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Capítulo III Liberdade

Abro a porta da frente de casa, entro, não vejo ninguém na sala de estar e por isso subo as escadas. Minha mãe ouve meus paços pelo chão e me chama para seu quarto, eu entro, ela está sentada na cama com seu notebook em cima das suas pernas.
- Então, como foi lá com seu pai? - ela tira os olhos do notebook e olha em minha direção.
- Normal. - ela me repreende com os olhos.
- Estou tentando puxar assunto, não dificulte as coisas. - ela toma um pouco de café que estava em seu criado mudo, ao lado de sua cama.
Eu não sei se devo contar que meu pai está namorando com Keila e que ela está grávida dele. Eu não sei se seria bom para ela, no entanto ela vai descobrir e é melhor que saiba por mim, caso contrário, nossa relação se desgastará mais.
- Eu não sei como você vai reagir...
- Ah pare, vamos, me conte tudo, eu aguento.
Minha mãe quer ser forte o tempo todo, e isso não é bom para ela, eu gostaria que ela me contasse sobre seus sentimentos mas ela os guarda para si, então é difícil ajuda-la, possivelmente eu aprendi a ser como ela, guardar tudo para mim.
- Meu pai e Keila...estão juntos.
- Só isso? Tudo bem para mim, eu não ligo para o que ele faz ou deixa de fazer, eu não ligo. - ela diz segurando um choro, que me parece mais um choro de raiva do que qualquer outra coisa.
- Você vai descobrir de qualquer forma então, Keila...Ke-Keila es-t-tá grávida, isso. - estava nervosa e por isso entrelaço meus dedos. Minha mãe fica desapontada e tento conforta-la com meu olhar.
- Que bom para eles, farão uma família, prepare-se para ser a filha esquecida. - ela volta a mexer no notebook como se nada tivesse acontecido. E eu decido ir embora dali.
- Filha, volte eu não quis dizer isso. - ela se desculpa tarde demais, eu já havia me machucado. Eu volto para seu quarto e a respondo.
- Se você não quisesse dizer isso, nunca teria dito, fim. Palavras machucam. - a encarei com um olhar triste.
- Na hora da raiva, foi uma notícia complicada, a gente acaba dizendo o que não deve. Eu deveria saber que você é frágil demais para lidar com a realidade, me desculpe.
- Você só piorou tudo. - lágrimas escorrem do meu rosto. Saio rápido dali.

Acho que no fundo minha mãe realmente quis me machucar, eu a machuquei quando não lhe contei o que sabia sobre meu pai e Keila, agora era sua vez de retribuir.

Eu vou para o meu quarto, fecho a porta e me deito na minha cama, respiro fundo e seguro o choro. Minha mãe bate na porta.
- Me deixe entrar, por favor. - eu abro a porta, me deito novamente e ela se senta na ponta da cama.
- Eu sei que não sou uma mãe perfeita, mas nenhuma é. Nossa relação não anda muito boa, por isso decidi que você deve ir a um psicólogo. - ela toca meu rosto com sua mão esquerda.
- Mas se é um problema nosso, você também deve ir certo?
- Não, eu não tenho tempo pra essas coisas. - ela retira sua mão do meu rosto.
- Eu vou pensar sobre... - toda a empolgação que eu tinha se perde.
- Tudo bem, quando decidir me fala. - ela se levanta da cama vai para a porta, coloca sua mão direita no marco da porta e para nela. - Quem sabe você deixa a porta aberta? Entrar um ar nesse quarto.
- Tá. - a respondo e me viro para o lado da parede. Ela vai embora, deixando a porta aberta.

11:06 AM de uma sexta-feira, me levanto da cama, tomo banho, visto uma roupa simples e as 11:58 AM desço para o café.

Vou na cozinha e vejo a Dona Ivone, ela estava lavando a louça.
- Oi, você viu a minha mãe?
- Acordou?! Ela foi trabalhar mais cedo hoje. - e volta a enxaguar o prato sujo.
- É que ela não me avisou. Você já fez o café?
- Já sim, fiz panquecas e para tomar, suco natural de Laranja com maçã. - eu me sento na cadeira, ela me serve e depois volta a lavar a louça.
- Parece estar delicioso. - dou uma mordida bem generosa na panqueca. - Está muito gostoso.
- Foi feito com muito amor querida. - eu sorrio para ela, mas a mesma não vê pois está de costas para mim, lavando a louça.
- Você tem filhos? - de uma hora para outra me dá vontade de conhecer mais sobre a vida da Dona Ivone, ela que trabalha aqui a tantos anos.
- Tenho sim, uma menina, meu orgulho. - ela fala com entusiasmo.
Como pude nunca perguntar sobre sua vida.
- Você gosta do seu trabalho? - tomo um pouco do suco de laranja com maçã. É possível que eu esteja me intrometendo demais na vida dela.
- Depende do lugar, aqui eu gosto de trabalhar vocês sempre me trataram com respeito, mas sabe né, eu não trabalho aqui todos os dias então tenho que trabalhar em outros lugares pra ter um bom salário e tem gente que não me respeita, eu sou um ser humano como qualquer outro Jenna. - Ela me olha rapidamente e volta a lavar a louça.
- Eu sei disso. Seria bom pra você se só trabalhasse aqui?
- A gente nunca conversou sobre isso. - ela fica um pouco sem jeito. - Seria, mas sua mãe gosta de fazer a maior parte das coisas, então... - ela começa a pôr os pratos, copos e talheres na secadora de louça.
- É. - olho para o relógio e vejo que já é 12:05 PM. - Eu vou precisar sair, foi muito bom conversar.
- Acho que nós nunca conversamos tanto. - ela ri.

