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⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Dalilas

✣ Capítulo IV: Dalilas ✣

A mão gélida descia por seu abdômen em direção ao cós da calça de linho preto alfaiatada que o homem usava. Seu peito desnudo deixava à mostra a tonalidade leitosa de sua pele, algumas marcas arroxeadas pelos hematomas consumiam partes de seu peito como sangue na neve.

O zíper fora aberto e outro gole do líquido âmbar descera contra a superfície úmida de sua garganta. Por mais que fosse incapaz de se relacionar romanticamente com uma mulher, seu trauma não lhe impedia de consumir os desejos da carne. Não era costumeiro que saísse com alguma mulher, preferira as noites no escritório a encontros casuais.

A mão livre foi em direção aos cabelos escuros da moça os segurando com vigor enquanto ela fazia o que devia ser feito. Nam-do nunca fora um homem fácil de agradar escolhia a dedo as garotas com as quais gostaria de cultivar boas amizades. Era um interesse mútuo no qual ele deixava que elas optassem pelo destino de seus encontros.

Algumas escolhiam restaurantes, outras preferiam cinemas. Mas havia uma pequena parcela da qual ele não detestava que optavam por algo mais íntimo. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensava, ele ligava de volta para as garotas para se assegurar de que tudo terminara bem, jamais faria novamente com a mesma e de alguma forma isso era a razão pela qual todas aceitavam.

Passou algum tempo até que se cansasse daquele lugar e desse uma desculpa qualquer para a garota que aceitou vestindo seus sapatos voltando para o bar do hotel antes que ele terminasse de fechar os últimos botões de sua camisa e passasse pela porta indo ao estacionamento.

Sentou-se no assento de couro preto do jaguar que lhe aguardava na porta do hotel, dali partiu pela cidade atravessando as ruas por entre os letreiros neon dos bares de Incheon. Não possuía uma casa só sua, não tinha o privilégio de ter algum lugar em que realmente sentisse que fosse seu, portanto morava com o irmão até que se um dia encontrasse um bom motivo para se mudar.

Morava com o irmão e sua cunhada desde que retomara a TK Entertainment de seu tio alguns anos atrás. O toque baixo do celular ressonava contra o som do rádio, atendeu rapidamente antes que seu secretário lhe importunasse indo até a casa de seu irmão. Estacionou o veículo próximo a algumas lojas, não estava bêbado, havia ingerido apenas um gole de gin, mas odiava ter de se concentrar em qualquer outra coisa enquanto dirigia.

- A encontramos. – A voz do outro lado da linha era rouca. – Lee Mi-so. Mas não há muito que saber sobre ela, nasceu em Incheon e estudou no Colégio Sevit, nunca saiu da cidade e vive com os pais.

- Descobriram como ela entrou na festa sem ter o nome na lista da equipe? – A busca durou mais de duas semanas por um rosto do qual ninguém conhecia o nome. – Ou a ligação dela com o Wonsang?

- Contatamos o Buffet e a equipe terceirizada, mas não houve qualquer resposta.

- Está me dizendo que dentre os quarenta seguranças que tínhamos lá, uma pessoa entrou de penetra? – Virou seu rosto em direção à loja de conveniência ao lado do carro observando as pessoas que entravam e saiam por ali. – Um penetra não para gozar da festa, mas sim para trabalhar?

- Ao que tudo indica, sim. Ainda estamos investigando a relação dela com aquele ator da nossa empresa. – Distanciou o rosto do celular enviando a pasta de arquivos pelo aplicativo de mensagens. - Estou lhe encaminhando o arquivo que conseguimos, ela é bem incomum para uma garçonete, se formos parar para analisar poderia ser uma das trainees novatas da empresa. Por enquanto a equipe de marketing está ajudando na busca pelo endereço novo da família e a apelidaram de Srta. C.

- Srta. C? – Indagou curioso.

- Por que seu rosto de assemelha ao de um gato, por isso "cat". – Passou a mão pelo pescoço em um sorriso amarelado ao falar no telefone para o chefe que emitiu um grunhido. – No início eu achei besteira, mas depois de um tempo observando a foto, a semelhança é notável. Temos somente o local onde ela trabalha meio período, já encaminhei para o senhor.

Desligou a chamada com as palavras do secretário Oh em mente. Abriu o documento analisando a foto da garota com uniforme escolar, de fato, o rosto pequeno e redondo se complementava com o olhar felino. O endereço descrito no SMS era próximo onde estava, ligou o motor voltando a dirigir por alguns minutos até uma cafeteria que dava visão a uma das praças mais visitadas da cidade.

Desceu do carro vestindo o paletó e tomando a carteira em mãos ao entrar na loja em direção ao balcão. Não havia muitas pessoas ali, um casal de idosos e alguns estudantes próximos às janelas bebericavam suas bebidas enquanto observavam uma garota limpar as mesas.

- Boa noite, um americano, por favor. – Aproximou o cartão da máquina pagando pela bebida para a atendente que não tardou para lhe servir. – Estou procurando por Lee Mi-so.

