Jace Lee Norman.
Riele West Downs.

Fuck fake Fri(end)s.

Ele observou a tela de seu celular com a mensagem de Isabela uma última vez. Sua mente estava presa no momento que ele a deixou.

Seu olhar que vislumbrava um brilho novo.

Seus lábios grossos e beijáveis.

Seu sussurro querendo dizer algo que ele não foi capaz de decifrar.

Igualando ao seu olhar indecifrável.

Ele caminhou lentamente e incerto até o carro, mas percebeu que não parecia certo, não tão certo quanto estar com ela.

Sentou no banco do motorista e alcançou a lista que sempre deixa presa ao porta luvas.

Ele tinha a cópia.

Ela tinha a original.

Ele queria que não existisse nenhuma das duas.

Junto está uma foto dos dois juntos.

Seus dedos fizeram um leve carinho na antiga foto, e ele sorriu lembrando de todos os momentos que viveram juntos.

Desde o primeiro beijo infantil ao último beijo apaixonado.

Eles tiveram o primeiro beijo juntos.

Enquanto sentia seu peito fisgar ele apertou a lista escrita a caneta entre seus dedos e começou a ler cada frase escrita. Procurou no porta luvas uma uma caneta da cor vermelha.

Sem comprometimentos.

Ele já era comprometido com ela desde quando tornaram-se melhores amigos.

Ele riscou a frase.

Sem ressentimento.

Ele sentiu ressentimento quando a viu beijar outro garoto, e sentia todas as vezes que a via com alguém que não era ele.

Ele riscou a frase.

Sem amor.

Ele a ama, e percebeu que a ama desde o momento que selaram a lista. Ele só preferiu fingir que não.

Ele riscou a frase.

Apenas diversão.

Ele sabia que não era apenas diversão, não depois que sentiu vontade de ter um relacionamento sério com ela, e não apenas divertido.

Ele riscou a frase.

Quase todas as frases estavam riscadas, faltava apenas a frase que definia desde o início a amizade dos dois.

A frase que significou o começo de tudo, o começo da lista e o fim do sentimento amigável.

Era o início da descobertas de sentimentos românticos.

Fuck fake friends.

Ele não riscou a frase por completo apenas colocou o fim entre parentes.

Fri(end)s

Tudo que ele queria era ter começado essa relação de uma forma diferente, ao invés dessa frase ele queria que ela fosse sua:

Girlfri(end)

Mas ele não o fez.

Ele quer e pode comprometer-se com ela.

Ele quer e pode não sentir ressentimento, porque não vai mais vê-la com outro que não seja ele.

Ele quer e pode ama-la não de uma forma amigável, mas de uma forma romântica.

Ele quer e pode ter um relacionamento sério com ela, e não apenas divertido.

Ele ele vai fazer.

Ele segura o celular ao ouvido com aos mãos trêmulas, apenas um toque e ele percebe que ela está na linha.

"Rie"

Ele sussurra de forma desesperada, como se ele estivesse no deserto e ela fosse sua única garrafa de água.

Ele não obteve respostas.

Sua respiração parece descontrolada,

"Rie, fala comigo!"

Ele grita, o desespero parece consumir cada parte de seu copo.

"Você me deixou, Jay, me deixou para encontrar ela!"

Ele sente seu coração afundar com o amargo de seus palavras, seu corpo treme enquanto ele sente as lágrimas deslizando em suas bochechas.

"Você só precisava ter dito!"

Riele está sentada encostada a porta segurando a lista em suas mãos, ela está observando cada uma das palavras.

"Ter dito o que, Jay?"

Ela grita, enquanto sente as lágrimas deslizarem por suas bochechas, suas palavras parecem engasgadas.

"Ter dito para que eu ficasse."

Ela riu, um riso amargurado, triste.

Ela não pode.

Ela fez uma lista.

Eles fizeram.

"Eu também deveria ter dito que tudo que eu mais queria era ter me comprometido com você."

"Rie!"

Ele tenta interromper, sua voz sussurra aflita.

Mas ela continua a ler a lista.

"Deveria ter tido que ressentimento é tudo que eu sinto agora, tudo que senti desde quando o vi com Isabela.

Dói como o inferno.

Ele sente.

Ela sente.

Ela parece estar caindo em realização de seus sentimentos, ela não consegue escuta-lo porque está presa em seu próprio mundo de sentimentos não ditos.

"Rie, me deixa falar por favor!"

Ele tenta mais uma vez, mas ela não o ouve, ou talvez prefere não ouvi-lo.

Ela não quer sentir o que está sentindo, mas ela está, tudo parece ter desmoronando de repente feito um avalanche de neve em seu coração.

"Eu também deveria ter dito que o amo, que finalmente percebi que o amo não de uma forma amigável, não da forma que deveria amar. Eu te amo romanticamente, Jay!"

"Eu também te amo, Riele."

Claro que ele o ama.

Ela pensa que ele a ama de forma amigável.

Não romanticamente.

Nunca vai amar.

Então ela ignora o que ele diz. Seu choro a faz fechar os olhos enquanto sente a tela molhada.

