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Capítulo VIII Trabalho de inglês

- Lembra da conversa que tivemos sobre você se consultar com um psicólogo? Pensou a respeito? - minha mãe me encara, com seus braços em cima da mesa onde tomávamos o café-da-manhã.
- Pra ser sincera, nem lembrava mais disso. Acho melhor não. Só... Não gosto de pensar que um estranho ia saber de todos os meus segredos.
- Se você conhecer o psicólogo, deixará de ser um estranho. Além do mais, ele só saberá o que você quiser contar. - ela inclina levemente sua cabeça e analisa. - Você guarda segredos, Jenna?
- Foi só modo de dizer. - abaixo minha cabeça e observo minha salada de frutas.
- Como vai a escola? - pergunta parecendo se importar.

O trabalho de inglês é amanhã e eu nem sequer comecei. Criatividade zero, para ajudar tenho que escrever em uma língua da qual não domino.

- Normal. Na verdade, tenho um trabalho para entregar amanhã e tenho dúvidas sobre ele. - talvez minha mãe possa me ajudar.
- Não se preocupe! Você é a melhor aluna da turma, se sairá bem, eu sei, conheço minha filha. - coloca sua mão na minha, em forma de carinho.

ela deposita muita expectativa em mim e isso é um peso que carrego, não quero tirar uma nota ruim e o maior motivo disso é que não quero desaponta-la.

- Estou satisfeita. - levanto-me da cadeira e saio da cozinha.

Minha mãe ganhou o dia de folga hoje, ganhou não seria a palavra certa já que ela é sua própria chefe, então ela se "deu" uma folga com a autorização do meu pai pois trabalham juntos, não tão juntos pois ela trabalha na Imobiliária Petter que se localiza na cidade que estou agora, Overstreet e meu pai trabalha na imobiliária que carrega o mesmo nome, entretanto, fica na minha antiga cidade, Paltrowville. Sempre achei esse nome estranho.

E sobre pesos que meus pais me colocam: Eles querem que eu tome conta de tudo quando se aposentarem ou morrerem (até o momento pelo menos), algo que não me vejo fazendo, corretora de imóveis? Dona de duas imobiliárias? Não, isso definitivamente não é para mim, estou mais para um trabalho com algo que tenha relação com a arte, no entanto, meu pai insiste em dizer que arte não é trabalho e minha mãe diz que isso não dá dinheiro. Se eles ao menos entendessem que, do que adianta um trabalho onde se ganha muito dinheiro mas se é infeliz com a profissão? Nada.
Sem contar que eles ainda são muito novos para se preocupar com isso. Meu pai tem quarenta e sete anos e minha mãe, quarenta e cinco.

E tem mais um problema aos olhos da minha mãe. Essa criança que está para nascer, minha mãe tem medo que ela tome meu lugar na gerência das imobiliárias. A verdade é que essa criança tem direitos, é tão filha do meu pai quanto eu. Não me importo se ela tomara meu lugar nisso, se isso acontecer, melhor, assim posso trabalhar com a arte.

Sabe, essa criança nem nasceu ainda então vamos deixar que o tempo resolva.

Elisa, minha mãe, ultimamente anda mais estressada que o normal, ela não diz o real motivo, apenas que é por causa do trabalho e isso faz parte dos problemas que adultos enfrentam. Acredito que seja porque essa imobiliária é nova, abriu a pouco tempo, quando meus pais se divorciaram e eles quiseram abrir uma filial. Digamos que tenha que ganhar nome nessa nova cidade em que moramos, Overstreet. Por ser uma cidade grande, ao contrário da que morávamos, dificulta mais ainda, já que aqui temos mais concorrentes.

Em Paltrowville a Imobiliária Petter é conhecida e tem fama já aqui, é só mais uma entre tantas outras imobiliárias. Minha mãe terá que batalhar para mostrar o diferencial. Por isso não a culpo se não está com tempo para me ajudar em trabalhos escolares. Ela pelo menos tenta estar presente em minha vida ao contrário do meu pai que só aparece para fins de benefício próprio. Todas as vezes que fui visitar Keila, era porque ele queria que eu aceitasse ela e seu bebê que carrega em sua barriga, como parte da família. Não foi para saber como estava. Ele pode até perguntar como foi meu dia, mas não é sincero, sei diferenciar quando meus pais realmente fazem uma pergunta se importando com a resposta e posso afirmar com clareza, são pouca as vezes.

Meu pai parece estar fazendo jus a paternidade, já que se faz mais presente na vida de uma criança que nem nasceu do que da sua filha prestes a completar dezesseis anos. Isso porque ele está realmente preocupado que seu filho seja aceito, que eu o trate como irmão, que haja afeto em nossa relação.
Jimmy, meu pai, está com muita esperança que seja um menino, no entanto, ainda não sabem o sexo do bebê. Se for, eu que nunca fui a filha preferida dele, mesmo sendo a única, serei totalmente ignorada.

Nunca pensei que esse sentimento egoísta tomaria conta de mim, mas eu não consigo controlá-lo Todas as vezes que meu pai coloca sua mão sobre a barriga de Keila e diz: "Esse me dará orgulho", como se eu não importasse e todo meu esforço para ser uma filha exemplar fosse em vão. Todos os momentos que Keila me fala que essa criança chegará para completar a família, eu me sinto excluída já que não me vejo inclusa nessa nova família e todas as vezes que minha mãe diz que serei a filha esquecida, tenho mais certeza disso e infelizmente, o ciúmes por esse bebê, por saber que meu pai deposita muito tempo a ele, só aumenta.

