Capítulo 13
Voltamos a pé de volta para as ruas pacatas de Mystic Falls, infelizmente, Klaus nos acompanhou taciturno durante o caminho. Eu sabia que a presença dele seria constante se eu realmente quisesse realizar a minha vingança e eu definitivamente queria, mas isso não me impedia de odiar cada momento que eu ficava ao lado dele. Eu tinha um plano, e Klaus Mikaelson seria fundamental para que ele desse certo. Eu não sabia até que ponto Elijah concordaria com os planos de vingança que passavam pela minha cabeça, mas eu não queria arriscar que ele me compelisse a mudar de ideia e me levasse de volta para casa, então só me restava Klaus. Eu só esperava que a mente sádica dele estivesse disposta a compactuar comigo e que fazer os irmãos Salvatore sofrer estivesse em seus planos também.
A caminhada foi longa e cansativa até o apartamento do professor Saltzman, que Klaus ainda estava usando. O meu corpo todo doía e minha mente estava cansada. Ao longo do caminho até o apartamento, eu ficava cada vez mais ciente de toda a sujeira no meu corpo, dos nós no cabelo e a roupa suja e fedorenta, eu estava um caos e precisa urgentemente de um banho. No entanto, eu soube quase imediatamente que um banho estaria um pouco longe da minha realidade quando Klaus, Elijah e eu estávamos subindo os últimos degraus da escada a apenas alguns metros do apartamento 36, a qual Klaus estava hospedado. Uma energia mágica irradiava do apartamento dele, não a magia de um feitiço ou de uma bruxa, mas o tipo de magia que todo ser sobrenatural emanava.
Cada ser emanava uma quantidade diferente de magia pela qual foi criado, a intensidade dela dependia da espécie ou idade do ser. Alguns seres sobrenaturais podiam sentir essa magia, na maioria das vezes eles só conseguiam detectar os da sua própria espécie, cada um tinha uma maneira diferente de detectar essa magia, seja pelo toque, cheiro ou por um simples olhar, mas nem todos eram tão sensíveis a isso. De alguma maneira, desde de muito jovem, eu conseguia sentir a presença sobrenatural de todas as outras espécies sobrenaturais, não apenas de bruxas ou do cheiros e presença de feitiços. Era o meu grande poder, meu único grande poder que me diferenciava dos meus irmãos e que fazia eu me sentir um pouquinho superior.
Por isso, quando Klaus abriu a porta do apartamento, eu já sabia que tinha dois vampiros lá dentros, vampiros antigos, não tão antigos quantos os vampiros que estavam ao meu lado, mas velhos o suficiente. A presença que irradiava de um deles, no entanto, me parecia familiar. Não demorou muito para que eu soubesse a quem ela pertencia.
Eu andava atrás de Elijah e ele, por sua vez, estava atrás de Klaus, então assim que entrei no apartamento encarei em choque Elena Gilbert e Stefan parados no meio do apartamento de Klaus. Stefan estava com uma expressão de quem tinha sido pego no flagra e Elena, bom, ela parecia estar feliz de tê-la pego no flagra, muito orgulhosa de si mesma. Ela não estava prestando atenção em mim, então aproveitei para analisá-la. Elena Gilbert não possuía uma energia sobrenatural tão forte quanto aquela mulher que tinha o mesmo rosto que o dela e muito menos irradiava uma energia vampira. Talvez aquela cópia, debochada e maliciosa não fosse Elena afinal.
— Você continua aparecendo, não? — Klaus se pronunciou pela primeira vez desde que começamos a nossa caminhada até aqui. Suas palavras destilavam sarcástico e ele parecia contente até demais em ver Stefan.
— Eu preciso da sua ajuda. — Ele claramente tinha engolido todo o seu orgulho ao dizer aquelas palavras. Quase não consegui segurar uma risada de escarnio. Ele realmente estava pedindo ajuda para Klaus depois de tudo?
Pensando bem, eu mesma não poderia culpá-lo. Eu também iria pedir favores a Klaus depois de tudo. Algo muito grave deveria ter acontecido para ele estar na toca de um leão faminto. Uma estranha satisfação tomou conta de mim e apenas esbocei um sorriso leve para mim mesma, aquilo estava se desenrolando melhor do que eu imaginava.
Tomando um pouco mais de coragem, Stefan andou alguns passos até klaus e continuou;
— Eu preciso da sua ajuda para o meu irmão.
— Seja o que for, vai ter que esperar. Eu tenho uma obrigação com o meu irmão, que requer a minha atenção imediata. — Falando isso Klaus se afastou de Elijah me deixando exposta aos olhares de Stefan e da vampira Petrova.
