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⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Cravinas


✣ Capítulo XX: Cravinas - Especial Parte II ✣

「Busan」

2012

Fazia dois dias desde o incidente e desde então não havia visto a menina primeiranista que havia presenciado consigo a brincadeira de mal gosto de seus inimigos. Neste meio tempo havia conversado com Hyun Ah após ter tramado um plano arriscado para reencontra-la.

Soltou que sua amiga lhe contou sobre ela e ele havia ficado interessado, por fim fingiu inocência ao pedir Hyun Ah avisasse que ele teria ficado com o celular de Min Seo por engano.

Min Seo do primeiro ano A, sentava na carteira da quarta na fileira da janela. Segundo a turma na sala ao lado, sua classe estava em uma aula na quadra poliesportiva. Taehyun passou por trás das arquibancadas a vendo chutar a bola em uma partida contra os garotos. Um pequeno grupo de garotas sentadas nos bancos próximos lhe possibilitou se aproximar para a segunda etapa do plano.

- Olá meninas. – Forçou um sorriso para uma das garotas que virou em sua direção. – Está a fim de ganhar uma graninha? – A menina sorriu se aproximando pronta para ouvir a proposta.

Taehyun andou até o vestiário feminino sentando-se em um dos bancos esperando pelo soar do apito do professor que mandava Min Seo se trocar e ir até a enfermeira, uma das garotas caíra sobre si no jogo machucando seu tornozelo. Amaldiçoou a si mesmo por pagar aquela menina para causar um acidente, não imaginava que as pessoas iriam tão longe por dinheiro fácil.

Até então seu plano estava acontecendo como planejado, trancou a porta do vestiário após a menina entrar. O som do chuveiro era baixo e o loiro se conteve para não dar um passo em falso, não demorou muito para que ela saísse enrolada em sua toalha de roupas intimas indo até seu armário se vestir.

Faltavam ainda vinte minutos para que a aula na quadra acabasse, então o menino se apressou em direção a garota a pegando com a blusa aberta, Min Seo se assustou com a presença dele batendo suas costas contra a porta do armário ao lado.

Com seu braço ao lado da cabeça da pequena, ele se aproximou encurtando o espaço com os rostos próximos, seus olhos puderam ver as bochechas coradas ainda molhadas pelos respingos que caiam de seu cabelo. Novamente sentiu o perfume de doces morangos que o xampu dela tinha, se conteve para não fazer nada impróprio no mesmo momento. Seus olhos travaram uma batalha firme com os dela que se fecharam com força fazendo com que o menino jogasse a cabeça para o lado rindo.

- Feche a blusa. – Disse em seu ouvido saindo da posição em que se encontrava ao sentar-se no banco.

Atordoada deu alguns passos para o lado indo em direção a porta do vestiário, mas o tilintar do metal nas mãos do garoto lhe fizera constatar que estava trancada no local com Taehyun. Obedeceu a suas ordens fechando a blusa e ainda de costas para ele firmou sua voz.

- O que você quer? – Embora tenha se esforçado para dizer, seu timbre ainda era falho.

- Não faça perguntas sem sequer olhar em meus olhos, sabe, eu ainda prezo a educação. – Brincou fazendo com que se virasse para olhar ele e o bater de leve no banco com os dedos. – Sente-se, por favor.

- Não. – Recusou a ideia de ficar mais próxima do que estava.

- Sente, você não está na posição de me rejeitar. – Disse com um sorriso de lado para a garota que se sentou na ponta do banco a um metro de distância. – Não se preocupe, não mordo.

- Eu sim. – Abriu a boca cerrando os dentes em seguida, o que o fez rir novamente.

- Vamos direto ao ponto. Saia comigo. – Olhou para a garota que engoliu em seco.

- O que? – Se adiantou voltando a olhar para o lado. – Você ignorou minha existência por anos apesar de nossas famílias serem próximas e agora quer sair comigo? Desculpa, mas não, tenho aula.

