Capítulo 72
"Sabe que essa marra sempre acaba quando eu tô pelada na sua cama"
— Codinome, Maria
Digão narrando
Não ia aceitar essa parada não, tava mordidão nessa de deixar a ruiva vazar como se fosse nada.
Que eu sabia que ela tava com algum macho por aí eu já tava desconfiado, mas na moral fazer um filho e ainda quer sujar pra meu lado minha história com minha moreninha? Não ia aceitar na moral não.
Mas essa diaba dessa Clarissa sabe como controlar meu psicológico tá doido? A mulher entra legal na minha mente.
Deixei a outra ir, e ela agradeça um monte a Clarissa por isso porque se eu fosse cobrar pelo certo, eu ia acabar com a vida dela isso sim.
••
Os dias tão passando voando mas foi até bom isso.
Já fazia uma semana que a Flávia foi embora daqui, sei lá pra onde e nem quero saber.
Eu tava de boas com minha moreninha e isso que tava importando pra mim tá ligado?
Acordei com radinho apitando e me mexi ela se mexeu junto e eu tirei meu braço debaixo da cabeça dela e já levantei.
— Chefe tá aí? — Era Neto
— Fala ladrão
— Dono da Rocinha tá por aqui, quer fazer negócios contigo tá ligado — Eu virei pra encarar a moreninha deitada e dormindo ali
— Marca 20, já tô indo
Fui começar a me arrumar pra descer e quando tava vestindo a bermuda ela se sentou na cama, me encarou.
— Já vai meu loiro? — A voz tava rouca de sono, na moral sou doido demais por ela tá maluco
Fui até a cama e dei um selinho nela
— Dorme mais moreninha eu tenho que ir lá na boca, teu pai tá por aí — Ela franziu a testa
— Meu pai tá aqui?
— Ele quer fechar negócio — Coloquei a camisa e já juntei arma e chave da minha moto que tava ali por cima
Ela só balançou a caneca confirmando
— Eu vou lá contigo — Disse
— Tu quer ir fazer o quê lá Clarissa — Já fiquei confuso
— Ué, falar com meu pai, ir lá o que tem? — ficou confusa
Não queria ela lá, ali não era canto pra ela, tô ligado que tá acostumada com essas paradas mas pra mim não era local pra ela e eu não gostava da idéia dela metida nas minhas paradas.
— Não gosto de tu lá não — Cocei a barba
— Aí Rodrigo me poupe, eu sou cria de favela e tu vem me soltar uma dessa — Revirou os olhos e se levantou.
A mulher prendeu o cabelo com uma mão só e caminhou até o banheiro.
Fiquei em silêncio vendo ela se arrumando, ela não tava ligando pra nada que eu tava falando mesmo não né?
— Porra mulher tu não escuta nada que eu falo?
— Escuto, mas só absorvo o que eu quero absorver — Deu de ombros — Eu lá vou deixar de ir pra um canto porque você não quer que eu vá Rodrigo — Riu com deboche e começou a passar protetor na cara
Eu soltei o ar e balancei a cabeça
— Vou nem falar nada tá ligada, eu não vou brigar contigo não Clarissa — Levantei da cama e ela começou a cantar uma música enquanto eu saía do quarto.
Na hora que eu fui até a sala vi aquela prima dela fazendo uns exercícios lá na sala.
Essa maluca tava implantada aqui em casa desde semana passada.
Clarissa disse que ela precisava ficar aqui alguns dias, explicou uma história aí sobre essa maluca ser mulher do irmão dela, mas que eles tinham "dado um tempo".
Eu já tinha visto eles dois nuns bailes mesmo e sabia que ela era mulher dele, o que eu não entendia era essa história de um tempo, se a Clarissa um dia viesse com essa historinha pra meu lado eu sinceramente dizia que o tempo que ela precisa é de uma noite de sono, mandava ir dormir porque amanhã é outro dia.
Fui até a cozinha enquanto a maluca fazia os exercícios dela lá, pelo menos já tinha café feito e eu fui lá encher minha xícara.
— A bicha tá muito focada viu — Vi Clarissa falando da sala.
Papo de mulher me poupe
— Bora moreninha, tenho tempo pra tá lá anda, disse que quer ir então vai logo já gastei o tempo todo esperando só tu se arrumar — Tentei apressar ela né, a mulher se deixar não para de falar
— Eita que ele dormiu com o cão hoje — ouvi a outra falar
Estalei a língua no céu da boca.
— Eu não sou o cão não — Clarissa riu e veio até a cozinha, tomou minha xícara da minha mão e bebeu o resto do meu café, encarei ela com a testa franzida e a maluca só me puxou pra um beijo.
Fiquei me perguntando quando foi que a gente tinha chegado nesse nível da relação na moral mesmo.
~••~
— Paizinho — A maluca entrou na minha sala como um furacão e já foi logo abraçar o coroa.
Muka abraçou a filha mas acho que a moreninha pegou ele de surpresa.
