⊱ 𝙇𝙞𝙫𝙧𝙤 𝙄; Prólogo
✣ Prólogo ✣
「Seoul, Gangnam-gu」
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Recostada sobre o acolchoado macio da poltrona Lee Min Seo encarava o papel de parede florido em tons pastéis da sala de seu psicólogo. A obsessão de sua mente em reviver os últimos dias no hospital ao lado de seu noivo em coma que agora jazia no céu, lhe perturbava todas as noites desde o enterro.
Há muito tempo se consultava com o mesmo doutor na espera de que suas insônias se tornassem menos turbulentas, entretanto nada parecia surgir efeito, nem mesmo a alta receita de calmantes naturais. Saiu do consultório andando calmamente pelos longos corredores a observar as pessoas que por ali passavam.
Por algum motivo desconhecido havia um amontoado de jovens e idosos em frente a televisão na sala de espera do hospital, aproximou-se ociosa escutando os cochichos baixos vindos das pessoas que ali estavam ociosas, visivelmente estressadas. Na televisão podia ver a capa de seu livro nas mãos de um dos apresentadores que narrava o crime ao lado das fotos que passavam na tela.
"[...]Esta manhã fora encontrado o corpo de uma mulher nas redondezas do complexo habitacional de Gangnam-gu na capital Seul. De acordo com os policiais o corpo estava em um estado bastante similar às vítimas do best-seller Jardim de Sangue, onde o assassino costura diversas flores sobre a pele dos cadáveres[...].
Segundo alguns depoimentos da promotoria, acredita-se que o assassino se trate de um fã que esteja recriando os passos do vilão do livro. A policia ainda não conseguiu mais detalhes sobre o caso e no momento as câmeras de segurança de lojas próximas ao local do crime estão sendo analisadas[...]".
Apertou a manga de seu sobretudo enquanto tentava se desvencilhar das imagens que agora preenchiam todo espaço de sua mente roubando o ar de seus pulmões num suspiro pesado. Sua foto apareceu na tela ao lado da obra, assustada se afastou saindo de perto das pessoas que começavam a reconhece-la em meio a reportagem. Um flash de câmera brilhou contra a superfície clara de suas íris a fazendo piscar algumas vezes antes de recobrar a consciência com o toque insistente de seu celular.
- Srta. Lee Min Seo, creio que está na hora de nos encontrarmos. - A voz automatizada se assemelhava a um disco arranhado pelo chiado constante da linha telefônica.
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