Stefan não me dirigiu muito mais do que um olhar de reconhecimento e Katherine parecia muito curiosa com a minha presença. Não olhei para nenhum deles, pois minha atenção estava em Klaus, que tinha passado por Stefan e dava Passos felinos até algum lugar mais escuro da casa a qual eu não conseguia ver, o que será que ele estava planejado?
Eu não confiava por um segundo sequer na palavra de Klaus. Diferente de Elijah, Klaus e eu não tínhamos um passado em comum, não éramos irmãos e muito menos família, eu só conhecia quem ele se tornará no presente e não seria surpresa nenhuma se Klaus Mikaelson não cumprisse com a "sua obrigação" com o seu irmão. Naquele instante, eu quase senti pena de Elijah. Ele não merecia alguém tão perverso quanto Klaus em sua família, mas eu entendia Elijah e a esperança que ele tinha em seu irmão, a esperança de pelo menos uma vez, Klaus fosse honesto e que ele finalmente pudesse estar com a sua família em paz.
Tudo aconteceu tão rápido que os meus olhos humanos mal conseguiram captar o que aconteceu em questão de segundos. Em um instante, meus olhares estavam fixos à procura de Klaus, ainda perdida em meus próprios pensamentos e mal registrando as palavras que saíram da boca de Elijah e em um piscar de olhos, Elijah estava caindo no chão a minha frente. Eu não conseguia esboçar reação alguma, o vazio tinha consumido o meu peito o suficiente para que a visão do corpo de Elijah ficando cinza e sem vida não me espantasse. Não é como eu já não esperasse por uma traição, mas ver que os meus pensamentos estavam corretos sobre o híbrido vindo diretamente do inferno que agora mantinha um sorriso debochado nos lábios, fez com que uma parte pequena de mim fervesse em raiva por Elijah, pobre Elijah Mikaelson.
A sala estava em completo silêncio, uma tensão crescente cortava o ar e todos esperavam o próximo passo. Katherine estava escondida em um canto da sala, cautelosa demais para fazer qualquer coisa e Klaus, bom, Klaus dirigiu as atenções dele para Stefan, o imprensando contra a parede e enterrando uma estaca no meu da barriga dele.
— Sentiu isso? Está chegando no seu coração. — As palavras de Klaus sairam baixas e sussurradas no ouvido de Stefan que se encolhia de dor ao mesmo tempo que se apoiava em Klaus para não cair. Sendo apenas a minha respiração audível na sala, foi fácil para todos que estavam presentes ouvir a voz de Klaus. — Ao menor movimento mínimo, você morre.
— Ele só quer ajudar o irmão — Katherine se pronunciou pela primeira vez, falando tão baixo e cautelosa, nem parecia a bruxa perigosa e sádica que todos conheciam, não na frente de Klaus pelo menos.
— As bruxas disseram que você tem a cura — Stefan ofegou, as palavras saindo rápidas e doloridas — Faça um acordo comigo. De-me a cura e eu lhe darei o que quiser. — Era um acordo perigoso aquele, mas Stefan estava desesperado e quando se tratava de desespero, eu entendia muito bem.
Quase tive pena dele, quase...
Klaus repentinamente tirou a adaga do estômago de Stefan deixando-o cair no chão de dor. Ele foi até a bancada e abriu uma bolsa de sangue, o cheiro pungente e metálico enchendo o ar fazendo o meu estômago embrulhar.
— O problema é que não sei se você seria bom para mim do jeito que está agora. Está praticamente inútil.
A Partir daqui, tudo se tornou um show de horror. Eu ainda estava parada no mesmo lugar, com o corpo de Elijah praticamente aos meus pés, minha presença sendo completamente ignorada, por enquanto. Nos minutos seguintes, talvez horas, descobri mais coisas que talvez não fosse surpresa para o meu pai, mas que para mim foi uma completa novidade. O bom samaritano Stefan era um Estripador, uma espécie de maníaco descontrolado louco por sangue e matança, o sangue humano o deixa assim, por isso ele bebia dos animais. Klaus queria esse vampiro que Stefan foi e já que ele estava desesperado e precisava do sangue mágico de Klaus para curar a mordida de lobisomem do irmão (outra informação realmente útil), ele se tornou o vampiro que Klaus queria e foi absolutamente terrível. Klaus sabia como torturar alguém, sabia as palavras certas a dizer para que a outra pessoa se rendesse, sabia manipular a mentalidade do seu opositor e o obrigar a fazer o que ele queria, principalmente quando esse alguém precisava dele. Ver a humanidade se esvaziando dos olhos de Stefan fez algo no peito dela se agitar, todos os instintos dela diziam corra, mas ela continuava plantada com os pés afundados no chão, eu não iria a lugar algum, não antes de ter o que queria. Sim, talvez eu estivesse sendo uma tola e talvez as minhas ações estivesse me levando para uma morte certa, mas eu não desistiria antes de tentar, eu iria vingar o sangue derramado da minha família, custe o que custasse.
