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⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Antúrios

✣ Capítulo XVI: Antúrios ✣

Uma semana havia se passado desde a noite do interrogatório, porém Nam-do ainda estava atrelado às pilhas e pilhas de documentos inacabados, malfeitos pelos recursos humanos da TK Entertainment, mas o que estava realmente lhe irritando era atitude mesquinha do homem que entrara em sua sala sem sequer pedir permissão.

- Que palhaçada é essa?! - Wonsang proferiu a jogar o pedaço de papel amassado na mesa do homem. - Testemunha? Você está fazendo aquela garota de isca para se vingar de uma mulher que pode facilmente destruir a vida de Mi-so?!

- Eu não a forcei para nada, ela aceitou de bom grado. - Comentou sem rodeios.

- Não a forçou? Olha essa porcaria que o departamento jurídico mandou para nós, realmente acha isto justo? - Se aproximou do amigo batendo o punho contra a mesa, as gotas de suor desprendiam-se dos fios negros de encontro à superfície de vidro. Confuso o CEO tomou em mãos os documentos assustando-se com as bobagens ali descritas.

"A parte [A] deve estar prontamente disponível para eventuais conferências e entrevistas públicas em prol do processo [...]", "Se a testemunha principal não se sentir apta a dar prosseguimento deste contrato deverá arcar com a multa de xxx wons [...]".

Ao que tudo indicava estavam amarrando a jovem ao processo para garantir que não desistisse do plano, o documento já havia sido assinado e marcado com a digital da pobre Mi-so que confiara na palavra de Nam-do antes das alterações jurídicas do documento.

- Eu não fazia ideia. - Seu tom ainda era controlado. - Vou tomar as devidas providências para regularizar esta situação o quanto antes.

- Ouça Nam-do, eu confio em você, nós crescemos juntos. - Passou as mãos pelos fios os arrumando em um penteado desleixado. - Mas não me faça escolher entre a empresa ou meus amigos.

- Você a conheceu há apenas um mês. - Park Nam-do contornou a mesa indo de encontro ao amigo lhe entregando um copo de vidro servindo-lhe uma dose de uísque.

- Então quer dizer que o homem mais poderoso de Incheon não conseguiu descobrir ainda o meu segredo? - Riu amargo bebendo em um gole seco o líquido âmbar que desceu ardente por sua garganta. - Fevereiro de 2006, tínhamos dezesseis anos, eu lhe contei sobre a carta que meu avô havia me deixado.

- Sobre a amante que teve o filho ilegítimo, certo? - Recebeu a confirmação de Wonsang que se jogou contra o sofá.

- Sim, mas este filho ilegítimo que ele fez questão de mandar para o mais longe que pode, retornou a Coréia como escritor e se casou com uma bibliotecária há vinte anos. - Seus olhos se desprenderam do teto passando a fitar os de Nam-do fixamente.

- Não me diga que... - Suas sobrancelhas se retraíram em uma carranca preocupada.

- Não, eu não tenho certeza. - Embora suas palavras saíssem despreocupadas, seu corpo se mantinha enrijecido. - Mas ela foi uma das pessoas que eu encontrei durante esta busca, e por minha causa, se ferrou naquela noite.

- Qual a ligação dela com seus tios? - Questionou Nam-do.

- Anos atrás os pais dela era locadores da casa onde viveram. Na residência possui uma foto deles com sua família, acredito que eram próximos. - Uma lágrima escorreu pelo canto dos olhos do rapaz.

-Wonsang, não se preocupe, iremos achá-los. - Apertou forte o ombro do amigo.

- Nam-do se há alguma chance de encontrá-los, acredito que é através de Mi-so. - Por isso não posso deixar que ninguém a machuque.

Os homens só haviam se dado conta de que a noite caíra quando o toque abrupto do celular do empresário tomou conta do ambiente chamando a atenção de ambos. Do outro lado da linha sua cunhada lhe chamara para a boate em que estava, sua voz entregava que ela estava visivelmente alcoolizada.

O dono do jaguar negro sabia que DaEun e seu irmão estavam passando por maus bocados em sua relação, mas jamais imaginaria que estaria tendo de ir buscá-la transtornada tão cedo em uma noite de terça-feira.

