Capítulo 70
"Não sei porque essa saudade só faz me maltratar, será que um dia nos meus sonhos você vem me acordar? O seu amor pra mim é tudo, eu não vou te perder eu juro preciso tanto dos seus beijos... Menina eu tô querendo te encontrar"
— Querendo te encontrar, Onze:20
Guilherme narrando
Entrei dentro de casa tirando a Glock da barra da bermuda, tava tudo em silêncio, sabia que meu pai tava na boca e minha mãe foi fazer uma missão.
Precisavam dela pra buscar umas drogas e ela não fez nenhum esforço em ir, minha mãe gostava dessa vida errada que a gente leva, tanto qualquer um dessa família.
Finalmente eu tinha paz, a casa tava silenciosa e eu sabia que ia permanecer assim por longas horas, Maju estava na casa da avó dela, deixei que ela passasse o fim de semana lá com a tia e com a avó.
Precisava de um tempo pra dar atenção a minha Índia também.
Eu sabia que a Bianca tava tentando segurar a barra de tudo tá ligado, foi uma bomba mesmo jogada nos peitos da gente a volta da Laura, e toda a semelhança dela com a Lorena, e eu nem digo só física sabe até no jeito que ela fala é idêntico ao da irmã gêmea.
Quando entrei no nosso quarto eu vi a Bianca arrumando algumas roupas, eu nem prestei muita atenção, tirei minha camisa e aproveitei que ela tava de costas pra mim pra abraçar ela de costas e beijar o pescoço dela que por sorte tava descoberto, o cabelo tava preso.
Mulher cheirosa da porra essa minha viu.
— Oi minha Índia — falei colocando a cabeça no ombro dela.
Vi que ela tava com uma mala colocando algumas roupas dela e franzi a testa.
— Tá indo pra algum canto! — perguntei sem entender
Ela respirou fundo.
— Vou passar alguns dias com a Clarissa no Vidigal — deu de ombros e continuou dobrando as roupas sem nem olhar pra minha cara.
Cocei a minha nuca.
— Que idéia troncha é essa Bianca? — eu tava sem entender era nada.
— Gui... A gente não tá bem, você sabe que a gente não tá bem — Ela se virou pra me encarar
— Tu fica colocando coisa... — Ela me interrompeu
— O problema é esse Guilherme, eu sempre tô colocando coisa na minha cabeça segundo você, eu sempre tô imaginando coisas, mas você não consegue enxergar o quanto essas suas dúvidas me fazem mal — Os olhos dela encheram de lágrimas — Porra o que adianta tu me dizer que me ama, mas não me provar com atitudes?
— Eu não demonstro que te amo não? — Parti pra defensiva
— Quem ama não alimenta insegurança Guilherme, e você infelizmente alimenta as minhas — Vi uma lágrima escorrendo no rosto da Índia mas ela rapidamente secou — Tu tá sempre abalado quando a Laura aparece aqui, fica agindo feito um bobo perto dela, tu acha que eu devo pensar o quê? — A voz de Bianca ficou séria quando me fez a pergunta.
Pior de tudo que ela não tava mentindo na moral, ela tava certa.
Eu tava muito confuso, eu de verdade pensei em deixar a vida seguir e ficar com ela porque porra eu amo essa mulher.
Mas eu não posso mentir pra mim mesmo e dizer que não fiquei abalado com a presença da Laura nas nossas vidas, ela é idêntica a Lorena, e é uma forma de ter a loirinha por perto de alguma forma.
— Eu juro que na nossa relação eu já passei por todas as fases, eu fui muito egoísta com você no começo, e eu até sinto que forcei a você a assumir algo comigo — ela deu de ombros
— Olha o que tu tá falando Índia pelo amor de Deus, tu nunca ia me obrigar a nada principalmente a estar contigo, eu te amo — Tentei me aproximar
Ela se afastou de mim
— Eu sei que tu me ama, eu sei juro que sei Gui... — Sorriu — Mas amor só não é o suficiente pra fazer essa relação seguir, eu te amo demais Guilherme e eu tô disposta a voltar pra tu quando eu sentir que tu deixou todos teus fantasmas pra trás, porque eu mereço alguém inteiro tá ligado? Eu mereço ser a única que passa pela sua cabeça como mulher — Bianca se aproximou de mim e tocou no meu peito — Eu te aceito, com teus defeitos, eu amo tua filha como se tivesse saído de mim sabe, o problema nunca foi a Maju e nunca será não pense isso — eu sabia que não era, a Bia sempre amou minha filha
— Eu sei que não é — falei sincero pra ela
— É que aqui — ela deu um tapinha leve no meu peito — Eu não consigo desvendar se eu sou a única que ocupa esse espaço, e esse aqui também — dessa vez ela tocou com a ponta do dedo na minha cabeça
Bianca se afastou em silêncio e voltou a arrumar a bolsa dela.
