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⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Margaridas

✣ Capítulo VI: Margaridas. ✣

O café esfriou, mas a conversa sequer havia iniciado. O vento gélido brincava com os cabelos da garota em uma dança melancólica, vazia, tão vazia quanto à parte esperançosa que costumava preencher seu coração após acordar todos os dias se esforçando para que tudo acontecesse conforme o descrito quando aquele mundo ainda era apenas um livro.

Não se conformava de ter deixado que o destino se emaranhasse fazendo com que Nam-do estivesse ali a sua frente. Seu rosto era idêntico ao de Taehyun, arrependeu-se de tê-lo feito a cara de seu noivo após o difícil e tortuoso processo de luto que enfrentou.

O silencio naquela cafeteria caía como uma luva e seu olhar evitava entrar de encontro com o do homem que apenas observava quieto o comportamento reservado da garota.

- Eu não vou prestar queixa. - Cortou seus pensamentos rapidamente, poderia vomitar a qualquer minuto se deixasse a pressão instalada ali perseverar por mais tempo. - Então fique tranquilo.

O homem endireitou sua postura a vendo devorar o pedaço de bolo que a garçonete pusera sobre a mesa. Por mais que tenha sido Mi-so a iniciar a conversa, sabia que a fome repentina era apenas um pretexto para evitar falar mais do que deveria.

- O meu motivo para querer-te ver não é este. - Levou a xícara branca preenchida pelo conteúdo amargo aos lábios. Encantava-se com a presença marcante do gosto que mesmo frio mantinha-se amargo. - Você está bem?

Mi-so ergueu o seu olhar pela primeira vez confusa por tais palavras. Seu coração pareceu vacilar por uma fração de segundos imitando uma bailarina ao errar um passo crucial do espetáculo caindo do palco para o desconhecido.

- Por que está falando informalmente comigo? - Cortou o assunto bruscamente, manteve-se firme por mais que seu tom de voz oscilante demonstrasse o contrário.

- Não sou muito mais velho que você, embora sua aparência ainda seja de uma colegial. - Depositou a xícara na superfície colorida do pires voltando-se para a moça a sua dianteira. - Não respondeu minha pergunta, você está bem?

- Eu preciso ir. - Depositou na mesa algumas notas se levantando. - Me desculpe, mas se eu fosse falar sobre isso a última pessoa com quem gostaria de conversar seria o anfitrião do evento em que fui humilhada.

- Você não está me dando muitas alternativas para lhe ajudar Srta. Lee. - O comportamento da garota realmente se assemelhava ao de um gato arisco, a pergunta que ele se fazia era o porquê de ela estar se esquivando tanto sem nenhum motivo no qual pudesse pensar.

- Me ajudar? - "Como pudesse realmente fazer qualquer coisa" pensou consigo mesma, aflita pela demora daquela conversa.

- Se você fizer um depoimento contra ela, algo formal, poderemos tomar as devidas providencias e retirá-la da empresa. - Levantou-se para dar a volta na mesa ficando frente a frente com ela. - Não me entenda mal, afinal já planejávamos isto há meses, mas agora creio que só serei capaz de fazê-lo com sua ajuda.

- Você quer que eu seja a faísca para acender a fogueira? - Seu olhar tremeu reverberando o brilho da íris do empresário.

- Não, eu quero que você seja a chama por completo. - Estendeu a mão na expectativa de concluir o acordo.

- E se eu me queimar? – Questionou ociosa.

- Não permitirei que isto aconteça, jamais. – O crepitar das brasas em suas irises era alto e voluptuoso fornecendo um sentimento de conforto.

- Se eu fizer isto, todos me deixarão em paz? - Por mais que tentasse lutar com o instinto de não se envolver na história de Nam-do, seu rosto conhecido unido ao comportamento atencioso era um convite tentador e inesperado.

Ele possuía um olhar misterioso no mesmo tempo translucido, de uma maneira que até aqueles que mal o conheciam poderiam saber toda sua trajetória apenas por encarar suas írises carameladas. Mi-so apertou a mão que pairava no ar receosa por conta daquele olhar, sabia que a partir do momento em que ele a encontrara no metrô tudo havia mudado de vez.