— Oi filha?! — rle franziu a testa e me encarou desconfiado
💭Ih ala, sabia que não era boa idéia essa mulher vim comigo 💭
Eu tenho certeza que se o maluco não sabia de nada, agora ele tava desconfiado demais.
Eu nem pensei nisso tá ligado, só trouxe essa maluca junto porque ninguém segura essa mulher quando ela tá com uma coisa na cabeça, mas isso não ia ficar bem vei.
A gente já tinha conversado sobre isso.
Flashback on
— O que a gente é agora? — Ela perguntou enquanto tava se deitando do meu lado, nua depois de mais uma foda sensacional.
Franzi a testa encarando ela
— Tu é minha mulher, achei que isso já tava certo — Respirei fundo
Ela também respirou fundo e se mexeu pra me encarar de cima.
Ficou em silêncio só me encarando, coloquei uma mecha do cabelo dela pra trás da orelha
— Que foi moreninha? — Perguntei puxando ela pra meu peito
Ela Suspirou
— Eu tenho medo da reação da minha família quando souber — A voz dela saiu bem baixinho mesmo tá ligado? Parecia que ela tava com medo que o vento levasse a voz dela até eles.
— Não é tu que não tem medo de nada? Tu não me afronta até dizer basta Clarissa? — Debochei mesmo do medo dela
— Até minha marra tem limites Rodrigo — Ela voltou a suspirar — Minha família é uma coisa bem delicada, e eu não quero perder a conexão que tenho com eles — Ficou lá brincando com a ponta do dedo no meu peito.
Fiquei lá em silêncio.
Me bateu uma neurose sobre tudo, eu não tava disposto a abrir mão daquela mulher não tá ligado?
Mas eu tava disposto a entrar numa guerra por ela?
— Se você quiser a gente vai com calma — nem parecia eu dizendo aquilo tá doido
Ela mesma não acreditou que era eu porque se mexeu de novo pra me encarar
— Tu tá falando sério? — Ela perguntou surpresa
💭Qual é, eu não sou esse monstro todo que me pintam 💭
— Tu não quer que eles saibam agora, a gente vê como faz, mas na boa? Não vai demorar muito pra chegar neles não, a comunidade toda aqui já sabe, mais cedo ou mais tarde tão sabendo por lá também — Eu dei de ombros
Ela balançou cabeça concordando mas me abraçou de novo
— Eu vou adiar um pouco falar com eles — Eu beijei a cabeça dela
Fim de flashback
Agora a maluca na primeira oportunidade chega comigo na boca quando só eu tinha a notícia que o pai dela tava aqui, esse era o mistério que essa doida queria manter?
— Licença aí mo-... Clarissa — me corrigi — Vou fechar uns negócios com teu pai tá ligada? — Tava tentando expulsar essa maluca da sala antes que o pai dela me encarasse mais do que já tava fazendo e sacasse tudo de uma vez.
Ela me encarou e bufou
— Depois passa lá na escolinha antes de ir — Beijou a bochecha do pai
— Vou sim — ele beijou a cabeça dela e vimos ela saindo
Muka viu a filha sair da minha sala, coçou a nuca, me encarou mas não falou nada.
Parecia que tava juntando as peças e eu tô ligado que tá, precisava ocupar a mente do homem pra ver se ele não se tocava de nada.
— Fala aí maluco qual negócio que tu quer comigo — Apontei pra cadeira pra ele sentar enquanto eu me sentava na frente dele
— Meus contatos dos gambé conseguiram umas armas pra gente, quero fazer um carregamento contigo e preciso dos melhores nessa missão e tal — Ele começou a falar
~••~
Terminamos o papo acertados, vamos sair pela madrugada pra interceptar essas armas na estrada antes de chegar ao Rio.
Muka saiu da minha sala sem tocar em assunto de Clarissa.
Eu fiquei até aliviado, acreditando real que tinha feito ele esquecer tudo tá ligado?
Ainda fiquei lá pela boca fechando uns negócios, fazendo umas contabilidade com o Neto.
Meu celular começou a tocar e eu vi a foto da moreninha lá.
— Fala Clarissa — Atendi
— Digão tu tá na boca ainda? — Ela perguntou rápido
— Tô sim moreninha, porquê? — Fiquei confuso
— Meu loiro minha sobrinha passou mal, eu tô aqui com a Bia na escolinha já fechei tudo mas minha moto deu prego não quer ligar de jeito nenhum, tem como tu me levar ou sei lá alguém me levar num hospital? Minha mãe falou que o Gui já desceu o morro com ela — Ela tava preocupadona
— Não tem como eu sair, nem o Neto não moreninha, mas eu vou pedir pra alguém te levar ok, conta 10 — Já vasculhei a gaveta e peguei a chave do carro que tinha lá
— Tá bom, tô esperando aqui — Ela desligou
Encarei Neto na minha frente
— Chama aí qualquer um que saiba dirigir e pede pra levar minha mulher em segurança lá no hospital do asfalto, tenta ver um que não tem ficha em
— Fica susse — Neto levantou com a chave e saiu da sala
Ascendi um cigarro e comecei a tragar enquanto batucava os dedos.
