And the happy ending?
Gente linda espero que gostem do ultimo capitulo, tenham se divertido lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo!
Outra semana havia se passado e nenhum dos dois havia feito nada, Jasmine ficava com um frio na barriga toda vez que se aproximava de Calum, parecia não conseguir se decidir se se entregava ao medo de ser rejeitada ou encarava o que fosse vir, Calum estava no mesmo dilema parecendo pior.
Era um domingo, as garotas estavam tendo um dia onde o único limite era o do cartão de credito de seus pais, elas estavam no shopping saindo do cinema lotado, os olhos vermelhos narizes escorrendo e rostos inchados, elas haviam acabado de assistir Como eu era antes de você, o que não foi muito esperto já que Jasmine parecia pior do que já estava, não conseguia deixar de se imaginar naquela situação, eram histórias totalmente distintas, mas ainda sim tinham suas semelhanças.
Não foi surpresa que não conseguiu encontrar paz em sua mente ao se deitar em sua cama no fim do dia. Se perguntava, e se Calum morresse, ela bateu em sua cabeceira de madeira três vezes ao ter este pensamento, mas não o espantou, precisava de ter certeza do que faria se isso chegasse a acontecer, ela se arrependeria de não ter falado sobre o que sentia e que ele estava errado sobre o que era certo ou não para ela? Sem dúvida. Em qualquer situação que imaginasse onde ela era uma covarde sobre o que sentia o desespero de ter aquilo preso ao peito e de não saber como ele reagiria a dominava.
As horas foram se passando, ela só pegou no sono quando o céu começava a amanhecer. O despertador tocou a despertando de seu sono leve de pouquíssimas horas, seus olhos estavam pesados, junto de muita preguiça e ideias tentadoras de faltar ela se arrumou e seguiu para escola. Naquela manhã de segunda ela acordou totalmente exausta, mas com uma determinação de falar com o Calum que ela não fazia ideia da onde vinha, mas agradecia quem fosse que havia a ajudado.
As primeiras aulas do dia passaram se arrastando, tudo que os professores diziam era como uma fita cassete quebrada a irritando a cada palavra, e não era como se ela já não soubesse sobre o que falavam, ela não era a melhor aluna de seu ano atoa.
- Vocês viram o Calum hoje? – Jasmine perguntou assim que se sentou a mesa do refeitório, ao lado de seus amigos. Os olhos de Claire brilharam de excitação e Mikey teve que a segurar para que não pulasse no banco. Ás vezes ele se sentia como o dono de um cachorro.
- Eu vi ele nas duas primeiras aulas. – Luke respondeu, a garota somente assentiu voltando a atenção para o lanche, mas sem deixar de perceber que todos os olhares estavam voltados para ela, ansiosos e expectativos para o que fosse acontecer. Apesar dos olhares ela ignorou e continuou a conversar como se não tivesse perguntado sobre o garoto, quando o sinal bateu ela seguiu como todos para a próxima aula.
Aos poucos o corredor abarrotado de alunos foi esvaziando enquanto ela se decidia se sairia para procurar o garoto ou iria para sala de aula passar mais 50 minutos excruciantes, então com uma rápida decisão ela estava do lado de fora do prédio principal respirando o ar fresco de uma manhã de primavera. Por algum motivo aquilo tudo a lembrava do seu primeiro dia de volta na escola, quando ela não gostava do Calum.
Ela caminhou até o campo de futebol onde pessoas tinham aula, algumas estavam nas arquibancadas, outras espalhadas pela área verde do campus, e nada do Calum. Ela estava meio frustrada por não encontrar o garoto, e um leve desespero pois a confiança que sentia de se debulhar em palavras ela não sabia até quando duraria. Já estava do lado de fora cabulando aula então resolveu que continuar ali tomando sol e pensando na vida não mudaria muita coisa.
Ela pensava nas diversas formas em que as nuvens se modificavam quando ouviu alguém falando com ela.
- Você pode jogar a bola? – Era um garoto cabelos curtos loiro escuro e olhos cheios de energia, parecia ser do primeiro ano apesar de seu físico passar a impressão de ser mais velho, ela sorriu se levantando se posicionando para chutar a bola, ela mirou o garoto e olhou para a bola puxou seu pé para trás e chutou ela só ouviu alguém gritando "CUIDADO!" e a bola tinha acertado um garoto que passava despercebido.