Eu queria dizer pra ela deixar de bobagem, que eu amo ela demais, mas eu sabia que mais uma vez eu tinha vacilado com ela e com a insegurança dela e que devia dar a ela esse tempo. Que ela precisava de um tempo afastada de mim, e talvez eu também precisasse de um tempo afastado dela.
••
Cancela eu não quero tempo afastado daquela mulher de forma nenhuma, já fazia uma semana que ela tinha ido embora e eu sentia saudade demais.
Todo espaço dessa casa lembrava ela, todo canto desse quarto que eu amei o corpo daquela mulher, sendo o único que tocou nela na vida, eu tava ficando louco de saudade.
Meu coração sentia falta, minha mente sentia falta e meu corpo sentia falta dela como louco.
Não era só eu que sentia falta da Índia, mas a Majuzinha também, a todo momento chamando a mama dela, eu tava me acostumando aos poucos ouvir minha filha chamar ela assim, porque a Índia cuidava dela como mãe, amava ela como filha, e era isso a Maju escolheu a Índia como mãe e a Bia escolheu a minha filha como filha dela também.
— Mama — Ela chorou novamente chamando a Bianca
— Eu também tô sentindo falta dela filha — Comecei a chorar junto da minha filha enquanto balançava ela.
Tava tentando colocar Maju pra dormir e tava complicado demais.
Maju estava com alguns dentinhos nascendo e juntando a saudade da Índia, tudo deixava minha filha extremamente estressada e chorosa.
— Precisa de ajuda meu amor? — Dona Maria Laura entrou no quarto sem nem eu ter notado
Eu balancei a cabeça em positivo e minha mãe veio na minha direção, pegou Maria Júlia no colo e começou a ninar minha filha.
Sequei minhas lágrimas com a barra da manga enquanto via minha mãe fazer de tudo pra Maju se acalmar e dormir.
E ela conseguiu, com um pouco de esforço mas com braços de avó coruja dona Malau conseguiu fazer Maju dormir.
Saí do quarto da minha filha junto com minha mãe, em silêncio, mas ele não durou muito tempo.
— Vocês não estão vendo o mal que tá fazendo a menina toda essa situação? — Ela perguntou séria — Aliás, não só a Maria Júlia né Guilherme — apontou pra mim
Eu acho que tava muito acabado pra minha mãe tá jogando na minha cara desse jeito.
— Nem a minha história com teu pai foi tão cheia de frescura como essa de vocês — Ela revirou os olhos
Eu ri fraco.
— É complicado demais mãe — ela me interrompeu
— É complicado porque você faz ser complicado meu filho, pelo amor de Deus — Dona Malau foi caminhando firme em direção a sala.
— Não é bem assim mãe— me defendi
— Como não meu filho? Pelo amor de deus né — Ela virou pra me encarar com a mão na cintura — O que você sente pela Bianca?
— Amor mãe, eu amo aquela mulher demais, sempre amei — Respondi de uma vez, era a verdade
— Se tu ama a Bia porque ela não tá aqui cuidando da filha de vocês contigo? Porque a menina tá adoecendo de saudade lá em cima, abalando o emocional de uma criança de dois anos enquanto você fica nessa sua dúvida eterna meu filho? — E minha mãe tocou na minha ferida como quem mexe em ferida com vinagre.
Suspirei e me joguei no sofá com as mãos na cabeça.
Minha mãe ficou em silêncio mas eu vi ela se sentar do meu lado e me abraçar.
— Eu tava bem com a Bia mãe, mas a Laura chegou e confundiu tudo... — Eu estava falando a verdade, a chegada da minha ex cunhada abriu uma pontada de imaginação de tudo sobre a Lorena.
Como seria a Lorena segurando nossa filha? Como seria ter ela dando banho na Maju? Levando nossa filha pra passear? Comprando roupas pra nossa filha?
A Laura fazia isso tudo pela Maju nesse pouco tempo que chegou aqui, e isso fazia minha mente imaginar muita coisa.
— Meu filho sabe o que eu acho? Que você precisa de terapia — Minha mãe disse seriamente eu encarei ela achando que estava falando alguma zoeira — Não, eu não estou brincando, estou falando sério Guilherme, você precisa fazer terapia, você precisa deixar ir esse fantasma que a Lorena deixou preso em sua vida e desculpa se está soando como se eu fosse insensível, longe de mim querer parecer assim pra você meu amor, mas estou tentando dizer que você viveu esses anos da morte dela tão preso ao "e se..." Com ela, que não consegue viver sem imaginar algo com ela, e quando você estava voltando a conseguir seguir com sua vida novamente, a irmã dela por ter uma aparência física igual a dela, fez você voltar a regredir e com isso se magoar e magoar a Bia, a sua filha que se apegou a Índia como mãe — Minha mãe fez um carinho no meu ombro.
