─── Dez.
Point of view, autora.
O barulho alto da porta sendo aberta de repente assusta as duas meninas que estão sentadas no sofá distraídas, rindo e assistindo Friends.
- AMOR! AMOR!
Uma figura de um Jace sorridente, pulando, afobado e com um "quê" infantil atravessa a porta e para no sofá ao lado delas.
- Oie amor, que animação é essa? - questiona Isabela, estranhando a situação.
- Lê isso! - entrega o celular nas mãos dela, e Riele curiosa, para ao lado dos dois lendo junto com Isabela.
A mensagem consiste em um email encaminhado do técnico sobre um olheiro que vai estar presente no último jogo de lacrosse, ele integra o time de olheiros da universidade de Washington, que é basicamente a universidade dos sonhos de Jace, desde que se entende por gente, ele idealiza estudar nessa universidade.
- Ual, parabéns, Jace! - exclama Riele
Isabela entrega o celular e não demonstra reação alguma. Diferente de Riele que está demonstrando animação e orgulho por ele.
- Legal, amor! - exclama sem convicção.
Jace e Riele a olham, ambos exibem um semblante desapontado e intrigado.
- Só isso? - questiona. - Estou basicamente a um passo de realizar o meu sonho e você só vai me dizer isso?
Isabela revira os olhos e presta mais atenção no seu celular do que no próprio namorado.
- Tenho certeza que ela está muito feliz por você, Jace - Riele tenta apaziguar a situação -, não é amiga?
Isabela levanta os olhos do celular e encontra Riele dando um olhar silencioso dizendo: "responda." e Jace a olhando com perplexidade.
- Sim, claro! - tenta demonstrar animação, mas falha. - Depois comemoramos, agora eu tenho que ir!
- Aonde? - questiona Jace desconfiado.
Isabela caminha até a porta, alcança sua bolsa Channel que está pendurada entra tantas em um cabide de bolsas na entrada da casa, sorri para eles e acena antes de bater a porta.
- Ela nem ao menos me respondeu - diz desapontado e com um resquício de raiva.
- Você sabe como ela é, Jace - ela tenta um sorriso, mas ele continua triste -, é a Isabela e ela costuma ser assim mesmo.
- Quanto mais tempo passa, mais claro fica que estou com a amiga errada.
Ele ri, um riso sem humor.
- Não diga bobagens, nunca daríamos certo!
- E por que não? - questiona.
Ela para e pensa, alguma reposta precisa deixar seus lábios, mas infelizmente nada vem em mente, ela sabe que isso ocorre devido ao fato dela não ter certeza do que acabou de dizer, pois também sente uma conexão absurda com Jace, mas definitivamente ele não precisa saber disso.
Ela nem ao menos entende o que realmente sente por ele.
- Então você vai treinar bastante para o dia do jogo que o olheiro estará? - muda o assunto.
- Você acha que eu devo? - questiona, e por seu tom parece apreensivo.
Ela segura em suas mãos, é um gesto inconsciente e aleatório, mas assim que o faz, ambos suspiram, o toque de mãos quente os remete a lembranças dos corpos juntos, dos beijos molhados de chuva; a nostalgia os invade sem permissão e de repente ela se da conta que sente algo por ele, além de atração.
E ele não está muito diferente, o toque dela e a forma que ela reagira feliz por ele e por suas conquistas, quase como uma namorada amorosa deveria agir, o faz inconscientemente criar sentimentos de afeto e carinho por ela, sentimentos que antes eram caracterizados por apenas atração.
Mas nenhum dos dois irá admiti-los, não tão cedo.
- Não só deve, como vai! - solta suas mãos, ainda receosa por todas os sentimentos confusos que estão dominando-a.
- Mas e se eu não for bom o suficiente? - questiona Jace, a dúvida paira em sua mente, e quase o sufoca.
Ela o olha e sorri.
