Capítulo 3
A floresta murmurava, mas só alguns conseguiam escutar, Petrus era um dos poucos que conseguia compreender. A floresta estava morrendo e talvez ele não consiga mascarar isso por tanto tempo, mas fazia o que podia para mante - la viva, e isso exigia esforço e drenava suas forças.
Ele chega ao castelo e entra pelos fundos, recebendo um olhar furioso de sua amiga Bárbara. Ela trabalha na cozinha do palácio desde criança, virou a companhia do príncipe até então.
- Petrus...
- Eu sei, não devia estar na floresta à essa hora.
- Ainda bem que o senhor sabe. O seu irmão já desconfia de você. A próxima vez que ele me perguntar onde você está vou falar que foi dar o...
- Bárbara!
- A culpa não é minha se não sei trabalhar sobre pressão.
- É sua sim.
Bárbara pega a sua bolsa e se vira para ir embora, com a devida postura.
- Sem abraço?
Petrus pergunta mas a sua amiga apenas sai da cozinha, o deixando sozinho. Ele sabia que aquilo era drama, ela se importava muito com ele e estava preocupada com o que poderia acontecer, principalmente com o seu irmão.
- Alteza.
Petrus se assusta pela aparição repentina de Albert, o "faz tudo" como alguns chamam.
- O seu irmão exige a sua presença na Ceia de hoje.
- Boa noite, Albert. Como está? Eu estou bem, obrigado.
- Apenas vá jantar, alteza.
Petrus revira os olhos, Albert era uma pessoa difícil de se lidar, nunca se aproximou de ninguém da família ou de seus companheiros de trabalho, aparentava frieza, mas o príncipe aprendeu a não julgar alguém antes de conhecer então ele sabia que Albert mostraria os seus sentimentos em alguma hora.
Ele se dirige para à sala de jantar, dois guardas estavam na porta. Petrus conversaria com eles se estivesse em outra parte do castelo, mas estamos falando do cômodo em que seus irmãos estavam, então sem chance.
Petrus entra e todas as atenções são direcionadas a ele. Claro que não o abala. Era só ignorar o olhar do seu irmão mais velho para suas roupas, o seu outro irmão olhando o seu cabelo e o outro o analisando de boca cheia.
- Albert me informou para que me juntasse a vocês. Qual será o motivo de quererem a minha ilustre e rara presença?
- Queríamos saber das suas saídas repentinas.
Petrus revira os olhos pela fala do seu irmão, Baltazar era o mais velho e, consequentemente, o rei, o que o fez desconfiar de todos, inclusive do príncipe mais novo.
- Esse é o motivo do seu irmão, mas eu, particularmente, queria que celebrasse a Ceia conosco, em família.
Vitória, a rainha, diz sorrindo. Petrus gostava dela, era forte e elegante. Às vezes ela treinava os soldados e ele via quando eles babavam em seu corpo estrutural, no seu longo cabelo loiro e em seu rosto de feições autoritárias e olhos azuis frios. Ele ficava pensando em como ela se apaixonou pelo seu irmão.
- Você não respondeu a minha pergunta, Petrus.
- Fui visitar uma família que precisava de ajuda, Baltazar. Apenas isso.
- E por que eles precisam da sua ajuda?
Arthur, o terceiro irmão, fala e logo é repreendido pela esposa por ter falado de boca cheia, a mesma não tinha entendido a ironia em sua fala para xinga - lo.
- A matriarca da casa estava doente, apenas fui ajudar a melhorar a doença e levar alimentos para as crianças. Qual o problema?
- Nenhum, você poderia ter nos avisado, eu gostaria de ter ido e ajudado.
Vanessa é a esposa de Jackson, o segundo irmão mais velho. Petrus a admirava, ela compartilhava do mesmo pensamento, sobre ajudar os outros, mas não deixava muito explícito como ele. Ela era uma mulher boa, o seu problema era que colocava si mesma acima dos outros, primeiro ela depois quem precisasse. Vanessa era uma mulher bela, isso é fato, tinha cabelos brancos pelo uso excessivo do seu poder, olhos azuis como a irmã, com a mesma elegância mas sem qualquer autoridade.
- Nenhum problema? A nossa floresta está quase sem proteção e ao invés de aumentar a segurança em nossos pontos mais frágeis você sai do castelo, sem avisar para ninguém, só para gastar sua energia para ajudar uma pessoa.
- Eu estou ciente dos problemas da floresta, Baltazar. Mas já te avisei que ela é muito densa para que eu consiga proteger tudo.
- Agora estou curioso, - Jackson, que estava calado até então, começa a falar voltando todas as atenções a ele. - por que você não pode proteger toda a floresta?
- Suga muita energia, eu tentei mas não foi uma boa experiência.
Petrus viu que o seu irmão, Jackson, queria perguntar mais, mas se conteve, pelo o olhar que o príncipe lançou para ele, não de ódio, por um segundo ele conseguiu ver o que ninguém mais viu, ou talvez não verá, era como Petrus estava por dentro, quebrado.
- Com licença, majestades. - Albert entra na sala ofegante e brilhando de suor, aparentemente fez uma caminhada não muito confortável. - Os mensageiros do reino vizinho querem conversar com as majestades, para comunicar algo.
Petrus vai para a sala do trono com os outros nobres, lá ele percebe que os três homens ali presentes eram os que ele viu viu na floresta.
- Boa noite, majestades. Eu sou o Julius, um dos mensageiros da rainha. Vim informa - lhes que nossa majestade os convida para a cerimônia de comemoração de posse da coroa e do reino.
- Eu sou Sedrick e irei passar as informações necessárias. O traje requisitado é gala, a cerimônia será no salão do castelo às sete horas da noite de Seshhanbeh. A rainha se apresentará à meia noite e ponto, com orquestra e total silencio. Vocês não precisarão de confirmar presença, a rainha exige, gentilmente, que compareçam. Qualquer outra informação, ou esquecimento das mesmas, estará no convite. Entregue - o Linnus.
Petrus percebeu que Linnus era o mais novo, e mais inexperiente, ele tremia e estava indeciso para quem daria o convite. O príncipe decidiu pegar o papel já que ele tinha a feição mais amigável por ali.
- Obrigado, Linnus.
O simples olhar trocado pelo mensageiro foi necessário para o príncipe estabelecer a conexão que precisava, Linnus poderia ter uma surpresa em breve.
Os mensageiros vão embora e Petrus tinha certeza de uma coisa, ele tinha que ir nessa cerimônia, os seus irmãos concordando ou não.
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