Minha mãe tinha razão, eu precisava deixar ir de uma vez.
Eu precisava voltar a viver, mas eu não sabia como.
— Eu não sei como voltar a viver mãe — Senti um aperto no meu peito.
Minha mãe sorriu calmo e segurou minha mão entre as delas.
— Você sabe Gui, no fundo você sabe... — Ela segurou minha palma e beijou — Não deixa esse amor voar pra longe de você meu filho, usa esse amor como tua âncora pra voltar novamente a vida — Minha mãe me aconselhou com tanta certeza, ela acreditava que eu iria mesmo conseguir.
Eu tava me agarrando a essa esperança que minha mãe depositava em mim.
••
Maju acordou piorzinha e eu tive que descer o morro com minha filha as pressas pra o primeiro hospital que eu visse pela frente.
A febre dela estava alta e eu estava desesperado.
Quando entrei no hospital com ela em meus braços e comecei a gritar para que atendessem ela urgente, alguns profissionais vieram correndo atender ela.
Meu celular começou a vibrar em meu bolso e só então eu lembrei de atender.
— Guilherme sou eu — a voz da minha irmã soou no telefone — Em que hospital você está com a Maju? — Ela estava preocupada
— Aonde eles estão? — a voz da Índia soou do outro lado e eu senti meu coração bater mais forte
Provavelmente minha mãe deve ter ligado pra minha irmã quando me viu correndo com minha filha nos braços desesperado.
— Responsável por Maria Júlia Araújo? — A enfermeira me chamou
— Vou mandar por localização agora Clari, tão me chamando aqui — Desliguei a chamada e ouvi uma voz masculina falar alguma coisa e minha irmã pedir silêncio mas desliguei sem dar atenção.
Enquanto caminhava pra sala do médico aonde minha filha estava, mandei a localização do hospital pra Clarissa e bloqueei a tela.
Quando entrei vi minha filha deitadinha na maca, adormecida.
— Pode entrar senhor — O médico apontou pra uma cadeira.
— Estou bem — Falei ficando em pé mesmo
Ele deu de ombros
— Vou direto ao ponto ok? Sua filhinha sofreu algum abalo recentemente? — Ele perguntou sério
Suspirei e balancei a cabeça concordando
— Eu tive uns problemas com a... Minha namorada, ela trata a Maju como filha, a Maju trata ela como mãe — eu olhei preocupado pra minha filha que dormia tranquilinha na maca.
— Eu vou terminar de fazer uns exames na sua filha na sua companhia, só pra termos certeza mas como não havia identificado secreção pulmonar nenhuma descartei algumas causas que poderiam explicar aquela febre alta, mas agora você me falando que pode ser emocional fica tudo mais fácil — Ele suspirou — Vamos medicar ela e manter algumas horinhas de observação depois dos exames ok? Não será necessário internação, a Maria vai ficar bem — Ele sorriu
Eu concordei.
••
Depois dos exames concluídos tive certeza que a febre alta da minha filha era emocional, Maju acabou absorvendo tudo que aconteceu comigo e com a Bianca.
Pediram que eu ficasse ao seu lado enquanto minha pequena ficava em observação por algum tempo no hospital.
Clarissa entrou primeiro na enfermaria e logo depois eu vi a mulher mais linda do mundo pra mim.
As duas estavam procurando a gente com o olhar e quando encontraram eu só consegui encarar ela.
Fazia só uma semana longe dela, mas parecia aqueles longos anos novamente, eu não conseguia viver longe dessa mulher e eu sabia disso.
— Como ela está? — Bianca perguntou se aproximando da maca que Maju estava deitadinha
— Foi só o emocional dela — Falei encarando a Índia
Bianca se virou pra me encarar mas desviou rápido pra Maju.
— Minha princesa eu tô aqui, sua mama — Ela estava tão preocupada, tão aliviada de ver a Maju eu vi um misto de sentimentos naquele olhar
— Eu vim assim que mamãe me falou — Clarissa disse preocupada — Ainda bem que não é nada tão grave — Ela suspirou.
— Eu te amo meu amor, que saudade de você — Voltei a ouvir a Bia dizer pra minha filha.
Clarissa tocou meu braço e apontou pra saída da enfermaria.
Eu não queria sair dali, eu queria apreciar aquela cena, de uma leoa pronta pra defender e fazer de tudo pra que seu filhote ficasse bem, mas eu acompanhei a minha irmã.
Saímos em silêncio dali, Bianca estava presa na bolha de verificar se tudo estava bem com a Maju.
— Vocês precisam se acertar pelo bem da minha sobrinha — Clarissa disse seria e firme quando a gente chegou do lado de fora.