- Ela está ali. – Apontou para a direção onde os meninos olhavam, Mi-so passou ao seu lado indo em direção a outra parte da cafeteria recolhendo os copos do casal de idosos. 

Min Seo adotara a vida de Mi-so após um evento inoportuno, desde então passava todos o tempo vivendo como um fantasma dentro do enredo de seu próprio livro, por sorte havia criado pontos semelhantes à sua vida real que lhe facilitaram adentrar ao enredo e sobreviver por alguns dias em meio ao caos que tudo estava se transformando.

A noite no evento passou sua mente lhe lembrando de que fora Nam-do a interromper a catástrofe que aquela socialite estava prestes a fazer. Amaldiçoou-se por ter cometido um erro no calor do momento, mas não foi capaz de pensar em outra estratégia quando viu a taça de vinho branco deslizar pelas mãos do Wonsang que inocentemente a levava do balcão até sua mesa, mas que fora interrompido pelo esbarro a socialite.

Havia escrito aquela cena tarde da noite no primeiro dia após seu noivado. A taça do mais puro cristal estava banhada por calmante e iria direto para as mãos do irmão de Nam-do. Não era o suficiente para matá-lo naquele instante, mas serviria para que ele ficasse desacordado por tempo o suficiente para que algo acontecesse e com este "algo" ela se referia ao pivô para a busca obcecada de Nam-do pelo assassino de seu irmão.

Por mais que não conhecesse as verdadeiras intenções do novo assassino que protagonizava sua história, a jovem vivia cada dia em seu completo anonimato e interferia apenas nos momentos em que se lembrava de que algo poderia acontecer.

Evitou passar pela mesa do homem pedindo a amiga que fechasse o caixa. Saiu pelos fundos da cozinha após trocar o avental por seu casaco de frio indo discretamente pelo beco que ficava atrás da loja. Estava confusa em relação às ruas pelas quais seguia, o manuscrito de sua obra era diferente da versão publicada que ficou estudando por dias a finco na sala de casa.

Na versão orignal possuía personagens que eram baseados em seus pais e uma versão de si mesma. A Min Seo daquele universo se chamava Lee Mi-so, sua falta de criatividade não a permitiu alterar muitas siglas no nome da personagem para lhe dar um destino melhor do que a primeira vítima do assassino de lótus que se tornou conhecida por ter seu corpo exposto no orquidário local.

O que ela não conseguia entender era como os pais de Mi-so acreditaram que ela era realmente sua filha morta e profetizado que Deus havia lhes concedido um milagre.

Sua teoria era que todos os personagens baseados em pessoas do mundo real eram substituídos por suas versões originais, mas de que modo isto acontecia? Ela jamais saberia. Queria a todo custo sair daquele lugar e deixar aquele assassino preso no mundo da fantasia para sempre, mas acima de tudo tinha medo de quanto tempo teria se passado na vida real.

Perguntava-se se seus pais teriam sobrevivido, se estavam mortos ou apenas desmaiados e aquela incerteza a consumia cada vez mais e mais. Entretanto esse desejo diminuía cada vez ao notar que todos ali também possuíam uma vida, famílias e ligações com o mundo.

Sentia-se incapaz de dar de bandeja a uma pessoa psicótica um lugar onde pudesse fazer o que quiser sem medo de que fosse descoberto, uma vez que a sua identidade não existia neste mundo. Outro ponto que mais lhe machucava eram os pais de Mi-so, que respectivamente eram a cópia perfeita dos seus no mundo de onde veio.

Tinha raiva de si mesma por ter recriado algumas partes de sua vida, por ter escrito este maldito livro e por ter publicado a obra com um final ambíguo porque a morte de seu noivo lhe deixou dividida a respeito do enredo que enfim decidiram criar juntos.

Colocou seu fone de ouvido desapressando o passo, já estava a dois quarteirões de distância da cafeteria quando desceu as escadas do metrô entrando no primeiro vagão que estacionou na plataforma antes dos demais. Sentou-se distante das portas como de costume vendo o trem partir veloz, antes que percebesse um homem acomodou-se ao seu lado, as calças em um azul royal e os sapatos pretos de couro sintético engraxados.

Instintivamente virou seu rosto na direção dele assustando-se com a pessoa que a encarava com um sorriso de canto no rosto. Os cabelos alinhados pelo gel, íris profundas e misteriosas como sua personalidade enigmática. Permaneceu estática, quieta, acabara de violar a única regra que havia criado desde que chegara ali, jamais interagir com o protagonista independentemente da situação.

Tudo havia desabado diante de seus olhos, agora que Nam-do seguira por um caminho que não estava predeterminado a seu personagem isso significava que após este momento o enredo do livro sofreria alterações. Ela não teria mais conhecimento sobre o destino, não saberia o início e nem o fim de cada capítulo.

Agora a morte não lhe pareceu uma má opção diante a realidade que teria de enfrentar.

- Por que tenho a impressão de que está fugindo de mim Lee Mi-so? – Park Nam-do endireitou sua postura no banco ficando o mais confortável que conseguira. Seus olhos passaram pelos transeuntes antes de retornar aos da bela moça. – Se estava com medo de chegar tarde em casa, eu poderia ter lhe dado uma carona.

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