Capítulo 56
"Ah Sarah vc prometeu maratona"
Eu sei gente, mas acontece que eu tô procurando tempo em tempo pra escrever e ainda tô aprontando ok?
Resolvi postar esse capítulo aqui, já que faz tempo que eu não posto, mas aguardem que ainda essa semana tem sim maratona
boa leitura
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Flávia narrando
Eu tava com ódio, era isso que eu sentia em minhas veias e em todo o meu sistema, ódio.
Eu disse, aquela prostituta tava na minha observação já, mas agora que eu peguei com meus olhos... agora ela tá na minha reta.
💭e ja adianto que esse não é um ótimo lugar pra está 💭
Eu sentia raiva do Digão... como ele pode me trocar por aquilo lá? aquela sem sal.
Além de tudo aquela professorinha é destruidora de lar... porra.
Eu amo, amo mais que a mim mesma o Digão, amo muito e eu nunca vou aceitar ele ir pra longe de mim.
Não que eu tenha medo, não tenho mesmo.
Digão já teve inúmeras amantes mas não me deixou por nenhuma, e sempre que alguma queria se criar pra cima de mim, ele sempre mostrou a elas o lugar delas.
Mas o que me preocupa de verdade é o fato dele não ter dormido em casa, nem na boca afinal eu fui atrás, claro que eu tinha informação já... ele dormiu com ela e ele nunca tinha feito isso.
💭 é Flávia, você vai ter que tomar mais cuidado e uma providência séria com essa aí 💭
•••••••••••••••••••
— Oi Patroa — a recepcionista do postinho sorriu largo pra mim.
Sabia que essa ai é uma falsa do caralho, como a maioria aqui dessa favela é... galera só quer fama.
Quer colar com quem tem título pra poder ser alguém.
Mas nem era so por isso que eu tinha raiva dela não.
Já vi essa aí ciscando no meu terreno, e eu não gostei.
Não, não foi com o Digão... foi com o Pietro.
Eu sei que ele não é nada meu, aliás é... meu amante, mas mesmo assim.
Eu não gostei.
💭eu não sou dele, mas ele é meu... meu brinquedo, mas meu💭
Nem retribui o sorriso a ela, pelo contrário, revirei os olhos e fiquei séria.
— Eu preciso falar com o médico — falei seca.
Não tava querendo render papo com essa daí não.
E eu acho que ela notou, porque limpou a garganta e desmanchou o sorriso, ficou neutra.
— Doutor Pietro ainda não chegou — deu um meio sorriso — Ele ta cuidando do Neto... — ela sussurrou essa última parte.
Porra, o Neto.
Ele tava preso, eu sabia... inclusive a Cláudia tava muito cheia de neurose com tudo isso... nem eu tava entendendo certo, mas parece que tava colando com ele.
Mas o que eu não tava entendendo muito bem é porque o Pietro tá cuidando dele, eu não tô sabendo de nada realmente.
— Nossa — soltei o ar — Mas... mas ele vem dar plantão hoje né? — perguntei batucando as unhas.
— Sim... — mexeu no computador — Ele já tá vindo dar plantão sim — me olhou com a sobrancelha arqueada.
Assenti
— Eu... Eu vou esperar ele na sala dele... eu preciso pegar umas pílulas pra meu tratamento — Apontei pra o corredor.
— Mas tem pacientes na sua frente — ela disse antes de eu me afastar do balcão.
— Eu tenho preferência — Dei de ombros.
Segui aquele corredor, indo direto pra sala dele.
Não tô acreditando que a Claúdia me escondeu, eu sei que eu devia ter procurado ela e ter dado assistência... mas eu tenho minha vida, tenho marido, tudo fica muito cheio pra mim
Me sentei na cadeira dele e fiquei batucando meus dedos, minha mente estava confusa e ainda tinha a merda toda que aconteceu a alguns dias atrás... aquela professorinha me paga, ah se me paga.
•••
— O que você tá fazendo aqui Flávia? — ele perguntou sério assim que abriu a porta.
Ignorei toda a grosseria que ele tem me tratado ultimamente e levantei da cadeira.
Abri meu sorriso e caminhei devagar até ele.
Coloquei meus braços em volta do pescoço dele assim que ele colocou uma pasta em cima da maca.
— Três dias... eu tava com saudades — sussurrei contra o pescoço dele.
Arrastei meu nariz por ali, sentindo aquele cheiro maravilhoso que vinha dele.
💭esse homem é gostoso viu 💭
— Eu tava trabalhando... fazendo o quê seu marido mandou — debochou a última parte.
Tirei meus braços do pescoço dele e abaixei a cabeça rapidamente, mas levantei caminhando pra outro canto da sala dele.
Eu tava sem falar com o Digão esses dias... ele nem tava indo em casa na verdade, e eu acho que podia ta com ela... não sei.
Eu tinha pedido pra ele não falar sobre o Digão quando a gente estivesse juntos.
— Desculpa ok? eu só tô com umas neurose errada aí — Ele disse se aproximando de mim.
Fechei meus olhos assim que eu senti a respiração dele no meu pescoço.
