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Cubro minha boca com as mãos para abafar o choro, a última coisa que eu preciso é que meus pais escutem, isso daria início a uma longa conversa da qual eu não quero participar.

Bato com as mãos dos lados da minha cabeça enquanto repito que não é minha culpa e que eu não fiz nada de errado. Permaneço ali durante três minutos até começar a me acalmar.

Posso não ser egoísta como o homem de negócios mas prefiro que ninguém saiba das minhas crises, o que me torna um pouco egoísta.

Mas não é egoísmo, eu só não quero preocupar ninguém com meu drama.

— tudo bem aí filhão? — meu pai pergunta após bater na porta.

Limpo minha garganta e faço meu melhor para mascarar a voz de choro.

— sim pai, tudo bem.

— o jantar está pronto — ouço seus passos se distanciando e desabo batendo com a cara na cama.

•          •          •

— eu te disse, o filme é inferior ao anime em diversos aspectos — Lily fala do meu lado.

— mas eu prefiro o filme.

— você tem um péssimo gosto — falo para Gracie.

As duas ruivas estão discutindo sobre death note, eu amo elas mas não suporto as discussões, semana passada foi sobre crepúsculo coisa que Lily odeia e só nessa semana eu já contei, after fanfic vs after livro, tudo e todas as coisas livro vs filme e o pequeno príncipe livro vs filme.

— vocês podem parar de comparar e chegar a conclusão de que o anime é melhor que o filme? — olho para ambas.

Gracie me encara com seus olhos verdes e Lily com seus castanhos então eu saio de perto e as deixo discutindo, ando até a sala de aula e entro me sentando em uma das cadeiras da frente, após dez minutos o professor entra e começa a dar a aula de literatura.

Eu literalmente odeio minha vida, enquanto as pessoas da minha idade começam carreiras e arranjam empregos onde provavelmente irão ficar a vida toda eu não faço nada, simplesmente existo.

As vezes eu penso em me jogar do quarto andar, que por acaso é o andar onde eu tenho minhas aulas, mas aí eu lembro que não posso deixar meus pais, se bem que eles não se importariam.

Vida triste, o sinal toca avisando o final das aulas, ajeito minhas coisas e acabo ficando por último na sala, ando lentamente pelos corredores e desço as escadas, respiro fundo quando me encontro do lado de fora da escola e sinto o cheiro de poluição, essa é a minha cidade.

Entro no carro junto de Lily e Gracie e elas continuam conversando durante todo o caminho, Minha casa é a primeira então eu as deixo me despedindo rapidamente, olho envolta antes de entrar em casa, retiro meus tênis deixando do lado da porta e subo as escadas para meu quarto, tranco a porta e me encosto sobre a mesma deslizando até o chão. Olho para o teto onde tem umas estrelas pintadas e tento não perder a cabeça. Eu poderia ter impedido, é claro que eu poderia.

— não é minha culpa — repito uma vez e outra.

Eu não poderia fazer nada, me levanto e ligo a tv deixando em um canal aleatório, meu dia de passa com a tv nesse mesmo canal e tudo igual menos eu que uma hora estou na cama, outra no chão, olhando pela janela, lendo (no caso eu só passo os olhos sobre as palavras levando em conta que elas não fazem sentido algum para mim).

Meus pais chegam por volta das 19:00 e eu desço para o teatro, minha mãe vai para a cozinha enquanto meu pai se acomoda na sala em frente a TV. Vou para a porta da cozinha e observo enquanto minha mãe faz o jantar.

Eu sei que eles não estão se dando bem já faz um tempo e estão segurando a barra por mim e eu admiro isso mas odeio que eles estão se privando da felicidade por mim.

Ao final do jantar todos nós nos reunimos na sala para fazer uma vídeo chamada com Jeniffer minha irmã mais velha.

— Olá Eight — Ela sorri quando me vê e eu me afasto voltando para o sofá onde meus pais se encontram.

— Oi pai, Oi mãe — ela abre um sorriso radiante com seus dentes perfeitos.

Passamos um tempo jogando conversa fora até que eu decido por ir dormir,  guardo as coisas na cozinha e quando estou prestes a subir escuto:

— ele está bem?

— está melhor que cinco meses atrás.

Penso em dizer algo mas desisto e subo as escadas fazendo barulho, me tranco no meu quarto e fico olhando as paredes, meus pais continuam conversando com Jeniffer, me deito no chão para escutar melhor o que eles estão falando.

— ele está melhorando.

— vocês só precisam ter paciência, nada de forçar ele.

— tudo bem filha.

Me viro de costas para o chão e fico observando as estrelas no teto, tá tudo tão blé.

«— tá tudo tão blé — falo me jogando na cama.

— isso é o de menos eight.

— Não se cansa de me chamar assim? Isso é coisa da minha irmã.

Encaro as estrelas no teto e então volto minha atenção para o loiro sentado na beirada da cama.

— o mundo é blé — ele fala me olhando.

— somos todos blé, não na verdade nós não somos.

— somos Bang —  rio com seu comentário.

— sim somos Bang

— vamos no cinema?

— Claro »

Há lágrimas em meu rosto enquanto eu encaro a cama, feito minha cabeça para trás e sinto as lágrimas seguindo para meus ouvidos, abro os olhos e as estrelas estão ali, pintadas com tinta velha quase descascando, é tudo tão blé.

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