Não tardou para que Nam-do chegasse à boate acompanhado de seu irmão e Wonsang que apenas deu seu nome ao segurança que rapidamente concedeu espaço para que entrassem na boate. O cheiro doce de chiclete tomava conta do lugar enquanto o ruído alto e repetitivo da música tornava qualquer outro som inaudível.

Rapidamente avistaram os cabelos curtos de DaEun que próxima ao bar parecia discutir com um homem bem mais alto. Abrindo caminho entre os demais, procuraram alcançar à amiga antes que o braço erguido do brutamontes descesse em direção ao rosto delicado em um tapa nada gentil.

Um grito ecoou enquanto uma figura de casaco vermelho avançou contra o homem jogando o peso de seu corpo contra, o derrubando no chão. Park Nam-do arregalara seus olhos ao constatar os cabelos ondulados de Mi-so que se desprendiam pelo ar caindo por suas costas após o boné voar para longe em meio ao impacto.

- O que você pensa que está fazendo?! - Gritou a garota antes de se jogar contra o gangster no chão batendo em seu rosto. - Não se bate em uma mulher! - Sua voz sem fôlego saia por entre os golpes.

DaeHoon chegou a tempo de consolar sua noiva chorosa enquanto os outros dois tentavam retirar a pequena mulher de cima do homem que segurava seus cabelos tentando revidar seus golpes.

Já distantes um dos outros devidos ao trabalho árduo da equipe de segurança, Mi-so conversava com seu chefe por telefone que concordou com a insistência de Park Nam-do em dispensá-la de seu turno por segurança apesar da insistência da moça em contradizê-los.

- O que deu na sua cabeça? - Wonsang se aproximava da amiga preocupado pelo sangue seco que fazia moradia abaixo do nariz. - Olha só como isso está feio. - Acariciou a parte vermelha da bochecha dela enquanto segurava o saco de gelo contra a bochecha de Mi-so.

Nam-do se perguntava há quanto tempo à relação de ambos era tão intima, o olhar fixo da garota seguido do sorriso que jamais havia visto era direcionado para o ator que sentado à sua frente cuidava de seus ferimentos com o maior zelo.

Seu coração se apertou, desconfiado, ele não entendia a sensação que percorria seu peito. Não estava habituado a aquele sentimento que lhe incomodava com mais força e insistência do que os demais.

Seus devaneios foram rompidos pela cantoria alta e descontrolada de sua cunhada que se juntava a eles do lado de fora da loja de conveniência, ao seu lado DaeHoon que lutava firmemente para mate-la em pé pôde com um simples olhar pode decifrar os pensamentos de Nam-do que encarava fixamente os dois amigos.

-Wonsang, seu pai me ligou agora dizendo que você precisa ir para casa. - Mentiu.

- Ligou? Que estranho... - Tateou os bolsos percebendo que havia esquecido o celular na empresa.

- Pode ir, eu a levarei para casa. - Proferiu Nam-do relembrando-o que teria de pegar um taxi, uma vez que vieram todos no carro do CEO.

- Tudo bem, eu vou ficar bem. - A voz manhosa e baixa de Mi-so causou um suspiro no ator que se despediu dos demais indo em direção ao ponto de táxi mais perto.

- Consegue se levantar? - Questionou o CEO passando o braço da garota pelo ombro a ajudando se erguer.

- Foi só uma torção, um pouco de descanso e deve melhorar. - Adentrou o carro com a ajuda do homem que contornou indo em direção ao banco do motorista enquanto seu irmão chamava um carro para levá-lo para casa.

- Te vejo em casa. - Gritou DaeHoon assim que o jaguar preto virou a esquina desaparecendo entre os demais carros.

Estacionou pouco tempo depois em frente à casa da jovem que dormia tranquilamente no banco de passageiro do carro. Incapaz de acordá-la por sua consciência que insistia em deixá-la ficar por mais tempo, soltou o cinto de segurança reclinando o banco para deixá-la confortável, em seguida a cobrindo com seu casaco de maneira desajeitada.

No banco de passageiro do carro os primeiros feixes de luz banhavam a pele alva que aos poucos demonstrava sinais de vida ao acordar. O clima estava frio apesar do aquecedor estar ligado, ao seu lado Nam-do dormia tranquilamente soterrado por alguns papéis que ameaçavam cair de seu colo.

- Você realmente é boa de briga. - O homem disse baixo a acordando de vez.