Espero que a pirralha fique bem.
~••~
Fiquei lá na casa dela esperando ela chegar.
Chegou tarde, mas chegou.
— Aí que susto homem — Colocou a mão no peito depois de dar um pulo pra trás
Eu ri me levantando de onde tava sentado e fui até ela.
Abracei a mulher e já puxei pra um beijo
Ela gemeu enquanto eu colocava meus dedos naqueles cabelos e puxava os fios devagar entre meus dedos.
— Isso tudo é saudade? — Perguntou sem ar quando eu me afastei dela
— É que eu tenho missão hoje, queria ter teu beijo de boa sorte — Dei um selinho nela — Como tua sobrinha tá? — Perguntei preocupado.
Clarissa franziu a testa
— Ela tá bem, foi mais do emocional dela, saudade da minha prima — Suspirou — Eles precisam se acertar logo ou ajudar a menina entender que não vão ficar juntos, porque isso tá afetando a Maju mais do que eles dois — Ela me abraçou
Notei agora que a prima dela não tinha vindo junto, deve ter ficado por lá pra ajudar em alguma coisa ou sei lá.
Clarissa se soltou de mim e começou a tirar a roupa enquanto caminhava até aonde guardava o cesto de roupa suja.
— Era essa tal missão que meu pai queria contigo então? — Ela perguntou indo pra o quarto.
Segui ela até lá, tirei minha roupa.
— É, daqui a umas horas a gente sai — Fui entrando com ela no box
Ela assentiu em silêncio e ligou o chuveiro.
Abracei ela enquanto a água molhava a gente
— Ele te perguntou alguma coisa? — Fiquei preocupado
— Meu pai não falou nada, mas ele já sabe Digão, eu conheço senhor Muka pelo olhar — Ela colocou os braços em volta do meu pescoço
— Tu tá preocupada moreninha? — Segurei a cintura dela com força
— Eu não quero pensar nisso agora, não agora — Desligou o chuveiro e me puxou pra um beijo.
Segurei ela no colo e encostei o corpo dela na parede.
Meu pau tava durasso, e Clarissa sabia disso.
Desceu os beijos pra meu pescoço tá se esfregou em mim.
Penetrei ela de uma vez e ela deu um pulo e soltou um gemido alto pelo banheiro enquanto eu tentava aos poucos fazer ela se esfregar em mim e ficar mais um pouco molhada.
Deu certo, segurei um mamilo dela e comecei a estocar com força.
A mulher segurava com força em meus ombros, encravou as unhas com tanta força que eu senti a pele rasgando, mas eu não ligava a gente tava preso naquele sentimento.
Estoquei sem dó, e quando meus braços se cansaram de segurar ela naquela posição, desci ela, virei de costas e fiz ela empinar um pouco.
Virei ele pra parede, pressionei o rosto dela contra a parede e voltei a estocar com força.
Enquanto ela me pedia pra ir mais rápido, dei um tapa na bunda dela.
Passei minha mão pela barriga dela e mexi no grelo dela, tava lá estocando e fazendo ela delirar com meus dedos.
— Seu filho da puta — ela conseguiu falar entre os gemidos.
— Porra de buceta gostosa — eu disse no ouvido dela
— Ahh eu... — Ela tava gozando eu estoquei mais rápido e mais forte
Gozei forte dentro dela fui me afastando aos poucos.
Ela tava lá jorrando minha porra e eu achei aquela imagem a mais bonita do mundo.
Clarissa se virou com o peito subindo e descendo, sorriu e me chamou com os braços.
Abracei ela e ficamos lá.
Ela ligou de novo o chuveiro e me abraçou no pescoço.
— Eu te amo demais — Me puxou pra um beijo
— Não sou de falar essas paradas assim, nunca senti isso por ninguém tá ligada? — Dei um selinho nela — Mas se amor for isso que eu sinto por tu sua bruxa, eu te amo — Ela sorriu
~••~
Cheguei no ponto que tinha combinado com o Muka.
Tinha uns caras no meu carro, quem tava dirigindo era o Neto.
— Para aí — falei quando vi o carro dele parado no meio da estrada.
Neto parou e eu já desci do meu carro e caminhei até o do meu amigo.
Quando bati no vidro eu estranhei, o Muka tava sozinho lá dentro.
— De qual foi? — Perguntei confuso
— Entra na porra desse carro e eu acho bom você não chamar nenhum dos seus homens e mandar eles ficarem quietinhos porra — O homem apontou uma arma pra mim
Por puro reflexo segurei a minha
— Tira a mão dessa arma Digão eu atiro em tu antes que tu puxe ela daí — Ele disse firme — Quero acertar umas coisas contigo... Sobre minha filha — Ele disse sério — Anda porra entra nesse caralho agora — Me deu a ordem
💭Caralho o homem descobriu mesmo 💭
~••~
E pah kkkkk se o Muka já foi no Vidigal com a resposta, então como ele ficou sabendo? Joguei a bomba e sai correndo viu kkkk
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