Quando Katherine saiu do apartamento tão rápido quanto o bater das asas de uma borboleta e o apartamento se tornou uma catastrófica cena de crime com um corpo morto estirado no chão e uma mistura de bolsas de sangue vazia e sangue derramado no chãotornando o cheiro do ambiente quase insuportável, Klaus finalmente olhou para mim, eu mal sentia as minhas pernas de tanto tempo que eu estava em pé sem me mexer por um segundo sequer.
— Sobrou apenas você para lidar não é mesmo, bruxinha? — Ele se aproximou de mim e girou ao meu redor como se estivesse analisando a presa antes do abate, não olhei para ele, não me mexi, eu esperaria que ele terminasse o discurso vilanesco como ele tanto gostava de fazer. — O que eu farei com você? Tse, tse, você não me parece muito forte, não é coisinha? Não como a sua querida irmã, nem como o seu pai e nem como o seu irmãozinho. Talvez você possa ser um bom lanche da noite, apesar de ser um pouco magra demais. Elijah não vai se importar se você morrer, tem algo a dizer em sua defesa, querida? — Klaus estava na frente dela agora, os olhos azuis profundos zombando dela, querendo que eu reagisse, que eu saísse correndo e implorasse por misericórdia, bom, ele ficaria frustrado.
— Eu posso ser útil — Minha foz saiu rouca, por ter ficado tanto tempo sem falar, eu mesma quase não escutei minha própria voz, mas eu sabia que ele tinha escutado, mas eu não estava falando com qualquer vampiro, estava falando com o maldito hibrido original e ele não iria facilitar para mim.
— Creio que não tenha entendido, você pode repetir, querida? — Eu queria arrancar o sorriso debochado do rosto dele, a magia borbulhava debaixo da minha pele, faça, faça, faça
Mas eu apenas respirei fundo e clareei a garganta e repeti como ele queria.
— Eu posso ser útil. Não, eu não sou tão poderosa quanto a minha família foi, eu sou apenas uma aprendiz, mas eu posso ser útil. Eu aprendo rápido, eu tenho a mágica da família Martin correndo pelas minhas veias e posso ser tão boa quanto minha irmã. — Eu não acreditava verdadeiramente que eu poderia ser mais poderosa do que Greta, mas Klaus não precisava saber e eu faria de tudo para que ele nunca precisasse.
— E porque você quer ser útil para mim, bruxinha? Há algumas horas você parecia muito amiguinha do meu nobre irmão e eu tenho certeza que ele não concorda com os meus... métodos. Então me diga, o que você quer, estou verdadeiramente curioso. — Klaus saiu da frente dela e se sentou em uma cadeira no canto da sala a qual Katherine estava antes de sair. Ele se sentou relaxadamente, cruzando as pernas e apoiando as mão ao lado da cadeira.
Klaus parecia um rei, muito seguro de si e convicto que o mundo estava debaixo dos pés dele. Um rei sombrio com as mãos manchadas de sangue e com uma coroa feita de ossos das suas pobres vítimas e as vestes, uma mistura de escuridão, sangue e horror. Por um instante, vacilei em minhas convicções, eu estaria fazendo um pacto com o próprio diabo e não teria volta, eu poderia morrer agora e reencontrar a minha família no Outro Lado, mas isso seria fácil demais não? Aprumei os ombros e olhei para Klaus com toda a confiança que eu fingia possuir, esse não era o momento para decisões fáceis, mas para as necessárias. O vazio cantou dentro de mim quando as palavras seguintes saíram da minha boca.
— Porque eu quero vingança. — Eu me aproximei um pouco de Klaus, me movendo pela primeira vez sentindo minhas pernas estralarem — Porque a minha família foi destruida pelos irmãos Salvatore, porque eu quero sangue por sangue e não vou morrer até que a minha família seja vingada. Por isso eu quero ser útil para você, quero ser a sua bruxa, assim como Greta foi. Eu serei leal a você, Klaus, assim como ela, se você me prometer que pode me ajudar a vingar a minha família, se você deixar eu brincar com os Salvatore. — Ouvi um rugido bestial de Stefan atrás de mim, mas não ligue e Klaus apenas levantou uma mão sinalizando que Stefan ficasse quieto para que eu continuasse. — Serei eternamente leal a você se me permitir vingar o sangue derramado dos meus parentes, irei para onde você for e farei o que me pedir. No entanto, se a oferta não lhe interessar, você pode me matar agora mesmo. — Era uma proposta arriscada, eu sabia, ele poderia simplesmente dizer não e drenar o meu sangue bem ali até que eu me tornasse apenas uma carcaça, mas eu não tinha mais nada a perder, não quando tudo que eu amava já tinha sido tirado de mim.