- Por que não me acordou ontem à noite? - Questionou esfregando os olhos.

- Eu planejava deixar você descansar um pouco após toda aquela confusão, também não achei suas chaves.

- Droga, as esqueci com DaEun. - Tateou o bolso percebendo que deixara sua bolsa com a promotora antes de ir embora.

- Tudo bem, nós podemos buscá-las. - Ligou o motor do carro já se ajeitando no assento.

- Para onde está me levando? - Interrogou arrumando a inclinação do banco junto ao CEO.

- Você precisa de um banho, vamos para minha casa. - Acelerou cortando a rua em direção à avenida. - Minha cunhada deve ter algo que sirva em você.

Quieta, consentiu o vendo dirigir calmamente por entre o tráfego. O sol terminara de nascer levando um pouco do clima frio consigo, agradeceu mentalmente ao homem pelo paletó antes de esticá-lo por suas pernas as aquecendo.

Por mais que tivesse escrito sobre a casa de Nam-do diversas vezes nada se comparava a real beleza do local cujo portão preto dava acesso ao pequeno jardim da frente. Banhado por arvores altas, gramado recém-cortado, a entrada da casa possuía uma porta de carvalho negro que fora atravessada pela garota ao lado do homem.

Tomou a pior decisão de toda sua vida naquele momento ao segurar sua mão pedindo que ele chamasse seu irmão. Confuso, questionara o motivo que não foi respondido pela garota, a deixou na sala antes de sair pelas escadas encontrando a cunhada acordada ao lado de DaeHoon que andava de um lado para o outro no quarto.

- Bom dia, vocês podem descer um pouco? - Pediu vendo a cunhada apanhar um amontoado de papel na bolsa antes de segui-lo junto ao namorado. – Temos uma convidada.

Já com todos na sala, Mi-so fora breve ao pegar o livro das mãos da mulher. Pouco a pouco as palavras saiam de sua boca em meio a DaEun que retirava algumas fotografias dos casos de assassinatos distribuindo pela mesa. Não havia mais nada que pudesse ser feito, eles mereciam saber toda a verdade, não cabia à outra pessoa dizê-la.

Enquanto Nam-do ficava transtornado, seu irmão o continha em um aperto. Aparentemente DaeHoon não conseguia expressar sua raiva, como há vinte anos assumia o papel de irmão mais velho tentando proteger o caçula. Irritado, Nam-do avançou alguns passos em direção a Mi-so sendo parado pela promotora.

- Agora a raiva só complicara as coisas. - Gritou enquanto os minutos soavam lentos e pesarosos.

- Você é a culpada pelo homicídio da minha mãe! - Retrucou Nam-do aos berros. - Por um momento quando te vi eu pensei que éramos iguais, que também sofria por estar sozinha, mas esse tempo todo foi você quem fez isso comigo?!

- Me desculpa... - Pediu a garota em um sussurro.

As mãos do rapaz foram de encontro ao vaso que adornava a mesa de centro, agarrou a cerâmica por entre os dedos antes de arremessá-la contra a parede do outro lado da sala com toda sua força. Como uma rachadura em seu peito Mi-so sentiu uma dor crescente emanar, ofegante caiu de joelhos sendo aparada por DaEun.

- Mi-so, você está bem? - Questionou a promotora segurando a jovem que aos poucos perdia sua capacidade de pensar. - Nam-do, estamos todos no mesmo barco!

- Não! - Gritou. - Nós não estamos! Por causa dela todas as nossas vidas têm sido uma mentira, nenhum de nós realmente existe, mesmo assim temos de lutar para sobreviver e não morrer nas mãos de um sociopata!

- Você não entende?! Somente ela é capaz de consertar isso, se acharmos a outra parte do livro, podemos alterar o final. Certo? - Questionou DaeHoon que mesmo inconformado buscava uma lógica entre tudo.

- Eu não sei... - Respondeu Mi-so.

- Você já sabia disto? - Se pôs contra o irmão.

- DaEun interrogou Mi-so ontem e quando chegamos em casa me contou toda a verdade. - Confessou. - Também custei a acreditar, estou tão assustado quanto você, mas agora entrar em pânico só dificultará tudo.

- É melhor que ele esteja certo. - Cuspiu Nam-do deixando a sala. – De um jeito de consertar isto e desapareça para sempre.  

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