- Não tem não. – Tirou o passe livre da enfermaria de seu bolso. – Um tornozelo machucado vai te incomodar o dia inteiro, então tomei a liberdade de pedir um favor.

- Você fez aquele acidente acontecer? - Perguntou surpresa.

-Banalidades a parte, você me deve um passeio. – Se levantou estendendo a mão para ela.

- Não lhe devo nada. – Disse convicta.

- Eu chamei sua amiga para sair, como pediu. – A garota prendeu a atenção na fala do menino. – E como você não tem mais a foto para nos deixar quites, você me deve algo.

- Eu não quero sair com você. – Ralhou fazendo beicinho como uma criança mimada.

- Mas eu quero, te devo explicações sobre aquele dia. – Notou a forma como os olhos dela se abriram em direção aos seus lhe causando uma sensação estranha.

- Vai falar toda a verdade? – Afirmou com a cabeça. – Tem uma hora e nada mais.

- Tanto faz, você irá ceder de qualquer maneira. – Segurou sua a mão indo à porta.

Min Seo olhou para sua mochila do lado de fora da porta constatando que o rapaz havia preparado tudo para a "fuga". Passaram pelos portões da escola sem problemas, andando pelas ruas em direção a qualquer lugar que para ele fosse adequado para terem tal conversa.

Embarcaram em um ônibus sentados lado a lado, Taehyun observava a menina olhar pela janela em direção as casas, por um momento se perdeu na visão. Estar tão próximo a única pessoa que parecia conhecer seu lado ruim o fazia se sentia vulnerável.

Mesmo sendo tão pequena, a via de maneira tão grandiosa. Pela primeira vez alguém o desafiara, o chantageava por algo que nem sequer era para si e o fazia se questionar em como reparar suas atitudes.

Desceram próximos a uma área residencial, Taehyun segurou a mão dela lhe guiando por entre as pessoas até um restaurante próximo no qual se sentaram. O local era grande e não havia muitas comidas com as quais estivesse acostumada a comer.

Tomou a liberdade de pedir pelos dois, encarando a menina que apenas assentia. Não tardou muito até que os pratos chegassem e ele começasse a comer, Min Seo por outro lado não tocara em seu prato apenas o observava com cuidado, sem pronunciar qualquer palavra.

- Não vai comer? – Perguntou confuso.

- Primeiro me diga a verdade. – Insistiu. – Só depois eu comerei.

- Deixe isso para lá, pelo menos por enquanto. – Pegou seu talher estendendo um pedaço de sua carne na direção da boca da garota que virou a cara. – Vamos, só um.

- Ah! – Suspirou virando novamente para o rapaz mordendo a carne, fazendo com que soltasse um largo sorriso que a incentivou a fazer o mesmo.

Após algumas colheradas de seu prato Min Seo ouviu as primeiras palavras dele, esperava que lhe dissesse quaisquer desculpas, entretanto a emoção em sua voz a paralisou. Conforme sua fala ia se estendendo a morena compreendia um pouco mais o menino conturbado do outro lado da mesa.

Não que ele fosse um livro difícil de ler, apesar da sua capa sofisticada e moderna, por dentro se escondia dos demais, um livro que se destacava na prateleira, mas era difícil de ser escolhido.

Ele era mais do que seu uniforme engomado e um sorriso sedutor, quando viu o menino ponderar ao contar sobre o que realmente acontecera naquele dia, sentiu seu coração apertar colocando sua mão sobre a dele que a apertou tomando coragem para prosseguir. Ao terminar de falar, finalmente a observou enxergando algo além da raiva que esperava, ela parecia estar com medo.

-Eles vão te machucar? – Após tortuosos segundos de silêncio ouviu a voz melancólica.

- Não sei, talvez. – Disse baixo.

- Por que você me trouxe em um lugar tão caro se não pode pagar a conta com eles? - Sentiu a mão da garota contra sua cabeça.

- Eu tenho passe vip aqui, o restaurante é dos meus pais. – Confessou irritado com o tapa.

