21
Quando acordei o som de vozes não muito distantes me deixou curiosa o suficiente para investigar. Me levantei sentindo o incômodo causado por minhas feridas, mas consegui sair da cama para verificar o que acontecia.
Eu me sentia surpreendentemente bem, apesar de algumas feridas menores ainda estarem doloridas as mais profundas estavam meio dormentes, com certeza obra de ninjutsu médico. Ao chegar a porta do quarto consegui ver o trio reunido, eles estava tendo alguma discussão séria, mas pararam logo que eu cheguei.
Itachi e Kisame enfrentavam uma garota bem mais baixa que eles, seus cabelos eram azuis e vestia o mesmo manto que caracterizava o grupo conhecido dos Akatsuki.
Apesar de encarar a dupla, ela não parecia nem um pouco incomodada, eu podia dizer mesmo sem conhece-la que ela era uma kunoichi excepcional.
Ela falou assim que me viu parada ali.
— Você parece melhor, mas ainda não deve sair da cama por enquanto. - sua voz era firme, e ao mesmo tempo gentil. Uma mistura interessante.
Pisquei algumas vezes, sentindo meus olhos ainda pesados, e balancei a cabeça concordando. Quem era ela?
— Eu me sinto bem - falei. Ela parecia muito bonita, mais velha e consequentemente mais experiente.
Eu não sabia que a Akatsuki era formada por mulheres também, mas obviamente ela fazia parte do grupo e eu não podia evitar pensar o quão próximos ela e Itachi poderiam ser.
— Chamei Konan para cuidar dos piores ferimentos, - Itachi falou depois de uma pequena pausa, como se pudesse ver onde minhas suposições iriam me levar.
— Bom, - falei lentamente. — Acho que te devo meus agradecimentos então...
Ela me observava impassível, caminhou em minha direção passando por Itachi sem sequer olha-lo.
— Você parece alguém com muito potencial, poderia ser útil a nossa causa. - ela falou mais para ela mesma do que para mim. Então enfim olhou em meus olhos e deu um pequeno sorriso. — Pense nisso, você poderá fazer coisas grandes, a Akatsuki estará com as portas abertas.
Eu não poderia ter ficado mais surpresa com aquele convite. Sabia que minha boca estava aberta como um peixinho fora d'água e era como eu me sentia realmente.
Ela voltou sua atenção para os dois homens atrás dela. — Vocês dois, lembrem -se do seu objetivo, e que falhar não é uma opção.
Eu não tive sequer um momento para processar as novas informações, logo o corpo dela começou a despedaçar, a princípio não percebi bem o que acontecia, mas logo se tornou claro quando muitos pedacinhos de papel seguiam para o céu claro através da janela abertas sendo impulsionados por uma brisa fantasma.
Era um jutsu impressionante.
Desviei meu olhar da janela aberta, para os ninjas diante de mim, Kisame me encarava atentamente com seus pequenos olhos redondos e um sorriso cruel as pontas afiadas de seus dentes faziam muito para manter essa ideia de crueldade bem viva.
— Não acho que ela seja alguém tão impressionante assim, - ele comentou por fim deixando seu grande corpo cair sobre uma cadeira próxima, a capa negra que ele usava se abriu para revelar suas roupas, que pareciam justas demais em um corpo tão grande.
— Você é muito desagradável.
Fechei os olhos por um breve segundo, para me xingar mentalmente. Grande ideia, falar algo que deixaria um dos 7 espadachins - que restaram - da névoa zangado.
— Eu não gosto de você, você não gosta de mim... vai ser emocionante o nosso tempo juntos.
O suspiro de Itachi não passou despercebido. Kisame me dava verdadeiros calafrios. Sem nenhum comentário sobre qualquer coisa Itachi me guiou de volta para dentro do quarto, fechando a porta de correr atrás de nós.
— Ignore as provocações de Kisame, e tudo ficará bem.
— Não sei como ele pode ser seu parceiro, vocês não se parecem em nada. - resmunguei, percebi que Itachi me olhou curiosamente, mas ainda assim ele não perguntou nada. — Konan falava sério sobre aquele convite?
— Ela não teria te chamado se não fosse, ela é próxima a quem esta líderando a Akatsuki, tenho certeza que isso era algo planejado e já foi muito bem considerado.
