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Capítulo Único.

Eu queria fazer uma oneshot assim já faz bastante tempo, mas nunca tinha conseguido.
É meio que uma songfic, eu acho?
Foi minha primeira tentativa, então espero que tenha ficado razoável.

Música: talk to me - cavetown
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- Não tenho ideia, bro - Denki respondeu - Por que não pergunta para os professores? - sugeriu

- Não quero incomodá-los tão tarde...

- Acho que é melhor ir dormir então, cara. Ele deve só ter saído pra tomar um ar.

Kirishima assentiu e voltou para seu dormitório, deitando em sua cama exausto.

Havia procurado Bakugou por todos cantos possíveis da U.A., mas ele não estava em lugar nenhum. Nem mesmo em seu próprio quarto, que inclusive não estava trancado.

É como se tivesse sido sequestrado novamente.

Isso aflingia o ruivo. Não suportaria perder Bakugou, seu precioso parceiro, que apesar de ranzinza e egoísta, era o amor de sua vida.
O ruivo amava cada momento entre os dois, onde Katsuki baixava a guarda e deitava em seu colo, recebendo afagos em suas madeixas louras.
Ou quando o loiro tentava encoraja-lo e animá-lo a vencer suas lutas diárias contra si mesmo.
E até mesmo, quando era repreendido duramente, sendo xingado aos montes por um Katsuki irritado quando não acertava nada da matéria em suas revisões.

Eijirou amava cada parte daquele loiro e doía não ser correspondido, mas era muito mais doloroso não saber onde ele estava, fazendo-o cogitar a possibilidade que pudesse ter sido sequestrado por aqueles malditos vilões que insistiam que seu amado era um deles.
Não suportava nem mesmo se deixar imaginar em um mundo sem ele.

Sem ele, o vermelho vibrante, vivo e forte que tanto admirava - e que estava presente nas íris ferozes do loiro - não teria mais seu brilho.

Não teria mais sentido.

*

Longos e agonizantes minutos depois sendo devorado por suas paranoias, ouviu passos vindos do lado de fora e levantou em um pulo indo direto para a porta, destrancando ela apressado.

No momento em que abriu a porta, pôde, felizmente, ver seu tão amado loirinho explosivo passando pelo corredor. Seus olhos se encontraram, estava tão imerso no vermelho vibrante que já era tarde quando avistou as lágrimas escorrendo das irises escarletes.
Notou também, que ele estava com um dos braços enfaixado e haviam pequenos cortes em seu rosto.

Katsuki tinha apressado o passo assim que avistou o ruivo.
Não queria que percebesse que estava chorando.

Eijirou ficou paralisado.
Katsuki estava machucado e estava chorando.
Quem tinha feito aquilo com ele?, a pergunta ressoava em sua cabeça.

- Bakugou! - chamou-o, recebendo em troca uma porta fechada em sua cara.

Se aproximou da porta do outro e bateu.

- Ei, Bakugou... - queria saber o que aconteceu e porquê o loiro estava naquele estado. Se importava demais para simplesmente deixá-lo sozinho e não se conformava em só ficar olhando seu amado afogar-se em lágrimas.

- Vai embora, bastardo! - sua voz embargada era notável. Não restavam mais dúvidas, Bakugou estava chorando - Me deixa sozinho cacete!

- Você tá chorando? - ignorou as ofensas vazias do outro, pois ela de nada valiam para si, e focou em buscar o que havia ocorrido.

- Não, porra! - Falou enquanto começava a se sentar no chão, encostando-se na porta.

Seu peito apertou. Por que negava? Era óbvio.

- Abre a porta, Bakugou - pediu já sentado encostado na porta, tentando segurar as lágrimas grossas que insistiam em cair. Doía muito não poder tocá-lo, abraçá-lo e dizer que estava tudo bem, que poderia falar com ele. Doía não poder vê-lo. - Por favor... - implorou.

- Vai embora. - disse ríspido. Na realidade, queria muito, mas muito mesmo abrir aquela porta e jogar fora aquele orgulho de merda que tinha. Mas não podia, certo?
Tinha certeza que Eijirou diria que "chorar não é nada másculo" ou algo do gênero. Na verdade, é o que pensa que qualquer um diria.
Era coisa de "garotinha" e Katsuki não era uma garotinha para chorar.
Muito menos na frente dos outros.