- Já o vi jogando, e você tem talento, é como assistir a um astro do lacrosse profissional.
Ele sorri e a olha também.
- Obrigado! -agradece de forma sincera.
- Quando uma pessoa tem talento, alguém precisa dizer! - pisca de forma brincalhona e ele sente algo apossar de seu coração, como um fio invisível e quente que o embala em admiração por todo apoio dela.
Algumas quadras longe da casa de Isabela encontra-se uma garota caminhando em direção ao seu destino com os cabelos esvoaçados conforme o vento dança sobre eles, ela aperta a bolsa contra o corpo e de repente é puxada contra um muro em um beco qualquer, com as paredes descadadas.
- Oie vida!
Ele a beija com avidez.
- Thomas, você me assustou! -solta um gritinho que o faz rir.
- Senti sua falta, Isa! - a beija mais uma vez, e de novo, de novo. - Foi muito difícil dispistar o Jace?
Ela segura seu pescoço, tentando acompanhar os beijos desesperados dele.
- Também senti a sua, moh!-não está mentindo, realmente sentiu falta dele, algo que não é comum para ela. - Eu meio que sai correndo sem o dar tempo de perguntas e também ele está com Riele, e quando aqueles dois juntam-se parecem a mesma pessoa, apenas eles entendem-se.
- Jace parece gostar bastante dela você não acha? - questiona, desconfiado.
- É apenas o lado dele que aflora de sempre querer o que não pode ter - responde convicta do que está dizendo.
Thomas desce beijos em seu pescoço.
- Deve ser - responde sem dar muita importância. - Vamos mudar o assunto! Que tal falarmos sobre eu e você? Ou melhor, que tal nos pegarmos agora, eu e você?
Ela ri, sente uma felicidade que nunca sentiu antes, envolve os braços ao redor dele e o beija com paixão.
Voltando para algumas quadras atrás, Jace e Riele estão agora sentados de forma desleixada ao sofá branco creme da casa de Isabela.
O silêncio paira e o único som presente é das risadas de Friends passando na enorme televisão da sala de estar.
- Você sabe que não conversamos sobre aquele dia na chuva...
Ele quebra o silêncio e ela o olha.
- Não temos o que conversar! - desvia o olhar e sente o dele queimar sobre ela.
- Você sabe que temos muito o que conversar, babe! -insisti.
Cansada de reprimir o que sente, ela respira fundo e vira em sua direção. De repente o sofá parece pequeno demais, e eles estão lado a lado.
- Tudo bem, vamos conversar!
- Fácil assim? - questiona intrigado.
- Ué, você não quer conversar? - questiona retoricamente. - Então vamos conversar!
Ele suspira e leva uma mão até o rosto macio dela. Acariciando suas maçãs altas em movimentos circulares com a ponta dos dedos. Fazendo suas bochechas queimarem e seu corpo entrar em estado quase febril.
Esse sempre é o efeito de seu toque sobre ela.
- O que você sente? - questiona.
- Por você? - questiona em dúvida, e ele acena positivamente com a cabeça. - Essa pergunta é difícil demais Jace, eu não sei como responde-la.
Desvia o olhar e o sente ainda acariciar o seu rosto.
- Então você sente algo, porque se não sentisse, responderia um claro e direto: "nada".
Ela suspira e ainda não o olha.
- "Nada" é relativo demais para todas as coisas que sinto - ele sorri e ela o olha, admirada com seu sorriso genuíno, mas não demonstra -, trate de tirar esse sorriso do seu rosto, não importa o que sinto, mesmo que seja raiva, e muitas outras coisas, você namora a minha melhor amiga, e somos amigos, apenas amigos!
Levanta bruscamente, quebrando o momento e caindo em realização.
- Amigos não fazem o que fizemos, babe.
não sei por qual dos casais errados to mais boiola
ODIO
✨✨
Aliás como seria o shipp Isabela +Thomas??
- sugestões???
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