Suspirei, deixei meu corpo cair sobre o colchão macio olhando o teto, imediatamente me arrependi quando senti a fisgada de dor. Minha mão instintivamente se espalhou sobre a ferida as gazes sob minhas roupas pareciam ásperas.
Ignorei o desconforto.
— Isso é... Bom, isso não faz sentido.
Itachi trouxe para perto de mim os materiais de primeiros socorros, tirou gazes e uma pequena garrafa com uma mistura de ervas para limpar as feridas.
Depois de limpar cuidadosamente os cortes da minhas mãos Itachi começou a fazer o curativo, ele tinha uma expressão de concentração que era muito atraente.
Na verdade, qualquer expressão que Itachi fizesse seria atraente.
Em feridas mais profundas, eu tinha usado ninjutsu médico, mas ainda estava com pouquíssimo chakra para fazer algo efetivo.
— Vou buscar algumas coisas para te ajudar a se curar.
— Não precisa, você já fez o bastante. - falei, não gostava da ideia de está sendo um peso desnecessário para ele.
Itachi apenas olhou para mim, uma sobrancelha se ergueu, e foi impossível não sentir a nostalgia batendo. Lembrar dos nossos encontros, os pequenos momentos juntos.
— Bom, mas, tudo bem... - falei apressada. Nem sabia o que estava falando mais, Itachi conseguia congestionar todo o meu fluxo de raciocínio.
Ele riu como se soubesse exatamente quais eram meus pensamentos.
Segurando meu queixo ele inclinou minha cabeça para ver o corte em minha bochecha, não era um corte profundo. Ele passou a gaze úmida sobre a ferida, e eu contive um suspiro sentindo a ardência da ferida começar.
Ele trabalhou rapidamente, o toque delicado o tempo todo. Quem poderia associar Itachi Uchiha, um dos nukenins mais procurados, membro de um grupo perigoso, a alguém tão gentil?
Ele desviou seu olhar por um breve momento e seu olhar encontrou meus olhos, foi só então que eu percebi que estava encarando-o.
— O quê foi? - ele questionou, a sombra de um sorriso no canto de seus lábios. Descartou a gaze que estava usando, mas continuou segurando meu queixo.
— Eu só estava pensando em algumas coisas, - comecei a balbuciar. Essa infelizmente era uma mania que eu nunca tinha conseguido me livrar. — Não é nada importante de verdade, mas sabe como é os pensamentos... eles vêm e você acaba nem percebendo... E...
— Sim Hanna, eu entendo você. - ele me interrompeu um dedo sobre meus lábios para me impedir de balbuciar mais. Ainda bem. — Você precisará descansar agora, tem que recuperar seu chakra e da tempo ao seu corpo para se curar.
Acenei em concordância já que ele ainda mantinha o dedo contra meus lábios.
— Só mais uma coisa.
Itachi se afastou mas logo voltou segurando um pequeno frasco, assim que o abriu o cheiro de ervas tomou conta do ar. Uma pomada curativa. Ele espalhou a pomada sobre minha bochecha e quando terminou deixou o pequeno frasco ao meu lado.
— Obrigada Itachi-kun. - falei, inexplicávelmente ainda esperava algo mais, acho que na verdade esperei por algo mais durante toda a minha vida, desde que ele deixou Konoha.
Mas seria desastroso se isso fosse só um desvaneio meu. Não tinha como saber o que esperar de Itachi, ele nunca foi alguém que demonstrava demais, isso me deixava insegura.
— Não precisa me agradecer, - ele falou, as costas do dedos afagando a lateral do meu pescoço. O estremecimento de prazer foi involuntário. — É bom que esteja segura.
Observando a profundeza de seus olhos negros, sentindo o toque suave contra minha pele, eu não poderia dizer quem se moveu primeiro.
Inclinando-me para frente minhas mãos se apoiaram nos ombros dele, e quando nossos lábios se tocaram algo dentro de mim se acalmou.
A mão que deslizava por meu pescoço se enroscou em meus cabelos mantendo perto, e ele conduziu aquele beijo que foi de suave à intenso em uma batida de coração. Sua língua deslizou em minha boca, explorando, e eu me entreguei as sensações.
Era bem melhor do que qualquer fantasia.
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