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Culpa do Café


Capítulo Três


Jenny passara dos limites com o menino que estava apenas seguindo ordens, e o café, por muito pouco, não deixou feridas graves no rapaz, que não esqueceria daquela menina agressiva tão cedo.

Todos estavam ali; enjaulados, detidos por causa de uma discussão que poderia ter ficado no próprio ambiente, sendo resolvida, claro. Mas ninguém quis aceitar que o outro podia ter razão, então, virou caso de polícia.

Você tinha que ser tão bruta, Jenny... Dizia Tassa com os braços cruzados.

A menina estava chateada por acabar o dia em uma cela, e não em uma sala, preferencialmente de sua casa, como pensava que chegaria com seus livros emprestados pelo novo amigo, Lúcio.

Não acredito que está me dizendo isso... Pirralha, você fugiu da escola, quer mesmo me julgar?

Eu não fugi, eu fui liberada e vim me divertir um pouco, você sabe... Esse lugar é patético, eu precisava de um escape.

E encontrou na cafeteria, sério isso? Você nem gosta de café; só toma com leite.

Jennyfer tinha toda razão, mas não era pelo café, nunca foi.

Não vou lá pelo café... Eu queria conversar, você sempre está na faculdade, o papai não para em casa, quem mais fica naquele lugar sou eu, então pensei que pudesse ser uma boa ideia, por isso peguei alguns dos seus livros e resolvi lê-los por lá.

Tudo bem, não estou culpando você por querer ser normal e sair para se divertir, só queria entender o que estava acontecendo naquela cafeteria, por que queria falar com a dona?

Nesse instante Elly, filha de Lúcio, tornou a se envolver na conversa. Logo toda a discussão seria reiniciada, pois Júlio também voltou a tocar no assunto do café, que era uma das razões por estarem ali.

Não tinha nada que envolver café na história. Dizia o jovem Júlio, nitidamente chateado.

Sim, falou bem, criatura agressiva. Disse Elly com certa arrogância olhando para a jovem Jenny. Eu sou a dona daquele lugar, não entendo o que questionam...

Lúcio também voltaria a se envolver, afinal; estavam falando do estabelecimento que ainda o pertencia, legalmente.

Elly, você não é a dona, ainda, então pare de agir como se fosse. E por que quer tanto acabar com o lugar? Perguntou o homem, que já sabia o que esperar de resposta.

A mulher ficou em silêncio por alguns instantes, foi o tempo de pensar em como dizer o que tinha a dizer da melhor forma possível, se é que tinha como dizer de uma forma apropriada.

Não gosto daquele lugar. Não foi a separação que nos separou, papai. Foi o seu trabalho... Sempre o seu trabalho com aqueles LIVROS ESTÚPIDOS. Elly alterou o seu tom de voz, que não era apenas de uma pessoa revoltada, mas sim triste e desconsolada.

Todos na cela ficaram em silêncio, e Jenny e Tassa se olharam como se a situação fosse conhecida por elas, e até poderiam se identificar, já que os seus pais eram separados e as duas foram "obrigadas" a morar com o Fábio, que só trabalha.

Para a alegria das meninas o Doutor chegou no momento certo, e com ele veio também o advogado de Elly; que tirou a moça e o seu trabalhador de lá. Júlio e Jenny trocaram alguns olhares antes de saírem da cela, e a jovem até se desculpou.

Olha, eu sinto muito por ter jogado café em você, mas bem que mereceu... Dizia a jovem, que até tentou ser mais simpática.

Júlio sorriu, e em seguida voltou sua atenção para Tassa, como se também devesse desculpas a ela, o que não deixa de ser verdade. Acho que todos deviam desculpas por ali.

E você, me desculpa? Fui grosseiro, e você estava apenas querendo conversar, eu sinto muito... Dizia o rapaz com um olhar mais amigável que da última vez.

Tassa ficou em silêncio por alguns segundos, criando certo mistério. Mas, tudo o que a menina queria mesmo, com todo aquele silêncio pós pedido de desculpas, era fazer suspense, e não demorou muito para abrir seu sorriso de janelinha.

Tudo bem, a culpa também nem foi sua, aquela megera é que...