Jasmine levou as mãos para a boca surpresa e correu até o garoto deitado no chão parecendo desacordado, algumas pessoas se aproximavam para ver o que tinha acontecido e logo uma pequena rodinha havia se formado. Era Calum, deitado no chão inconsciente. Mais do que depressa arranjou dois garotos fortes o bastante para a ajudarem a levar Calum para a ala hospitalar.
Os dois garotos colocaram Calum em uma das camas vagas na enfermaria e logo saíram depois de Jasmine ter agradecido.
- O que aconteceu com ele? – Els perguntou com uma pequena lanterna em mãos e o estetoscópio ao redor de seu pescoço, abrindo os olhos de Calum para ver a reação de sua pupila.
- Levou uma bolada forte e caiu no chão desacordado. -Jasmine respondeu se sentando na cama ao lado olhando fixamente e preocupada para notar o comentário baixo de Els que tinha um sorriso sapeca no rosto.
- Vocês dois deveriam ser proibidos de usarem bolas próximos um do outro.
Jasmine se sentia culpada, mesmo que não tivesse sido sua culpa, era um sentimento que ela não conseguia evitar.
- Bem, ele está bem, só uma contusão muito forte, mas nada grave deve acordar logo.- Els disse colocando seu estetoscópio de volta ao redor do pescoço dando um pequeno aperto no ombro de Jasmine que sorriu de lábios. – Vou avisar ao diretor que Calum não vai poder ir para as aulas hoje, se ele acordar dê ele remédio a ele, é para a dor de cabeça.
A garota só assentiu, sem conseguir dizer mais nada. Ficou observando o garoto respirar calmamente, seu rosto sereno, e o quão bonito era, reparou que seu coração palpitava, mas não sabia dizer realmente o porquê. Então Calum abriu os olhos lentamente, até se acostumar com a claridade, e sorriu preguiçoso os olhos com rugas com o ato, quando viu Minnie.
- Eu sinto que isso foi uma vingança pelo primeiro dia, está de Parabéns doeu pra caralho. – Calum disse com graça rindo leve fazendo uma careta e gemendo de dor ao se ajeitar.
- Eu sinto muito, eu não te vi quando chutei. – Jasmine disse aflita, Calum riu e ela não entendia o motivo da graça ele estava machucado, e por já ter passado pela aquela situação ela podia falar muito bem que não era nem um pouco agradável.
- Não, ta tudo bem, ficaria impressionada o quanto é normal bolas voarem na minha direção, eu acho que as atraio. – O garoto respondeu gemendo enquanto sentava na cama colocando o gelo que Jasmine segurava a pouco em sua cabeça. Ela sorriu fraco ainda se sentindo mal.
- A Els disse para você tomar isso aqui. – Jasmine disse pegando um potinho com um comprimido e um copo de água entregando para Calum. Ele engoliu o comprimido fazendo uma careta.
Jasmine já não sabia o que ainda fazia ali, tinha o encontrado, uma tarefa que ela fazia desde que botara os pés na escola, mas agora ali frente a frente com ele, era difícil subsidiar seus medos e inseguranças. Ele começava a olhar estranho, suas sobrancelhas se franzindo então antes que ele pudesse falar algo ela respirou fundo com seus 20 segundos de coragem e falou.
- A gente precisa conversar.
E uma frase de quatro palavras, conseguiu deixar as coisas um pouco tensas, era estranho como simples frases são capazes de coisas tão grandiosas. Calum parecia surpreso e por algum tempo pareceu perdido, mas se recuperou rapidamente. Jasmine se perguntava onde os vinte segundos haviam ido, como um simples garoto bronzeado de olhos brilhantes e sorriso contagiante podia afeta-la dessa maneira. Mais uma vez, ela respirava fundo fechando os olhos forte, como se aquele simples ato resolvesse toda sua vida. Os dois se encaravam parecendo tentar desvendar o que falariam.
- Eu ainda gosto de você.
Foi a primeira coisa que a garota conseguiu colocar para fora e sentiu um peso sendo tirado de seus ombros. Calum abriu a boca pronto para falar, mas ela o cortou.
- Não, você precisa me deixar falar, porque se eu não falar agora, talvez nunca mais fale, esse é o nível de nervosismo que você me deixa. – Ela respirou fundo. Tinha se tornado uma espécie de mantra. – Eu acho que entendo o por que você fez o que fez, porque eu estou surtando. Eu não sei o que é isso, é assustador, você não devia ter o poder de me deixar feliz e triste, ainda mais depois do que fez. Você era para ter continuado sendo o garoto que eu achava um babaca por ficar com todas as garotas. Mas é claro que não, e agora eu estou aqui, meu cérebro lutando contra meus sentimentos e eu tendo a plena certeza de que posso sair machucada, mas o que é pior ainda, eu não me importo de sair machucada. E isso pode ser o maior erro da minha vida, mas você não tem o direito de me dizer quem é certo ou errado.