Tentava recriar um plano de sobrevivência mesmo que tudo escorresse por seus dedos como areia fina. Estava enclausurada em uma ampulheta no qual o tempo continuava a passar por mais que relutasse. Talvez aquilo fosse uma oportunidade, se estivesse próxima dele por tempo o suficiente até encontrar o assassino, poderia então salvá-lo de seu destino cruel.

Tudo agora era uma questão de tempo, o mundo ao seu redor por mais que fosse irreal, lhe custara grande parte de seu discernimento entre o certo e o errado. A partir dali todos os seus passos seriam um salto no escuro e Nam-do era a única chama que teria para iluminar a vastidão escura.

- Por via das dúvidas. - O homem pegou seu celular de cima da mesa discando para o seu próprio telefone registrando o número da garota. - Caso pense em fugir, não se esqueça de que temos um trato.

A atitude repentina trouxe Mi-so para a realidade e uma lágrima singela lhe cortou a pele rosada da bochecha escorrendo por seu rosto até desprender-se de seu queixo mergulhando na imensidão do espaço até o desconhecido.

Anos atrás quando reencontrara seu melhor amigo após voltar do exterior, fora da mesma maneira que conseguira seu número no dia de seu primeiro encontro, sentia falta de seus pais e da única pessoa com a qual poderia compartilhar suas dores, Song Kang.

Apenas murmurou uma confirmação antes de recuperar seu smartphone saindo da loja.

Choi DaEun passou boa parte de sua noite na sede da promotoria documentando todos os vestígios do caso. Havia diversas lacunas das quais ela era incapaz de preencher, não era comum um crime possuir tantas informações ao mesmo tempo tantos furos imprevistos.

Acordou de um breve cochilo com a mão quente de DaeHoon acariciando as maçãs de seu rosto com delicadeza. O cheiro de comida tomava conta do espaço pequeno da sala em que estavam e os beijinhos depositados em sua testa afastavam os pensamentos.

- Há quanto tempo você chegou? - Questionou ainda sonolenta limpando os olhos com as pontas dos dedos.

- Tempo o suficiente para observar minha linda namorada dormindo. - Comentou servindo um pouco de sopa na mesa livre no centro do escritório. - Não acha que está exigindo demais de si mesma nestes dias? - Indagou a dar o recipiente com o líquido quente seguido de outro breve um beijo.

DaEun se martirizava por trabalhar no caso apenas na promotoria evitando que seu namorado visse qualquer papel a respeito. Para ela aquilo era uma proteção, não queria machucá-lo dizendo que o assassino de sua mãe estaria pela rua assassinando ainda mais pessoas inocentes.

Tudo aquilo era um trauma que custou anos de vida dele durante todo o tempo que permaneceu na escola. O conhecera na faculdade, se lembrava claramente do menino recluso e solitário das aulas de cinema que a convidara para o festival de artes. Seu instinto investigativo a fizera se aproximar por pura curiosidade sem saber que um dia, ele se tornaria a pessoa que mais amaria na vida.

Apertada precisou sair da sala por um tempo para utilizar o banheiro deixando com que DaeHoon ficasse à vontade para transitar pelo escritório. Enquanto isso o rapaz mexia no celular até que uma rajada de vento adentrou a janela causando uma pequena confusão entre os papéis soltos que saltitaram das pilhas rumo ao piso de porcelanato. Fechou a janela passando o trinco ajoelhando-se em seguida recolhendo o amontoado branco e preto que se dissipou.

Levantou-se pouco tempo depois os organizando na mesa da promotora, entretanto um pedaço de papel lhe chamou mais atenção que os demais, abaixo do teclado branco uma foto de família na qual um casal posava junto a duas crianças. Tomou em suas mãos lendo seu nome no verso da fotografia. Sua curiosidade não se dissipou antes que ele vasculhasse a mesa encontrando os registros antigos do caso.

- Querido? - Se assustou vendo o olhar perdido do garoto após entrar na sala.

- O que significa isto? - Questionou com a foto do corpo encontrado há alguns dias em mãos.

- Alguns dias atrás nós encontramos um corpo próxima à zona industrial. - DaeHoon caiu aos joelhos, à promotora atravessou a sala às pressas contendo o ataque de pânico com um abraço forte. - Vai ficar tudo bem, vamos achá-lo. Eu prometo.

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