Eu não quero ser a filha esquecida, mesmo já sendo.

- Sentem em dupla, alunos! - avisa o professor de química Reinhart, colocando sua apostila e mais alguns livros em cima da sua mesa.

Imediatamente olho para Chloe que estava duas classes atrás de mim. Tarde de mais, ela já se sentou com uma menina, até o momento por mim, desconhecida. Por incrível que pareça, noto Nancy Russel se aproximando de mim. Como sei seu nome completo? Ela faz parte do grupo das populares. Por isso o meu espanto. Cada vez que ela se aproximava, eu tinha mais certeza que viria até minha mesa. Fazer o que era o que me deixava curiosa.
- Quer fazer dupla comigo? - sorriu rapidamente.
- Hã... P-pode ser. - normalmente não converso com ninguém, então sim, uma simples resposta é capaz de me deixar nervosa o suficiente para gaguejar.
- Você é esquisita! - surge uma expressão de nojo. - Enfim, coloque sua mesa do lado da minha. - ela aponta seu dedo indicador para o fundo da sala.
Após empurrar algumas pessoas com a mesa (sem querer), consigo finalmente, me sentar ao seu lado.
- Então, soube que você é bem inteligente. Resta saber se você é boa de coração. Está disposta a ajudar uma amiga?
- S-se eu pu-puder sim.
- Tenho uma festa pra ir hoje, não posso faltar. Não vou conseguir terminar o trabalho de inglês a tempo. Você poderia me ajudar? - Antes que pudesse responder, acrescenta. - Isso não vai sair de graça, sei valorizar quem me ajuda. Você faz o meu trabalho e eu te levo em uma festa. Fechou? - pergunta como se soubesse a resposta, estava confiante.
- Não costumo ir a festas. Não fiz nem o meu próprio trabalho a-ainda. Tá, eu faço! - sua expressão de cachorro pidão, não me deixou negar o pedido.
- Muito obrigada, Jenna! E sobre o que disse a pouco, esqueça. Todos somos esquisitos e é isso que nós faz únicos. - ela beija minha bochecha. O que me faz ficar envergonhada.

Sem dúvidas, foi uma das frases mais lindas que já ouvi. As chances dela estar fazendo isso apenas para que eu faça seu trabalho, são grandes, não sou burra. Mas ela até me deu um beijo na bochecha, isso foi tão fofo. Sejamos sinceros, provavelmente irá me esquecer assim que entregar seu trabalho.

Quando você é uma pessoa solitária como eu, qualquer pessoa que tenha um ato de carinho com você, mesmo que falso, faz você se apegar. Pois não é todo dia que alguém lhe diz que seus defeitos são únicos e isso te torna especial.

Sempre ouvi boatos de que Nancy fosse uma fura-olho, por ter ficado com o namorado da sua melhor amiga, mas isso é um boato e nem sempre são reais. Também ouvi que ela era uma uma "rodada", a menina mais fácil da escola. E isso fez eu ter uma visão distorcida dela. A imagem de alguém fria, que pega e joga fora. Mas, Qual o problema em: "pegar" todo mundo? "Trocar de namorado como troca de roupa"? Ela é livre e desimpedida, isso não faz dela inferior a qualquer outra garota que namora sério. Me envergonha saber que, logo eu, a menina que mais sabe o quanto julgamentos precipitados machucam, fui julga-la sem ao menos conhecê-la.

Logo que o sinal para o recreio toca, olho pelos vidros da porta da escola e tenho a certeza de que está chovendo. O melhor então, é ir a biblioteca. O lugar inabilitado por muitos e é isso que eu mais amo, sem contar dos livros, claro.

Escolho uma mesa que fica perto da seção de drama. Entre tantos livros, escolho "A culpa é das estrelas" de John Green, para me fazer companhia. Sento-me e aprecio a leitura.
- É isso que você chama de drama? - seu cabelo escuro não me deixa dúvidas. É o menino que pediu a caneta emprestada e não me devolveu.
Como não percebi sua presença? Ele é bom em ser invisível. Novamente, sua roupa é composta somente por uma cor, a preta.
- Você sempre fica me observando, já notou? - que vergonha. Não sou nada discreta.
- Você faz m-muitas pergunt-tas.
- Você não responde nenhuma. - me diga algo mais óbvio, penso.
- E a minha caneta a-azul?
- Sou eu quem faz as perguntas aqui. Você guagueja quando fala comigo, sou tão importante assim pra você ficar nervosa? - a pronto, confiança mais alta que o Monte Everest.
- Eu g-guaguejo co-com todo mundo.
- Olha só, ela respondeu uma pergunta.
- Caso não saiba, a-aqui é pra gente ler e não ficar batendo papo.
- Mas como eu vou ficar batendo papo com você, se nem responde minhas perguntas? - ele nem sequer estava com um livro em mãos.
- Qual o motivo de vir a biblioteca s-se não vai le-ler?
- Não preciso ter o desprazer de olhar para a cara dos outros. - coloca seu fone de ouvido, em seus ouvidos. A música está tão alta que consigo ouvir daqui. Ele fecha seus olhos.

Bom, nossa conversa acaba aqui. Continuo sem minha caneta azul.

Vamos combinar, o capítulo ficou em um bom tamanho, né? Espero que gostem. Beijos!

Escrito em:
5 de setembro de 2018
Postado em: 2020

Demorei, pois é!

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