A menina foi interrompida por Jenny, que tossiu na hora, meio que avisando que a tal "megera" vinha se aproximando com seu advogado. O Doutor Fábio os acompanhava. Por fim, depois de tanta confusão, tudo se resolveu, e todos estavam liberados.

Mas, entre Lúcio e sua filha a guerra estava mesmo declarada, principalmente depois daquele episódio. O homem saiu sozinho da delegacia, quer dizer... Estava caminhando sozinho quando o Doutor Fábio ofereceu uma carona, a pedido de sua filha, que não estava no direito de pedir nada, mas que fora atendida, principalmente porque o Doutor queria conversar com o homem.

***

O dia foi longo para as irmãs, que foram deixadas em casa por seu pai, pouco depois que saíram da delegacia. Fábio seguiu para deixar Lúcio em sua residência. Tassa estava exausta daquele dia, que renderia uma boa história, se ela estivesse com coragem para escrever algo.

Mas Jenny ainda gostaria de entender como tudo começou; antes de sua chegada, e de toda a confusão. Então, resolveu tocar no assunto de novo.

Você não terminou de falar como sua aventura começou naquele lugar, com os "livros", de preferência. Dizia a jovem se lançando no sofá.

Tassa foi diretamente para a cozinha, pois estava com muita sede, e logo retornou para a sala com um copo em mãos. A menina foi abordada antes que chegasse ao outro sofá. Jenny se ergueu apressadamente apenas para tomar o copo com água da irmã, que não esboçou uma reação de imediato, a não ser a de revirar os olhos, em sinal de desaprovação pela atitude de Jenny, que a deixou apenas com a garrafa em mãos. E Tassa não perdeu tempo, tomou diretamente da boca da garrafa, se o pai a visse seria um problema.

Após alguns minutos saboreando aquela água, que estava maravilhosa e gelada, as duas irmãs deitaram no sofá; cada uma em um. E Tassa respondeu à pergunta feita pela irmã.

Ah, é uma longa história...

Sim, deveras era longa, e não se resumia a apenas um lugar, como pensou Jenny.

***

E se, por um lado, a ideia de perder a livraria deixava o pai de Cris num estado de tristeza total, por outro, concedia ao Itan a possibilidade de sair de uma estante, ainda que fosse para uma caixa; talvez grande, média, quem sabe confortável, a certeza era a de que seria bem mais divertido do que estar em um mesmo lugar por tanto tempo.

Você ouviu, Flor? Eu acho que vamos nos mudar. Isso é tão empolgante! — Dizia o menino alegre.

Florzinha estava séria, de uma forma nunca antes vista por Itan, que mal parou para prestar atenção nesse detalhe. A sua empolgação acabava valendo pelos dois.

Sim, tão empolgante...Responde a rosa nada animada.

O que Itan não conseguia perceber, porque a ideia de realizar um dos seus grandes sonhos parecia ganhar forma, era que sua amiga, sua única amiga por anos, não podia ser grande coisa fora daquele universo fictício. Digamos que os holofotes do mundo moderno não ficam acesos sob rosas falantes.

A atitude não tão animada de Flor levaria Itan a fazer alguns questionamentos.

Eu não sei o que acontece com você, parece não gostar da ideia de, finalmente, estar livre.

Isso aqui não é uma prisão, Itan. Nunca fomos prisioneiros aqui, pelo contrário, estamos nesse livro porque fomos rejeitados uma vez, e em nossos próprios lares. O que te faz pensar que vai ser diferente agora?

Então... Agora tinha um outro detalhe, um detalhe que Itan não compartilhou com Flor, pois ainda estava amadurecendo dentro de seu coração colorido. O fato de Tassa visitar seu amigo Lúcio com frequência, após as aulas, passou a animar o menino Itan, que podia senti-la por perto, e não apenas ouvir sua voz, como era de costume. Mais do que isso, Itan sentiu a mão de Tassa o tocar, bom, na verdade tocar o livro, que se formos parar para pensar também diremos que ele foi tocado, até porque ele era parte daquilo, ou talvez aquele universo fosse apenas uma parte dele.

Itan deixou uma lágrima cair e por muito pouco não foi descoberto. Tassa era inteligente, sentiu uma pequena gotinha ultrapassar as páginas dos livros, sendo vista através de sua capa. Que lágrima estranha! Não pensou que fosse de uma outra realidade, parecia tão parte da sua. Mas também não deixou de pensar que fosse importante, por isso tornaria a olhar para aquele livro, talvez com mais carinho, tudo ia depender muito do resultado da situação que estava vivenciando no momento.

Se Cris não cedesse o espaço, e continuasse com a ideia de destruir a livraria, o contato entre Tassa e aquele livro não seria mais possível, talvez nunca mais fosse. Mas, se a jovem concordasse que "a sociedade" entre pai e filha poderia ser uma boa ideia, então, ela poderia sim matar a sua curiosidade em relação àquela gotinha que viu saltar, como se fosse de encontro, diretamente, a ela. Como se quisesse ser vista apenas por ela.

O que estamos tentando dizer com tudo isso é que Tassa e Itan, finalmente, se conheceram. Foi um contato de forma indireta ainda, mas aquele era, sem dúvidas, um primeiro passo para se ficar de olho, principalmente pela mudança de comportamento de Itan daquele dia em diante. O menino não só estava empolgado em ir parar dentro de uma caixa, mas também estava mais sorridente, e vivia em meio a devaneios, como se estivesse...

Alguma coisa mudou, Itan. Você está diferente, sabia? Flor o conhecia melhor do que ninguém, pois o vira crescer, e sentia que alguma coisa havia mudado.

Mas, por que Itan não compartilhou aquilo com ela, já que eram tão amigos? Será que esse detalhe poderia os distanciar para sempre?

Diferente? Eu estou empolgado... Não lembra que esse é meu sonho desde que me entendo por gente? Ou por menino colorido...

Não falo disso, falo em relação aos seus sorrisos bobos, como se estivesse no mundo da lua, ou já naquele outro mundo... Você não era assim, nem mesmo com esses pensamentos mais do lado de lá do que de cá.

Itan não conseguia mentir para sua melhor amiga, mas também não sabia dizer o que sentiu quando foi tocado pela menina Tassa. O menino nunca esteve tão encantado por alguém antes, e nem fazia ideia do que sentia, será que era amor de infância? Ou apenas foi a forma que foi tocado? O que realmente mudou dentro dele e como ele poderia explicar aquilo?

Oras, está com espinhos em suas pétalas? Que ideia! Não mudei coisíssima nenhuma, só estou ainda mais empolgado com a ideia de ganhar vida, finalmente. E sabe o que penso? Que existe uma forma de acabar com esse feitiço que a bruxa roxa me lançou, de acordo com o que ouvimos, e com o que você sempre me contou.

A flor ficou ofendida, como Itan poderia duvidar de suas palavras? Uma flor nunca contaria mentiras ou inventaria histórias, afinal; tinha uma reputação a zelar, principalmente para seu único amigo no lugar.

Viu? Nem acredita mais no que falo, me ofende como se tivesse outra...A flor se interrompe, parecia saber a resposta para aquela mudança, finalmente. Você fez uma nova amiga, Itan? É por isso que rejeita as minha histórias?

O menino andava impaciente pelo imenso livro em que morava, que parecia um livro bem histórico.

Deixe de conversas bobas, Flor. Não sabe que é minha única e melhor amiga? Tá... Vou te contar algo, mas não quero que fique me enchendo com isso depois, promete? — Perguntou Itan com um olhar de dúvida.

Parecia arriscado comentar sobre o toque com Flor, principalmente por ela ser tão ciumenta. Mas um toque requer sempre muita atenção, não sabemos o que há por trás dele. 


Como a Florzinha reagiria ao saber do breve contato de Itan com Tassa? 


Acompanhe nos capítulos seguintes, que estarão recheados de aventuras e cenas divertidas.  :-) 


Enquanto isso... Fora das terras das confusões dos nossos aventureiros, pedimos a sua avaliação para esse capitulo/história. Gostou? Deixa o seu voto, por favor. Aproveita e compartilha com os amigos com quem gostaria de dividir essas aventuras.


Um cheiro! <3 


Ilustração: mfangela

@UniversoDaLuh 



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