— A gente já tinha conversado — virei pra ele — Meu marido é uma coisa... o nosso sexo — apontei pra mim e pra ele — É outra
Ele riu, com ironia
— Nosso sexo — balançou a cabeça
Eu não tava entendendo, afinal eu sempre deixei claro que eu amo o Digão e que entre eu e ele era só isso... sexo.
— Neto... — ele me interrompeu
— Tu tá certa Flávia... é que eu tô cheio de neurose sabe? — soltou uma risada fraca
Abaixei minha cabeça, eu sabia... ele criou expectativas.
Dava pra ver no olhar dele que sim, ele tinha criado expectativas.
Ver ele daquele jeito tava me fazendo mal, eu me importo com ele.
Não, eu nunca disse que não sinto nada por ele, eu sinto.
Um carinho especial, ele me faz bem, me dá carinho e me dá sensações que eu não tava mais sentindo no meu corpo... mas eu não amo ele.
Eu só amo um homem na minha vida, e eu sou casada com ele.
— Eu... Eu vim perguntar se a gente não pode ir pra o seu apartamento? com certeza o Digão não vai dormir hoje em casa e... — ele novamente me interrompeu
— Ele tá na casa do Neto... foi assim que soube que o parceiro acordou — deu de ombros — Mas hoje não dá — se afastou e foi andando em direção a mesa dele.
Franzi a testa e me virei pra encarar ele.
— Como não? — perguntei confusa
Ele já tinha pagado plantões e não tava precisando ficar 24horas aqui... então, qual o compromisso?
— Vai ter uma confraternização da minha turma hoje — deu de ombros.
Me senti incomodada, ele tava me dispensando pra ir beber com os colegas de faculdade... ok.
— Confraternização — repeti
— Eu tenho uma vida Flávia, uma vida que não pode parar só porque eu sou teu brinquedinho de foder não — falou sério
— Eu nunca disse que você tinha que parar sua vida não — balancei minha cabeça enquanto me defendia.
— E eu não disse que você disse nada Flávia — me encarou — Mas como você mesma disse, é só sexo — deu de ombros.
Ah mas que caralho também... ele usa as coisas que eu falo contra eu mesma.
💭maldito efeito que tu tem contra mim doutor💭
— Tudo bem... eu tenho mesmo que organizar as coisas em casa... eu vou pra São Paulo no fim de semana.
Ele calado tava, calado ficou, não respondeu nada só assentiu mesmo.
Eu que não ia mais ficar esperando frieza dele, de jeito nenhum.
Sai da sala dele sem esperar resposta e nem olhei mais pra ele, mas antes de fechar a porta eu escutei o suspiro dele.
•••••
Fui subindo a ladeira enquanto tava se fone no ouvido.
Decidi não pedir a ninguém pra me deixar em casa, eu queria ir andando e pensando em tudo o que tava rolando sabe.
Não falo muito com morador não, a maioria vira a cara pra mim pelo status que eu tenho aqui e prefiro ser na minha mesmo.
Eu ainda não tava acreditando muito que eu fui dispensada por ele pra ir pra confraternização... eu sei que ele tá puto comigo pelo que ta rolando, mas eu não posso fazer nada.
Nem que eu tivesse opção de amar alguém, eu não ia deixar de amar o Digão, nunca.
Ele foi quem eu escolhi pra amar e pra viver
Meus pensamentos foram interrompidos quando senti alguém puxar meu braço, fazendo o fone cair.
💭ah não destino, era só o que me faltava💭
— Cuidado pra teu chifre não levar os fios — Anabel disse debochada
Rosnei e puxei meu braço de volta.
— Cuidado, cachorra brava costuma ir pra o canil — debochou de novo
— Tá me peitando sua puta? eu vou virar minha mão na tua cara — ameacei entre dentes enquanto apontava meu dedo pra ela
— Nossa Flavinha, achei que a gente tinha superado essa fase de inimigas — colocou a mão no peito se fazendo de ofendida.
Revirei meus olhos.
— Fala logo o que tu quer
— Eu vim receber meu agradecimento... eu quem te passei a visão sobre teu maridinho está dormindo com a piranha lá — riu — Acredita que ele me dispensou? — olhou pras próprias unhas.
Arqueei uma sobrancelha com essa informação.
— Te dispensou? — perguntei confusa.
— É... mas sabe ruiva eu nem ligo — deu de ombros — Tô pegando um carinha que ó — fez sinal com a mão — Sem contar que vai ser coisa séria sabe, eu tô gostando mesmo dele — sorriu.
Até ri com essa.
Anabel levando alguém a sério que não fosse a pica do meu marido, essa tava muito boa.
— para — pedi rindo
— Oh doidona... tô falando sério— jogou o cabelo pra trás — Falar nisso eu tenho que ir, tô indo pra Rocinha agora me encontrar com ele — mandou beijo no ar.
Ela começou a andar, mas antes de se afastar mesmo de mim, se virou me encarando.
— O que tu vai fazer com a outra lá em?
— Ainda não sei... mas ela pode aguardar porque o que é dela tá guardado — falei firme
Ela sorriu e se virou rebolando
É isso... aquela puta do caralho tá na minha reta.
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Oi amores 😘 o Pietro dispensando a ruiva, essa é nova hein...
Aguardem os próximos capítulos
kisses
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro