Capítulo 8
Rodrigo narrando
— Baile? — Pergunto com a mão no queixo.
— É porra... Tu tá ligado que os playba sobe o morro sempre quando é dia de baile... Aliás, não só eles, as gostosinha do asfalto também — Neto disse passando o Beck.
— De rocha... A gente sempre lucra em dia de baile — Dou um trago, botando a fumaça pra subir.
— Posso mandar organizar as paradas? — Perguntou levantando.
— Manda... E ah... Contata a Rocinha... Convida a família toda — Sorrio malicioso.
— Digão, Digão... Tu quer mesmo comer a princesinha né não? — Perguntou também rindo.
— Oh... Sei de nada não filhote — Ri e levantei as mãos em forma de rendição.
— Quero ver como tu vai conseguir comer, com a patroa por lá — Balançou a cabeça.
Revirei meus olhos e mandei o dedo do meio pra ele.
— Quero esse baile pra amanhã — Falei firme.
— Amanhã? Caralho cuzão... Ta em cima de mais... Dá nem pra chamar um MC de primeira — Falou coçando a nuca.
— Dá teus pulo... Solta a grana que eles topam — Dei de ombros.
— Vou ver o que eu faço — Respirou fundo e saiu da minha sala.
Sorri de lado e encostei a cabeça na encosta da cadeira.
Enquanto eu fumava meu beck, pensava na minha trajetória.
Tô ligado que o que eu fiz com o Vidigal, foi trairagem.
O cara confiava em mim.
Mas sentem uma coisa que eu aprendi nessa vida, é que o mundo é dos espertos.
E nessa história, só sobrevivem os fortes.
E eu tive que me transformar em forte.
Não ia ficar a vida inteira sendo pisado pelos outros, não mesmo.
•••••
Cheguei em casa e a outra tá com a cara virada pra mim, desde o dia que eu tranquei ela.
Tô nem aí.
— Vai ficar com essa cara de cú pra mim mesmo? — Perguntei irritado.
Ela não falou nada, passou reta por mim.
Segurei em seu braço com força e a fiz virar pra mim.
— Tô falando com tu
— E se eu virei a cara e sai sem te responder é porque eu não tava querendo falar com você — Falou entre os dentes.
— Qual é Flávia... Ta me tirando? — Perguntei sério.
— Tu quer o quê Digão? Tu me bate, me tranca dentro de casa e ainda vai atrás da tua amante... Quer que eu faça o quê? Abra as pernas e diga me come amor? — Debochou.
Puxei ela pra mim.
Ela ficou se debatendo, mas eu apertei sua cintura, lhe fazendo arfar.
— Eu quero sim... Quero que tu me diga pra te foder — Sussurrei em seu ouvido
— N-não faz is-isso — Gaguejou.
— Eu sei que tu tá querendo ruiva... Para com tuas besteira — Sussurrei novamente e mordi o lóbulo da sua orelha.
— Tu... Tu não tá merecendo — Falou tentando me afastar.
— Se for por merecer... Eu nunca vou está — Dei um chupão violento no pescoço dela, que gemeu baixinho.
Esse foi o sinal que eu tava esperando.
Quem vive nessa vida, tem que saber dar um trato na patroa, pra ela não vir cheia de neurose na cachola do cara.
Puxei o cabelo dela com força, fazendo a cabeça trombar pra trás e colei nossos lábios, pedindo passagem com a língua rapidamente.
Ela cedeu a passagem, iniciando um beijo violento.
Levantei o vestido dela e apertei sua bunda, enquanto nos beijavamos com fogo.
A Flávia gemeu entre o beijo e eu peguei ela no colo, levando até o sofá e a jogando no sofá.
Ela deu um gritinho assustado e eu sorri.
— Tu fica gostosa assim — Falei ainda sorrindo.
Ela não falou nada.
Ficou me olhando lá, com os olhos ardendo de desejo.
— Sem preliminares Flávia — Pisquei.
Ela apenas assentiu.
Segurei nas alças do seu vestido, rasgando o pano.
— Eu gostava dele — Ela falou com bico.
— Vai gostar mais ainda do meu pau enterrado na tua buceta — Falei sério.
Ela sorriu largo e deu puxei sua calcinha.
Tirei minha bermuda junto com minha cueca e a penetrei de uma vez.
— Ahh — Gritou assustada.
Segurei no braço do sofá, pra pegar impulso e comecei a estocar com força, fazendo ela arquear as costas.
— Porra — Falei com meus olhos fechados, enquanto me movimentava dentro dela.
— Ma-mais rapi-rapido — Ela pediu entre gemidos.
Atendi o que ela pediu e aumentei a velocidade das estofadas.
•••••••••••••••
Me sentei no sofá e ela me levantou.
— Vou tomar banho — Falou sorrindo.
— Beleza — Falei frio.
Ela suspirou e saiu subindo a escada.
💭Mas o que ela queria?💭
Tombei a cabeça pra trás e peguei a carteira de cigarro que tava no bolso da calça.
Acendi um e comecei a fumar.
Peguei meu celular e fui olhar o Facebook da moreninha lá.
Quem achou pra mim foi o Neto, depois que eu comentei na foto dela, pedi a amizade e não é que a novinha aceitou?
💭O que já era de se esperar, ninguém escapa do Digão 💭
A vontade de comer ficou maior ainda, vendo as fotos dela.
Meu radinho apitou, me tirando dos meus pensamentos.
Radinho on 📻
— Tô na escuta
— Chefe... Tem um b.o aqui pra tu desenrolar — Era o Neto.
— Sabe resolver não pow? Quero descer não
— Chefe... Acho que tu vai gostar do que eu tenho por aqui.
— Se for puta... Tô sem paciência, acabei de foder
— Não é puta não... Bom...ainda não
Revirei meus olhos.
Sabia que era algo relacionado a mulher.
💭Logo agora que eu não quero b.o nenhum com puta... A Flávia tá martelando demais já💭
— Se for besteira eu vazo na mesma hora — Falei firme.
Radinho off 📻
Eu sabia que se fosse tomar banho com a Flávia, ela ia querer outro round.
E ultimamente, eu não tô querendo mais nenhum com ela.
Fui de fininho até o quarto, pra não chamar a atenção da problemática e peguei uma roupa no guarda roupas e depois fui até o banheiro do corredor mesmo.
•••
— Tu vai sair? — Flávia perguntou brotando do chão.
— B.O na boca pra resolver — Falei sério.
— Porque sempre que a gente transa tu me trata assim Digão? Como se nada tivesse acontecido? A gente fez amor porra... Custa tu sorrir? — Perguntou já exaltada.
— Ihhh... Lá vem com as neurose... Tô vazando Flávia, tô vazando — Peguei minha Glock e meu radinho, colocando na cintura, e saindo do quarto.
— É B.O ou puta? — Falou vindo atrás de mim
— Se tu não calar a boca, eu vou te empurrar dessa escada e vai sobrar só o pó quando chegar lá em baixo — Falei sério, virando pra ela.
— Tu tá indo atrás de puta né? Fala a verdade — Berrou.
A doida veio pra cima de mim, pra bater na minha cara.
Segurei o braço dela com força.
— Eu já disse que não queria tu com essas parada de vim bater na minha cara... Não disse? — Perguntei apontando meu dedo pra ela.
— Me solta Rodrigo — Choramingou.
Respirei fundo.
— Some da minha frente pra eu não sentar a mão na tua cara Flávia... Some — Falei entre os dentes.
Soltei o braço dela que saiu correndo pra dentro do quarto de novo.
Passei a mão pelo cabelo e desci a escada, saindo de casa e batendo a porta com força.
••••
Encostei minha moto e vi uma outra ali.
💭De onde eu conheço essa moto mesmo? 💭
Entrei na boca, cumprimentando os vapor e já fui direto pra minha sala.
— Tô aqui — Falei entrando.
As pessoas viraram pra mim e meus olhos bateram direto nela.
💭Porra... O que ela tá fazendo aqui? 💭
— Chegou chefe — Neto disse sorrindo maldoso pra meu lado
— Não... Tô em casa ainda, tá vendo não? — Debochei e fui até minha mesa.
Escutei a risada baixa da morena, que agora que eu vim reparar, tava do lado de um cara.
— E então... Qual era o papo? — Falei encarando ela.
— A gente veio aqui... Porque o Pietro vai trabalhar no postinho... Não sei se o pessoal da saúde falou com tu — A menina disse antes do Neto.
Olhei pra o Neto com uma cara de quem não tava entendendo nada.
— O outro médico deu problema Digão... Aí vieram avisar aqui que ia ter transferência — Disse me lembrando.
De rocha, ele tinha me passado a visão mesmo.
Eu quem não me liguei na hora.
— Mac — Assenti.
— Desde quando o governo presta satisfação ao tráfico? — O cara que tava do lado da morena se pronunciou, irônico.
— Pietro — Ela chamou a atenção dele.
— Desde o momento que essa porra toda... Toda — Dei ênfase ao toda — É minha — Falei firme
Ele engoliu em seco.
— Foi mal aí — Levantou as mãos em forma de rendição.
Não falei nada, assenti e permaneci em silêncio.
— A gente queria saber se ele pode ir lá... Dá uma olhada, já que tu sabe que ele vai colar por aqui — A moreninha disse com o nariz em pé.
Na minha cabeça só passava uma coisa.
💭Gostosa do caralho 💭
— Neto... Leva ele lá — Falei olhando pra meu parceiro.
Neto assentiu e levantou, junto com o cara lá e a moreninha.
— Tu não morena — falei sério, olhando pra ela.
Ela e o cara viraram pra mim.
O cara com a testa franzida.
— Oi? — Ela perguntou confusa.
— Quero bater um lero com tu... Sobre a parada da escolinha — Falei firme.
Ela assentiu um pouco desconfiada.
— Eu te espero no pé do morro — O cara sussurrou e eu revirei meu olhos.
Ela assentiu em silêncio e deu um beijo na bochecha dele.
O que me fez ficar alarmado.
💭 É...uma coisa dessa não podia ta solta por aí não 💭
Ela sentou de novo em frente a mim, enquanto Neto saia rindo da sala, balançando a cabeça em negativo.
A porta foi fechada e ela puxou uma carteira de cigarro do bolso.
— Já tá batendo a neura — Disse com um meio sorriso.
Assenti e tirei o baseado já bolado, de dentro da gaveta.
Ela acendeu o cigarro dele, e aproveitou, acendeu meu beck.
— E então... — Soltou a fumaça — O que você queria? — Ergueu uma sobrancelha.
A morena é atrevida mesmo tio.
Me encarava com o nariz arrebitado, sem medo de nada.
Demorei um pouco pra responder.
Dei duas bolas e soltei depois.
— Queria dizer que já mandei olhar a parada do barraco... Qualquer dia, cola aí pra eu te levar lá — Falei quando soltei a fumaça.
Ela tragou o cigarro dela de novo, enquanto me olhava fixamente.
Soltou a fumaça e assentiu.
— Jaé... Eu colo — sorriu.
Balancei minha cabeça, enquanto nossos olhares estavam presos ao do outro.
— Teu namorado? — Perguntei me referindo ao playba que tava com ela ainda a pouco.
Ela gargalhou alto.
— O Pietro? — Perguntou rindo
— É... — Sorri também
Puxei mais do meu baseado em joguei a cabeça pra trás.
A erva tava fina, essa ia me dar uma paz.
— Não... Meu dedo não curte aliança — Falou sorrindo e mostrou a mão sem nada.
Assenti e ela apagou o cigarro dela e fez sinal pra eu passar o Beck pra ela.
— Teu papai sabe que a princesinha da Rocinha é Maria chaminé? — Perguntei irônico.
— Nego... Minha vida é um livro aberto — Piscou
Ela puxou.
Não contei direito, mas acho que foram três bolas e depois ela soltou a fumaça em meu rosto.
— Mudando de assunto... Tu cola em baile que não seja da tua quebrada? — Franzi a testa
Ela jogou a cabeça pra trás.
— Essa tá boa em — Sorriu.
— Tá sim — Falei pegando o Beck de volta.
— Colo sim... Porque? — Me encarou de novo.
— Amanhã a gente vai fazer um frevo... Cola aí, fortalecer a aliança — Pisquei.
Ela sorriu.
— Estarei aqui — Falou firme e sorriu.
— Jaé... Vou deixar tua entrada no camarote liberada — Sorri.
— É isso que eu chamo de aliança — Bateu na mesa animada.
— É isso que eu chamo de aliança — Falei sorrindo enquanto via sua animação.
— Pow cara... Eu nem te agradeci... Valeu mesmo, tu não sabe, mas tu tá realizando um sonho tá ligado? Meu sonho sempre foi montar minha escolinha de dança, e com a força que tu tá dando, eu vou poder realizar dois... Porque eu sou ligadona nas causas sociais também.
— Fazer o quê... Eu não resisto a uma morena gostosa — Sorri.
Ela sorriu envergonhada e balançou a cabeça.
— Quando é mesmo teu baile? — Perguntou com a sobrancelha arqueada
— Amanhã... O baile vai ser amanhã.
— Então Digão... Eu estarei aqui — Sorriu e levantou da cadeira.
— Vou tá no aguardo — Pisquei.
Ela estendeu a mão pra mim, e eu como um belo Don Juan, fiz a mesma coisa de sempre.
Levei até meus lábios e deixei um beijo.
Fazendo a moreninha sorrir.
Ela acenou e pegou os dois capacetes no chão.
Saiu da minha sala rebolando, com um capacete em cada braço.
Agora eu só tenho que pensar em como vou arrastar pra o quartinho.
💭Eu vou comer essa mina... Ou não me chamo Digão 💭
Sentei de novo na cadeira, terminando meu beck e voltando a minha lomba.
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Oi amores 😘 Será que o Digão pega mesmo a Clari?
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Aguardem os próximos capítulos
Kisses 😘😘
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