Jasmine tinha falado o que conseguia de uma forma desordenada e confusa, não sabia se tinha dito tudo que queria, só esperava ter conseguido transmitir o que queria e que fosse claro. Então ficou esperando a reação de Calum que tinha um leve sorriso de canto iluminando seu rosto.
- Você acordou!
Els exclamou de longe sorridente, Jasmine se afastou brevemente de Calum dando espaço para Els, que diminuiu os passos com uma careta no rosto.
- Atrapalhei algo?
Jasmine arregalou os olhos e balançou a cabeça rapidamente como se tivesse sido pega no flagra. Calum fez uma tentativa de rir, mas logo gemeu de dor com o movimento. Els disse que Calum tinha recebido o resto do dia livre para ir para casa e descansar, a batida havia sido forte e como teria treino mais tarde era melhor não participar, Jasmine teve de voltar para o resto das aulas.
Ela sentia uma mistura de medo, alivio, puro terror e ansiedade, era difícil prestar atenção no resto do mundo, suas aulas estavam piores, os segundos se passavam como milênios, quando seu treino chegou foi um milagre ela não ter se machucado ou machucado alguém de tão distraída e perturbada que estava. Ela não sabia qual seria a resposta de Calum e o não saber a matava lentamente.
- Eu cheguei! Vou estar no meu quarto se precisarem. – Jasmine saiu gritando assim que entrou na casa recebendo um ok de seus pais que estavam em algum canto da casa, a ideia de passar pela cozinha pegando tudo que seus olhos e estomago achassem atrativo lhe passou pela cabeça, mas estaria deixando seus nervos lhe liderarem e ela não podia fazer isso, então seguiu em frente levando Duck, que pulava latindo animado em sua dona, junto para o andar de cima da casa.
- Eu peguei no sono umas duas vezes, o tempo passa devagar quando estamos entediados.
Jasmine gritou ao ouvir a voz.
- O que você ta fazendo aqui? Ai meu Deus! – Ela gritou apoiada no gaveteiro próximo a porta, logo ouvindo seu pai gritar do andar debaixo que o Calum estava a esperando. – Um pouco tarde para o aviso.
Ela murmurou ainda se recuperando do susto, agora todos os tormentos que perseguiam sua mente eram reais e a rondavam pelo quarto, como lobos encurralando sua presa da noite. Ela repetiu mais uma vez sua pergunta.
- Não terminamos de conversar, se lembra?
Ele disse, sentado na cama com a feição de quem havia acordado não há muito tempo, com um dos muitos travesseiros em seu colo. Ela balançou a cabeça, é claro que se lembrava, passou o dia todo se lembrando. Era seu quarto, mas ela se sentia fora do lugar.
- Eu não sinto muito por ter jogado aquela bola em você, nem por termos nos aproximado. Era tão estranho uma garota não gostar de mim, nem ao menos me sorrir quando eu sorria na direção dela, você era como aquele brinquedo da loja caro e difícil de alcançar. Eu não me arrependo por ter me apaixonado por você entre todas as pessoas, eu quero uma segunda chance, eu quero te fazer chorar de rir e não de tristeza, te provocar, te fazer sorrir. Então você está certa, eu não sou ninguém para te dizer se eu sou certo ou errado, o tempo é o único que pode nos dizer.
- Graças a Deus! – Foi a primeira coisa que a garota exclamou, aliviada, via Calum com uma careta que a lembrava um filhote de cachorro confuso. O que era para ter ficado somente em sua mente acabou escapando pela sua boca, ela arregalou os olhos envergonhada. Fingindo que nunca havia falando aquelas três palavras ela continuou. – Espero que isso signifique um recomeço?
Calum deu de ombros.
- Se você quiser.
Ele disse. Por impulso de alegria Jasmine correu até o garoto o derrubando de volta em sua cama em cima dos diversos travesseiros decorativos e bichos de pelúcias.
- Eu com certeza vou comprar travesseiros para o meu quarto, eu nunca pensei que fosse tão aconchegante. – Ele comentou abraçando a garota mais forte e fazendo-lhe cócegas.
Eles não faziam ideia do que esperar do futuro, mas iriam devagar, com passos de bebês, para o que fosse vir, convivendo com defeitos e manias, se amando a cada dia.
" O Amor é muitas coisas, mas nunca politicamente correto."
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