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2.

Estou caminhando pelas ruas frias e úmidas dessa cidade de merda que apesar de ser pequena é exageradamente poluída, do tipo que você não enxerga com clareza mais que um quilômetro e meio a sua frente, pode parecer pouco mas a neblina de poluição que se forma é torturante.

Não há ninguém na rua, até porque já passa das duas da manhã, por algum motivo que eu desconheço eu decidi sair na rua após a chuva que acabou de cair, eu queria ver a lua como antigamente, mas tudo que vejo é a neblina no céu e o chão molhado cheio de poças abaixo de meus pés, não hesito em pular nas poças e molhar meus tênis e minhas canelas desprotegidas.

Ele adorava fazer isso, eu ainda consigo ver ele correndo pela rua e pulando nas poças igual a uma criança, uma criança loira, muito alta e magra…

Apesar de tudo ele sabia fingir bem, seu sorriso disfarçava a dor em seus olhos.

— não é minha culpa. — murmuro e volto a andar.

•          •          •

Meus rabiscos são interrompidos por mechas ruivas em minha mesa, a gêmea tem seus olhos azuis presos nos meus enquanto sua cabeça está na minha mesa.

— o que você quer Gracie?

— essa aula está chata — ela sussurra para que a professora não escute.

— se mata que passa — sorrio de lado e ignoro a pontada de dor que surge em meu peito.

— tem algum doce? — ela pergunta.

Abro o bolso da mochila e tiro um pirulito entregando na mão dela. Eu sempre fui conhecido como fornecedor de doces entre meus amigos, foi tudo ideia dele na verdade, porém acabou pegando e eu gostei do status.

A professora gesticula e sua voz ecoa por toda a sala porém suas palavras parecem não chegar até mim, me vejo preso em uma caixa invisível como um mímico, nada entra mas eu sei que se eu disser algo todos irão escutar, inclino minha cabeça para trás e observo o teto bege, a tintura rachada a ponto de cair e um zumbido incômodo soa repetidamente no meu ouvido.

Quando me dou conta estão todos da sala me olhando.

— Heitor! — a  megera, digo, professora está chamando meu nome.

— sim?

— gostaria de compartilhar com o resto da sala o que vê de tão interessante no teto?

— vejo uma vaca que não atrapalha os pensamentos dos outros somente para se impor como autoritária quando sabemos que ninguém a respeita. — pensei em dizer isto porém disse algo mais educado.

— não professora.

— então preste atenção na aula — ela ajeitou os óculos e se virou para o quadro.

•          •         •

Pontos de vista, as coisas mudam dependendo deles.

As estrelas mal pintadas do teto não mudam, o fato de elas estarem quase descascando não muda, o fato de que ele foi e me deixou aqui com aquelas duas não muda.

— por que não muda?

Me sento no chão encostado na cama e olho para a pilha de livros desorganizados em um lado do quarto, um em especial me chama mais atenção, o pequeno príncipe se destaca dentre os outros, sempre foi assim, porém eu não posso fazer isso agora, não enquanto eu estou bem, porque eu estou bem e não preciso do pequeno príncipe.

Talvez eu seja um pouco como o homem de negócios, mas só um pouquinho.

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