El amor y otros demonios
🎧 no fue, Chita
***
23:46
São nessas horas que escrevo minhas linhas mais melancólicas. Nelas, um traço tênue entre querer e não querer que cheguem até você. Melhor seria se chegassem até mim.
Estranho a pena em minhas mãos
que não passa de uma metáfora para o notebook em meu colo. Mas o que pesa mesmo é ser incapaz de traduzir o que dessa vez não criei.
Atordoada pela realidade, de tão incômoda que é, ocupando um espaço indesejado na minha cama. Ela que não foi feita para nós dois.
A verdade é que não existe isso de 'sob encomenda', não é por que há em você um contorno perfeito para mim que quer dizer.
E há tanto que não foi dito,
mesmo com tantas palavras gastas
por lágrimas secas, álcool barato,
desculpas,
desculpo.
É que existem coisas
e não há língua que dê conta do contorno dos meus olhos, de como minha garganta aperta quando você diz que precisa ir e me confundo entre o que é necessidade e o que desejo antes de fechar a porta.
Eu não estou deixando você ir, que fique claro, mas não cabe a mim. E sabe, não era uma metáfora para a cama, eu estava falando da realidade.
Dois é par, mas não no nosso caso.
E dessa vez, não é metáfora.
data: alguma noite do primeiro semestre de 2021 em que havia acabado de fechar a porta, na certeza de que você não voltaria. E não voltou.
*
hello 💌
desenterrando meus textos antes de voltar ao segundo capítulo da minha dissertação. Deixem seu alô, voto, comentário para mim que ainda sonho em voltar a escrever (por aqui) com mais frequência.
Beijos da Maria ♥️
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