"Eu deveria ter dito que não queria ser apenas diversão para você, porque tudo que eu quero é que fossemos algo sério, algo definido."

"Rie!"

Ela soluça, ele aperta o celular no ouvido e respira tentando fazer ouvi-lo.

Mas ela ainda o ignora.

"Somos apenas amigos que brincam as vezes, não foi o que você disse?"

Ela desliga.

Ele percebe a linha muda, leva alguns segundo para perceber que ela havia desligado, mas depois de toda declaração um pouco confusa.

Ele sabe que precisa fazer a coisa certa.

Eles não são apenas amigos que brincam as vezes.

Eles são melhores amigos que descobriram estar completamente apaixonados.

Ele caminha, deixando seu carro e subindo rapidamente sua escada sentindo as lágrimas desfilarem em suas bochechas e suas pernas enrolarem. Ele corre até a porta de seu quarto, mas ela está fechada.

Trancada.

Impedindo que ele faça tudo o que quer fazer agora.

"Abre essa porta, Riele, a gente precisa conversar!"

A porta continua fechada, ele percebe que ela está encostada chorando na mesma.

Ele também desliza com as costas na porta até o chão.

Ela sente sua presença, e percebe que ele está encostado a porta assim como ela.

"Vai embora, Norman! Fizemos uma lista, era para ser sem sentimentos, então porque eu não consigo parar de sentir toda essa merda agora?"

"Porque percebemos que nos amamos, Rie, não da forma que pensávamos quando fizemos a lista."

Jace percebe que ainda segura a lista em mãos, e mesmo com medo de sua reação ele a passa por baixo da porta, ainda absorvendo cada uma das palavras ditas por ela.

Riele segura a lista e começa a ler cada uma das palavras, percebendo que Jace havia riscado todas, e ao fim da lista na frase marcante deles.

Ele havia acrescentado algo.

Fuck fake fri(end)s.

Girlfri(end).

Ele está quase desistindo, seu corpo levanta, mas ainda continua encostado a porta, seu coração dispara de repente quando ele ouve um barulho na fechadura.

A porta se abre.

Os olhares encontram-se por um longo tempo, eles estão brilhantes, o choro ainda está presente.

"Rie!"

"Jay!"

Então eles percebem que o brilho indecifrável que tinham mais cedo no olhar era o vislumbre do que estavam tentando esconder.

Era amor.

Era paixão.

Era saudade.

Era carinho.

Mas também.

Era medo.

Era tristeza.

Era angústia.

Era arrependimento.

Estavam apaixonados.

Não dá forma que melhores amigos deveriam estar.

Ninguém sabe ao certo quem avançou, mas estão presos em um beijo apaixonado, as línguas entrelaçam e o encaixe é perfeito, suas mãos movem-se, ela enrosca em suas madeixas macias e ele as leva até sua cintura a trazendo para mais perto.

Gemidos preenchem o ambiente, o som era de puro êxtase, emoção, era como se todos os sentimentos reprimidos libertassem nesse beijo amoroso.

Ainda de olhos fechados eles encostam as testas, sentindo o coração quente, percebendo que o abraço remetia a lar, mas o beijo compartilhado depois de toda revelação de sentimentos remetia algo parecido com:

Felicidade.

Seus corpos deitam na cama, eles trocam olhares intensos, quentes, as mãos entrelaçam, os sorrisos brilhantes.

"Então você quer que eu seja sua namorada?

"Desde que você queira que eu seja seu namorado."

Namorados.

Além de melhores amigos.

Eles trocam mais um beijo apaixonado, mas a explosão de sentimentos faz com que ele estejam tirando as roupas um dos outros, suas mãos entrelaçadas, seus corpos quentes com o encaixe perfeito.

"Eu quero"

"Eu também quero"

E de repente desde que começaram a amizade com benefícios a partir da lista, as palavras não saem mais amargas de seus lábios.

Elas saem doces, felizes e certas.

Eles parecem certos juntos.

Ou talvez sejam errados da forma mais certa possivel.

"Eu te amo, Rie."

Finalmente ela o ouve dizer.

Não de uma forma amigável.

Romanticamente.

Seu coração parece querer saltar de seu peito.

"Eu te amo Jay."

Ele percebe que o som dela gemendo seu nome ainda era incrível, mas ouvir essas palavras saírem de seus lábios.

Era mais do que melodioso.

Era mais do que mágico.

Era o som que ele poderia ouvir pelo resto de sua vida.

E deitados lado a lado na cama, com as mãos entrelaçadas, os sorrisos presentes e os olhos trocando amor, eles desejam docemente que o esse novo relacionamento:

Namorado e namorada seja escrito a caneta permanente.

The end_________________🖊

Quero agradecer cada um que acompanhou-me até aqui, eu amei demais escrever cada capitulo dessa historia e ler cada um dos comentarios.

Estou trabalhando em uma nova história, também curta com Jaele baseada no filme de terror: Uma noite de crime, então aguardem surpresas.

Obg de coração por todo apoio, amo vocês

Stay home e kisses