-Não sabia que a Sra. Kim tinha aberto uma segunda filial. E por que não pede dinheiro para eles? – O encarou novamente confusa.

- Porque se eles descobrirem já era minha carreira musical. – Disse olhando nos olhos da menina. – Eu tenho bancado minhas aulas sozinho, tenho até uma banda. Você faz parte do clube de música comigo, já deve ter visto como eu me importo com isso, se meus pais os descobrirem finalmente vão poder me pôr em cursos de administração.

- Eu vou te ajudar. – Taehyun prestou atenção na menina sem entender o que havia acabado de ouvir. – Meu pai sempre me disse que a primeira coisa que vem a nossa cabeça ao ouvir "futuro" é o que devemos seguir.

- Eu não posso te envolver nisso. – Retrucou.

- Eu já estou envolvida. – Desviou o olhar. – Você querendo ou não isso não é mais particular seu. Eu vou te ajudar, tenho dinheiro guardado, podemos dar a aqueles brutamontes e depois você trabalha para me pagar.

Sentia o calor das palavras preencherem seu coração, como poderia uma alma humana sentir-se tão isolada ao mesmo tempo tão cheia? Embora o dia fosse fresco, ali, ao lado dela podia notar a presença do sol que lhe aquecia por completo.

Mais nada importava naquele momento, sempre tentara se encaixar em todos os grupos de pessoas desde que fora abandonado, alguém realmente estava se importando com ele, com algo além de sua família, de sua aparência. Alguém que conhecia o seu lado ruim mais do que o bom e realmente estava disposto a ficar do seu lado.

Levantou-se dando a volta na mesa, parou ao lado da garota tocando sua mão em um gesto simples a puxando pelo restaurante em direção os fundos da cozinha por onde saíram em uma porta dupla de metal. Ignorou qualquer palavra da jovem subindo as escadas de incêndio do prédio ao lado.

Parou novamente sobre o terraço do prédio de três andares com o outdoor de um canal televisivo, tampou seus olhos pedindo para que ela confiasse em sim por mais que fosse difícil. Ajudou a garota a subir o pequeno degrau que dava acesso ao parapeito do prédio, e sentiu o corpo dela tremer em medo, rondou seus braços ao redor de seu corpo abraçando a sua cintura, pedindo para que ao retirar as mãos de seus olhos, os abrisse em direção à vista.

Dali, naquele simples terraço, podiam ver como a existência em si era pequena comparando como mundo era grande. O sol que se pusera trazia consigo todo o céu em cores enigmáticas de laranja, rosa e amarelo, por um momento eles se sentiram como crianças que acabavam de descobrir qual era seu sabor de sorvete preferido. Embora estivesse a um passo de cair do parapeito o aperto forte em sua cintura apaziguava seu coração.

A mão pequena da menina passou por entre seus cabelos o acariciando, levantou seu rosto vendo o sorriso que dava em sua direção, sentiu seu peito arfar com a certeza de que estivera esperando por um momento como esse por toda sua vida. Um momento em que pudesse se esticar, gritar, viver e construir seu lar em outra pessoa.

O sorriso daquelas crianças ao descobrirem a si mesmas, a simplicidade em seus corações, a mágoa, a dor, o amor, os sentimentos que se entrelaçam na teia do destino. Como o tear que nos tece parte por parte me uma linda peça incompreensível aos olhos de um simples admirador.

Em 2019 o céu coberto por nuvens impedia que Min Seo desejasse sair daquela sala fria onde havia pessoas ao seu lado nas cadeiras que organizadas em um círculo, permitiam que todos olhassem para os rostos um dos outros. Deixou-se levar pelo pequeno pássaro que pousou no batente exterior da janela, o vidro preenchia todo o espaço, sem nenhuma abertura.

Nunca quisera tanto quebrar aquela janela para fugir pelos céus como aquele pássaro. Era notável a falta que a presença de seu noivo causava, olheiras profundas e mãos tremulas como um pêndulo que jamais parava de se balançar.