Mas então por que era tão doloroso?
Sentia-se angustiado demais para sequer conseguir controlar as lágrimas estúpidas e incessantes.

Era incapaz de segurá-las, portanto deixou que caíssem. Soluçou desesperado sem ter em quem se apoiar, ou em quem se agarrar.
Deveria ficar sozinho.
Lidar com seus problemas sozinhos.
Como um homem faria.

Certo?

Não, não estava certo, mas havia sido criado para pensar que estava. Que não poderia chorar, que não poderia demonstrar sentimentos, não deveria ser sensível. Deveria ser violento, arrogante, prepotente, firme e frio.
Kirishima iria julgá-lo.
E não suportaria ser julgá-lo pelo único ser humano que foi capaz de conquistá-lo por inteiro.
Com um sorriso cativante estampado naquela cara idiota, dentes pontudos que o lembravam de um tubarão.

Doeria caso o beijasse?

Era uma pergunta pertinente, a qual sabia que nunca obteria respostas.
Amava Eijirou. Mas tinha plena certeza de que o outro não sentia o mesmo.

Ainda seria homem caso fosse gay? Muitos diziam que não.
Mas para isto pouco se fodia.
Contanto que pudesse ter o ruivo sorridente perturbando-o por aí, estava tudo bem.

Minutos se passaram e estava silencioso. Kirishima já deveria ter ido dormir, afinal, seus problemas não valiam seu tempo precioso.

Ou ao menos foi o que pensou.

- Bakugou... - ouviu o outro - Me diz o que aconteceu, por favor.

Se sentiu mal. Tremendamente mal.
Mas deveria ser firme, sim, firme.

- Já disse que não foi nada, cacete - respondeu a contragosto para ver se o ruivo conseguiria desistir de vez. - Nada - repetiu mais baixo para si.

- Por favor. - Implorou uma última vez, com cuidado, já sentindo as a vontade de chorar bater novamente.
Sempre chorava quando via ou ouvia outra pessoa fazendo o mesmo.

Sem resposta.
Deveria ser frio, não? Assim Eijirou não teria que se preocupar com seus problemas.

Por fim, Katsuki foi capaz de ouvir o som de passos se afastando.
Deveria se sentir aliviado, não é?

Não.

Sentiu seu peito remoer-se em arrependimento. Havia feito Eijirou chorar e ainda por cima foi ríspido com ele quando ele estava preocupado com si.
Foi péssimo.
Uma sensação angustiante e avassaladora. Sua mente também decidiu deixar ser inundada de pensamentos negativos para variar.

Segurou o choro.

Ouviu passos de alguém se aproximando e se sentiu aliviado. O ruivo havia voltado? Ainda tinha esperança em si?

E foram-se segundos curtos até ouvir algo do outro lado da porta.

Ouviu o som de um violão soar.
Aquela música lhe parecia familiar, até ouvir a letra.

- You don't have to be a hero to save the world - foi capaz de ouvir a voz embargada do ruivo - It doesn't make you narcissist to love yourself.

Sentiu aquela frase pesando em seu peito. Não se amava, mas fingia aquilo constantemente tentando se sentir superior. Estava fazendo errado o tempo todo e tinha consciência disso, mas ninguém nunca tentou dizer algo assim para ele.

- It feels like nothing is easy
It will never be
That's alright, let it out
talk to me

- Porra, cabelo de merda... - murmurou. Por que diabos aquelas palavras soavam tão acolhedoras? Sentiu a vontade súbita de abrir a porta, mas ainda não foi capaz de se desvencilhar de seu orgulho de merda.

- You don't have to be a prodigy to be unique
You don't have to know what to say or what to think
You don't have to be anybody you can never be

E isso foi como um tiro de realidade para Katsuki.
Não, ele não precisava ser o babaca que ele era. Não precisa ser frio se não era aquilo que queria.
Não precisava remoer-se para segurar as lágrimas se ele queria chorar.
Tinha ouvido isso tantas vezes quando esteve ajudando o ruivo a estudar, onde ele sempre colocava aquela música. Era para ele?

