha visão péssima.

Acabo tropeçando em um livro esquecido no chão, esbarrando para valer na garota que estava distraída demais para dar ouvidos ao meu grito. O corpo dela é jogado contra o chão e eu consigo me manter de pé ao apoiar a mão na cadeira. Elizabeth me olha por cima dos ombros assustada e Clark aparece esticando a mão em sua direção. Ela se levanta sorrindo timidamente como forma de agradecimento.

— Você está bem? — ele pergunta preocupado e me fuzila com o olhar. — Olha para onde anda, Carter. Pensei que seus óculos fossem de qualidade.

— Desculpa, eu... — engulo seco ao ver os olhos da Elizabeth em minha direção. Droga, ela é muito bonita. — Foi sem querer.

— Sempre imaginei que fosse atrapalhado mas nunca nesse ponto, Carter. Se eu fosse você, eu...

— Não tem problema. — Elizabeth dizia cortando a fala do Clark e sorrindo sem jeito para mim. — Ele não teve a intenção de me machucar.

A imagem do sorriso dela ficou em minha mente, sentindo o coração disparar como naquele dia que nossos olhares se encontraram pela primeira vez. Eu senti vontade de contar para a Elizabeth que eu sou aquele garoto, mas me vi incapaz pois era apenas um desastre como homem. Se eu contar sobre quem eu sou, apenas vou criar uma péssima impressão. Não quero ser visto como um nerd atrapalhado, quero ser visto como alguém digno de admiração e afeto.

Quando saio dos meus pensamentos sobre aquele belo sorriso, Elizabeth já tinha saído da sala e seu perfume doce foi o único vestígio que permaneceu comigo.

(...)

Alan ria alto no outro dia, revivendo em sua memória o momento em que a ruiva caiu de joelhos no chão. Eu o xingava baixo – usando palavras nada ofensivas, na verdade. Enrico nunca me deixou dizer um palavrão em voz alta – para que ninguém ao redor ouvisse. Ao entrar na sala, Elizabeth já estava lá conversando com uma loira baixinha.

Lisa Hampton.

Ela também estava entre os cinco melhores da turma, soube que sua mãe é uma importante promotora e que ela e o meu pai já estiveram em alguns casos juntos. Por mais que meu pai odiasse admitir, ele reconhece o quão boa a Sra. Hampton foi no júri.

As duas conversavam de forma descontraída e percebo que ela encontrou a sua primeira amizade em Yale. Quando Elizabeth ergue o olhar, rapidamente viro o rosto para o lado e apresso os passos em direção à minha mesa.

Sou um grande covarde.

Mesmo com certos olhos azuis invadindo a minha mente, eu consegui me concentrar na aula e responder o maior número possível de perguntas que o professor fazia. Sempre fui muito bom em Direito de Família, por acompanhar desde cedo alguns casos em que meu pai atuava. Os conflitos internos no seio familiar despertavam a minha curiosidade e eu buscava entendê-los diante da visão de vários autores.

— O Clark avançando. — Alan anuncia enquanto fazia algumas anotações no caderno.

— Que desgraçado... 

Clark emprestava a caneta para Elizabeth que havia esquecido a sua. Quando os dedos deles se tocam, sinto uma onda de ciúmes tomar conta do meu corpo mas permaneço imóvel. Nunca chegaria aos pés de Clark Barton, tanto em aparência quanto em atitude. Aos poucos, a ideia de insistir no plano de conquistá-la começa a diminuir junto com minhas esperanças.

— Não pode ficar parado lamentando, Nic. A batalha só está começando.

— Não é uma batalha quando claramente podemos ver quem vai vencer. Isso é uma humilhação. — comento passando a mão pelo cabelo repleto de gel, conferindo se havia algum fio fora do lugar.

— Onde está o guerreiro dentro de você, cara?! – Alan voltava a ficar sério. — Só precisa dar uma voadora combinada com um chute giratório no Clark, ele vai sair correndo assustado e deixar a Elizabeth só para ti.

— Enlouqueceu? O Clark me quebra em dois e te quebra em três se souber que foi você quem deu a ideia.

Eu nunca pensei que Alan poderia ficar mais branco do que já era, mas estava enganado ao vê-lo refletir sobre minhas palavras. No final das contas, acabou concordando comigo e desiste da ideia de dar conselhos. É melhor assim.

O fato de abrir mão do meu amor de infância faz meu peito doer, apoio a mão no local andando de cabeça baixa até que esbarro em alguém. Essa pessoa solta uma exclamação, chamando a atenção de todos no corredor:

— Porra!

Esse linguajar... Só pode ser a...

Ashley me encarava com uma expressão de poucos amigos, se abaixando para pegar o seu livro de enfermagem que caiu no chão.

Então, esse é o curso que ela faz.

Quando a garota ficava de pé, jogava o cabelo para trás e soltava um longo suspiro para não surtar de raiva. Como sempre, usava poucas roupas sem o mínimo de decência para esconder o corpo.

— Olha para onde anda, quatro olhos! — ela dizia irritada, passando por mim e ignorando o meu pedido de desculpas.

Minha cabeça acompanha seu movimento em câmera lenta, então percebo que uma certa ruiva me encarava surpresa e andava até mim. Nesse momento, prendo a respiração enquanto seus olhos azuis demonstravam preocupação e algumas mechas de seu cabelo ruivo cobriam o rosto.

— Você está bem? — sua voz suave ecoava no silêncio entre nós dois.

— Si... Sim.

— Ela é tão rude.

— Sim...

Acho que minha mente entrou no automático porque não consigo pensar direito quando a Elizabeth está na minha frente. Ela sorria fraco, colocando uma mecha atrás do cabelo e se despede saindo do meu campo de vista. Deixo toda a respiração presa sair e percebo como estou corado.

Talvez eu não devesse desistir. 

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