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  ﹙𝐉AN𝐄 ϟ 𝙝𝘢𝘳𝘳𝙮 𝙥𝘰𝘵𝘵𝘦𝙧﹚
EM QUE OS PLANOS SÃO FEITOS
🪷 ꜥ 𝗰𝖺𝗉í𝗍𝗎𝗅𝗼 ⋅ 🪄  106 ʿ

O SR. WEASLEY ESTAVA BEM. Ele iria viver, ele estava bem, ele estava vivo. Jane podia ver fisicamente a tensão do desconhecido deixando o corpo de Harry e ele parecia um pouco mais leve enquanto ouviam a Sra. Weasley explicar como Bill tinha tirado a manhã de folga do trabalho para sentar com ele e que todos iriam visitá-lo mais tarde.

Sirius se ocupou com o café da manhã, fazendo bacon, ovos, chá e torradas, e Jane rapidamente puxou Harry com ela para ajudá-lo; a Sra. Weasley olhou em sua direção e ele parecia aterrorizado de que lhe pedissem para contar o que tinha visto, mas eles tinham acabado de se separar e ele tinha acabado de pegar os pratos da cômoda quando a Sra. Weasley os tirou de suas mãos ligeiramente trêmulas e o envolveu em um abraço.

Algo que ele definitivamente precisava, especialmente dela. — Eu não sei o que teria acontecido se não fosse por você, Harry. — a mulher disse em uma voz abafada. — Eles poderiam não ter encontrado Arthur por horas, e então teria sido tarde demais, mas graças a você ele está vivo e Dumbledore foi capaz de pensar em uma boa história de capa para Arthur estar onde ele estava, você não tem ideia do problema que ele teria se metido de outra forma, olhe para o pobre Sturgis...

Harry foi solto e ele se encaixou de volta no lugar ajudando Jane a cozinhar. Sua expressão parecia forçada, e sem dúvida era; ele não acreditava que era digno de gratidão, sua mente ainda muito focada na ideia de que ele era a verdadeira causa do ferimento do Sr. Weasley. Jane usou a mão em que a caixa de ovos que ela havia recuperado do armário não estava para apertar gentilmente sua mão, oferecendo-lhe um sorriso. Ela tinha certeza de que ele não se sentiria melhor até que visse o Sr. Weasley vivo e bem ou dormisse um pouco, talvez ambos, porque ele estava realmente exausto.

A Sra. Weasley, no entanto, estava focada em agradecer Sirius pelos arranjos atuais de Natal. Jane sabia que o plano era que os Weasleys retornassem à Toca, e Harry alternaria entre os dois, assim como Jane, para não deixar Sirius em uma casa que ele odiava - e o Potter ouviu enquanto ele se ocupava em tentar preparar o café da manhã.

No entanto, por mais que falar com Jane tenha sido um alívio para ele, havia uma necessidade de ele contar a outro adulto - alguém com conhecimento mágico que Jane não era capaz de possuir - e ele se virou para Sirius assim que conseguiu e eles desapareceram na despensa para conversar. Quando eles saíram, ficou claro que depois do café da manhã o objetivo principal do resto da manhã seria dormir, e Jane conduziu a multidão de Weasleys escada acima, agarrando seus livros e desaparecendo em seu quarto.

Harry seguiu atrás dela, tendo trocado rapidamente para o pijama que havia deixado para trás em setembro, e deixado para trás Ron, que adormecera assim que entrara no quarto. Mas, por mais que Jane soubesse que ele precisava dormir e precisava dormir, ele já havia passado do sono.

— Você parece exausto, Harry. — Jane disse suavemente, embora soubesse disso e ele estivesse deitado em seu colo com as mãos penteando o cabelo de uma forma tão familiar. Normalmente, isso o faria dormir em minutos, mas naquele momento parecia improvável.

— Eu... Eu estou cansado. — ele assentiu. — Eu só... Estou com medo de que isso volte.

— Não vai. — Jane não podia prometer, mas podia tranquilizá-lo. — Você ouviu, Sra. Weasley, o Sr. Weasley está se recuperando no hospital e Bill está lá e eu nunca conheci Percy, mas conheci todos os outros Weasley, exceto ele, e acho que ele é o irmão mais responsável. E ele é um quebrador de maldições, certo? Então ele viu algumas coisas bem terríveis.

Quando Harry olhou para ela naquela hora, ele parecia surpreendentemente calmo. Um calor havia retornado aos seus olhos, algo que estava faltando desde que ele viu sua namorada pela primeira vez - sempre havia isso para dar um estado inicial de calma aos seus pensamentos - mas agora ele sentia a mesma serenidade que tinha depois do pânico do julgamento em agosto.

Jane sabia que estava compensando o que não podia fazer. Ela poderia aconselhá-lo e confortá-lo, mas nunca saberia legitimamente se o que estava dizendo estava correto ou não. Mas ela só faria o melhor que podia, e embora Harry se achasse patético demais naquele momento para expressar isso, o que ela estava fazendo naquela noite era tudo o que ele precisava dela. Ele não precisava que ela de repente fosse capaz de consertar todos os seus problemas ou ser capaz de explicar corretamente por que ele estava tendo aquelas visões, mas ele só precisava dela.

Ela o ajudou mais do que jamais poderia imaginar, e por isso ele sempre seria grato.

— É. Bill provavelmente viu coisas bem nojentas. — Harry assentiu, repetindo as próprias palavras dela para ela. — Tem certeza que eu posso ficar aqui? — ele perguntou, enquanto as pontas dos dedos dela penteavam o cabelo novamente. — Você não vai ficar desconfortável... Ou dormir também?

— Não posso dizer que estou realmente pensando em dormir. — Jane admitiu. — Não estou tão cansada assim, de qualquer forma. Você deveria tentar dormir. Estarei aqui, acordada e pronta para o que puder se... — suas palavras sumiram, a frase ficou em aberto porque ela mesma não queria dizer.

Mas Harry sabia o que ela queria dizer, sorriu o máximo que pôde e finalmente fechou os olhos.

As mãos dela continuaram se movendo, roçando o cabelo dele em um padrão que normalmente o fazia dormir, mas só falhava miseravelmente naquele momento. Ela quase pulou para fora de sua pele quando ele se sentou e se desculpou profusamente, observando a preocupação piscar em suas feições.

— Eu não acho que posso. — ele disse a ela, sinceramente. — Eu posso, eu só... Nós podemos ficar aqui por enquanto?

E ela assentiu e o abraçou enquanto esperavam as horas passarem.

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