- that's alright - se levantou decidido de que Eijirou merecia ao menos ter explicações - let it out - abriu a porta bem na hora, fitando um Kirishima segurando suas lágrimas para não estragar a música - talk to me - e seus olhos encontraram-se bem na hora. Vermelho com vermelho.

- Não sabia que tocava violão, cabelo de merda - disse baixinho em um sorriso meio sarcástico enquanto as lágrimas caim incessantes.
Recebeu um sorriso terno em troca.

Estendeu sua mão para o ruivo que aceitou imediatamente, parando os sons do violão e o colocando apoiado na parede do quarto.

Mas a música continuava ressoando em seus interiores.

anxiety
tossing, turning in your sleep
Even if you run away,
you still see them in your dreams
It's so dark tonight
but you will survive,
certainly...

it's alright, come inside
and talk to me

No momento que entrou no quarto, foi inevitável não envolver Katsuki em um abraço apertado e carinhoso.
O loiro retribuiu. Pela primeira vez retribuiu e queria que não fosse a última.

- Quer me contar o que aconteceu agora? - indagou fitando-o sem esconder a preocupação no semblante.

Katsuki assentiu em silêncio.

E foi naquele momento de crise que contou tudo.

Desde o ódio que sempre nutriu por si mesmo, o momento em que se sentiu um completo inútil diante da liga dos vilões e como sua inutilidade trouxe a queda do Símbolo da Paz, seu herói favorito.
Acreditava ser tudo sua culpa, estava frustrado. Tanto que, a luta com Deku - que foi o motivo de ter sua pele enfaixada - não foi suficiente para extravasar toda sua frustração e ódio inesgotável.

Kirishima ouviu tudo atentamente sem nem mesmo dar indícios de que o julgava negativamente.

- Eu sou um merda fraco pra caralho, eu sei.

- Não é! - negou prontamente.

- Não precisa mentir idiota, odeio mentiras - e sua própria atuação era uma mentira.

- Não tô mentindo, Baku. - respondeu enquanto levava uma mão à bochecha do loiro - Eu te acho o cara mais másculo de toda essa escola e o fato de você chorar não vai mudar isto. Não tem nada de errado em chorar, sabe? - passeou seus dedos grossos pela face do outro, indo direto a sua cabeça e afagando os fios louros. - É tão determinado, esforçado e corajoso, algo que eu queria tanto ter. Sei que essa determinação não é mentira, Baku.

- Porra, idiota - murmurou enquanto passava as mãos no olhos limpando as lágrimas que tentavam cair - Falando assim, parece até que tá afim de mim... - disse sarcástico.

- Mas eu tô - a resposta saiu automática, e momentos depois Eijirou começou a corar timidamente por ter se declarado.

Katsuki o encarou boquiaberto. Não conseguia expressar em palavras como aquilo o deixou feliz.
Em um momento de impulsividade, se aproximou do outro, sentiu sua respiração e colou seus lábios aos dele em um ósculo calmo.
Compartilharam a carga pesada se emoções que haviam acumulado por meses.

We can talk here on the floor
On the phone, if you prefer

I'll be here until you're okay

Let your words release your pain
You and I will share the weight
Growing stronger day by day

Kirishima ficou travado.
Era correspondido.

Um sorriso envergonhado começou a formar-se em seus lábios e logo não se conteve, envolvendo o loiro novamente em seus braços e fazendo ambos caírem na cama.

It's so dark outside tonight
Build a fire warm and bright
And the wind it howls and bites
Bite it back with all your might

Katsuki deixou escapar um pequeno sorriso, mas não durou tanto. Novamente, tentou se conter.
Não chorar. Apertou os olhos para conter as lágrimas, tanto as de felicidade quanto de frustração de ser incapaz de ser brusco em um momento assim.

- Ei, você pode chorar, Baku - disse ao notar a resistência do loiro - Chorar não vai te fazer menos homem. - sorriu terno, selando novamente seus lábios aos do loiro e o abraçando ainda mais forte quando este não foi mais capaz de se conter.

anxiety
tossing turning in your sleep
Even if you run away
you still see them in your dreams

Após longos minutos em um silêncio reconfortante e acolhedor, pegaram no sono abraçados.

It's so dark tonight
It looks nice, fall asleep
It's alright, come inside,
and talk to me

»Fim.

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