Respirei fundo
— Eu também quero me acertar com ela, Clari — Eu disse sincero
— Vocês não conseguem ver que esse vai e volta de vocês faz não só mal a vocês como a criança também? Guilherme aceita, aquelas duas se amam como mãe e filha — Ela disse apontando pra porta da enfermaria
Eu já tinha aceito isso, e esse fato me deixava tão tranquilo e feliz.
Minha filha não poderia ter uma segunda mãe melhor que a Bianca.
— Eu vou fazer de tudo pra ter a Índia de volta Clari — Falei firme e sincero
— Então meu irmão começa a mudar suas atitudes e se prepare pra conquistar essa mulher novamente — Ela segurou meu ombro e olhou nos meus olhos.
Eu assenti sorrindo enquanto encarava a Bianca de longe.
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Após a alta da Maju a Bia passou o dia inteiro na minha casa com ela, matando a saudade da minha filha dela, cuidando dela, mas no fim da noite foi dormir com a Mariana na casa dela.
Eu decidi respeitar o espaço dela.
Senti meu celular vibrar enquanto fazia uma contagem de dinheiro pra meu pai.
Laura (tia da maju): Posso ir visitar minha pixesa hoje? 🥺 Vou viajar queria dar um beijinho nela antes de ir
Guilherme: se pah pode sim Laura me avisa o horário
Laura: Quando tu chegar com ela em casa me avisa que eu vou 😚
Guilherme: tá beleza
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Depois de ir buscar minha filha na creche e ir pra casa eu dei banho na Maju e fiquei lá esperando a Laura chegar.
Ela nem demorou muito pra chegar quando eu avisei.
— Oi coisa linda de tia — Ela disse animada pegando Maju dos meus braços e abraçando minha filha.
Maju que já estava acostumada com sua tia sorriu e ficou animada em ser mimada.
— Como você tá em? Titia ficou tão preocupada quando soube — beijava o rostinho de Maju.
— Ela tá melhor né papai? — Falei olhando pra Maju — Foi um susto, mas tá bem — Tranquilizei Laura.
Ela assentiu e caminhou com Maju até o sofá.
Fiquei sentado observando as duas brincando por um tempo.
— Acho que você vê muito dela em mim né Guilherme? — Laura perguntou e eu suspirei.
— De verdade? Eu te acho idêntica a tua irmã — Falei sincero enquanto me remexia no sofá — Até o jeito que tu fala Laura, é idêntico a Lorena
Ela sorriu
— As pessoas dizem isso, que eu sou muito parecida com ela — Ela balançou a cabeça — Eu e Lorena tínhamos muitas coisas parecidas, mas a gente era muito diferente da outra também — Deu de ombros — Lorena sempre quis um dia no futuro ser mãe, queria ser uma princesa com príncipe encantado e eu sempre quis ser independente e viver minha vida — Ela encarou a sobrinha — Eu sinto muita falta da minha irmã e todos esses anos eu vivi presa ao meu reflexo no espelho, era difícil me encarar e ver que eu era o rosto que todos sentiam falta Guilherme — Ela deixou Maju no tapete brincando e me encarou
— Eu imagino
— Guilherme, eu quero te dizer o que eu disse a meus pais alguns anos atrás — Segurou minha mão — Uma tragédia aconteceu, a gente não pode mudar o passado, a Lore se foi e deixou um vazio no coração de todos nós, mas eu juro, eu conhecia minha irmã o suficiente pra saber que ela ia querer ter paz, que o espírito dela tivesse paz — Ela segurou mais forte minha mão — O que você viveu com a Lore foi lindo, vocês tiveram uma filha que vai ser pra sempre a lembrança e fruto desse amor curto mas lindo de vocês, mas ela se foi e você tem uma mulher linda ao seu lado, que eu vejo em seus olhos e nos dela que vocês se amam — Ela sorriu — Deixa a Lore ir embora Gui, eu não sou a Lorena, eu sou a Laura e eu não sou minha irmã que voltou a vida, o que eu vivo aqui é minha vida, o amor que eu tenho pela Maju é de tia eu quero o bem dela acima de tudo, mas você tem que viver a sua nova página de vida, curta sua família, eu tenho certeza que minha irmã tá abençoando esse amor de vocês três.
Eu tava chorando e certeza que eu tava me sentindo um bobão naquela hora.
Sorri e assenti sentindo paz, eu não precisava falar nada naquele momento, eu sentia finalmente a benção da Lorena sobre minha relação com a Bianca.
A porta de casa foi aberta e eu levantei pra encarar quem tinha entrado lá, era a Bia.
Ela tava com uma cara séria, a sobrancelha arqueada.
— Tô atrapalhando alguma coisa? — Perguntou confusa
••
E então o que vocês acharam em, será que agora finalmente eles se acertam? Será que Bianquinha vai deixar o Guizinho se explicar?
Próximo capítulo teremos Flavinha na narração em amores
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