Os minutos de silêncio que se seguiram, corroeram o meu estômago, Klaus me observou e observou, deu um sorriso sarcástico e esboçou um contentamento sádico, então de repente, ele estava próximo demais, agarrando o meu pescoço com força enquanto olhava diretamente nos meus olhos como se analisasse o quão verídico eram as minhas palavras, como se analisasse o fundo da minha alma a procura de mentiras, ele não encontraria nenhuma.
— Muito bem, Jessica Martin — Pela primeira vez, Klaus usou o nome dela, e ela odiou a maneira como saiam dos lábios dele, eu queria arrancar o meu nome dos lábios dele, mas me obriguei a continuar calada, parada e submissa, sentindo o cheiro podre de sangue do hálito dele contra o rosto dela — Eu deixarei você brincar com os Salvatore, até mesmo com o meu querido Stefan, apenas não o mate, ele é meu. Aprecio a sua sede de vingança, querida, o clamor por sangue pela sua família, eu admiro isso, no entanto, não confio em você. Então você terá que fazer uma coisinha pra mim, acho que não custará muito para você, considerando o que eu estarei dando em troca. — Klaus finalmente soltou o meu pescoço e eu permiti que o ar entrasse nos meus pulmões novamente, porém, meu corpo ficou ainda mais tenso, eu suspeitava do que ele estava prestes a pedir e eu não gostava nem um pouco.
— Eu quero um pacto de sangue, você concorda? — Ele sugeriu como se tivesse me perguntado qual restaurante iríamos almoçar.
Não, não, não todo o meu corpo gritava. Pactos de sangue eram perigosos demais, não eram usados desde a idade média com os pactos de suserania e vassalagem para garantir a lealdade completa do vassalo. Normalmente acontecia entre bruxas que procuravam proteção entre lordes vampiros e lobisomens em um período onde elas eram caçadas como pragas. O pacto poderia levar a obsessão completa do lado submisso pelo lado dominado, ele não pensaria em fazer nada que agradasse o seu amo, ele se mataraia por ele e faria qualquer coisa para manter o suserano feliz. O pacto só seria quebrado se o dominador morresse ou libertasse o vassalo, o que raramente acontecia. Lealdade integral e inquestionável, era isso que Klaus estava me pedindo. Eu me tornaria um cachorrinho atrás do meu dono, reduzinda as vontades dele. Eu não era forte o suficiente para modificar o pacto sem que ele soubesse para pelo menos ter um pouco mais de autonomia, então era isso. Esse foi o poço a qual eu me meti, Klaus não concordaria com nada menos que isso, eu sabia que não. Respirei fundo, quase não sentindo o cheiro pútrido de sangue entrar pelas minhas narinas, eu ainda poderia desistir, não, eu faria isso.
— Eu aceito. — Selei o meu túmulo, não teria mais volta agora.
— Muito bem, muito bem. Beba. — Klaus mordeu a própria mão e ofereceu a ela, o sangue saindo da pele.
Cuidadosamente, agarrei a mão dele, tocá-lo era como esfaquear o meu próprio peito, a pele fria demais, antinatural. Forcei o sangue descer pela garganta, apenas o suficiente para o pacto, segurando a vontade de vomitar nos próprios pés.
—Agora me dê a sua mão, bruxinha.
Ofereci a minha palma a ele, minha pele escura e quente em contraste com a pele pálida e fria, novamente o toque dele fez eu me encolher por dentro e quando ele tocou os lábios na minha mão enterrando as pressas na minha carne eu tive vontade de morrer naquele mesmo instante. Doeu como um inferno, mas ver os olhos cor de âmbar dele brilharem para mim enquanto bebia o meu sangue, quebrou algo em mim que eu nem sabia que existia. Quando ele finalmente soltou a minha mão, o prazer pelo sangue, meu sangue, que brilhavam nos olhos dele me fez sentir nojo de mim mesma e um ódio tão visceral por Klaus que talvez até se sobrepujase ao que eu tinha pelos Salvatore. E agora eu seria leal ao diabo.
— Diga as palavras, querida. — Ele ordenou, enquanto lambia a gota de sangue que escorria da boca dele.
Eu nunca tinha estudado sobre pactos de sangue antes, não de maneira aprofundada, mas de algum modo eu sabia as palavras certas a dizer. Enquanto eu entoava o feitiço, eu sentia a ligação entre Klaus e eu se formando, a lealdade cega, a submissão, ele era meu amo agora e eu faria qualquer coisa por ele.
Olá, pessoal, ainda estão por aqui?
Capítulo novo para o refrigério de vocês 🤭
Enfim, não prometo que esse capítulo signifique uma volta definitiva, mas nesses dias me veio um pouco de inspiração e eu resolvi escrever.
Estamos perto do natal, talvez milagres aconteçam. 👀👀
Gostaram do capítulo? Não esqueçam de votar e comentar ❤❤
Bjss
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