Ela estava certa, não me lembro de ter conversado tanto com a Dona Ivone, ou com qualquer outra pessoa.

Subo, vou para o meu quarto e resolvo desenhar, a inspiração está me chamando para colocar meus sentimentos no papel. Sento na minha cadeira, coloco um papel sulfite em cima da minha mesa e com um lápis qualquer começo a esboçar alguma coisa, o que sai desse esboço é uma flor dente-de-leão que simboliza para mim liberdade, e hoje eu tive liberdade para conversar com alguém e de alguma forma me expressar como eu queria, outro motivo para eu desenhar isso é que sempre que eu desenho, posso me expressar da maneira que sinto, sem me importar com o que as pessoas vão dizer. Uma curiosidade sobre o porquê do nome da flor dente-de-leão: "As suas folhas recortadas com arestas e as suas flores amarelas são idênticas à juba de um leão, daí o seu nome."

Pego minha mochila e desço para cozinha. Olho para o relógio e vejo que já está na hora de eu ir para escola.
- Eu vou indo então. - dou tchau com a mão. - Dona Ivone para de varrer a cozinha e me responde.
- Tá bom, fique bem. - e volta a varrer a sujeira do chão da cozinha.
Eu saio pela porta da frente e novamente vou andando para a escola.

Entro na escola, mais precisamente no banheiro feminino. Abro a torneira e enxáguo meu rosto, é quando ouço alguém chorar.
- Está tudo bem? - bato na porta com meu dedo indicador. Mas que pergunta Jenna, é óbvio que não está.
- Vá e-embora. - ela soluça.
- Se quiser conversar eu estou no bloco ao lado. - me direciono ao bloco, coloco minha mochila ao lado do vaso sanitário e espero ela falar alguma coisa.
- Q-quem é você? - ela ainda soluça e sua pergunta ecoa no banheiro.
- Jenna. - ela não diz nenhuma palavra sequer. Alguns segundos se passam, eu saio do bloco e bato na porta da menina que estava chorando. Ela vai abrindo a porta bem devagarinho, quando ela abre a porta por completo, a impressão que tenho é que ela está com medo, eu só não sei o motivo. Eu reparo que ela tem cabelos pretos com mechas azuis até o ombro.
- É meu primeiro dia aqui. - ela fixa seu olhar no chão, sentada em cima da tampa do vaso sanitário.
- É o meu terceiro aqui... - olho para ela como quem diz "Sei o que você está sentindo".
- Eu estou me sentindo tão deslocada, eu não pertenço a essa escola. - ela desviou os olhos para o chão e novamente para mim. Seu rosto estava com um tom avermelhado, de tanto chorar, seus olhos estavam com o rímel manchado por conta do choro.
- Eu sei como você se sente. - sou péssima em ajudar as pessoas, eu novamente disse as palavras erradas, eu sei o que ela está sentindo mas mesmo assim não consigo ajuda-la, o que há de errado comigo? Ouço o sinal para começar as aulas, bater.
- Não, você não sabe. Esqueça que você me viu aqui. - ela diz isso com seus olhos tomados em lágrimas que se juntavam com a cor preta do rímel, e escorriam por toda sua face. Eu sei que no fundo ela não quer que eu esqueça, ela quer ser ajudada, eu tenho certeza. - O sinal bateu, eu vou indo... Obrigada. - ela sorri com os olhos.

Eu quero tanto ajudá-la, mas não sei como, eu nunca consigo me expressar como quero por palavras. Qual o motivo do seu choro? Droga...eu não perguntei seu nome, como vou acha-la nessa escola enorme? Talvez o destino não queira que eu a ajude, talvez seja eu quem precise de ajuda.

Quem será essa menina? Qual seu nome? Sua história? O motivo do seu choro? Descubra nos próximos capítulos. Votem, cometem caso tenham gostado.

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