Dois meses atrás Taehyun, seu noivo, embarcara em uma viagem solo para casa no fim de uma turnê depois de uma briga intensa com Song Kang o guitarrista da banda e melhor amigo de infância. Porém não conseguiu alcançar o avião aquela noite quando o carro colidiu contra um caminhão no meio da rodovia, desde então frequentava um grupo de apoio criado a família de vítimas de acidentes traumáticos.

- Senhorita Lee? - Sentiu raiva ao ouvir seu nome sair da boca da doutora. Uma mulher de cabelos loiros que parecia a odiar, sempre a olhando torto e dando falsos depoimentos em seus relatórios médicos. - Quer compartilhar conosco seus pensamentos?

- Apenas estou feliz por sair esta tarde.

- Seus acessos de raiva, eles melhoraram? - Perguntou enquanto anotava algo nos papéis de sua prancheta.

- Desde o incidente eu tenho me estressando fácil e desejei machucar muito quem me irritava. - Começou sendo interrompida pela mulher.

- Sim, conversamos sobre isso. É comum que vítimas de situações como a que você presenciou desenvolvam alguma espécie de estresse pós-traumático. - Comentou.

- Como orientou, venho tentando concentrar minha atenção no meu "lugar feliz" na minha mente para me acalmar antes de qualquer atitude que possa me arrepender. - Concluiu.

- E poderia nos dizer qual o seu lugar feliz? Quem sabe inspira alguns desta sala.

- No início era apenas o escuro, frio e acolhedor. - Detalhou. - Bem, não era como se eu precisasse de algum lugar para me esconder, mas depois veio à luz, fraca em um tom azulado, com ela a água que cobria meus pés.

- E o que você fazia nesse espaço? - Perguntou Dr. Oh olhando em seus olhos.

- Andava, sem rumo, sem objetivos. Acho que meu lugar feliz na verdade era o refúgio onde nada poderia me preocupar. - Rodeou a sala com os olhos. - Um lugar seguro de todos os problemas. Nos últimos dias apareceu uma grande parede sem fim e apenas uma porta no meio.

- Pode ser seu subconsciente lhe dizendo que não importa o quanto fuja, uma hora você terá de lidar com seus problemas e resolvê-los.

- É pode ser. - Disse por fim.

O resto da reunião ocorreu de modo lento, como se tudo estivesse em inércia, todavia, tudo tem seu fim e para a morena aquele era o fim dos piores meses de sua vida.

Uma pequena fresta do sol se esquivou por entre as nuvens, iluminando aquele jardim que rodeava a igreja onde as sessões aconteciam. Era possível ouvir o cantar das aves, ou até mesmo as conversas que os outros pacientes tinham no local.

Min Seo se sentia como o sol daquela manhã. Escondida. Todos sabiam que aquela era ela, mas não sabiam o que havia por trás de toda aquela imensidão nublada que era seu corpo, sorria, mas ninguém sabia por que estava lá lutando contra todas as nuvens de sua vida.

A pequena faixa do sol tocou seu rosto no momento em que pusera seus pés para fora do lugar, fazendo com que ela fechasse e abrisse os olhos novamente repetidamente. Aquela minúscula proximidade com o céu a encheu de calor, de uma maneira indescritível, estava viva, mas não sabia por quanto tempo.

A mulher do lado de fora do estabelecimento estava encostada junto a sua ex-sogra no carro azul marinho. Sua mãe a havia concebido com seus vinte e poucos anos, e agora ela via sua filha com quase a mesma idade enfrentar tantos problemas.

O caminho de volta para Seoul onde a escritora morava desde a publicação de sua obra fora feito em uma conversa quase que animada onde a Srta. Kim fofocava sobre todas as novidades que estavam acontecendo em sua cidade local. A abertura de um cinema novo, algumas lojas que se foram dando espaço para outras, e finalmente uma lanchonete de fast-food que prestasse havia sido aberta.

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