I want you
POV. JASMINE
Aquilo tinha sido como uma frustração no natal, onde você espera uma casa enorme da barbie e ganha uma meia. Parte de mim não entendia essa frustração e mais uma decepção, é do Calum que estamos falando, o garoto que pegou tudo que respira na escola, imagina em uma pequena turnê na Europa. Eu devo ser estúpida e aquelas notas são por eu ser filha de dois professores. Quando voltamos de volta à casa da minha vó eu queria morrer debaixo de um cobertor me entupindo de pipoca e vendo Teen Wolf, então foi exatamente o que eu fiz depois de um banho escaldante e o pijama mais confortável – uma blusa de algum dos meus pais e um shorts de pijama – eu já estava no quinto episódio da primeira temporada, quando minha vó e minhas tias apareceram.
- Como foi? – Safaa perguntou de olhos expectativas, me lembrando a Mia.
- Não foi. – Respondi voltando a dar play no episodio enfinando mais pipoca em minha boca, claramente querendo dar um fim no assunto e aproveitar meu luto. Doniya revirou os olhos e pegou o controle de minha mão desligando a TV me fazendo soltar um gritinho de protesto.
- Chega disso. – Ela disse cruzando o braço, as semelhanças com meu pai são tão grandes. – Agora você fez o que havíamos conversado?
- Ele tinha uma garota no colo dele. – Elas me olharam triste enquanto eu sentia a familiar queimação na garganta e meus olhos se encherem de lagrima contra a minha vontade, então respirei fundo. E soltei uma risada fraca, mascarando tudo que eu sentia. – Então ia ser complicado dizer tudo que eu queria, mas ta tudo bem, ele seguiu em frente e eu claramente devo fazer o mesmo.
- O que?! Claro que não! – Waliyha se manifestou, nem um pouco feliz com a minha decisão, e ela parecia decidida a me fazer mudar de ideia, eu arranjo amigos parecido com a minha família, que ótimo loucura em dobro. –Você nem tentou!
- É claro que não tentei! Ele tinha uma garota no colo, isso pra mim é um sinal claro de que ele partiu pra outra, eu não vou ser a trouxiane que fica correndo atrás dele. – Falei tentando faze-las entender, minha vó não tinha dito nada, só observando a conversa.
- Então você vai tentar mais uma vez? – Waliyha perguntou esperançosa, revirei os olhos rindo, ela tina excluído tudo que eu havia dito e se concentrando só em uma coisa. Dei de ombros, não dando uma resposta final.
- Eu não sei! Por favor, me deixa aqui aproveitando minha bad. – Falei tentando roubar o controle da mão da Doniya, sem sucesso algum, quase indo de cara no chão por tropeçar no cobertor, no fim eu realmente acabei caindo e fiquei pelo chão mesmo. Minha vó balançou a cabeça reprovando o comportamento de suas filhas.
- Chega de bad, você tem que aproveitar os últimos dias aqui. – Safaa disse me puxando, tentando me fazer levantar do chão, eu estava como um peixe morto, se quisessem me levantar que me pegassem no colo ou saíssem me arrastando por aí. – Deus! Você pesa quantos kilos?
Safaa murmurou ainda me puxando, só abri a boca reclamando que tudo que eu tinha era músculos e voltei a me fingir de morta e ficar choramingando, junto da Safaa Waliyah tinha se juntado e as duas começavam a me arrastar tentando de alguma forma nada eficiente me levantar. Doniya e minha vó haviam sumido, mas quando vi lá estavam com meus pais que tinha olhares perversos no rosto e quando vi eu estava sendo carregada pela casa.
- Nós vamos sair, comer pizza, e você vai, nem que for dessa maneira. – Liam falou se abaixando, já que eu ainda estava pendurada. Grunhi de cabeça pra baixo, sentindo o sangue sendo bombeado pelas minhas veias.
- Se vocês não me matarem até lá. – Falei sendo rapidamente puxada pra cima.
No último dia, uma grande festa foi feita, todos os amigos, incluindo tio Niall, Harry e Louis, então claramente fui questionada pelas meninas e elas eram mais difíceis de conter do que minhas tias.
- O que você podia fazer? Eu sei o que você podia fazer, arrancar a garota pelos cabelos e agarrar o Calum se declarando. – Mia deu sua sugestão, e eu não pude evitar não rir, junto do resto das garotas.
- Não, Mia, aja como uma pessoa civilizada por favor. – Alexa disse recebendo um olhar feio da própria Mia.
- Só pra lembrar, contos de fadas não existem, muito menos finais felizes para sempre. – Falei dando de ombros dando um gole no suco em minha mão. Angel revirou os olhos nem um pouco satisfeita com a minha resposta.
- E essa é a graça, não? Que tédio seria uma vida inteiramente feliz, sem nada do que reclamar, nada pra se aventurar. – Angel disse, e não consegui evitar grunhi com as falas dela. – Conto de fadas existem, de diversas formas, não precisam ser como os da Disney você só precisa estar feliz em algum ponto e saber o que querer e ir até o final, mesmo sabendo do caminho pedregoso.
- Se a Claire estivesse aqui, você estaria com a orelha vermelha de tanto ouvir. – Alexa murmurou de cabeça pra baixo pendurada no sofá, entretida com as capas das almofadas, depois do que Angel havia dito.
Suspirei profundo, e voltei a ficar tentar algo que não tivesse relação com o Calum para distrair todas ali, o que estava sendo muito difícil, elas tinham feito de seus objetivos fazer Eu e o Calum acontecer novamente. O resto da noite, foi difícil e eu não queria ir embora, e sim era culpa parcialmente do que eu sentia pelo Calum e havia percebido só agora; eu não queria ter que o encarar na escola com mais um sorriso falso e meu coração envolto de esparadrapos, era masoquista.
Mas o ser humano é masoquista sem perceber, a gente se apega ao que não devia e continua ali, até que a dor é tão insuportável que mal conseguimos respirar e aí, só aí, largamos, é como se precisássemos de provas de que aquilo realmente faz mal. Nós estávamos no aeroporto, a poucas horas de embarcar no avião de voltar para os EUA, nos despedindo de toda a família.
- Você vem nas férias de verão, certo? – Minha avó se assegurava pela terceira vez, eu ri afirmando com a cabeça.
- Sim, vó, não se preocupe, vocês não vão se livrar de mim assim tão fácil. – Falei, me soltando de seu abraço, ela me olhou afetivamente sorrindo somente com os lábios, como se quisesse me dizer algo, mas se negava a falar. – Eu vou tentar falar com ele.
Ela afirmou com a cabeça passando a mão e minha cabeça, como costumava fazer quando eu era criança e estava aflita, sorri fraco sentindo a tristeza de repente.
- Se estiver em dúvida siga seu coração, nem sempre sua mente é a certa, se confiar muito na razão você perde o que é ser humano, emoções.
- Vamos Minnie. – Ouvi Liam me chamar. A abracei mais uma vez e segui meus pais para o portão de embarque. O resto da viagem fiquei pensando em tudo que eu havia de certa forma aprendido e relembrado nesses dias, amor era difícil e eu não desistia fácil.
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